sábado, 30 de abril de 2011

A evolução dos logotipos

Em novembro de 2009, falei sobre algumas marcas famosas. Recentemente, consultei o site 'Mundo das Marcas' e notei outras mudanças interessantes nos logotipos de empresas. Aliás, foi na ocasião que eu descobri a influência da Sara Lee, não aquela do Ultraje a Rigor ( XD ) mas a empresa americana sobre a qual escrevi no post "Da série marcas famosas desconhecidas no Brasil"

Evolução do logotipo da francesa Alstom: 


Da D Paschoal, famosa empresa de serviços para automóveis no Brasil: 


Da conhecida marca americana de games, a E.A.: 


O Brasil representado de novo, com a Gerdau...


... e a Mococa, fábrica de laticínios: 



Esta é a marca Tonka, agora pertencente à americana Hasbro:


De volta às empresas brazucas, com a poderosa Ypè, que fez carreira meteórica e enfrentou com bravura uma gigante como a Unilever em nosso país: 

E enquanto rolava o conto de fadas...

... o Brasil tem de conviver com um aspecto trágico e sombrio da vida: a droga. 

As drogas são responsáveis por boa parte dos crimes cometidos em nosso país, e também por internações devido à violência e ao próprio vício dos usuários. 

É um caso de saúde pública gravíssimo. E vai piorar, porque uma nova droga, o óxi, pior do que o crack, está invadindo o país, vindo do Peru e da Bolívia, tradicionais plantadores de coca. Não se pode culpar o povo de lá pelo vício daqui, pois a coca é uma planta tradicional para mitigar a fome e o cansaço, mas cujas propriedades são intensamente exploradas por criminosos para viciar o maior número de pessoas e torná-las praticamente suas escravas. 

A reportagem sobre o óxi pode ser vista no portal Uol.

A fiscalização precária e errática das fronteiras do país contribui para a rápida disseminação do óxi. O governo hesita em tratar o assunto como de saúde pública ou de polícia, de ambas ou de nenhuma delas. Ou seja, todos nós corremos perigo. 

Essa ameaça tem de ser combatida com mais empenho, e não só porque vamos sediar uma Copa daqui a três anos. Ou o Brasil será motivo de escândalo internacional até antes disso.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Conto de fadas e realidade

O conto de fadas: príncipe William, o segundo da linha sucessória do trono britânico, casa-se em cerimônia grandiosa com Kate Middleton. O casamento é tratado pela imprensa como o amor de uma súdita de origem plebéia (mas rica) com o provável futuro rei da Grã-Bretanha. 

O filho mais velho de Charles e Diana (in memoriam) e sua noiva que deixou a sua vida de cidadã comum (fonte: AFP, pelo site UOL)

A realidade: Nos EUA, tornados matam mais de 300 pessoas. No mundo árabe, continuam as lutas contra os regimes discricionários e tirânicos. No Brasil, é o último dia para declarar o Imposto de Renda. 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A contribuição do Google para a imagem do Rio.


Como se pode notar no mapa acima, o Rio de Janeiro é um amontoado de favelas, e quem é estrangeiro e domina um pouco de português vai pensar que a Cidade Maravilhosa é semelhante a Port-au-Prince, a capital do Haiti, ou até pior.

Quem conhece o Rio de Janeiro ou viajou até lá sabe que não é nada disso. As favelas representam menos de 4% da cidade, e não são nem de longe tão conhecidas quanto os cartões postais, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar ou as praias de Ipanema e Copacabana. Mas o Google mostra aquilo tudo, como se aqueles montes de moradias precárias fossem bairros comuns.

Por falar nisso, Port-au-Prince, vista apenas pelo mapa, nem parece ser uma cidade desfigurada pela miséria e pelo terremoto. Tudo lá aparece em francês (très chic, n'est ce pas?), e não há menção alguma de miséria, mesmo porque pobreza de recursos não significa necessariamente pobreza de espírito. Não quer dizer, porém, que isso vá ajudar a melhorar a imagem da capital do Haiti, porque até os ET's devem saber que aquele lugar está bem longe de parecer um local para se passar as férias. 

Veja o mapa da capital do Haiti, abaixo. 


Ou o Google anda fazendo uma propaganda para lá de negativa, ou são as autoridades do Rio que estão fazendo isso. E o Rio vai sediar uma Olimpíada daqui a apenas 5 anos! E a final da Copa, daqui a três anos, será lá! O que vai ser feito até 2014 ou 2016? Sinceramente, eu não me atrevo a fazer futurologia agora...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A oposição no Brasil está sumindo!

Um dos fundadores do PSDB, Walter Feldmann, saiu do partido, evidenciando a crise pela qual passa a oposição. Se ela, nos oito anos de Lula, ainda conseguiu dar voz a quem não aceitava a corrupção e o mau uso do dinheiro público por parte do governo, sob Dilma, teoricamente muito mais vulnerável às críticas, a oposição, ao invés de fazer a necessária cobrança, resolveu encolher ainda mais. 

Os dissidentes estão aderindo ao PSD, o partido do Kassab, um partido do tipo "Hay gobierno? Soy a favor!". O Brasil corre, assim, risco de ter um monte de partidos adesistas, interessados nas benesses do governo. Isso definitvamente é mau para a democracia, ainda cambaleante e capenga no nosso país. Não existem democracias sólidas sem uma oposição atuante. Com isto, a quem a sociedade pode recorrer quando o governo abusa de suas prerrogativas? Como uma aprovação automática de qualquer ato do governo, bom ou ruim, pode ser evitada, como por exemplo a volta da CPMF e outras aberrações?

A oposição está tomando o caminho errado, e com isso o Brasil pode tomar caminhos imprevisíveis, talvez até recair no autoritarismo, sob o qual o país foi mergulhado na maior parte de sua história.

domingo, 24 de abril de 2011

Mensagem de páscoa

Existe algo em comum entre a Páscoa dos hebreus, dos cristãos e a páscoa comemorada atualmente.

O povo judaico celebra agora a passagem de um estado de escravidão para a liberdade.

Os cristãos comemoram a ressurreição de Jesus e o triunfo sobre o mal.

Hoje em dia, o símbolo da Páscoa é o ovo, símbolo do renascimento (e não o chocolate, motivo de desculpa para os gulosos e chocólatras em geral se empanturrarem e ganharem uns quilos a mais... XD).

Em todos estes significados, existe o sentido de renovação. A Páscoa é a renovação de todos nós, que acreditamos nEle. 

Também significa um dia para refletir sobre nossos caminhos e renovar nossos conceitos e mentes, já que há tantos desafios a serem vencidos nas nossas vidas.

FELIZ PÁSCOA.  

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tiradentes não é só um feriado!

 Uma das representações de Tiradentes. Neste desenho, ele não aparece como um Cristo personificado como nas visões idealizadas do passado

Quer dizer que Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, deu a vida pela independência do Brasil, para virar apenas um feriado?

Isso virou até um motivo de piada por parte do José Simão, o humorista que trabalha na Folha, e ele aproveitou o fato do dia de Tiradentes cair bem na Semana Santa. Pior, na véspera do feriado de Sexta Feira santa. O vídeo dele pode ser assistido aqui.

Por falar nisso, ainda é feita muita confusão em torno da figura semilendária do grande mineiro. Pelo menos já se sabe que ele não era mesmo parecido com Cristo, mas existem poucos relatos sobre sua verdadeira aparência. Também está documentado que ele não foi enforcado de barba e cabelo comprido, como se fosse uma personificação de Jesus, pois o costume era raspar o cabelo dos prisioneiros para evitar a infestação de piolhos, e a barba tinha de ser aparada às vésperas da execução pois atrapalharia a ação da corda. Ainda existe a questão da 'túnica', aliás, a roupa branca chamada de 'alva' dos condenados à forca, como era costume da época. Este tipo de camisolão serve para aumentar a humilhação dos condenados, já que as execuções eram em público. Parecia mesmo com a túnica que Jesus vestia muitos séculos antes.

Feita essa observação, volto ao assunto principal. 

Tiradentes é uma figura complexa que não merece virar apenas um feriado. Por um lado, era visto, muito romanticamente, como um líder que visava libertar o Brasil de Portugal e tinha uma coragem e um idealismo sobre-humanos, a ponto de assumir sozinho a culpa pelo movimento. Por outro, não passava de um pobre coitado que serviu como bode expiatório por ser pobre e pouco instruído no meio de gente importante e influente, como Tomás Antônio Gonzaga, Paula Freire de Andrade, Cláudio Manuel da Costa e José Álvares Maciel. Seja lá como for, sua figura foi aproveitada de todas as formas: como anti-monarquista ao querer implantar uma República como nos Estados Unidos, que já havia se tornado independente na época do dentista que virou mártir. Foi incansavelmente usado por positivistas, pelo movimento republicano, pelos políticos de agora. 

De qualquer forma, foi uma importante figura do processo de independência do Brasil, e uma voz contra a injustiça representada pela Coroa portuguesa, uma monarquia absolutista e incompetente, em parte responsável por deixar Portugal como uma nação atrasada e a então colônia brasileira uma terra explorada impiedosamente. Não um Jesus personificado. Muito menos uma figura inventada que possa dar pretexto a um feriado.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Da série "Marcas famosas desconhecidas no Brasil", parte 1

Este blog está ficando especializado em criar todo tipo de série. Algumas duraram pouco tempo, outras, como a famigerada série 'Mondo Cane', já tiveram vários posts
Fonte: Mundo das Marcas

Alguém fora do ramo publicitário ou empresarial já ouviu falar da marca Sara Lee? Não é a personagem do irreverente hit dos anos 80 do Ultraje a Rigor ("Eu tinha uma vaquinha / que se chamava Sara Lee..."), mas a gigante americana do mercado de alimentos matinais. 

Esta empresa consegue a proeza de se manter às escondidas desde 1998, quando surgiu no País e já adquiriu quase todas as principais marcas de café. A famosa marca Seleto, cuja propaganda é clássica, está nas mãos da Sara Lee. A Café Pelé, a Café do Ponto, o Café União, o Pilão, o Moka, são todos propriedade desta gigante. 

A Sara Lee foi fundada em 1939, segundo informações do blog amigo "Mundo das Marcas", e está em vários países, vendendo desde café no Brasil até produtos de higiene, mas seu forte mesmo são os alimentos. No nosso país, está concentrado no mercado do Coffea arabica (ou Coffea robusta) em pó, mas sua liderança vem sendo ameaçada pela 3 Corações, a despeito de ter a maioria das marcas.

Seu nome internacional é Sara Lee Corporation, mas por aqui adotou o modesto nome de Sara Lee Cafés do Brasil Ltda., com capital fechado. O principal CEO da empresa, ou a principal, foi, até meados do ano passado, a poderosa Brenda Barnes, cujo poder empresarial é tamanho que ela já foi comparada a Condoleeza Rice, Hillary Clinton e Angela Merkel. Barnes teve problemas de saúde e precisou afastar-se do cargo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Exemplo para o país ou populismo?

Um deputado distrital abriu mão dos privilégios oferecidos aos parlamentares, embora não do polpudo salário de R$ 26 500 (não seria tão generoso assim...) e acabou fazendo uma porção de adversários entre os seus colegas. 

José Antônio Raguffe (PDT) foi o deputado mais votado do Distrito Federal, e, com 38 anos, virou motivo de admiração entre os defensores da moralidade, e de preocupação entre os congressistas, por abrir um precedente aparentemente moralizador. Raguffe abriu mão da verba indenizatória, auxílio transporte, auxílio moradia e os salários extras - décimo quarto e décimo quinto salário - além de reduzir o número de assessores para 9, quando podia contratar até 25 pessoas. 

José Raguffe (foto publicada no Facebook)

Muito elogiável, aparentemente. Mas existiu no passado um outro político que ficou conhecido na mídia por extinguir privilégios como governador de Alagoas, e por isso conseguiu ser eleito presidente da República, resultando num dos maiores desastres ocorridos na história do Brasil contemporâneo. Sim, estou falando DELLE. 

Se for apenas uma jogada de marketing do deputado, isso poderá angariar mais votos para ele, à custa de acumular mais inimigos políticos. Caso for um ato sincero de austeridade, deveria ser imitado, e assim o Congresso poderia melhorar a sua imagem diante dos brasileiros.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sobre Realengo e outras questões

Muitos membros do Congresso, encabeçados pelo ilustríssimo presidente do Senado, José Sarney, estão querendo propor um novo referendo sobre o desarmamento, devido às atrocidades cometidas em Realengo. 

Vale lançar dúvidas sobre as pretensas soluções dadas no calor das discussões.

Primeiro: o desarmemento da população. Isto terá efeito nulo sobre a criminalidade, porque os criminosos sempre arranjarão modos de se armarem. Não será com maior dificuldade em vender armas a pessoas comuns, nem com a maior exigência em obter o porte de arma, e muito menos com restrições à prática de tiro a quem não é policial ou militar. Somente a população ficaria sem acesso às armas, o que, por si só, é bom. Mas, como diria Garrincha, o gênio ingênuo do futebol, esqueceram de combinar isso com os caras, aliás, com a bandidagem. 

Segundo: aumentar a vigilância sobre as fronteiras para evitar o contrabando de armas. Isto é necessário, mas seria necessário haver muito mais fiscalização e muito menos corrupção para impedir a permanência de nossas fronteiras como peneiras à entrada de todo tipo de mercadoria ilegal, inclusive as armas. 

Terceiro: se todas as armas de fogo forem banidas, os psicóticos sempre darão um jeito de usarem algo para executarem seus planos. Venenos, facas, motosserras, o que for. O problema não são os instrumentos em si, e sim quem os utiliza.

Quarto: o aumento da segurança nas escolas corre o risco de inibir não os criminosos, mas sim os alunos e seus pais, sujeitos à revistas e à quebra de privacidade. É atacar apenas uma pequena parte do problema. A violência ataca as escolas, sem dúvida, mas também tudo o que as cercam. As esquinas, as ruas, as residências, estão todas à mercê dos bandidos, por causa da ineficiência do sistema de segurança neste país. 

Quinto: fala-se muito na chamada lei do talião e da pena de morte, como se matar ou mutilar gente resolvesse os problemas de segurança; em muitos países da África, existe pena de morte, e mesmo assim a violência oprime as populações locais. Por outro lado, países como os do norte da Europa não têm pena de morte e seus índices de violência são irrisórios. E, para quem pensa que isso é decorrente da não existência da miséria nesses países, a Índia possui índices de criminalidade e violência bem menores do que no Brasil, e é um país onde boa parte de sua imensa população é miserável. 

Sexto: muito se fala da relação entre Wellington Menezes e o terrorismo islâmico, mas será mesmo que o Brasil é um paraíso de extremistas seguidores do bin Laden como alguns andam dizendo, ou tudo não passa de atos de uma mente realmente perturbada, misturando elementos de fanáticos seguidores do Alcorão com os das Testemunhas de Jeová, religião a qual pertenceria a mãe dele; logicamente, os muçulmanos e os seguidores das Testemunhas de Jeová negam qualquer envolvimento com o atirador de Realengo, mesmo porque a grande maioria desses devotos é contrária à violência, ainda mais contra inocentes.

Tudo isso mostra que o combate à violência, algo crônico no Brasil, não vai se resolver assim tão facilmente. A pacificação do Brasil e de suas escolas exige uma série de ações conjuntas, muitas vezes exigindo esforço, muito suor, inteligência, estratégia, criatividade. Às vezes, até dor e sofrimento. Idéias mirabolantes, demagogia e tentativas de encobrir interesses políticos e econômicos continuarão aparecendo, mas se vierem a se tornar a base dessa luta, então ela estará perdida.

Caso Fukushima: quem mente?

Quem está dizendo a verdade no caso da catástrofe de Fukushima?

O governo diz que o nível de radiação está sob controle, e não haverá o risco da crise nuclear em Fukushima, desencadeada por uma série de fatores desastrosos (o maior terremoto da história do país seguido de um tsunami e procedimentos erráticos para combater o aquecimento dos reatores danificados). 

Já a Tepco (Tokyo Electric Power Company), operadora da usina nuclear de Fukushima, diz que os níveis de radiação podem superar Chernobyl. Não é simplesmente igualar-se àquele desastre, responsável pela destruição de cidades e vidas humanas. É tornar-se pior, com risco para o Japão e os países vizinhos (Rússia, Coréia do Norte, Coréia do Sul, China), e também para o Oceano Pacífico.

A tendência das catástrofes é que a verdade está sempre do lado mais envolvido na História, ou seja, das vítimas. Por enquanto, as vítimas maiores do cataclismo, ou seja, as pessoas que moram nas proximidades da usina, não foram ouvidas.

sábado, 9 de abril de 2011

O maior lançamento do Brasil

Cena de 'Rio', nova animação de Carlos Saldanha (Foto: divulgação)

Em número de salas, nada supera "Rio", a badalada animação de Carlos Saldanha que relembra, com outros tons, uma visão estereotipada do Brasil, meio selvagem e meio exótica, diante dos americanos. 

A saga da arara-azul animada é bem mais sofisticada visualmente e seu roteiro é bem menos simplista e preconceituoso do que, por exemplo, o simpático mas constrangedor desenho do Zé Carioca, trabalho de Walt Disney para tentar aproximar os EUA do Brasil e outras nações da América do Sul, na chamada "política da boa vizinhança" dos anos 1940. Porém, ainda fica uma impressão meio incômoda de não conseguir ou não querer entender a complexidade de um país grande e cheio de nuances como o nosso. Carlos Saldanha, brasileiro nato e um dos autores de A Era do Gelo, não tem culpa de querer lucrar com um filme desses, mas ele não vai escapar do patrulhismo verde-e-amarelo. 

Não é possível, porém, proibir ninguém de querer assistir o filme. Ele deve cumprir a missão de divertir o público, e ainda conta com a dublagem de Jesse Eisenberg (Blu, a arara-azul protagonista do filme), Anne Hathaway (Jade, a companheira de Blu), Jamie Foxx (o cachorrão Luiz) e o tupiniquim Rodrigo Santoro (o humano que comprou Blu como animal de estimação). E existe uma mensagem ecológica, meio oportunista é verdade, por mostrar uma ave à beira de extinção como a arara-azul.

Este é o maior lançamento do cinema, pelo menos em número de salas: 1000. É muito mais do que Tropa de Elite ou outros filmes mais importantes produzidos aqui. Aliás, é muito mais do que qualquer superprodução hollywoodiana. Isso dará assunto para muita gente que se diz patriota, neste país.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Realengo virou a Columbine brasileira

2011 vai ser um ano traumático para o Brasil inteiro (foto: site do Globo.com)

O Brasil acordou em pânico diante dessa notícia tão terrível. Foi a pior ocorrência desse tipo no país desde as caravelas. 

A cidade deixou isso acontecer. Ao invés de educar crianças, as escolas viraram cenário de terror. Como se não bastasse o tráfico de drogas e as deficiências no ensino, por si só nefastas para o futuro do país, ainda deixaram entrar um atirador que matou e feriu dezenas de inocentes. 

Onde já se viu um país não aprender nada com os demais e só importar o que há de pior? Nos EUA e no Canadá, há muitos casos de bullying, brincadeiras ofensivas que discriminam e ferem crianças só por se comportarem de forma diferente de certos grupos nas escolas. Por conta disso, muitos ficam psicologicamente perturbados, isolam-se socialmente e resolvem matar, descontando sua ira em outras pessoas que nada tinham a ver com as causas de seus problemas. O mais famoso caso desse tipo foi em Columbine, no estado americano do Colorado, em 1999. 34 pessoas foram atingidas pelos atiradores, que se mataram. 

O atirador do Realengo chegou a este número. Aparentemente, foram 34 pessoas atingidas. 23 ficaram feridas, 11 mortas. Ele teria atirado na própria cabeça ao ser surpreendido pelos policiais. Também era mentalmente perturbado, como os assassinos de Columbine. Nas poucas vezes que aparecia, falava coisas desconexas que incluíam até a religião muçulmana. Era um ex-aluno de 23 anos, Wellington Menezes de Oliveira. Os vermes irão cuidar de seu corpo, enquanto sua alma terá muito tempo para refletir sobre as consequências de sua demência. 

A ação do atirador foi uma das mais graves manifestações de violência no Brasil em todos os tempos. Compromete, sim, a imagem do Brasil no exterior, e pode prejudicar não só a Copa de 2014, como também as Olimpíadas de 2016.  

E o resto do Brasil irá se perguntar a que ponto chegamos, em termos de educação e segurança. Haverá futuro para um país que sempre negligenciou estes dois ítens, fundamentais para se formar uma nação digna de ser considerada como tal? A sociedade brasileira deve decidir o que fazer com essa situação, antes que toda essa bandidagem, entre assaltantes, traficantes, milícias, corruptos e agora atiradores dementes, decida por nós. 


P.S.: Quem quiser ajudar a doar sangue para as vítimas desta abominação, pode ligar para o 0800-282 0708 e agendar um dia e horário para doação, no Hemorio. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Da série "Prêmio Bolsonaro", parte 1

Eu ia postar comentando o festival de barbaridades proferidas pelo deputado do PP carioca Jair Bolsonaro, defendendo abertamente a ditadura, a tortura, a censura e outras 'uras', além de ofender os negros, a Preta Gil e os gays. 

Existe, porém, um concorrente do deputado em termo de colocações infelizes: seu colega de partido e ex-ministro Delfim Netto, que comparou as empregadas domésticas a animais. Leia a pérola: 

“Há uma ascensão social incrível. A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter…”

 Todos tem liberdade de opinião, porém os formadores de opinião e os homens públicos, como Delfim Netto e mesmo Jair Bolsonaro, podem construir ou destruir reputações com meia dúzia de palavras, e portanto precisam medí-las. Esta colocação é perfeitamente aceitável no século XIX, quando os escravos eram considerados animais, mas deixou de ser após a Lei Áurea. Imagine no século XXI, em tempos 'politicamente corretos'. 

Por conta disso, este blog vai lançar o prêmio Bolsonaro, destinado a todos os (de)formadores de opinião deste país, por suas palavras. Não só os 'politicamente incorretos', mas todos aqueles que lançam conceitos falsos ou ilegais de forma ofensiva ou arrogante. Aqueles cujo hálito é capaz de corroer a Constituição ou o bom senso alheio. Isso inclui o patrulhismo de alguns 'politicamente corretos'.

Delfim Netto é forte candidato a ganhar este prêmio, homenagem justíssima ao ilustre deputado que mostrou seu especial e peculiar apreço pelos valores democráticos, e por todos aqueles que, voluntariamente ou não, acabam embarcando na canoa do 'Hitler brasileiro'.

Jair Bolsonaro batiza este prêmio, portanto, ele não o ganhará. Mesmo porque ele é um candidato tão forte que derrotaria qualquer um em matéria de pérolas venenosas. 


terça-feira, 5 de abril de 2011

O acidente do vôo 447, dois anos depois

No dia 31 de maio de 2009 um avião da Air France partia do Rio de Janeiro com destino a Paris. Sofreu uma pane e caiu no mar, desaparecendo em seguida com 228 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. Parecia que o caso ia ficar sem solução, pois o avião, ou o que restou dele, está no meio do Oceano Atlântico. 

Anteontem, identificaram uma boa parte da fuselagem do avião. Dentro, parecia haver cerca de 50 cadáveres, o que poderia explicar as causas do acidente. Para as famílias das vítimas, resta o consolo de poder identificar e enterrar os corpos, e assim dar fim a uma longa batalha.

Depois de tanta demora para investigar o acidente, o que não significa falta de interesse da Airbus, da Air France, do governo francês ou do brasileiro para isso, não faltaram outros tipos de "teorias da conspiração" e outras especulações sobre o que teria acontecido. Esta seria a fase de número quatro das buscas pelos destroços, segundo o governo francês. Americanos também estão ajudando nesta fase, que teria começado no dia 27 último.

Somente o resgate dos destroços e dos restos mortais irá ajudar na apuração. Pela disposição dos destroços no fundo do mar, eles estão espalhados numa área pequena, corroborando a tese de uma queda vertical, ou seja, a aeronave caiu como um míssil na superfície do mar e provavelmente não explodiu.

Ainda faltam as caixas pretas, que continuam desaparecidas. .

Por coincidência, várias empresas aéreas e fabricantes de aviões estão sendo investigadas por diversos acidentes. Dois deles aconteceram no mesmo dia, em circunstâncias misteriosas, porém sem vítimas. A própria Airbus é investigada desde poucos dias após a tragédia de 2009, mas até agora não se chegou a conclusão alguma.