... parece que o tarifaço de Trump está mesmo para ser aplicado.
Muitos empresários e parlamentares não quiseram esperar a resposta de Lula à medida do governo americano e estão agindo. Uma comitiva de parlamentares foi a Washington para conversar com colegas do Capitólio, tanto do Partido Republicano (o de Donald Trump) quanto o do Democrata. Eles querem evitar a taxação de produtos importantes nas exportações brasileiras, como o aço.
O governo prefere agir de outra forma. Sabe-se que existem vários motivos para a taxação, além dos políticos. Uma motivação bastante forte é a exploração de recursos minerais valiosos, como as "terras raras" (metais como o neodímio, o disprósio, o gadolínio e outros, cujos compostos são usados para imãs de alta potência, motores elétricos, turbinas e outros equipamentos de alto valor agregado). O Brasil ainda possui outros minerais cobiçados, como o nióbio, muito falado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por causa disso, o discurso do governo acabou se aproximando do adotado pelo antecessor e "inimigo", mas discursos nada significam sem ações efetivas, e a exploração clandestina dos minerais continua, assim como a falta de controle e fiscalização, pois a exploração desses recursos possui alto impacto ambiental. Para piorar, não existem fábricas brasileiras para transformar essa matéria bruta, pois o processo é muito caro.
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Lula (esq.) sabe que jabuticabas não bastam para aplacar a ira de Trump. Mas as ações efetivas dos brasileiros contra o tarifaço não vêm do governo (EFE/EPA/Christophe P. Tesson e Will Oliver) |
Esse aparente nacionalismo de um governo até há pouco avesso a isso e sempre acusado de servir ao "globalismo" pelos opositores bolsonaristas, não vai impedir a implantação do tarifaço. E o Brasil sofrerá as consequências. Será que isso será o suficiente para Lula chorar de arrependimento por ter desafiado o seu poderoso colega? Pois os brasileiros certamente irão (e isso foi mostrado em postagem anterior).
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