segunda-feira, 7 de abril de 2025

Manifestação pela anistia incomoda o governo

No Rio, a manifestação do último dia 16 não gerou reação entre o governo e a maior parte da imprensa, mas ontem a Paulista conseguiu mobilizar muito mais gente.

Com Michele Bolsonaro como destaque, lembrando do caso Débora dos Santos e fazendo o coro "Anistia Já", as dezenas, talvez centenas de milhares de pessoas mostraram seu descontentamento. Silas Malafaia cobrou Hugo Motta, presidente da Câmara, para fazer andar o projeto de anistia, e acusou os militares de covardia e omissão por não terem impedido os atos de vandalismo do 8/1, logo interpretados pelo Executivo e pelo Judiciário como "golpe".

Jair Bolsonaro também falou, para aumentar o clima de campanha pela sua candidatura em 2026, não crendo que ele fique de fato inelegível. Ele lembrou que Lula também estava irregular quando se candidatou, após o rumoroso processo de soltura.

Quanto ao tamanho da multidão, o Cebrap fala em 44 mil pessoas, número abaixo das manifestações anteriores, porém maior do que os alegados 18 mil no Rio, e também bem mais do que qualquer movimento promovido pelos apoiadores do governo. Também fez a pauta da anistia acelerar, de acordo com informações de veículos de comunicação oposicionistas, como a revista Oeste. Isso deixou o governo incomodado, tentando pensar em uma reação, embora os principais alvos, Lula e o STF, tentem mostrar tranquilidade, principalmente Alexandre de Moraes, que chegou a fazer um argumento ad hitlerum para defender a regulamentação das redes sociais. Para ele, se Goebbels tivesse acesso ao X, os nazistas "teriam conquistado o mundo". Já Lula e Haddad foram até Cajamar, na Grande São Paulo, para um evento do Mercado Livre. 

Ato pela anistia aos presos do 8/1 reuniu milhares na Paulista (Miguel Schincariol/AFP)


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