quarta-feira, 6 de abril de 2011

Da série "Prêmio Bolsonaro", parte 1

Eu ia postar comentando o festival de barbaridades proferidas pelo deputado do PP carioca Jair Bolsonaro, defendendo abertamente a ditadura, a tortura, a censura e outras 'uras', além de ofender os negros, a Preta Gil e os gays. 

Existe, porém, um concorrente do deputado em termo de colocações infelizes: seu colega de partido e ex-ministro Delfim Netto, que comparou as empregadas domésticas a animais. Leia a pérola: 

“Há uma ascensão social incrível. A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter…”

 Todos tem liberdade de opinião, porém os formadores de opinião e os homens públicos, como Delfim Netto e mesmo Jair Bolsonaro, podem construir ou destruir reputações com meia dúzia de palavras, e portanto precisam medí-las. Esta colocação é perfeitamente aceitável no século XIX, quando os escravos eram considerados animais, mas deixou de ser após a Lei Áurea. Imagine no século XXI, em tempos 'politicamente corretos'. 

Por conta disso, este blog vai lançar o prêmio Bolsonaro, destinado a todos os (de)formadores de opinião deste país, por suas palavras. Não só os 'politicamente incorretos', mas todos aqueles que lançam conceitos falsos ou ilegais de forma ofensiva ou arrogante. Aqueles cujo hálito é capaz de corroer a Constituição ou o bom senso alheio. Isso inclui o patrulhismo de alguns 'politicamente corretos'.

Delfim Netto é forte candidato a ganhar este prêmio, homenagem justíssima ao ilustre deputado que mostrou seu especial e peculiar apreço pelos valores democráticos, e por todos aqueles que, voluntariamente ou não, acabam embarcando na canoa do 'Hitler brasileiro'.

Jair Bolsonaro batiza este prêmio, portanto, ele não o ganhará. Mesmo porque ele é um candidato tão forte que derrotaria qualquer um em matéria de pérolas venenosas. 


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