sexta-feira, 18 de julho de 2025

E agora?

O governo brasileiro e o Supremo resolveram endurecer na perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeito de liderar um alegado golpe. Sem muito resistir, além de tentar se defender das acusações, consideradas para ele absurdas, visando unicamente tirá-lo das eleições para o ano que vem, o ex-presidente foi obrigado a usar a tornozeleira eletrônica. 

Bolsonaro negou a sua intenção de fugir do país ou se abrigar em alguma embaixada. O pretexto para tais medidas de restrição à liberdade foi uma operação da Polícia Federal, culminando com a apreensão de US$ 14 mil em dinheiro vivo. Ele também foi proibido de entrar em contato com o filho, Eduardo, atualmente atuando para o governo americano sancionar membros do Executivo e do Judiciário. 

Agora, as medidas de Washington caminham neste sentido. Após a adoção das medidas anti-Bolsonaro, quase todos os membros do STF, com exceção de Luiz Fux e dos dois ministros nomeados pelo ex-presidente durante seu mandato (André Mendonça e Kassio Marques), estão proibidos de entrar nos Estados Unidos. Isso também vale para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerado subserviente a Alexandre de Moraes. 

Agradecendo a Trump e Marco Rubio, o filho "03" do capitão reformado postou no X dizendo que "tem muito mais por vir". Vendo nas medidas do governo americano uma ingerência nos assuntos internos do Brasil, Lula e sua equipe estudam retaliar. Uma das medidas é limitar a remessa de dividendos de empresas multinacionais, algo considerado próprio de regimes ditos "bolivarianos" como o venezuelano e o cubano. Enquanto isso, nada se faz de concreto em Brasília para evitar a megataxação, um verdadeiro veneno para a economia brasileira, já combalida pelo baixo crescimento econômico, aumento de impostos, inflação alta e insatisfação do povo. Apenas alguns poucos estão se esforçando para minimizar o estrago, como o governador paulista Tarcísio de Freitas, que se reuniu com empresários e exportadores. Mas isso não é o bastante para deter este ato atrabiliário de Donald Trump. 

Eduardo Bolsonaro comemora medidas contra Alexandre de Moraes e outros ministros do STF (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Gustavo Moreno/STF)

Muitos devem se perguntar sobre as futuras medidas, que podem ser algo mais drástico. Fala-se até em rompimento de relações diplomáticas por parte do Planalto, e sanções econômicas para impor a tal "morte econômica" de Moraes, Gonet & Cia., por parte da Casa Branca. Nada parecido com um ataque nuclear, como chegou a escrever Eduardo Bolsonaro. Ninguém seria louco a este ponto, nem mesmo Trump. 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

"Vale Tudo" continua alvo do público

Continuam as críticas à atual novela das 9 da Rede Globo, que deveria ser um sucesso por ser um remake de um de seus mais icônicos trabalhos, mas é alvo de deboche e comparações altamente depreciativas com o original de 1988. 

Ela chegou a aparecer até no site "Reclame Aqui", um local onde a emissora é muito mal cotada. Detalhe: ninguém, a princípio, paga para assistir, pois é disponível na TV aberta. Mas não faltam vozes peçonhentas para relembrar a velha fama de manipuladora da "Plim-Plim": para elas, quem assiste paga caro, com a subtração de sua inteligência, além de perder tempo. 

Uma reclamação contra Vale Tudo feita no mês passado (Reprodução/Reclame Aqui)


N. do A.: Enquanto isso, a briga de Trump e Lula continua, com o primeiro exigindo o fim imediato do processo contra o aliado Jair Bolsonaro, enquanto o segundo fala em "traidores da pátria", referindo-se ao antecessor e seu filho Eduardo. Essa novela consegue ser pior do que Vale Tudo, e no final todos poderão se dar mal no fim.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

A USP Santos morreu de vez

Pouca gente conhece o campus da USP em Santos, inaugurado em 2012. E vai ficar sem conhecer, pois esta unidade em breve desaparecerá. 

Por algum tempo, existia apenas uma faculdade, a Engenharia de Minas e Petróleo, vinculada à Escola Politécnica. Desde 2021 ela deixou de ser oferecida e a maioria dos já escassos estudantes abandonou o curso. Uma parcela ínfima deles era da cidade litorânea. A partir daí, o curso passou a ser oferecido na própria sede da Poli, no campus do Butantã, sendo um dos melhores existentes no Brasil. 

Agora, apenas algumas atividades restaram, como um laboratório de pesquisa, o InTRA-USP, onde trabalham engenheiros, geólogos, químicos e físicos. Em 2026, talvez nem isso continue. 

Com a desativação deste campus litorâneo, o que restou do corpo de funcionários teme pelo seu futuro. Eles não querem ser transferidos para São Paulo, pois moram em Santos e nas cidades vizinhas. 

Já os antigos estudantes do campus não têm boas lembranças. O prédio, localizado entre o Centro e a Vila Belmiro, não apresentava boas condições, devido ao estado de conservação. Uma pena, pois o edifício é tombado pelo Condephaat e abrigou, anteriormente, o histórico colégio Cesário Bastos. 

O prédio ocupado pela USP possui grande valor histórico, mas há muito tempo precisa de reformas (Condephaat)


terça-feira, 15 de julho de 2025

Outra crise do tipo "O que postar"

Este blog já teve alguns momentos de indefinição sobre o que postar, mas agora a situação está mais séria. Não faltam assuntos, mas boa parte deles já é abordada por outros veículos da Internet. 


Para piorar, o autor às vezes não tem vontade de escrever nada. Compromissos profissionais na área acadêmica, com pesquisas e trabalhos de simulações de dispositivos eletrônicos para sensores e energia fotovoltaica para publicação em artigos são a prioridade. Mas isso é só parte da explicação. Muitas vezes, é pouca disposição para dar continuidade a um espaço mantido desde 2009, mas sem nenhuma intenção de ser uma fonte de renda, mesmo porque as regras do Google, o dono do Blogger, exigem um certo número de visualizações. Como resultado, na prática não se ganha um centavo. 

Mas as postagens irão continuar. Algumas inspiradas, outras nem tanto. Umas vão refletir o momento, outros são atemporais. Enquanto houver condições, o "Assuntos 1000" vai tentar abordar diferentes temas. E o próximo, pelo menos, não será algo só para preencher espaço nas bases de dados da rede. 

segunda-feira, 14 de julho de 2025

E o Super Mundial acabou!

Agora não adianta mais a torcida brasileira, e nem a francesa, lamentar um Mundial perdido por eles. O título é do Chelsea, logo um dos times europeus mais subestimados, principalmente depois da derrota para o Flamengo. 

Os comuns mortais devem se voltar para os problemas cotidianos, enquanto as autoridades precisam resolver coisas como os tarifaços aparentemente disparatados de Donald Trump. Ainda há os conflitos na Ucrânie e na Ásia Ocidental, que já se estendem demais, causando sofrimento de inocentes, e, no Brasil, p governo tenta bravatear mas não tem como vencer a guerra comercial e política com os Estados Unidos com ideologias ineficientes, velhas e requentadas, e nem aplacar a insatisfação e a frustração do povo com os impostos mal gastos ou desviados pela corrupção, os problemas de segurança, saúde, educação e infra-estrutura. 

Chelsea ganha seu segundo Mundial de Clubes, o primeiro da "super edição", às custas de um PSG deslumbrado após uma bela campanha mas não bem terminada na grande final. Nota-se o presidente americano Donald Trump na foto, à direita (Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images)

Essas questões o futebol, ou qualquer outro esporte, não tem condições de resolver. Serviu como uma bela distração, lucrativa para a Fifa, mas não mascarou as batalhas fora dos campos. 

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Superman não vai nos salvar

Seja um Superman clássico, politicamente incorreto e sem medo de socar alguém, ou este woke e inseguro mostrado no filme do James Gunn, ele não vai nos salvar. 

Quem vai conseguir livrar a Terra dos perigos é a própria população. Cada pessoa, ao deixar de querer ser a vítima dependente e indefesa, pode vir a ser um herói de sua própria história, caso enfrentar os seus problemas com sabedoria e persistência. E, coletivamente, a humanidade pode salvar seu legado deixando de se deixar levar por pessoas e adotar boas ideias, valorizar a harmonia e a boa convivência, evitar a estupidez e rejeitar as más práticas. 

Superman e Krypto contemplam um mundo de ficção, onde nem todos os heróis da DC conseguem resolver os problemas (Reprodução/James Gunn)

É bom que seja assim, pois nos mundos de ficção baseados nas histórias em quadrinhos, as batalhas entre heróis e vilões mais ameaçam a existência das pessoas comuns do que servem de exemplo de lutas do bem contra o mal. 

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Comentários adicionais (ainda sobre o ato de ontem)

Ninguém deve ficar contente com o atual estado de coisas. O tarifaço imposto pelo presidente americano Donald Trump ao Brasil não pode ser visto como coisa normal em uma relação bilateral entre dois países, mesmo sendo um deles a grande potência. 

Não pode haver dúvidas sobre a falta de grandeza por parte do atual governo brasileiro, ainda preso a um antiamericanismo tosco e pueril, nem sobre os abusos cometidos pelo STF, mas usar uma tarifa de 50% para supostamente punir esses aspectos da política juristócratica brasileira é inaceitável. Ponto.

Naturalmente, os líderes europeus veem a atitude de Trump como uma agressão a outro país. Não é exatamente por pena ou por amor ao Brasil, mas primeiramente por uma postura anti-Trump. Motivação questionável, mas o conceito é essencialmente correto. 

Parece um novo ato do Febeamu, o festival de besteiras que assola o mundo, parafraseando Stanislaw Ponte Preta, o autor do termo Febeapá. Mas não pode se estender por muito tempo, ou o sofrimento do povo será enorme, sem afetar nem o governo Lula e nem o STF, que já começam a explorar isso politicamente. Quem vai parar de tomar tambor para o outro parar de dançar?

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Carta com o poder de um míssil B-2

Alegando vários motivos, o presidente norte-americano Donald Trump lançou uma carta direcionada ao presidente Lula, um de seus mais insistentes críticos. O conteúdo da carta é devastador para o governo brasileiro, e também para o país todo, embora isso fosse esperado, de acordo com os sinais dados pelo "homem laranja", mostrando crescente incômodo com a atuação da Corte brasileira e com a alegada má vontade do Planalto em se mostrar colaborativo com a Casa Branca em assuntos comerciais e de política externa. 

Abaixo, o conteúdo da carta: 

À sua excelência,

Luiz Inácio Lula da Silva,

Presidente da República Federativa do Brasil

Brasília,

Prezado Senhor Presidente:

Conheci e lidei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros Líderes de Países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!

Devido em parte aos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos (conforme recentemente ilustrado pela Suprema Corte brasileira, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS às plataformas de mídia social dos Estados Unidos, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e suspensão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todo e qualquer Produtos brasileiros enviados para os Estados Unidos, desvinculados de todas as Tarifas Setoriais. As mercadorias transbordadas para fugir desta tarifa de 50% estarão sujeitas a essa Tarifa mais elevada.

Além disso, tivemos anos para discutir nossa relação comercial com o Brasil e concluímos que devemos nos afastar da relação comercial de longa data e muito injusta gerada pelas políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil. Nosso relacionamento tem estado, infelizmente, longe de ser recíproco.

Por favor, entenda que o número de 50% é muito menor do que o necessário para termos condições de concorrência equitativas que devemos ter com o seu país. E isso é necessário para retificar as graves injustiças do atual regime. Como você sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas de seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos todo o possível para obter aprovações de forma rápida, profissional e rotineira - em outras palavras, em questão de semanas.

Se por algum motivo você decidir aumentar suas tarifas, então, qualquer que seja o número que você escolher para aumentá-las, será adicionado aos 50% que cobramos. Por favor, entenda que essas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos de políticas tarifárias e não-tarifárias e barreiras comerciais do Brasil, causando esses déficits comerciais insustentáveis ​​contra os Estados Unidos. Este déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional! Além disso, devido aos contínuos ataques do Brasil às atividades de comércio digital de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais injustas, estou instruindo o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301 do Brasil.

Se você deseja abrir seus mercados comerciais até então fechados para os Estados Unidos e eliminar suas políticas e barreiras comerciais tarifárias e não-tarifárias, talvez consideraremos um ajuste nesta carta.

Estas Tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo da nossa relação com o seu País. Você nunca ficará desapontado com os Estados Unidos da América.

Obrigado por sua atenção a este assunto!

Com os melhores votos,

Sinceramente,

Donald J. Trump

Presidente dos Estados Unidos da América


Como já foi adiantado, não foi por falta de aviso. Trump soltou algo comparável com aqueles mísseis B-2 disparados no Irã para devastar o programa nuclear daquele país. Um "tarifaço" de 50% seria capaz de fazer qualquer outro governo soberano se apressar para uma negociação, a não ser que tenha um poderio equivalente ou superior ao dos Estados Unidos. Lula até agora fala em retaliação, e chegou a anunciar medidas nesse sentido, mas não pode manter essa postura por muito tempo, sob pena de levar o país a uma crise econômica e diplomática sem precedentes. 

Trump tem a convicção de ver irregularidades no processo contra seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e violações dos direitos de empresas americanas, particularmente as redes sociais, atuarem, inclusive no próprio solo, por decisões do ministro Alexandre de Moraes. Também demonstra sua profunda irritação com o tratamento dado pelo governo brasileiro à sua pessoa, e vê o comércio bilateral entre os dois países ameaçado pela China. Qualquer um dos motivos alegados não pode ser tratado separadamente ou fora de contexto, e todos eles forçam Lula a falar com o "homem" de forma direta pela primeira vez. 

terça-feira, 8 de julho de 2025

Nova derrota traumática para Thiago Silva no 8 de julho

O Fluminense vinha fazendo uma campanha admirável no Mundial de Clubes, chegando muito mais longe do que pensavam os analistas de futebol. 

Porém, veio um novo dia 8 de julho, exatos 11 anos após aquela partida contra o time alemão na "Copa da Vergonha". Thiago Silva, agora um dos grandes ídolos do Tricolor carioca, participou das duas campanhas. Naquele dia de 2014, ele não jogou, pois cumpriu suspensão por tomar um cartão amarelo no jogo anterior, e viu a surra ser feita, aniquilando com a chance da Seleção Brasileira ganhar o hexacampeonato. Hoje, ele esteve ativo, e se esforçou ao máximo, mas o Chelsea foi superior e, com dois gols de João Pedro, por sinal uma "cria" das Laranjeiras, acabou com o sonho e tirou a chance de título para um dos jogadores mais marcantes dos últimos tempos. 

João Pedro impõs a velha "lei do ex" contra o seu ex-clube, para frustração e tristeza do único time brasileiro restante no Mundial de Clubes (Paul Ellis/AFP)

O zagueiro, um dos melhores deste século, era (e continua sendo) criticado por chorar. De fato, ele não chorou com a derrota do seu time. Não publicamente. Mas muitos apostam que ele estava com vontade de abrir o berreiro. John Arias, outro destaque do time carioca, não aguentou e ficou em prantos, pedindo desculpas à torcida pela derrota. 

Nelson Rodrigues falava de um "Sobrenatural de Almeida", um fantasma atuante em toda derrota traumatizante para o seu time de coração. E ele atuou para assombrar de novo. Assim como o fantasma do 7x1, onze anos atrás. 

O que aconteceria se Thiago Silva chorasse na derrota do Fluminense, exatos 11 anos depois da derrota da Seleção para a Alemanha, quando ele era o capitão do time?

N. do A.: Por ironia, o Chelsea era o time responsável por uma das grandes conquistas do "Monstro" (como os fãs apelidam o zagueiro que foi quatro vezes para jogar Copas do Mundo). Ele fez parte do time inglês durante a campanha pela conquista da UEFA Champions League e do Mundial de Clubes entre 2021 e 2022. 

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Cheguem às suas próprias conclusões

O que acham da opinião do presidente americano Donald Trump sobre Bolsonaro?

a) Esta é uma opinião como outra qualquer, de um usuário de redes sociais. 

b) O "homem laranja" está certíssimo! Tem que descer a lenha nesse STF em conluio com o barbudo! Mito! Mito!

c) O Trump tem que parar de se meter no país dos outros! Estamos fazendo justiça contra o Biroliro! E parem de falar de Mensalão, Petrolão, fraude, companheiro! Tudo fake news!

d) Ahn... não sei! Não quero saber de política, coisa chata!

e) Mais uma enquete disfarçada? Essa não! Por isso que esse blog não vai pra frente!

sexta-feira, 4 de julho de 2025

A Justiça precisa pegar os culpados!

Ontem foi preso um dos suspeitos de ter feito o pior roubo por ciberataque da história brasileira. Por meio da C&M Software, uma das grandes prestadoras de serviços on-line para instituições financeiras, ele e outros teriam acessado o banco de dados da empresa e desviado mais de R$ 540 milhões, lesando vários bancos e fintechs, e seus clientes. Neste caso, a principal lesada foi a BMP Instituição de Pagamentos S/A.

Com uma quadrilha a agir desta forma, ações como fazer um simples Pix podem representar grandes prejuízos, arruinando a vida de muita gente. Não bastam os roubos e assaltos convencionais a mão armada. Além disso, não se pode mais confiar cegamente em nenhuma prestadora de serviços ou instituição financeira responsável pelas transações via Internet, principalmente se elas não zelam rigorosamente pelos dados de seus clientes. 

Prenderam um suspeito de ter participado do mega-assalto virtual (Reprodução/Globonews)

É mais um desafio para a polícia, ainda habituada a agir de forma off-line, precisando usar técnicas nem sempre disponíveis, para rastrear ações de hackers e reprimir crimes virtuais, ou evitá-los. Ela deve contar com a colaboração do preso, um ex-funcionário da C&M Software, chamado João Nazareno Roque, para ir até o resto da quadrilha e quem foi responsável pelo pagamento de suborno em troca de dados confidenciais, na hipótese de ele ser realmente culpado, com base nos computadores e outros equipamentos apreendidos. Isso poderá preservar a reputação desta empresa, ou arruiná-la, caso houver a constatação de mais funcionários da prestadora nesta imensa roubalheira. 

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Da série 'Classificação dos animais', parte 3 - Répteis

Ao contrário das classes anteriores de animais, aves e mamíferos, os répteis não despertam tanto interesse. Na verdade, eles são considerados seres rastejantes, escamosos, asquerosos, horrorosos, desprezíveis, amaldiçoados, etc., etc. Por isso, existe até uma fobia específica para este tipo de criatura, a tal da herpetofobia. 

Estas "coisas" também não são complicadas de se classificar, aparentemente, quanto as aves, com quem tem um laço em comum: os dinossauros deram origem a elas, embora muitos ainda não engulam essa. 

Contudo, vamos nos ater aos répteis atuais. Os únicos aparentados com os referidos dinos são os crocodilianos, como os crocodilos sempre mostrados como comedores de gente e dotados daquela técnica especial de lidar com suas presas, chamadas de "giro da morte". Eles são da família Crocodilidae, enquanto que os jacarés, bem menos poderosos, e os aligatores, estes também capazes de incluir um humano no cardápio, são os aligatoridae. Não há muito drama nessa classificação. Drama mesmo é se encontrar com essas verdadeiras feras, que se mantiveram mais ou menos parecidas desde o fim do Cretáceo, ou seja, quando os dinossauros ainda reinavam. Apesar de parecerem mais primitivos que os dinos, por andarem de rasto enquanto os outros eram, muitas vezes, bípedes e corredores, eles conseguiram de alguma forma se esconder enquanto o asteroide dava cabo de seus "aparentados" famosos. Na verdade, não tão aparentados assim, pois eles são do grupo dos Pseudosuchia, um nome bem esquisito, ainda mais porque, traduzindo, seria "falso crocodilo", uma contradição evidente. Enquanto isso, os dinos, seus "descendentes" penosos e bicudos, e os pterossauros, formavam outro grupo, os Avemetatarsalia

Lagartos e serpentes são os Squamata, ou escamados. As serpentes, os mais odiados de todos os répteis, por causa da má reputação vinda desde a Bíblia, ocupa apenas uma das subordens de escamados, dentro do grupo Toxicofera, ou os produtores (em potencial) de veneno. Segundo os herpetólogos, ou seja, os estudiosos de seres rastejantes, quanto mais evoluída a serpente, mais ela tende a ser peçonhanta, e as mais evoluídas estariam na família Viperidae, a das víboras, cascaveis, surucucus, jararacas, urutus e outros nomes empregados para xingar alguém. Mas em geral essas serpentes não querem saber de briga, e só dão o bote para se defender. E quando fazem isso, usam seus dentes muito eficientes, a tal da dentição solenóglifa, ou de dentes com canal, para injetar a peçonha. As najas e as corais (Elapidae) não têm um sistema não eficiente, pois suas presas são pequenas, típicas da dentição proteróglifa, mas tentam compensar isso com veneno mais forte e letal; boa parte delas têm cabeça redonda, olhos grandes e cauda comprida, para mostrar o quanto algumas das velhas cartilhas são uma furada neste ponto, pois só consideram as cobras parecidas com as víboras europeias como perigosas. Cabeça triangular e olhos pequenos são características também das cobras mais primitivas, dentro das famílias Pythonidae (pítons, cobras capazes de crescer a mais de 10 m) e Boidae (as sucuris e as jibóias), todas sem veneno e dentes usados só para morder, sendo áglifas. Outro grupo intermediário, este mais complicado de classificar, é o dos Colubridae, aquelas cobras que podem ser ou não perigosas, por terem uma glândula de líquido digestivo para injetar nas vítimas, a tal da "glândula de Duvernoy", com suas presas no fundo da boca, tendo uma dentição opistóglifa (esta é a última palavra grega terminada em -glifa no artigo). Uns falam de uma família em separado, os Dipsadidae, onde estão a cobra-cipó e a muçurana, a cobra que come cobra. O Google e a Wikipedia não se dão ao trabalho de explicar o porque disso, pois só os herpetólogos têm coragem de estudar as diferenças entre os Colubridae e os Dipsadidae

Ainda dentre os escamados, existem uns animaizinhos parecidos com minhocas, as "cobras-de-duas-cabeças", mas elas ficam no grupo dos Anfisbenidae. Esses bichos não despertam muito interesse, a não ser para quem tem problemas com saúvas, pois essas criaturas inofensivas gostam de se enfiar em locais bem escondidos e protegidos, como os sauveiros. 

O resto dos escamados são todos lagartos, mesmo aquelas coisas esquisitas sem patas, as "cobras de vidro", da família Anguidae, seres que costumam piscar (não é picar, é piscar mesmo, pois eles têm pálpebras) e soltar a cauda, como os lagartos "normais" fazem. 

E as tartarugas? Elas ficam num grupo separado, o dos Chelonia, ou quelônios (do grego Chelone, tartaruga), cujos antepassados se separaram do grupo dos arcossauros no meio do Triássico, quando nem os dinossauros existiram ainda. As cascudinhas, no entanto, só apareceram bem mais tarde, quando os dinos já reinavam sobre a Terra. A lentidão dessas criaturas calmas e já com a "casa embutida", como se diz popularmente, é mais própria dos jabutis (Testudinidae), que passaram a viver na Terra após a extinção dos dinossauros. Os outros grupos de quelônios preferem viver no mar ou nos rios (os cágados), onde são até bastante rápidas para escapar dos perigos. 

Esta serpente, a Oxybelis brevirostris, parece estar sorrindo forçado tentando achar graça deste artigo. Ela é um réptil escamado colubrídeo opistóglifo (mas considerado inofensivo)


quarta-feira, 2 de julho de 2025

Não reclame!

Agora em São Paulo faz um frio típico de inverno. Registros de 11, 12 graus Celsius deixam os paulistanos incomodados, ainda mais considerando uma longa temporada sem temperaturas baixas, pois 2024 foi um ano particularmente quente.

Uma mulher preparada para o frio na Barra Funda (Werther Santana/Estadão)



Antes reclamava-se da falta de frio, no ano passado, e agora, das temperaturas baixas. Não dá para viver num ambiente com temperaturas estáveis ou ao gosto do freguês, ainda mais quando precisa se deslocar para o trabalho ou buscar os filhos na escola. 

Esta situação vai perdurar por mais algum tempo, pois o inverno está começando agora. O jeito é não reclamar e usar bem o seu casaco. 

terça-feira, 1 de julho de 2025

BYD apresenta o primeiro carro "brasileiro" da marca

 Em meio aos vários fatores desfavoráveis para a os negócios para as fábricas estrangeiras (e também brasileiras) em geral, e problemas com a legislação trabalhista brasileira devido ao uso de mão-de-obra análoga à escravidão, a BYD conseguiu se firmar e anuncia o seu primeiro "rebento" em Camaçari, na Bahia, um pequeno Dolphin Mini, sucesso de vendas por aqui. 

Nessa fábrica serão inicialmente montados alguns modelos, em regime SKD (com partes já previamente montadas vindas da China) e, posteriormente, CKD (com todas as peças importadas vindas em separado para a montagem local). Um dos carros é o Song Pro, um SUV híbrido com motor aspirado 1.5 e um elétrico, totalizando 235 cv. O torque com o motor elétrico alcança 30,6 kgfm, comparável a de um clássico Opala seis cilindros. Também será montado o sedã BYD King, além do já citado Dolphin Mini. 

Não há muitas expectativas em uma diminuição significativa no preço final, pois as peças ainda vem do exterior. Um Dolphin Mini custa atualmente por volta dos R$ 118 mil reais, um valor salgado para a maioria dos brasileiros. 

BYD diz ter apresentado nesta segunda o primeiro Dolphin Mini brasileiro, mas na verdade ele só foi montado aqui no sistema SKD (Semi-Knocked Down) (Divulgação)


Também se espera gerar empregos locais, pois a BYD estava usando mão-de-obra vinda de seu país de origem, e empregando métodos irregulares. 

Quanto às outras empresas, elas tentaram dificultar o estabelecimento da chinesa por aqui, mas agora terão que se mexer para enfrentaram as novas condições do mercado, ou poderão perder ainda mais clientes.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Manifestação para inglês (e americano) ver

Novamente, milhares de pessoas foram para a Paulista, para mostrar o nível de descontentamento com o governo, acusado de ser o responsável pelos problemas econômicos pelos quais os brasileiros passam, além de favorecer os gritantes casos de roubalheira nos Correios e no INSS e, por fim, estar em conluio com o STF para calar a oposição. 

A USP fala em apenas 12 mil pessoas, mas mesmo assim é um número bem superior às manifestações promovidas a favor do governo. Não vale comparar com a parada LGBTQIA+ ocorrida no mesmo local na semana passada, avaliada em 50 mil pessoas pela mesma Universidade de S. Paulo, pois são eventos de natureza diversa. Mas vale comparar com as manifestações passadas, que reuniram bem mais gente. 

Jair Bolsonaro foi de novo o protagonista da manifestação, e novamente deu ares de campanha política visando 2026, deduzindo que o Brasil irá aguentar até lá e elegê-lo, ou eleger alguém escolhido por ele, como algum dos filhos mais atuantes (o 02 Carlos e o 03 Eduardo) ou a esposa Michelle. Bolsonaro sofre das sequelas do atentado de 2018, em Juiz de Fora, e não consegue se recuperar da facada, e isso . Ele acusou o governo de apoiar a Rússia contra a Ucrânia e os grupos terroristas contra Israel, além de destruir a economia e a liberdade, esta última em conjunto com o STF. Conclamou os participantes a garantirem 50% dos deputados e senadores no Congresso, elegendo gente ligada aos valores conservadores ou, ao menos, liberais, 

Desta vez, a ex-primeira dama não compareceu, e nem o Nikolas Ferreira, um dos mais ativos apoiadores, mas Tarcísio de Freitas, o governador, foi uma das vozes, vestindo a camisa azul da Seleção, como forma de dizer que é um "reserva" enquanto Bolsonaro é o "titular". Silas Malafaia foi o organizador do evento e mais uma vez usou a sua palavra para atacar o Supremo, e responsabilizá-lo pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, preso por envolvimento no 8/1, e cujo processo judicial é marcado por irregularidades. Ele morreu na prisão antes de haver uma sentença. 

Os manifestantes gritaram palavras como "assassinos" para se referirem aos membros do Supremo no caso Clezão, e, para não variar, "mito", dirigindo-se a Bolsonaro. 

Gustavo Gayer (PL-GO), contribuiu para tentar dar mais visibilidade ao ato no exterior, por se dirigir também aos brasileiros residentes fora do país e aos congressistas aliados de Donald Trump. Mas isso tem efeito limitado no caso desses últimos, pois eles só agirão quando os cidadãos e/ou os interesses dos Estados Unidos forem atacados diretamente, de acordo com a Lei Magnitsky contra estrangeiros. Gayer fez seu protesto fluentemente em inglês não-nativo (do canal AuriVerde Brasil, prestigiado pelos apoiadores do ex-presidente): 



N. do A.: Para os apoiadores de Bolsonaro, o ato repercute mais do que a eliminação do Botafogo e do Flamengo no Mundial. Este blog se referiu à boa campanha dos dois cariocas na fase de grupos, mas as oitavas-de-final chegaram. O Glorioso perdeu para o Palmeiras por 1 a 0, e o Flamengo sucumbiu ao Bayern de Munique, apesar de ter tentado jogar à altura do gigante alemão: 4 a 2. Enquanto isso, outro carioca, o Fluminense, logo o menos cotado dos quatro brasileiros, conseguiu passar pela Internazionale, vice-campeã da UEFA Champions League, fazendo 2 a 0 e fazendo inveja aos rivais. 


sexta-feira, 27 de junho de 2025

Japão enforca "monstro"

Quando se pensa em monstros no Japão, imagina-se aquelas criaturas gigantes como Godzilla, Mothra, Rodan ou qualquer bicho infeliz que cruze o caminho dos heróis. Mas existem pessoas consideradas como tais, vistas sem a mesma admiração e temor, mas com ódio e nojo. Ou, mesmo, pena, no caso de tipos como Takahiro Shiraishi, apelidado de "maníaco do Twitter". 

Este "pobre coitado" chorando no tribunal foi responsável por mortes cruéis num dos países menos violentos do mundo (AFP)

O jovem, considerado sociopata, matou e esquartejou nove pessoas, a maioria jovens do sexo feminino, entre 15 e 26 anos. A defesa alegou que seu cliente apenas "fez as vontades das vítimas", pois elas teriam desejos suicidas. Por sua vez, a acusação, e o júri, não aceitaram a alegação, pois as vítimas tiveram seus corpos vilipendiados. Depois da prisão do "maníaco", ocorrida em outubro de 2017, a polícia teria encontrado 240 partes espalhadas ao longo da casa do criminoso, disfarçadas com areia de gato e outros meios para minimizar o odor da decomposição. 

Embora a maioria dos japoneses ainda aprove a manutenção da pena de morte, entidades de direitos humanos protestaram contra a execução de Shiraishi. Por aqui, há muita gente querendo aplicar os mesmos métodos, alguns até em praça pública como se fazem nos países islâmicos, e não poucos querem coisas como "baraço e pregão", "camisa de onze varas" e "morte natural para sempre", como era aplicado nos tempos da colônia portuguesa. 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

A tragédia de Juliana

Nenhuma morte de um brasileiro, nem mesmo a do consagrado ator Francisco Cuoco, ocorrida nestes tempos, foi tão comentada e lamentada quanto a de Juliana Marins, morta durante uma excursão em torno do vulcão Rinjani, na ilha indonésia de Lombok, próxima a Bali. 

Ela foi mais uma vítima da trilha causadora de várias outras mortes. Não se sabe como ela morreu, mas quando o socorro chegou, atrasado por um misto de mau tempo e falhas de logística, decorreram cinco dias depois do acidente. 

Nas redes sociais, o governo da Indonésia foi alvo de críticas, Houve contra-argumentos, comparando a tragédia envolvendo uma única vítima com as inúmeras mortes de turistas no Brasil. Afinal, as favelas do Rio de Janeiro ou o centro de São Paulo são mais perigosos do que um vulcão indonésio.

Até celebridades e subcelebridades, como a Solange Gomes, a ex-musa da banheira do Gugu, entraram nas polêmicas. A artista criticou os pais por terem-na deixado fazer a trilha. Mas Juliana era uma pessoa adulta, com 26 anos, não uma menor de idade. 

A publicitária Juliana Marins encontrou a morte na Indonésia e a tragédia comoveu o país (Reprodução/Instagram)


Chegam a noticiar vaquinhas para ajudar no translado do corpo, algumas arrecadando cifras consideráveis, mas a grande maioria é uma fraude. Nenhuma delas foi organizada por familiares da vítima. 

De qualquer forma, a família de Juliana está se empenhado para trazer o corpo de volta. O presidente Lula também se oferece para ajudar, aproveitando a grande comoção para poder aumentar a sua minguada popularidade. Ele quer custear o translado, algo proibido pela lei 9199/2017, mas o problema é a verba não sair do bolso dele, caso o presidente consiga revogar a lei. Ele usaria parte do NOSSO DINHEIRO. 

Agora cabe respeitar o luto da família e torcer para o corpo seja de fato transferido para o Brasil. 




quarta-feira, 25 de junho de 2025

O espetáculo mundial continua

 Estamos presenciando novas cenas do grande circo da bola azul.  

Donald Trump, o presidente americano, parece um domador de leões, um representando o governo de Israel, e o outro, a teocracia iraniana. Para impor um cessar-fogo, vale tratar o maior aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio de uma forma dura nunca vista antes. E, apesar de ensaiarem uma troca de mísseis, com direito a bronca e palavrão do referido "domador", os ânimos até agora estão calmos, com cada um apregoando ter vencido a contenda. 

No Brasil, onde os políticos são comparados aos palhaços e o povo é a plateia, cansada das atuações mambembes e não aguentando levar tortas na cara dia sim e outro também, desta vez a atuação não foi tão canhestra, pois eles desarmaram a bomba (verdadeira!) do IOF lançada pelo governo, que também não se cansa de fazer palhaçada. Não é exatamente para compensar a atuação anterior, quando a bomba dos custos da energia elétrica foi jogada na plateia, mas serve para fazer desfeita ao palhaço-mor que veste a faixa. 

Por falar nisso, ainda repercute muito a atuação deste na reunião do G7, onde ele divertiu os outros protagonistas do circo mundial, mais sérios, mas também vistos como ridículos pelos seus cidadãos. 

E não se pode esquecer do espetáculo em paralelo, nos Estados Unidos, onde as quatro equipes brasileiras conseguiram continuar na atração, enquanto as duas equipes argentinas foram "convidadas" a se retirar. Mss os gigantes continuam lá. 

terça-feira, 24 de junho de 2025

Bayern no caminho do Flamengo. E o Boca Juniors...

O Bayern não fez sua lição de casa, desta vez, no Mundial de Clubes, e perdeu para o Benfica por 1 a 0, fazendo o time português assumir a liderança no confuso grupo C. 

Usando time misto, o time alemão foi derrotado e agora vai ter que enfrentar o Flamengo, primeiro lugar no grupo D, Este encontro nas oitavas não é desejado por nenhum dos dois times, ainda mais porque os cariocas jogaram mal, desperdiçaram várias chances contra o LA Galaxys e só empataram em 1 a 1. 

O grupo C seria uma espécie de "grupo da morte", embora o grupo G, o do Manchester City e da Juventus, esteja com este título de acordo com a mídia, e a vítima foi o Boca Juniors, cujo empate com o Auckland por 1 a 1 foi um vexame para os xeneizes, e por isso eles acabaram merecendo perder a vaga para os mata-matas. O time neozelandês, por outro lado, escapou de ser o saco de pancadas do grupo. 

Cavani amarga mais uma eliminação vexaminosa num torneio internacional com o Boca Juniors (Peter Smith/Fifa)

E a situação do River Plate também não está perfeita, pois vai enfrentar a Internazionale, e, mesmo considerando a traumática final contra o PSG na UEFA Champions League, o time italiano merece respeito. Ainda há a chance de ver um brasileiro ser eliminado da competição, o Fluminense, caso perder do sul-africano Mamelodi Sundowns, o que não é impossível, pois esse time deu trabalho para o Borussia Dortmund e para o Ulsan. Além do Flamengo, Botafogo e Palmeiras avançaram e serão rivais nas oitavas-de-final em um jogo também indesejado para as partes envolvidas. 

segunda-feira, 23 de junho de 2025

A guerra começa para valer (ou não?)

As forças americanas, com a intenção de erradicar a tentativa do Irã de produzir armas nucleares, usou os temidos aviões B2 para invadirem o espaço aéreo do país dominado pelos aiatolás sem serem detectados, e detonarem os mísseis para destruírem seu alvo a vários metros de distância, em Isfahan, Natanz e Fordow, onde estariam bunkers com centros de enriquecimento de urânio para fins bélicos e não como combustível nuclear, como acusa o Ocidente. 

Trump saudou o aparente sucesso da operação Midnight Hammer (em tradução livre, "Martelo da meia-noite"), enquanto os aviões voltaram para a base, muito provavelmente Diego Garcia, no Índico, oficialmente em posse do Reino Unido, mas na prática usada pelos americanos para poderem atuar no Oriente Médio, principalmente na Síria e no Iraque. 

A operação "Midnight Hammer" teve o efeito maior do que a do Mjolnir (o martelo de Thor) sobre o Irã (Poder360)

Os iranianos responderam lançando mais mísseis sobre Israel e, mais tarde, atacando bases americanas dos países banhados pelo Golfo Pérsico, no Iraque e no Qatar. Neste último país, considerado até certo ponto aliado de Teerã, as autoridades se enfureceram com os ataques, por serem uma violação flagrante da soberania, onde sempre há o risco de civis serem atingidos no processo, e lançaram mísseis para impedir estragos maiores. O relativo fracasso da reação iraniana representou um alívio temporário para os mercados da cotação de petróleo. 

Todavia, logo eles tentarão fechar o Estreito de Ormuz, de acordo com a decisão do Legislativo, subordinado à teocracia xiita assim como os outros Poderes no país um dia conhecido como Pérsia. Isso provocaria outra crise do petróleo, comparável aos choques na década de 1970, quando as nações árabes atacavam Israel. Por este estreito, entre o Golfo Pérsico e o Mar de Omã, o petróleo de quase toda a região é bloqueado e  não pode ser levado pelos navios. Assim, o preço do barril irá subir novamente. 

E isso não irá terminar, até a rendição do Irã ou uma possível escalada para a maior tentativa de suicídio de uma espécie neste planeta. Sentiremos os efeitos disso quando o preço da gasolina disparar, ou houver problemas na Internet por ataques físicos às redes e satélites de transmissão ou por um ciberataque. Num cenário desses, podemos esperar muita coisa. 


N. do A.: Mais tarde, Donald Trump disse nas redes sociais que espera um cessar fogo entre Israel e Irã, e praticamente obrigou o seu grande aliado a cessar os ataques, enquanto não há garantias que o outro lado vá seguir o acordo. O anúncio deixou muitos diplomatas confusos. Ou o homem da Casa Branca está blefando, ou ele está investindo pesado na imposição de uma paz relativa, sob a mira dos mísseis e dos aviões como o B2.