sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Da série 'Proteção na Tomada', parte 2 - Estabilizadores

Continuando a série sobre os dispositivos para proteção elétrica, este blog vai abordar os estabilizadores. 

Existe um questionamento a respeito da diferença entre esses aparelhos e os filtros de linha, mais baratos. Os estabilizadores, para o controle dos chamados transientes (irregularidades no sinal elétrico, em forma de onda ou senoide), utilizam um transformador embutido, para fornecer a tensão correta. Isso é controlado com a ajuda de relés, conforme a ilustração abaixo: 

Esquema básico de um estabilizador usado em computadores (do site Eletrecidade.com)

Os relés R1 e R2 são acionados por um circuito de controle, sendo ativados ou desativados para o primário do transformador ter um número de espiras, ou "enrolamentos", compatível. Para uma tensão de saída igual à de entrada, a relação entre o número de espiras do primeiro e do secundário (a parte do transformador ligada à saída) é de 1:1. Se a relação for 2:1, a tensão de entrada é de 220 V e a de saída, 110 V. 

Numa relação 1:1, o relé R1 é acionado (fechado), curto-circuitando parte do transformador e só deixando ativas as espiras entre o ponto de saída do circuito supressor de surtos (uma combinação de indutores, capacitores, resistências e ao menos um varistor) e o ponto A da ilustração. O relé R2 é mantido aberto (desativado). Para quedas de tensão na rede, o relé R2 é ativado e o relé R1 é desativado, diminuindo o número de espiras válidas no primário. 

Normalmente, um bom estabilizador teria mais relés, pelo menos quatro, para ajustar adequadamente a tensão no transformador. Assim, teoricamente, o estabilizador serviria também para resolver problemas de subtensão, algo que os filtros de linha não fazem. 

Muitos técnicos dizem que eles não são eficazes para controlar efetivamente os transientes e as variações de tensão, pois o tempo de resposta dos relés, que são componentes eletromecânicos, é geralmente lento, e o filtro supressor de surtos pode também não impedir transientes muito intensos. 

Assim, existem outras soluções melhores do que o estabilizador. Um deles é o no-break, assunto de uma próxima postagem. 

E ainda falta um mês!

Novembro termina e más notícias continuam aparecendo! Como será o fim deste ano? 

Na Ucrânia, o governo conservador do país endureceu o regime, temendo uma possível invasão russa, e decretou lei marcial, restringindo ainda mais os direitos da população. Existe um movimento separatista no leste do país, e a Crimeia já está anexada à Rússia. 

Por aqui, houve mais uma tragédia envolvendo o Campo de Marte. Um monomotor com destino a Jundiaí perdeu o controle e explodiu ao colidir em residências no bairro da Casa Verde Baixa. Os dois pilotos morreram, e fala-se em 13 ou 14 feridos, seis deles em estado grave. A ação rápida dos bombeiros impediu uma catástrofe no local, e o fogo foi quase imediatamente controlado. 

E ainda há toda a repercussão sobre os assuntos de ontem: a prisão do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o indulto de Natal que vai ser concedido por Michel Temer, cujo governo vai terminar daqui a um mês. Enquanto isso, o eleito nomeou o almirante Bento Costa Lima como ministro das Minas e Energia, para tentar agradar a Marinha, pois até agora apenas oficiais do Exército foram nomeados para alguns ministérios. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Dia de trabalho para a Polícia Federal

Foi um dia intenso para a Polícia Federal hoje, com uma força tarefa em cinco estados (SP, MS, GO, RS e SC), juntamente com a Receita Federal, para prender 23 pessoas acusadas de lavagem de dinheiro e serem integrantes de uma rede internacional de tráfico de drogas. Duas delas ainda não foram localizadas. A quadrilha teria movimentado até agora quase R$ 1,4 bilhão, em transações de drogas vindas da Bolívia e transportadas para a Europa. Foi encontrado dinheiro escondido dentro de máquinas de lavar roupa. 

Encontrar dinheiro em máquina de lavar dá margem a muitas piadas sobre "lavagem de dinheiro" (Divulgação/Polícia Federal)

Repercussão ainda maior teve a prisão do primeiro governador em exercício do mandato na História do Brasil. Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro, foi preso, acusado de receber R$ 150 mil mensalmente da quadrilha chefiada pelo ex-governador e aliado político, Sérgio Cabral Filho. O esquema montado por Cabral ainda não foi totalmente desmontado, e a procuradora-geral Raquel Dodge diz que Pezão deve cumprir a prisão preventiva determinada pelo ministro Felix Fischer, do STJ, para não atrapalhar as investigações. O presidente eleito Jair Bolsonaro parabenizou a Lava Jato pelo ato pioneiro. Apenas quatro governadores já foram presos antes, mas nunca exercendo mandato.


O mandato de prisão foi expedido pelo juiz Felix Fischer, do STJ (Marcelo Sayão/EFE)

Os cariocas esperam que o Rio de Janeiro comece a viver tempos de mais responsabilidade com o dinheiro deles e dos royalties do petróleo. Mesmo com uma grande arrecadação, o Estado é o de pior situação fiscal entre todas as unidades da federação. Desde o ano passado, o Rio está em situação de "calamidade financeira". 

A prisão do governador e de membros de uma quadrilha de traficantes pode sinalizar menos tolerância oficial com a criminalidade no país. 


N. do A.: Outra notícia impactante é a votação do chamado "indulto de Natal" que o presidente em final de mandato Michel Temer quer implantar para beneficiar criminosos com "menor poder ofensivo", entre eles os corruptos e os bandidos ditos de "colarinho branco", desde que a pena não seja superior a oito anos. Neste caso, eles poderão cumprir apenas um terço da pena. 21 condenados pela Lava Jato se encaixam nas regras. Seis ministros disseram que não vão impedir o presidente de conceder o tal indulto, alegando não quererem a interferência do Judiciário em decisões soberanas do Executivo: Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Marco Aurélio. Luiz Fux pediu vista do processo e, portanto, não há uma decisão final. Para os defensores da Lava Jato, é um presente de Natal que o Papai Noel, se existisse mesmo, nunca ia conceder - só as entidades malignas associadas à data, como o Krampus e o Grinch. Setores mais radicais vão querer mesmo desejar um cabo e um soldado para fechar o STF, visto como conivente com a "esbórnia", como teria dito Eduardo Bolsonaro, o filho do eleito.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Mais nomes para o governo

Jair Bolsonaro não perde tempo e está completando a sua equipe de governo, já anunciando que ela terá "menos de 20 ministros". Antes, falava-se em 15, como o presidente eleito mesmo chegou a prometer. 

Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), deputado federal recém eleito, foi nomeado ministro do Turismo. Gustavo Canuto, servidor do Ministério do Planejamento e sem filiação partidária, será o ministro do Desenvolvimento Regional, fusão dos atuais ministérios da Integração Nacional e das Cidades. 

Outro nome, este mais comentado, é o de Osmar Terra (MDB), como ministro da Cidadania. Esta pasta inclui os atuais ministérios do Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura. Ao se pronunciar sobre esta última atribuição, o ex-ministro do Desenvolvimento Social no governo Temer e também defensor das auditorias na Lei Rouanet, considerada muito permissiva quanto aos critérios de concessão, teria dito em tom de gracejo que só tocava berimbau. 

Podia ser pior: ter nomeado algum metido a Savonarola, o destruidor de obras de arte na Florença do fim do século XV em nome da devoção religiosa. Ou alguém da linha: "Quando ouço falar em cultura, puxo logo o meu revólver" (Hans Johst, teatrólogo alemão partidário do nazismo). Ou o Alexandre Frota. 


N. do A.: Más línguas, principalmente entre os acusados de serem "esquerdopatas", atribuem à bancada evangélica a primeira característica exposta no último parágrafo, e ao MBL, que brigou contra algumas mostras de arte como o Queermuseu e a exposição do "peladão" Wagner Schwartz, também a segunda.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Da série 'Proteção na Tomada', parte 1 - Filtros de linha

A energia elétrica fornecida para nossas casas está cheia de problemas, causados pelo desgaste natural dos componentes elétricos, como fios, conexões, fusíveis, disjuntores e transformadores, e pela relativamente pouca robustez no fornecimento, vulnerável a raios e interferência eletromagnéticas, e nem sempre contando com a manutenção adequada da rede, além do perigo das instalações elétricas clandestinas, conhecidas como "gatos". 

Alguns perigos capazes de ameaçar os equipamentos eletrônicos dentro das residências são: 

- ruidos, causados por interferências eletromagnéticas desencadeadas por torres de transmissão, lâmpadas fluorescentes, eletrodomésticos; os ruídos possuem frequência bem maior do que a fornecida pela rede (60 Hz, no Brasil);

- transientes, ou seja, variações do sinal elétrico, que deixa de ter um formado de onda (ou senoide) uniforme e regular; são causados por motores elétricos de alta potência e transformadores elétricos;

- picos de tensão, causados por descargas elétricas e curto-circuitos; a tensão (voltagem) normal das casas é de 127 V ou 220 V, mas pode sofrer aumento repentino; 

- subtensão, quando a tensão fornecida pela concessionária fica abaixo da especificação, ou seja, quando ela fornece tensões de 100 V ou menos para uma rede de 127 V; ocorre também quando há presença de "gatos", comprometendo o fornecimento de energia para as outras residências.

Filtros de linha estão entre os equipamentos mais utilizados para a proteção de aparelhos eletrônicos, principalmente consoles de videogames e computadores, devido ao seu baixo preço. 

Seu circuito elétrico é constituído de um ou mais fusíveis para impedir os efeitos das sobretensões e do excesso de corrente elétrica, e varistores ou VDR's, resistores especiais que variam a resistência (isto é, permitem mais ou menos corrente) de acordo com a tensão. Esses varistores são os componentes principais para a filtragem dos sinais, juntamente com capacitores e, em vários casos, também indutores (bobinas). 

Isso garante um nível de proteção mínimo contra surtos e transientes, mas geralmente os tempos de resposta são grandes, isto é, são relativamente "lentos" para atuar, e não há um dispositivo especial para desviar o excesso de corrente para o terra, chamado de DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos), salvo nos modelos mais sofisticados e caros. Neste caso, funcionam melhor quando existe um sistema de aterramento, algo nem sempre presente nas casas (este blog vai abordar este problema em uma nova postagem). 

Esquema simplificado de um filtro de linha (do site Conserto DE)

Princípio de funcionamento de um DPS industrial; os presentes em filtros de linhas são de pequena capacidade, e são acoplados a microdisjuntores (do site Citisystems.com.br)

Os filtros de linha, portanto, não são a melhor solução para proteger equipamentos eletrônicos. Na próxima postagem, o blog abordará o estabilizador de tensão, destacando suas vantagens, ou mesmo desvantagens, sobre os melhores filtros de linha.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Dólar volta a ficar acima de R$ 3,90 (e outras notícias desagradáveis)

Quem imaginava o dólar em valores civilizados após a vitória de Jair Bolsonaro já pode se desiludir. Enquanto as intenções da futura equipe econômica do presidente eleito não se transformarem em ações efetivas, a volatilidade continuará, com a moeda americana e o desempenho na Bovespa sofrendo variações consideráveis.

Quem tem mais motivo para ter essa cara de pânico é o turista brasileiro no exterior (do site ViraVolta)

Novamente, cada nota com a efígie de George Washington está custando quase R$ 4,00, ou mais precisamente R$ 3,918, por culpa da expectativa acerca do aumento de juros nos Estados Unidos e das incertezas com a equipe econômica do presidente eleito, bastante técnica porém ainda necessitando provar a sua habilidade no meio político.

Um outro fator que influenciou de alguma forma no comportamento do dólar é a aprovação do aumento de 16,38% para os ministros do STF, e consequentemente para todo o funcionalismo público, resultando em gasto extra de mais de R$ 4 bilhões anuais. Para compensar em parte, o ministro Luís Fux cortou o auxílio-moradia, e o corte desse privilégio deixou muitos magistrados insatisfeitos.

Essas duas notícias foram acompanhadas pela péssima repercussão da agressão de torcedores do River Plate contra os jogadores do Boca Juniors, forçando a Conmebol a adiar o jogo final da Libertadores e manchando a imagem do futebol sul-americano no mundo. E ainda: os estragos das chuvas no ABC paulista e no Rio de Janeiro e mais um escândalo envolvendo o ex-presidente Lula, desta vez por suposta lavagem de dinheiro na Guiné Equatorial; o presidente daquele país africano, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, é também visto como cúmplice no esquema.



N. do A.: Não bastasse toda essa enxurrada de más notícias, morreu o cineasta Bernardo Bertolucci, o polêmico diretor de filmes como O Último Tango em Paris e Os Sonhadores

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

As chuvas estão vindo!

Está começando a temporada de chuvas no Brasil. Se por um lado isso representa um alívio na situação das represas e do funcionamento das usinas hidrelétricas, ainda a principal fonte de eletricidade do país, por outro significa um problema para os aparelhos eletrônicos das casas. 

Para proteger os aparelhos eletrônicos, é necessário cogitar o uso de algum dispositivo de proteção. Os mais comuns são os filtros de linha, os estabilizadores, os no breaks, os reguladores de voltagem e os controladores de energia (ou de potência). Isso sem falar em um procedimento relativamente pouco usado no Brasil: o aterramento. 

Farei uma série ao longo dos próximos dias para explicar o funcionamento de cada um desses aparelhos, e seu nível de proteção contra a sobretensão causada pelos raios, e também a subtensão responsável pela má qualidade da eletricidade nas casas. 

Porém, este blog não deixará de abordar outros assuntos, como a repercussão da escolha do novo ministro da Educação, o filósofo colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodriguez. Ele acabou sendo o nome escolhido, para agradar os conservadores, e tem o respaldo de um dos "gurus" do presidente eleito: o também filósofo (e astrólogo, como apontam os desafetos) Olavo de Carvalho. Acharam o nome de Mozart Neves muito pouco comprometido com as bandeiras da "Escola Sem Partido" e o combate à influência marxista na formação dos nossos jovens.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Da série 'Noventolatria', parte 17 - O filme 'live-action' de 'O Rei Leão'

Em 1994, o desenho da Disney O Rei Leão foi um dos maiores sucessos da década de 1990, aquela cultuada pelos "noventólatras". 

Agora, está em fase de finalização uma versão live-action, com atores reais e animais feitos em computação gráfica. 

Embora o trabalho só seja lançado em julho de 2019, já existe até um trailer mostrando a clássica cena do nascimento de Simba e sua apresentação ao mundo pelo sábio mandril Rafiki. 


Esta versão irá lembrar os 25 anos do desenho, feito numa época em que os desenhos eram feitos em 2-D e os trabalhos em computação gráfica eram uma raridade, até o lançamento de Toy Story, outro marco da "louca" década de 1990, no ano seguinte (1995). 

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Ministério quase completo

Nesta semana, o presidente eleito Jair Bolsonaro nomeou alguns membros importantes de seu governo, como o presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, antigo defensor da privatização da empresa. Alguns nomes passaram bem longe da unanimidade, como o deputado pelo DEM do Mato Grosso do Sul, e médico ortopedista, Luiz Henrique Mandetta, como ministro da Saúde, uma pasta sempre problemática devido aos imensos desafios da área, muito além da capacidade dos últimos nomes indicados pelos governos. 

Mozart Neves Ramos é um nome fortemente ligado a Viviane Senna, irmã do falecido piloto Ayrton Senna (Jornal Opção)

Hoje, o nome apontado para a pasta da Educação, outro setor com gravíssimos problemas, é o educador Mozart Neves Ramos, diretor do Instituto Ayrton Senna. Este nome também passou longe do consenso, pois foi considerado muito "moderado" para os defensores radicais de planos como o "Escola Sem Partido" e outras medidas para combater a doutrinação socialista, como se fosse um problema mais grave do que as deficiências crônicas no ensino e aprendizagem da matemática e da língua portuguesa, por exemplo. 

Ainda faltam nomes para ministérios importantes como o das Minas e Energia, e do Meio Ambiente. Cogita-se, também, manter o ministério das Cidades, e para este cargo falam a respeito de Celso Russomano, deputado federal do PRB paulista e conhecido tanto pela defesa dos direitos do consumidor quanto pelos processos judiciais contra ele, por acusações de peculato e recebimento de R$ 50 mil pela Odebrecht.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Véspera de super-feriadão

Este blog vai dar um tempo nas postagens durante o super-feriado entre 15 e 20 de novembro. Porém, caso houver algum assunto importante, haverá uma postagem nova. 

Por exemplo: alguma decisão mais drástica do governo de Cuba contra Bolsonaro após o fim do tal programa "Mais Médicos", aquele criado pela Dilma para ajudar financeiramente os aliados de Havana enquanto juntos exploram a mão-de-obra dos médicos vindos da ilha caribenha, ou as consequências no atendimento do pessoal do Norte e do Nordeste. Ou novas implicações sobre o sítio de Atibaia, após os depoimentos (tensos) dados pelo ex-presidente Lula à juíza Gabriela Hardt, que o tratou com o devido respeito (e com a firmeza necessária).

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Homenagem diferente

Quando alguém homenageia Stan Lee, lembra-se dos heróis, centenas deles, criados pelo genial mago dos quadrinhos. Afinal, temos o Homem Aranha, o Homem de Ferro, o Capitão América, o Incrível Hulk, o Poderoso Thor, o Demolidor, os X-Men, o Quarteto Fantástico, o Surfista Prateado, os Vingadores, o Pantera Negra, entre outros. 

Porém, alguns anos antes eu estava aproveitando um tempo de folga para fazer desenhos rápidos. testando um programa chamado Paint.net, versão aperfeiçoada do conhecido Paint do Windows, mas com a possibilidade de desenhar em várias camadas. 

Acabei fazendo os rostos de algumas criações de Stan Lee, mas não os heróis, e sim os supervilões: ao centro, Magneto, o arqui-inimigo dos X-Men. Cercando-o, em sentido horário, o Caveira Vermelha (principal inimigo do Capitão América), o Duende Verde (inimigo do Homem Aranha), Barão Zemo (outro inimigo do Capitão América), MODOK (monstrengo inimigo do Homem de Ferro). 

Como levei cerca de uma hora para desenhar, sem alguma base por perto (como uma das milhares de HQs do mestre), algumas características ficaram incorretas, como o formato do elmo do Magneto e a cor da armadura do MODOK. Nem havia pensado em publicar antes, tanto que o desenho não foi assinado. 

Esta ilustração foi feita no dia 23 de abril de 2011

Na época cheguei a pensar em fazer mais desenhos assim com outros vilões da Marvel, não necessariamente criados pelo genial Stan Lee, como Galactus, Mandarim e Dr. Destino. Mas acabei não levando isso adiante. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Questão desagradável que não caiu e nem cairá no ENEM

Qual foi o assunto mais desagradável dos últimos dias?

a) O assassinato do médico Roberto K. Kikawa, que criou a Carreta da Saúde, que atendeu centenas de pessoas, em São Paulo.

b) A morte de Stan Lee, o grande criador dos heróis da Marvel.

c) A soltura de todos os presos pela Operação Capitu.

d) Mais um caso de negligência do poder público nos deslizamento de Niterói que mataram 15 pessoas. 

e) O maior incêndio da história recente da Califórnia, que causou prejuízos bilionários e matou 31 pessoas.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Joesley de novo na cadeia

Joesley Baptista voltou para a prisão hoje (William Moreira / Futura Press)

Como desdobramento da Lava Jato, a Polícia Federal mandou prender 19 pessoas, três das quais ainda estão foragidas, acusadas de receberem dinheiro ilegalmente, de propina, provindo de frigoríficos para membros do Ministério da Agricultura entre 2014 e 2015, no governo de Dilma Roussef. 

Entre eles, o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, ex-ministro da Agricultura durante esse período. E o delator do caso Temer, Joesley Batista, acusado também de mentir e ocultar fatos quando fez a denúncia contra o presidente, também suspeito de corrupção. 

Tais omissões e irregularidades acabam comprometendo a denúncia, tornando-a insustentável contra o atual presidente e alguns outros envolvidos, como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o senador Aécio Neves, o ex-homem forte de Lula Antônio Palocci e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Mas ainda existem outros processos contra os nomes citados, independentes da fala do ex-sócio da J&F.  

A Operação Capitu, batizada com o nome da protagonista do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis (Por quê? Tem algo a ver com a suposta dissimulação da personagem?), é apenas um dos trabalhos da Força Tarefa, que voltou à carga total nos últimos dias. Existe ainda muito para ser investigado, pois as propinas do Ministério da Agricultura são apenas uma parte minúscula da grande roubalheira contra o NOSSO DINHEIRO, efetivada nos últimos anos. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Bilheteria dos filmes

Segundo o portal "Filme B", os filmes de maior arrecadação no Brasil foram estes, em reais: 



1 - Bohemian Rhapsody - 9.446.269

2 - O Quebra Nozes e os quatro reinos - 6.104.149
3 - Halloween - 4.362.679
4 - Venom - 3.046.959
5 - Nasce uma estrela - 2.553.979
6 - O Doutrinador - 1.766.024
7 - Johnny English 3.0 - 1.145.579
8 - Tudo por um Pop Star - 1.061.432
9 - Fúria em alto mar - 863.681
10 - O primeiro homem - 547.304


Ou seja, o primeiro lugar ficou mesmo com a biografia do líder da banda Queen, Freddy Mercury, morto devido à AIDS em 1991; ele é um dos ídolos de quem tem saudade dos anos 1980 e 1990, chamados aqui de "oitentólatras" e "noventólatras". Os críticos acharam o filme dirigido por Bryan Singer (de X-Men) bem pouco ousado e muito pouco fiel à verdade, ou seja, fantasioso como os filmes abaixo dele no ranking de arrecadação. 

Abaixo do filme sobre o vilão da Marvel Venom e do drama musical Nasce uma estrela, com Lady Gaga, temos o primeiro filme nacional, sobre o anti-herói O Doutrinador, que vem decepcionando um pouco na bilheteria, talvez por ser uma versão muito suavizada dos quadrinhos, onde o personagem matava políticos reais. 

Este filme e o adolescente Tudo por um Pop Star são os únicos nacionais, enquanto Fúria em Alto Mar é o único filme de ação na lista, assim como O primeiro homem, sobre a primeira viagem tripulada à Lua, em 1969, é o único filme a falar sobre o tema "viagem espacial", sem ser um filme de ficção. 

Em breve, estrearão novos filmes, e eles podem mudar bastante este ranking. Um deles é uma nova versão animada de The Grinch, sobre o monstro que odeia o Natal. Parece adequado para o clima bem pouco natalino no fim de ano. Além disso, vão estrear o filme brasileiro sobre Chacrinha (outra personalidade muito querida pelos "oitentólatras"), o mexicano Museu (sobre garotos que assaltaram um museu), o suspense italiano Garota na Névoa, o drama francês A Prece e uma mistura de dois temas muito presentes em Hollywood - nazistas e zumbis - em Operação Overlord

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Trump e o Capitólio dividido


Gráfico dos votos para o Senado, por Estado; em azul, os democratas; em vermelho, os republicanos (BBC)

Para a Câmara, cada distrito conta, daí os Estados da federação americana aparecerem com cores mistas (BBC)

Foram realizadas ontem as eleições parlamentares nos Estados Unidos, as quais servem não só para a renovação do Congresso local mas também para servirem de termômetro político para o presidente Donald Trump. 

Para ele, a situação ficou algo desconfortável. Segundo os últimos números, no Senado houve uma maioria apertada: 51 cadeiras ocupadas por republicanos, contra 45 cadeiras para os democratas, e 2 independentes. Na Câmara, houve maioria oposicionista: 222 deputados democratas, contra 196 republicanos, e nenhum independente. 

Estados cruciais para a derrota na Câmara, como Colorado, Illinois e Flórida, não foram compensados pelos bons resultados em redutos republicanos, como Dakota do Norte e Texas. Outros mantiveram suas tradições de votarem em democratas, como Nova York e Califórnia. 

Mesmo assim, o presidente americano comemorou o resultado, mostrando mais uma vez que gosta de situações desafiantes. 


N. do A.: Situação desafiante, ou melhor, ameaçadora, é a do Brasil: como retaliação por não conseguirem ser reeleitos, muitos senadores votaram a favor do aumento de 16,38% para os ministros do STF. Esse aumento irá gerar um efeito cascata para o funcionalismo, fazendo o Brasil gastar pelo menos R$ 4 bilhões a mais. Quem aguardava ansiosamente pelo butim, além dos ministros do Supremo, foram os magistrados e boa parte da Força Tarefa. A sanção ou o veto presidencial só ocorrerá no ano que vem, então a decisão caberá a Jair Bolsonaro. Em caso de sanção, prometeu-se cortar o auxílio-moradia e outros privilégios, mas alguém acredita nisso?

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Orgulho e vergonha nacional de outubro

Desta vez, este blog será conciso e irá se concentrar nos vencedores dos selos "Orgulho Nacional" e "Vergonha Nacional".

O vencedor do "Orgulho" já foi comentado aqui, mas não o vencedor do outro selo, escolhido quase de última hora porque havia um candidato certo.

Como sempre, primeiro os agraciados pelo "bom" selo. Como foi difícil conseguir fotos apenas dos brasileiros vencedores do Lara (Latin America Reseach Awards) no mês passado, foram escolhidos pesquisadores isolados, mas os outros também são considerados "Orgulho Nacional".

Wagner Meira Jr. e Manoel Horta foram 2 dos 17 brasileiros que ganharam o LARA 2018, organizado pelo Google; todos os agraciados são "Orgulho Nacional" (baseado em foto de Isabela Moreira)


Depois, a "Vergonha Nacional". Era para ser Eduardo Bolsonaro, autor da frase insinuando que um cabo e um soldado seriam capazes de fechar o STF. No entanto, um assassino apareceu em cadeia nacional e roubou o selo do boquirroto filho do presidente eleito: é Edson Brittes, responsável pela morte violentíssima do jogador Daniel, do São Bento, emprestado pelo São Paulo.

Este selo era para ser do Eduardo Bolsonaro e sua frase anti-republicana, mas... (adaptado do G1)


N. do A.: Por falar em Eduardo Bolsonaro, seu pai, o presidente eleito, fez um breve discurso defendendo a obediência à Constituição, durante cerimônia solene no Congresso em homenagem aos 30 anos da Carta. É algo louvável, e será ainda mais se ele fazer jus às palavras e governar obedecendo ao império da lei. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Enem 2018


(Divulgação)

Ontem, começou o Enem, o exame feito pelos estudantes do ensino médio para avaliar suas escolas e também para conseguir uma vaga em uma universidade, substituindo ou complementando o vestibular. 

Houve um complicador para quem fez a prova: o horário de verão passou a vigorar no mesmo dia. É um fator psicológico negativo, principalmente para quem não "se liga" nos horários. Neste caso, houve atrasos e o tragicômico evento de encontrar os portões fechados. 

Apesar disso, houve a menor taxa de abstenção desde 2009, com 24,9%. Também não houve casos conhecidos de fraudes, como ocorreu naquela época, quando o ministro da Educação era o candidato derrotado à Presidência, Fernando Haddad.

Ontem, foram as provas de Ciências Humanas (Geografia, História, Filosofia e Sociologia), Línguas (Português, Inglês ou Espanhol) e Artes. A parte mais temida foi a redação, com o tema "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet". Parece uma "estocada" no presidente eleito Jair Bolsonaro, visto como beneficiário das redes sociais e das fake news. Um tema desses dificilmente seria colocado em questão em 2019.

Semana que vem, será Matemática e as Ciências da Natureza (Biologia, Física, Química). 


N. do A.: O horário de verão seria adiado para o dia 18, mas o governo voltou atrás. Ele se estenderá até 16 de novembro de 2019. 

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Moro vai ser superministro da Justiça

Bolsonaro passa a ter um grande trunfo, ao nomear Sérgio Moro. A aclamação popular ao longo destes quatro anos de mandato vai depender do desempenho dos dois (Divulgação)
Aconteceu o esperado por muita gente: o juiz Sérgio Moro vai ser ministro da Justiça no governo Bolsonaro!

Esta promessa não foi feita por ele, e sim por um adversário político, o presidenciável Álvaro Dias (Podemos). Porém, isso era cogitado desde o final do primeiro turno, quando teria acontecido contatos entre o juiz de Curitiba e Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia, de acordo com declarações do vice, o general Hamílton Mourão.

Moro passa a subir rapidamente de patamar, mas, como superministro da Justiça e da Segurança Pública, ele deixa de ser membro do Judiciário para fazer parte do Executivo, e seu direito de cometer equívocos, já bastante reduzido como um dos chefes da Operação Lava Jato, praticamente foi abolido.

Além disso, vai precisar deixar o cargo definitivamente e delegar os processos envolvendo o ex-presidente Lula, deixando para a sua substituta, juiza Gabriela Hardt, que já mostrou ter o mesmo espírito implacável dele quando assumiu interinamente o posto de juiza da décima terceira vara federal da capital paranaense. Sem falar nas acusações, pelos "esquerdistas", de atuação política de "direita" e até "extrema direita", por ter punido majoritariamente membros do PT e poupado outros acusados de corrupção, a maior parte deles deputados e senadores que tinham o foro especial por prerrogativa de função e não podiam ser julgados por ele. 

O novo status, porém, pode facilitar a sua nomeação como ministro do STF, quando um dos veteranos, possivelmente Celso de Mello, precisar se aposentar por limite de idade (75 anos), em 2020. Quando isso possivelmente acontecer, Sérgio Moro terá apenas 48 anos de idade, e poderá ficar muito tempo entre os 11. Ou, o que seria mais ousado e arriscado, o presidente eleito poderá lançar o juiz como candidato à Presidência em 2022.

Seria surpresa uma recusa, pois o juiz não esconde sua ambição, tão forte quanto a sua determinação em investigar o maior esquema de corrupção ocorrido neste século, e dar uma resposta aos responsáveis, inclusive o ex-presidente Lula. 

Moro será um dos dezesseis ministros da equipe bolsonarista. Seriam 15, mas o presidente eleito percebeu a oposição à ideia da fusão entre Meio Ambiente e Agricultura entre os produtores rurais e os ambientalistas, e desistiu. Bolsonaro deixou de ter um problema criado por ele mesmo e agora tem mais um trunfo: terá Moro a seu lado para governar o pais. 


N. do A.: Na próxima postagem, haverá a divulgação do "orgulho" e da "vergonha" nacionais. Bolsonaro, como presidente eleito, é hors concours, mas Sérgio Moro ainda não, até ser efetivado no cargo. Adianta-se: ele não foi agraciado com selo algum, apesar de, anteriormente, ter sido lembrado como exemplo de juiz implacável com a corrupção, e assim motivo de orgulho, ou, pelo contrário, como um defensor do auxílio-moradia tendo residência fixa, a exemplo de outros magistrados.