terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Que ano! Venha, 2014!

Vou fazer um intervalo nas postagens do blog e voltar no dia 6, na próxima segunda. 

2013 foi um ano inesquecível, no melhor e no pior sentido. Houve grandes acontecimentos e enormes desgraças. Sobrevivemos, afinal. 

Feliz 2014! 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Horroróscopo para 2014

Para a (in)felicidade geral dos que acreditam na influência astral, o horroróscopo voltou. Não esperem nada de profético, pois os astros não estão a fim de dizer se o Brasil vai ganhar a Copa ou se os protestos virão para tentar, mais uma vez, fazer o Brasil ir no caminho certo. Eles estão cagando e andando não estão interessados nessas questões. 


ÁRIES (21/03 - 19/04): Júpiter rege o ano de 2014 e avisa aos arianos para não ficarem berrando pelas cores do Brasil como se fossem ovelhas taradas, principalmente antes da Copa do Mundo. O maioral entre os planetas já avisa para os arianos se dedicarem ao trabalho, ou vão se dar muito mal com os astros. Demissão é pouco para os arianos metidos a vagabundo: talvez alguns anos morando debaixo da ponte. 

TOURO (20/04 - 20/05): Muita calma para os taurinos para não se estressarem com pequenas coisas, ou as despesas poderão aumentar grandemente por conta de internações com AVC's e infartos. Não vai adiantar dar cabeçadas diante das possíveis e prováveis despesas que poderão consumir todo o dinheiro. Em resumo, os taurinos estão fod***s em 2014.

GÊMEOS (21/05 - 21/06): Os geminianos tem fama de serem sociáveis mas muito fofoqueiros. 2014 prometerá muita dor de cabeça para quem abusa dos fuxicos, porque vão receber o troco nas redes sociais. Cuidado para não beberem demais, porque o risco de serem flagrados cantando o funk da Anitta é considerável. Por falar nisso, cuidado para não se soltarem demais, ou haverá complicações clínicas decorrentes de uma mudança de sexo.

CÂNCER (22/06 - 22/07): 2014 será grandioso para os cancerianos, que poderão ter muitas oportunidades de viajar, e conhecer a fúria dos tornados, terremotos, animais selvagens ou peçonhentos, violência e guerras civis. Por isso, não se preocupem só com os passaportes, mas também com as vacinas e os seguros de vida. Toda precaução é pouca!

LEÃO (23/07 - 22/08): A vida amorosa dos leoninos estará a mil com várias conquistas, mas também com várias desavenças conjugais, com direito a serem obrigados a dormirem no sofá como gatinhos mansos e não como o rei dos animais, se forem casados, ou muitos conflitos se forem solteiros. Poderão ter muitas brigas, e terão sorte se quebrarem a tíbia, como o Anderson Silva.

VIRGEM (23/08 - 22/09): Como pudicos e cautelosos que são, os virginianos terão muitos dissabores em 2014, caso se entregarem à depressão. Por isso, os astros recomendam levar a vida com leveza, ou terão motivos de sobra para choro e ranger de dentes. Cuidado especial com a bebida, pois um virginiano bêbado é uma criatura chata pra cac*te.

LIBRA (23/09 - 22/10): Terão problemas sérios com a Justiça, librianos, se derem uma de migués com a lei, como fazem os mensaleiros. Poderão até ir para a cadeia junto com assassinos, traficantes e estupradores, e adivinhem quem será a mulherzinha da cela? Isso vale também, e principalmente, para os homens nativos de Libra.

ESCORPIÃO (23/10 - 21/11): Será um bom ano para o escorpiano fazer o que der na telha, e de aguentar as consequências disso, como a cadeia, o hospital ou mesmo o cemitério. O ano será favorável para a consciência política, mas contenha sua vontade de se eleger a um cargo público, para não virar mais um daqueles picaretas que vendem a própria mãe para encher a cueca de dinheiro.

SAGITÁRIO (22/11 - 21/12): Como os nativos de Escorpião, os sagitarianos terão um ano agitado em termos de participação política, mas deverão conter a sua tendência à radicalização, ou os astros farão da vida do infeliz um inferno verdadeiramente dantesco. Principalmente se o sagitariano virar um black bloc. Atenção também com os arrastões, para não ser roubado, assassinado, estuprado, etc.

CAPRICÓRNIO (22/12 - 19/01): 2014 reservará aos capricornianos o direito de comerem capim pela raiz, pois será um ano DAQUELES. Tudo de ruim acontecerá, caso os nativos de Capricórnio fizerem pouco caso dos astros. A vida será uma desgraça, cheia de doenças, infortúnios, e sobretudo muita tristeza, de fazer um tango argentino parecer uma comédia da Sessão da Tarde (isso ainda existe?!?).

AQUÁRIO (20/01 - 18/02): Os aquarianos terão um ano de muita sorte madrasta, principalmente na época da Copa. Correrão serio risco de não encontrarem vagas, poderem ter o carro roubado, sofrer acidentes no caminho dos estádios, com o "direito" de nunca mais assistir a uma Copa (nesta vida). Isso se não terem o azar de sentarem junto de um cara tocando vuvuzela ou caxirola bem no seu ouvido.

PEIXES (19/02 - 20/03): Ah, pisciano... coitado de você, um fo**do nato. Vai votar errado, jogar lixo na rua, querer tirar foto com o Fuleco na Copa, beber até cair e não querer mais estudar ou trabalhar depois que a Copa acabar. Sabe o que vai acontecer com você? Vai ter saudade de 2013 e fazer os outros também lamentarem 2014, pois irá arruinar o ano novo deles. Crescerá a vontade de virar a mosca do cocô do cachorro do catador de lixo.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Finalmente terminou o campeonato brasileiro

Vou ser bastante breve porque muita coisa já foi dita a respeito dessa polêmica, e eu seria só uma opinião a mais na blogosfera. 

Só posso dizer que isso não pode mais repetir-se. Um campeonato não pode, jamais, voltar a terminar desse modo, nos tribunais, com ameaças de envolvimento da Justiça Comum ou da Corte Internacional do Esporte, enquanto o vencedor do caso ainda se dá ao direito de se posar de vítima e se queixar das inevitáveis piadas que já fazem e ainda vão fazer, aumentando o dramalhão. 

Em 2014, o Brasil irá ter uma Copa e a chance de melhorar a imagem do "ópio do povo", como já disse Nelson Rodrigues, diante da torcida e do resto do mundo. 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A luta natalina

De um lado, está o proclamado salvador da humanidade, cuja data de nascimento (na verdade incerta, pois colocaram a data oficial por convenção da Igreja Católica no século IV) é lembrada na Missa do Galo. 

De outro, o salvador do comércio, baseado num santo que morreu, e não nasceu, a 6 de dezembro, e é lembrado pelas crianças mais puras e pela mídia. 

Muitos acham que já há um vencedor nesta peleja, mas o rival não desiste. A luta continua, e parece que não vai terminar tão cedo. 

O aniversariante sou eu!

Só pode haver um (Natal).  

O Jorge Braga do site Chargeonline.com.br imaginou o diálogo entre os dois.  

Os dois mandam suas mensagens (do blog Will Tirando)

 Jesus: 
- Por que o meu aniversário não pode ser sobre mim? Este é o meu desejo, Papai Noel. É demais pedir?

Papai Noel: 
- ... 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Guerreiras do handebol dão exemplo

A seleção brasileira feminina de handebol teve de enfrentar não somente adversárias bem-preparadas e fortíssimas, como também a indiferença filistéia da televisão, tanto aberta quanto paga, e a crônica falta de apoio dos dirigentes esportivos e do governo. 

Para começar, nunca tiveram uma campanha digna de nota antes. Tanto que estava no grupo B, e não era cabeça-de-chave, posto ocupado pela Sérvia, o país-sede. Se o Brasil caísse no grupo da Alemanha, Dinamarca ou França, também amargaria o mesmo posto. Para piorar, o grupo B não era moleza: além da Sérvia, havia a própria Dinamarca. A China não tem (ainda) uma grande tradição no handebol, e a Argélia era azarã. Ainda havia a seleção japonesa, mediana. 

Na primeira fase, o Brasil venceu todas as partidas, inclusive a primeira partida com a Sérvia, duríssima (25 a 23). Depois, tiveram de sofrer: primeiro, nas oitavas-de-final, enfrentaram as holandesas. 29 a 23. Nas quartas-de-final, as temidas húngaras. O sofrimento foi maior: 33 a 31. Elas se encontraram de novo com as dinamarquesas na semifinal. 27 a 21. 

Na partida final, enfrentando um estádio lotado de sérvios torcendo contra, enfrentaram de novo as sérvias. Uma partida equilibrada, com direito a quatro gols seguidos das sérvias, vários resultados iguais durante a partida e até momentos onde as sérvias estavam em vantagem no placar (chegou-se a estar 8 a 6). Somente nos minutos finais houve a definição, e de 20 a 20, passou-se a 20 a 22. A torcida local, normalmente implacável, calou-se, vendo as meninas de verde-e-amarelo pegando a medalha de ouro. Enquanto isso, a relativamente pequena torcida brasileira viu que não foi para Belgrado, capital do país, à toa. 

Fernanda foi uma das que marcaram para o Brasil em pleno estádio de Belgrado ...

... Duda, considerada a melhor jogadora do torneio, também marcou presença...

... elas e as companheiras tiveram de enfrentar o nervosismo e a torcida rival para comemorarem no final. 

As condições duras a que as meninas do handebol se submeteram antes do inédito campeonato mostram que os brasileiros realmente precisam se habituar a outros esportes, e não só o futebol de campo. Que isso sirva de lição, para que o handebol e outros esportes sejam devidamente valorizados. 2016, ano das Olimpíadas no Rio, poderá ser o começo de uma nova era para o esporte brasileiro. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A prefeitura não queria recorrer ao STF? Eis a resposta

Foi a Prefeitura de São Paulo que teve a ideia de acionar o STF para emplacar o aumento do IPTU. Agora vai ter de cumprir a decisão do Supremo. 

Fez-se justiça aos paulistanos, quando a Corte deu razão à liminar que suspendia o aumento, assustador em certas áreas como os Jardins, e mesmo em certos bairros da periferia, como a Cachoeirinha. 

Para alívio de boa parte da nossa cidade, a Prefeitura terá de emitir os boletos com o IPTU corrigido pela inflação. Caso a prefeitura tentar insistir, muitos irão falar em impeachment, apesar da pouca probabilidade de se iniciar um processo com a maioria da Câmara a favor do prefeito. Já existem pessoas imaginando outros meios, e estes fogem totalmente à Justiça e à ordem constitucional. Por enquanto, a instância superior da justiça deu vitória aos cidadãos. 

Os fãs do brega estão õrfãos

Morreu Reginaldo Rossi, o 'rei' do brega, autor de "Garçom" e outras pérolas. 

Seu estilo espalhafatoso e propositalmente cafona ganhou muitos admiradores a partir da década de 1990. Na época, era muito criticado, devido ao ritmo anacrônico, parecido com o tocado nos anos 70 por gente como Odair José e Almir Rogério, aquele cantor do "Fuscão Preto". 

Atualmente, existem outras "músicas" bem mais dignas de lástima. Reginaldo Rossi deixará muita saudade mesmo entre seus antigos detratores. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

2013 foi um pesadelo para o futebol brasileiro

Houve uma disputa pela permanência na série A nos tribunais, o velho "tapetão" de má memória, que salvou o Fluminense e condenou a Portuguesa. 

Antes, uma manifestação do que há de mais inaceitável numa arquibancada: uma briga de torcidas que resultou em três agredidos inconscientes. Chamar os brigões de animais selvagens é um insulto... aos animais. 

Hoje, o Atlético Mineiro protagonizou outro vexame no Mundial de Clubes, que lembra o fiasco do Internacional diante do congolês Mazembe, em 2010. O "Galo" perdeu as penas após levar 3 gols do time da casa, o Raja Casablanca, contra 2 sofridos pelos gaúchos naquela vez. Pelo menos Ronaldinho Gaúcho fez um gol que evitou maior vexame (o Inter não fez nenhum). O Raja Casablanca era uma zebrona desacreditada até pelos torcedores mais realistas do time. Apesar de ser considerado pela maioria dos acompanhantes do torneio um time até pior do que o congolês Mazembe, o time marroquino havia vencido o Monterrey, e agora vai enfrentar o Bayern de Munique. Jogou melhor do que esperado, aliás melhor do que o Atlético, diga-se. Se os mineiros não assimilarem a derrota, poderão até perder do Guangzhong e virar o pior time brasileiro na história do torneio. Os cruzeirenses adorariam ver isso. 

Espera-se que 2014 dê motivo de alegria aos torcedores brasileiros. Este ano terá de servir de lição a todo mundo nos clubes, desde os jogadores até os presidentes. Caso houver outra desilusão, como uma eliminação dos representantes do país anfitrião na Copa antes das finais, aí sim se pode falar em decadência do futebol brasileiro. 

O governo está acertando mais do que de costume

Não é comum o governo petista de agora tomar medidas sensatas, mas nesta semana dá para ficar um pouco menos preocupado. Eis algumas decisões: 

1 - Havia o receio de que o governo iria retroceder na questão dos ABS e air-bags, equipamentos fundamentais à segurança veicular. Por pressão do Sindicato dos Metalúrgicos, veríamos carroças inseguras como o Gol G4, o Ka, o ancião Mille, continuarem a ser fabricados em nome da manutenção de 4000 empregos. É impopular deixar esses trabalhadores desempregados, mas por outro lado isso iria poupar a vida de muitas pessoas, pelo menos as que estão no interior dos veículos. Alega-se que o carro popular vai ficar muito caro, como se não fosse ofensivo chamar algo de R$ 40 000,00 de "popular". Com o tempo o custo dos equipamentos de segurança, realmente alto, vai diminuir. No entanto, como nenhuma medida é perfeita, ainda mais aqui, querem dar uma brecha para um veículo continuar a ser produzido, justamente a paleolítica Kombi, cuja história parecia até estar se encerrando com a série "Last Edition" (Última Edição), para lembrar o fim de 56 anos de produção do veículo. 

2 - Outro acerto, mas ao custo de algum dinheirinho extra para emendas parlamentares, é a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) no Senado. É um avanço para melhorar um dos aspectos mais dignos de lamento na administração brasileira, embora não seja o ideal. Com o PNE, a escolaridade mínima obrigatória passa de 8 para 12 anos, e há metas para controle do analfabetismo, melhorar o ensino básico, as condições de trabalho dos professores e a preparação dos alunos. As melhorias na educação serão mais "lentas, graduais e seguras" do que o processo de democratização durante o regime militar, mas era melhor isso do que não aprovar nada agora. Esse mérito não é só do governo, mas também, e principalmente, do Congresso. 

3 - Criou-se um rififi diante da possibilidade de Edward Snowden, o dissidente da NSA, receber refúgio no Brasil e criar um sério conflito diplomático com os EUA. Embora de forma excessivamente reticente e burocrática ("precisa de um pedido formal"), o governo disse que não vai conceder asilo a ele. Bem que muita gente do governo gostaria de receber Snowden de braços abertos...

O modelo vencedor do longuíssimo processo de licitação dos caças para a FAB (Gripen International)

4 - Finalmente, hoje, decidiu-se finalmente pela compra dos caças para a FAB. A novela se arrastava durante anos, desde o governo FHC, e havia três grandes possibilidades: os F-18 "Super-Hornet" americanos, os Rafale franceses e os Gripen suecos. Lula passou seus oito anos de mandato namorando os Rafale, considerados caros demais, sem tomar uma decisão definitiva, até que em 2009 quase assinou o acordo com os franceses, mas voltando atrás em seguida, em boa parte porque os franceses não gostavam da insistência do Brasil em apoiar o Irã, enquanto ele pleiteava uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. Finalmente, após quase três anos de governo, Dilma tomou a decisão: vai comprar os caças Gripen suecos, considerados os mais baratos, portanto menos tunga no NOSSO DINHEIRO (teoricamente) em troca de uma tecnologia considerada bastante moderna. Não passou pela cabeça dos anti-americanos do PT comprarem algo dos EUA, ainda mais porque os caças vindos de lá, apesar de serem mais sofisticados, eram também caros. 

Essas medidas contrabalançam os disparates cometidos pelos "çabiuz" do Planalto e pela presidentA, na economia, segurança pública, saúde, Mensalão, campanha eleitoral antecipada, obras na Copa e nas Olimpíadas...

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Um comentário tardio sobre a capa da TIME

Semana passada, a revista TIME colocou na capa, como homem do ano de 2013, nada menos que o atual papa, Francisco. 

O homem do ano (Divulgação)

Apesar das suas críticas recente ao capitalismo, em conformidade com a doutrina católica mas merecedoras de ressalvas dos setores mais conservadores da Igreja por seu teor algo contundente, a TIME, um dos símbolos da pátria do capitalismo, encontrou outros motivos para colocá-lo na capa mais importante de 2013. 

Francisco foi o responsável por uma grande abertura da Igreja aos fiéis. Ele priorizou a evangelização e o amparo aos pobres, em detrimento de aspectos dogmáticos, como a questão do aborto, da homossexualidade e das seitas evangélicas. O pontífice que assumiu o trono de São Pedro em março, após a renúncia de Bento XVI, abandonou a ostentação e tratou de iniciar uma corajosa reforma na Cúria, o influente grupo de cardeais responsável pela administração do Vaticano. 

Além disso, trata-se do primeiro papa latino-americano. Apesar de argentino, conquistou a simpatia dos brasileiros, que deixaram a folclórica rivalidade com os vizinhos de lado quando ele foi visitar o país durante a Jornada Mundial da Juventude. Também é o primeiro jesuíta, o que é curioso, devido à longa história dos "soldados de Cristo" organizados por Santo Inácio de Loyola no século XVI. 

A repercussão do fato foi muito boa entre os católicos e o Vaticano, embora este limite-se a dizer que foi um "sinal positivo" e "um dos reconhecimentos mais prestigiosos da imprensa internacional". 

Um gigante com mente de anão ...

... ora torce para o oportunismo de um time grande que se beneficiou de uma lei caduca, ora por um time pequeno que fez pouco caso dessa lei (que tem de ser cumprida!) e agiu com amadorismo, não conseguindo evitar o rebaixamento no lugar do referido time grande. 

... valoriza em excesso essas picuinhas do futebol, corrompido pela ação de interesses alheios ao espírito esportivo, e continua a deixar todas as outras modalidades em segundo plano. E ainda exige medalhas, principalmente em 2016, quando o Rio vai sediar as Olimpíadas!

... protesta em junho e se cala em seguida, para ver tudo piorar: a economia, a escalada do dólar, a percepção da corrupção, os índices sociais e educacionais que continuam pateticamente ruins. 

... se conforma em ver a economia centralizada em pouquíssimas cidades, São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Manaus, Recife. E nada faz para melhorar a maioria das outras cidades, com a honrosa exceção de algumas, que crescem em ritmo galopante. Aliás, o tratamento dado pela maioria dos prefeitos, inclusive o de São Paulo, é dar prioridade aos sabujos que compõem a máquina de seus governos em detrimento dos outros cidadãos. 

... fala mal dos Estados Unidos mas não adota os motivos pelos quais aquele país se tornou uma potência: ética, respeito às leis, incentivo aos empreendedores. 

... ridiculariza o tamanho dos países europeus, do Japão, da Coréia do Sul, onde há o império da lei e a valorização da educação. 

... tem uma cultura de massa tomada por "músicas" como o funk das favelas, o sertanejo universitário e outros ritmos excessivamente repetidos, desses que até eu conseguiria fazer melhor (e olhem que sou também uma negação em fazer música, pois tenho dificuldade até em ler partituras). Pelo menos neste ano uma música digerível se destacou (o da Anitta). 

... critica as pessoas que dão esmolas mas acha bonito o governo fazer a mesma coisa para comunidades pobres, que mesmo assim continuam na ignorância. Ou seja, usar o dinheiro DOS OUTROS (o NOSSO) para fazer proselitismo político-eleitoral disfarçado de caridade. 

... acha que 2014 vai ser melhor, ou menos pior, do que 2013, apesar das sequelas de todas as sandices cometidas dentro e fora da Praça dos Três Poderes, expostas neste blog ao longo do ano.



P.S.: não me refiro aos anões da vida real, que possuem estatura abaixo da média; estava pensando nos personagens mostrados na cultura geral, como naquelas óperas de Wagner; na maioria dos casos (excluídos os sete anões da história da Branca de Neve), são criaturas avarentas, mesquinhas, zombeteiras, avessas ao trabalho, que tentam passar os outros para trás e se dão mal. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

45 anos de um pesadelo

Cena comum durante a vigência do AI-5, entre 1968 e 1979 (foto de Evandro Teixeira)

A 13 de dezembro de 1968, foi imposto pelo então governo militar brasileiro o AI-5, o quinto dos atos institucionais liberticidas lançados com o pretexto de combater o comunismo, a guerrilha e o terrorismo no país. 

Esta foi um projeto de certos setores das Forças Armadas, chamado de "linha dura" do regime. Houve resistência até dentro da própria ARENA, o partido do governo, mas o presidente Costa e Silva enfiou a medida goela abaixo, bem a contragosto, diga-se, pois ele foi pressionado pelos "duros". O resultado foi a proibição de manifestações, críticas ao governo, eleições diretas. Ampliou-se a censura, garroteou-se a liberdade, houve torturas e desaparecimentos políticos. 

Apesar do que se viu no Brasil ser até bem moderado se comparado ao adotado no Chile e na Argentina, onde os governos fizeram terrorismo de Estado contra a oposição, o povo brasileiro sofre as consequências do AI-5 até hoje. Com a eliminação dos membros mais ativos da oposição, sobraram os oportunistas e carreiristas, dispostos a corromper para a sua ascensão política. O Executivo, que já tinha poderes extras, praticamente tornou o Legislativo e o Judiciário seus vassalos. A sociedade passou a ter medo da polícia, que já tinha a fama de fazer prisões arbitrárias de gente mais pobre, e viu as camadas médias da população receberem o mesmo tratamento. Houve mais perseguição aos opositores, mesmo os contrários ao comunismo, do que aos bandidos e corruptos. 

Hoje, última sexta-feira 13 desse ano terrível, o AI-5 completou 45 anos. Esse ato, para o bem do país, foi revogado em 1979, e espera-se que algo semelhante nunca mais venha a ser implantado. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dilma e Obama na mídia durante os funerais de Mandela

O presidente americano e a nossa presidentA chamaram a atenção da imprensa durante a cerimônia fúnebre de Nelson Mandela, que reuniu vários chefes de Estado. 

Enquanto o primeiro se encontrou com o ditador Raul Castro e tiveram um amistoso cumprimento, algo digno de atenção do mundo, mas com valor apenas simbólico (enquanto não acabarem com o embargo econômico a Cuba que só dá chance à ditadura posar de "coitadinha" e prejudica muito mais o povo cubano do que o governo deles), Dilma fez um discurso praticamente em nome da América Latina, posando de grande líder. 

Os ex-presidentes do Brasil, Sarney, Collor, Fernando Henrique e, como não podia deixar de ser, Lula, aproveitaram para fazer turismo na África do Sul. A presença de Fernando Henrique é até justificável, pois Mandela visitou o Brasil e se encontrou com ele, quando ambos governavam seus respectivos países, sendo praticamente grandes amigos. Lula não podia deixar de ir, pois Dilma é tutelada por ele. Collor e Sarney tinham menos motivos para ir, apesar de Mandela ter feito uma outra visita em 1991, ainda como ex-prisioneiro político do apartheid, quando "elle" estava no governo do Brasil. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Pais, leiam isto!

O site Megacurioso revelou 8 maneiras modernas dos pais ou responsáveis darem corretivo nos seus filhos. Algumas dessas listas, numeradas, até parecem ser uma boa idéia, com exceção do número 3. Hehehe!

Para ler na íntegra, clique aqui.

O Brasil faz tudo direitinho

Com atos da mais grotesca bestialidade em Santa Catarina, entre torcedores do Vasco e do Atlético Paranaense, mais outros conhecidos relatos sobre o andamento das obras nos estádios e na infra-estrutura das cidades-sede na Copa do Mundo, o Brasil está fazendo tudo direitinho. 

Vai entrar no rol onde está a Coréia do Norte, o Irã, o Iraque, o Afeganistão. Será comparado à República Centro-Africana e à Nigéria, onde há conflitos generalizados entre cristãos e muçulmanos. O Brasil vai ser tratado como país pária, um lugar repelente para os turistas. 

Nosso povo já é visto como avesso ao trabalho, e a tão falada cordialidade está dando lugar a outra característica: a vileza. Seremos vistos como uma nação de sacripantas, boçais e vadios.

Deus tenha piedade de nós!




P.S.: A perda do mando de campo e uma bela multa ao Atlético-PR é pouco para punir o clube. O Vasco também não merece só o rebaixamento, após o vexame da goleada por 5 a 1 e ainda por cima diante dos patéticos acontecimentos com sua torcida. Precisa ser multado e a torcida organizada, assim como todas as outras, posta na clandestinidade, pois são verdadeiras quadrilhas.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Definido como será o circo em 2014

Foi feito hoje o sorteio dos grupos na Copa do Mundo, e, analisando os resultados, podemos nos preparar para o pior. Nossa Seleção terá um caminho duro até chegar ao cobiçado hexacampeonato. Será um caminho mais cheio de curvas do que o corpo da Fernanda Lima e mais acidentado do que campo de várzea. 

De acordo com a tabela criada, Brasil pegou um grupo aparentemente fácil, mas capaz de complicar, pois os outros três times do grupo A, embora muito longe da tradição brasileira, não são times bisonhos: México, Croácia e Camarões. O grupo B, que reúne os prováveis adversários da Seleção nas oitavas-de-final, é um deus-nos-acuda: a Espanha, atual campeã, ou a Holanda, que eliminou o Brasil na última Copa, estão lá. Um deles irá pegar os canarinhos. O Chile dificilmente irá prosseguir com aqueles times no mesmo grupo. E a Austrália é candidata a saco de pancadas. 

No estranho grupo C, que tem a Colômbia como cabeça-de-chave, sendo que ela nunca venceu um Mundial (só é cabeça-de-chave por causa do critério da Fifa, que leva em conta aquele ranking maluco inventado pela entidade), só times sem muita tradição, apesar da garra da Costa do Marfim e da evolução do time do Japão, além da Grécia. As chances de qualquer um deles avançar são muito pequenas, pois vão enfrentar nada menos que o "grupo da morte". E bota morte nisso: parece um grupo reunindo um pit-bull, um rotweiller, um fila e um poodle. O poodle em questão é a Costa Rica. Os demais são o Uruguai, a Itália e a Inglaterra, todos campeões mundiais e capazes de irem bem longe. Talvez até eliminando o Brasil, pois certamente um deles será adversário nas quartas-de-final. No caso do Uruguai, pode ser a repetição, adiantada, do Maracanazo de 1950. 

Continuando a lista de estranhezas, o bizarro grupo E tem a Suíça como a cabeça-de-chave (a pátria do presidente da Fifa está bem no ranking...), mas a França, campeã do mundo e pesadelo de muitos, está lá, junto com os latino-americanos Equador e Honduras. Este último vai se esforçar para não apanhar dos outros. O grupo F terá a Argentina como cabeça-de-chave, e provavelmente ela poderá ir à final e tentar repetir o que os uruguaios fizeram em 1950, caso o Brasil também chegue lá. Este grupo é bem fácil para los hermanos: Irã, Bósnia (estreante) e Nigéria (esta última dará mais trabalho, mas já enfrentou a Argentina em Copas e se deu mal). 

Um grupo mais equilibrado é o grupo G, o da Alemanha, que ainda tem Portugal, Gana e EUA. Este também pode ser considerado um grupo da morte, porém menos violento do que o grupo C. Ainda há o grupo H, com a Bélgica como cabeça-de-chave. Este grupo não tem seleções que tiveram o gosto de ir às finais, mas a Coréia do Sul quase chegou lá, na Copa de 2002. A Rússia também quer mostrar por que pode surpreender, como herdeira do antigo time soviético que merecia respeito nas Copas do século passado. Ainda tem a Argélia para completar o grupo. 

Resumindo, o sonho do hexa pode ir para o beleléu já nas oitavas-de-final, pois será muito improvável se for logo no começo. O Brasil pode enfrentar: 

- Oitavas: Espanha / Holanda
- Quartas: Inglaterra / Itália / Uruguai
- Semifinais: Um time do grupo E, F ou G (H, muito dificilmente). Isso inclui Alemanha, Argentina e França.
- Finais: Qualquer prognóstico é mero chute, a esta altura do campeonato. 

Se mostrar serviço e jogar o que sabe, o Brasil poderá fazer a alegria dos torcedores, independente do adversário, mas os desafios são grandes. O mínimo erro poderá exilar o sonho do hexa para Moscou, a capital da Rússia. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nelson Mandela (1918-2013)

Este blog já estava se preparando para falar sobre a luta dos ucranianos contra a subserviência de seus líderes a Moscou, ou então para comentar a desistência de José Dirceu ao emprego que lhe ofereceram, diante das repercussões negativas, quando recebeu a notícia da morte de Nelson Mandela, o líder sul-africano. 

Nelson Mandela, um dos grandes nomes do nosso tempo (Divulgação)

Mandela estava com 95 anos e estava com a saúde debilitada, chegando a ficar vários meses internado, à beira da morte. Disputas entre as filhas e a atual esposa, Graça Machel, viúva do ex-presidente de Moçambique Samora Machel (vítima de um acidente de avião provavelmente causado por sabotagem em 1986), atormentaram-lhe os últimos anos. Queriam parte de sua fortuna material. Mas seu legado não se resume à riqueza adquirida. É muito maior do que isso. 

Antigo líder da tribo xhosa e chefe da luta da maioria negra contra os dominadores brancos de origem neerlandesa (os africânderes, antigamente chamados de bôeres) e britânica, de início foi contra a luta armada para a extinção do apartheid, o regime político que separava, até mesmo fisicamente, negros e brancos, concentrando quase todos os direitos nas mãos dos últimos. Esse regime também discriminava os imigrantes asiáticos e os mestiços. A capital da África do Sul, Pretória, derivada do nome de um líder bôer, Andries Pretorius, era praticamente vetada ao usufruto dos negros.

Com o aumento da repressão que culminou no massacre de Sharpeville, onde 69 manifestantes foram mortos pela polícia do regime racista em 1960, Mandela passou a integrar a luta armada. Enquanto isso, o mundo passou a acompanhar os desdobramentos. Até então eles eram coniventes com o apartheid, mas com a radicalização do regime segregacionista, que naquela época queria determinar até onde os negros poderiam ir impondo-lhes o uso de uma caderneta, começaram a pressionar Pretória. Intransigentes, mandaram prender Mandela sob acusação de assassinato e terrorismo, e outros líderes negros. Em 1964, um ano após sua prisão, foi formalmente condenado. 

Desde então, como preso político, tornou-se um símbolo da luta contra o racismo. Em várias partes do mundo, a ordem era: "Libertem Nelson Mandela!". Outros líderes, como Steve Biko, também não foram esquecidos. Biko foi torturado e morto em 1977. Desde então, a pressão internacional só aumentava, por meio de sanções políticas e econômicas. Em 1985, durante um período de reformas políticas que visavam levantar as sanções, foi proposta a libertação de Mandela, desde que ele renunciasse à violência. Mandela recusou, dizendo que o governo é que precisava renunciar à violência. Naquele tempo, ainda eram comuns prisões arbitrárias contra os negros e adversários do regime. Os inimigos de Pretória eram perseguidos e mortos, usando-se até mesmo de métodos terroristas, como cartas-bomba. Líderes como o arcebispo Desmond Tutu e a então esposa de Mandela, Winnie, lutavam bravamente contra as atrocidades e denunciaram o apartheid no exterior.

Frederick De Klerk resolveu tomar medidas mais efetivas para afrouxar o apartheid e mandou libertar Mandela em 1990. O CNA, Congresso Nacional Africano, liderado por Mandela, foi tirado da clandestinidade, ao lado de outras organizações anti-apartheid

Em 1993, premiando o esforço feito para revogar uma excrescência político-social, Mandela e De Klerk ganharam, juntos, o Prêmio Nobel da Paz. No ano seguinte, foram realizadas novas eleições presidenciais. Mandela foi escolhido como presidente. A minoria branca ainda temia represálias. Porém, durante o governo do ex-preso político mais influente da África do Sul (1994 a 1999), os negros passaram a receber os mesmos direitos que os brancos, sem que estes fossem prejudicados. Para mostrar que o caminho era de conciliação e não de revanchismo, foi favorável ao Torneio Internacional de Rúgbi no país em 1995. O rúgbi era o esporte oficial da minoria branca. Outros desafios, além do racismo, era a imensa desigualdade social entre negros e brancos e as divisões políticas e ideológicas entre as próprias lideranças das várias tribos sul-africanas, como os xhosa e os zulus. Neste meio-tempo, os últimos sinais do regime racista foram mitigados, como a implantação de uma nova bandeira.

Muitos sul-africanos ainda estavam insatisfeitos, e apontaram inclusive o favorecimento aos amigos pessoais durante o governo Mandela. Vários deles eram, no mínimo, suspeitos de corrupção. Porém, quando ele saiu, respiraram aliviados ao saber que ele não iria se tornar um ditador para se manter no poder a qualquer custo. O país continuaria o rumo, aperfeiçoando a sua ainda incipiente democracia.

Quando saiu, em 1999, havia muito a fazer para a África do Sul curar-se de suas chagas, mas Mandela iniciou o caminho para, anos depois, o país vir a se tornar uma das potências emergentes. Em compensação às falhas na gestão, houve o crescimento da confiança dos sul-africanos como uma nação unificada. O país também foi visto como mais seguro para os investimentos estrangeiros. No governo Mandela e nos seguintes, foram feitas reformas na educação e outros serviços públicos. Isso foi importante para o desenvolvimento econômico do país e o conserto ("lento, gradual e seguro", parafraseando certo lema adotado aqui durante a ditadura militar, um lema mais rigorosamente seguido lá, diga-se) dos estragos sociais causados pelo regime segregacionista, ainda em curso.

No final da vida, Mandela dedicou-se à luta contra a AIDS, mal que acometia muitos sul-africanos, inclusive seu próprio filho, Makgatho Mandela, morto pela doença em 2005. Ele foi homenageado por outros governantes, e ainda tinha participação em vários eventos importantes, com outros condecorados com o prêmio Nobel. Desmond Tutu foi um deles. Sua última aparição pública foi de apenas poucos minutos, durante o encerramento da Copa do Mundo de 2010. A Fifa queria aproveitar-se da fama de Mandela, a lenda viva, mas ele não entrou no jogo político da entidade. Quando Hollywood, artistas e várias empresas fizeram o mesmo para ganhar dinheiro, Mandela consentiu, pois isso iria propagar a sua imagem pelo mundo. A Fifa, organização ligada ao futebol, não teria nada a oferecer. Havia motivos para Mandela não aparecer em público: sua saúde já estava frágil e teve de sofrer o golpe de uma de suas bisnetas, de 13 anos, morrer num acidente de carro.

Em 2013, as últimas manchetes envolvendo o "gigante" sul-africano, com o agravamento da doença, a internação, as disputas familiares. E, finalmente, a morte, mas apenas o fenômeno físico pelo qual todos teremos de passar. Pois Nelson Mandela já está imortalizado pela História como o homem que venceu um dos regimes mais desumanos e absurdos do mundo. Ele também ajudou a colocar em prática as ideias de outro líder negro, o pastor americano Martin Luther King, que pregava a igualdade das raças. Esses dois fizeram mais pelos negros do que todos os outros ativistas juntos, e ajudaram as novas gerações, ou pelo menos partes delas, a compreender que negros, brancos, amarelos, são apenas diferenças de cor de pele e não características raciais. Pois, repetindo o velho lugar-comum, só existe uma raça: a humana.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Interrrompendo a sequência

Já postei muita coisa em seguida a respeito da situação no Brasil, mas como este é um blog que aborda diversos assuntos e não só aqueles que afetam o nosso país, preciso diversificar. Existem outros milhares de blogs que estão falando disso, mas ficar preso a este tipo de assunto vai contra a concepção deste blog.

O problema é que, às vezes, a gente tem vontade de não escrever nada. 

Abordo o quê? 

A Ponta Preta está jogando com o Lanus, no primeiro jogo da Final Sul-Americana. Se ganhar o torneio, vai para a Libertadores 2014, mesmo tendo de disputar a segundona do Brasileirão. 

Ainda tem a tragédia do ator Paul Walker, do filme Velozes e Furiosos, que morreu em acidente de carro em alta velocidade (embora ele não esteja no volante e sim o seu amigo Roger Rodas, que também perdeu a vida). 

A Mega-Sena acumulou de novo? Também com três números seguidos: 20, 21, 22?!

E a Kombi vai mesmo sair de linha, assim como o Uno Mille, no dia 31 de dezembro. Nem o carisma e a importância histórica salvaram esses dinossauros da indústria automobilística da "aposentadoria"...
 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

POUCA VERGONHA MESMO !!

O Brasil foi avaliado em um Índice de Percepção de Corrupção (IPC) divulgado pela Transparência Internacional e mostrou ter um árduo e longo caminho pela frente. 

Piorou em relação à avaliação anterior, no ano passado. Mesmo com as passeatas contra a corrupção e outros desmandos, em junho, o país ganhou nota 42 em 2013, contra 43, num total de 100 (país idealmente sem corrupção). A nota 0 indica país irremediavelmente corrupto. 

Na lista, até que o Brasil ainda não é um caso perdido, aparentemente: ficou em septuagésimo segundo lugar, num total de 177 países. Está ainda na parte de cima. Mas é um retrocesso, pois o país ocupada três posições acima (sexagésimo nono lugar). O fato de um país com resultados tão preocupantes em matéria de roubalheira estar na metade de cima da tabela indica o estado de deterioração da maioria dos países no mundo. Isso não vai mudar tão cedo, nem mesmo com protestos localizados como os feitos pelos tailandeses contra o seu governo, acusado de conivência com práticas lesivas ao dinheiro público. 

Outros aspectos desta terça-feira mostram o quando o Brasil ainda está sujeito às tormentas: o Ministério da Fazenda divulgou números indicando que o PIB brasileiro CAIU 0,5% no terceiro trimestre. Um país merece preocupação com a simples estagnação em um trimestre, ou seja, não crescer nem encolher. Por conta disso, a Bovespa caiu 1,75%, após queda maior ainda, ontem, devido à desconfiança dos investidores com a Petrobras (cujas ações caíram mais de 9% ontem e hoje voltaram a subir), resultado de uma administração excessivamente voltada para os interesses políticos e sem transparência quanto à sua gestão, que impede critérios mais claros para os reajustes. Por culpa do nervosismo, o dólar voltou a ficar bem próximo do patamar de R$ 2,40, valorizando em 0,81%. 

2013 será um ano para o Brasil tentar inutilmente esquecer. Não há, porém, garantias concretas para 2014 ser muito melhor. A Copa do Mundo não é uma delas. Precisa haver algo mais decisivo para o Brasil deixar de ser motivo de vergonha para muitos de seus habitantes. 

POUCA VERGONHA !

O Brasil está pagando o preço de negligenciar a educação pública, como se vê na dificuldade em contratar gente qualificada, pouca atratividade para os investidores, miséria, ignorância e doenças também encontráveis nos países mais miseráveis do mundo. Isto é comprovado pelo recente ranking da educação divulgado nesta semana com base em avaliação feita no ano passado. 

O Pisa, Programme for Internation Student Assessment, ou Programa Internacional de Avaliação de Alunos, é coordenado pela OCDE, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, para avaliar o desempenho de alunos em matérias importantes, como leitura, ciências e matemática. São avaliados alunos de 15 anos de 65 países, e a pontuação máxima é de 1000 pontos. 

Nesta avaliação, o Brasil sempre fez feio, e conseguiu ficar pior em relação a outros países. Conseguiu 410 pontos em leitura, 86 a menos que a média - e, pior, 2 pontos a menos que em 2009. Em ciências, os alunos mostraram ser mantidos nas trevas pelo nosso sistema (des) educacional, com míseros 405 pontos, e caiu de posição em relação a outros países, considerando o desempenho de 2009. Houve uma melhoria anêmica na Matemática, de 386 para 391 pontos, mas o país ainda está em conflito com as quatro operações aritméticas. 

Como resultado disso, nosso país está entre os últimos lugares. Invertendo o ranking oficial de 65 países, o Brasil é a décima primeira pior nação em leitura, e a sétima pior em matemática em ciências. É pior do que Costa Rica e Tailândia. Quem iria apostar no futuro de um lugar desses?

Neste cenário, se o mundo for reduzido a uma classe escolar, os "CDF's", mais inteligentes da classe, seriam os orientais, chineses e japoneses, repetindo mais ou menos o que se vê em muitas escolas daqui. Os "loirinhos" também seriam considerados "nerds" nessa classe: Finlândia, Suíça, Liechtenstein, Canadá... Já o Brasil estaria na turma do fundão, com péssimo desempenho. 

O burro, se pudesse falar, diria: 


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O verdadeiro significado de 'Black Friday'

Depois da 'Black Wednesday' anunciada, chegou a 'Black Friday', mas não comentarei sobre esse evento muito comentado nas redes sociais, e sim sobre as notícias ocorridas hoje. Serei breve. 

O governo finalmente anunciou o esperado aumento na gasolina, e ele foi de "apenas" 4%, para não estragar o fim do ano dos brasileiros, mas outros aumentos poderão vir, e não serão tão comedidos. O diesel aumentou mais, em 8%. 

Pior é o acontecido no Memorial da América Latina, um dos maiores museus da cidade. O prédio do auditório Simón Bolívar foi consumido pelas chamas, após uma sobretensão elétrica decorrente do restabelecimento da energia elétrica na região (Barra Funda, Perdizes, Pompéia) após blecaute. Isso pode ter danificado seriamente uma das obras de Tomie Ohtake, a grande artista nipo-brasileira que acabou de completar 100 anos de idade, a tapeçaria de 600 metros quadrados. Havia também parte do acervo de Cândido Portinari, incluindo os quadros sobre Tiradentes. Além disso, nove bombeiros tiveram de ser atendidos após intoxicação causada pela fumaça. Dois deles estão internados. 

No exterior, as notícias mais exploradas pela imprensa também não são boas.

Fala-se de um leão morto e supostamente comido por rebeldes famintos na Síria, mas provavelmente estavam tirando-lhe a pele para, simbolicamente, dizer o que iriam fazer com Bashar al-Assad, o "leão de Damasco"; mais preocupante que a morte do infeliz felino é a crescente população de refugiados, tentando se abrigar dos ataques naquele país, inclusive milhares de crianças indefesas. 

Além disso, existe crescente preocupação sobre um conflito entre o Japão e China por causa de ilhotas próximas de Taiwan que pertenciam aos chineses até 1895, quando o governo militar japonês anexou-as ao seu território, e vistas como vitais pontos de pesca e prováveis fontes de petróleo e gás natural, escassas em ambos os países. A ampliação do espaço militar chinês para as ilhas citadas, chamadas de Diaoyu pela China e Senkaku pelo Japão, causou irritação em Tóquio e preocupação em Washington.

Menos sérios e mais grotescos foram certas notícias, como a repercussão do aplicativo Lulu no Facebook para as mulheres avaliarem os homens e a reivindicação pela Bélgica da batata frita como "patrimônio da humanidade". Realmente tem gente que contribui mesmo para o desenvolvimento do espírito humano. Nossos filhos e netos não se esquecerão disso.

Diante de tudo isso, a 'Black Friday' foi pior do que simplesmente as denúncias (várias) de maquiagem nos preços cobrados pelas lojas participantes do evento. 


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

'Black Friday' nada! Foi a 'Black Wednesnay'!

Na semana da tal 'Black Friday', criada nos EUA e imitada no Brasil como 'Black Fraude', devido às falsas promoções, houve uma quarta-feira cheia de fatalidades capazes de estragar o humor pelo resto da semana. 

Primeiro, a morte de um dos maiores gênios do futebol, Nílton Santos, o lateral esquerdo polivalente que defendeu o Botafogo por duas décadas, participou de quatro Copas do mundo e ensinou a malandragem do futebol ao Garrincha. Era conhecido como "A enciclopédia do futebol", pois diziam que ele sabia de tudo sobre o futebol, dentro e fora dos gramados. Ironicamente, o mal de Alzheimer, doença impiedosa, corroeu o cérebro dele, e ele se foi aos 88 anos de idade. Este é um acontecimento inevitável, pois todos teremos de falecer um dia. Piores são as duas notícias a seguir.

Segundo, a tragédia no Itaquerão, o estádio do Corínthians. A perícia está investigando o que realmente aconteceu. Um guindaste caiu sobre o setor leste da arquibancada ainda em construção, provocando a morte de dois operários que estavam no solo, um deles dentro de um caminhão esmagado pelo aparelho. Não se sabe quanto tempo mais a obra vai levar para ficar pronta: 60 dias, com margem de erro de 30 dias (prazos, no Brasil, têm margens de erros assustadoramente grandes). Pior do que o Brasil ser visto como uma nação onde a negligência, a desídia e a roubalheira imperam, é o recorde negativo de mortes durante as obras para uma Copa. Até na África do Sul, onde o descaso com a segurança no trabalho é ainda maior que no Brasil, houve menos mortes. Até agora, cinco pessoas perderam a vida. Ainda dá tempo para os organizadores do evento mostrarem que eu estou errado, mas em um post anterior fiz alusões à Somália, como referência de país igualmente preparado para sediar uma Copa. Haverá retorno diante da torrente de dinheiro gasto nessa aventura? A imagem do Brasil irá melhorar com a Copa? Pelo menos um estrago é irreversível: para as famílias dos operários mortos. 

Terceiro, e isto já não tem a ver com o futebol, é a alta da taxa Selic, voltando ao pesadelo dos dois dígitos. Agora, a taxa básica dos juros está em exatos 10%. No ano passado, a presidentA afirmou que os juros no Brasil eram inaceitavelmente altos (30 de abril de 2012, de acordo com o jornalista Josias de Souza, da Folha). Menos de dois anos depois, a fanfarronice veio abaixo, como o guindaste no Itaquerão. Realmente, era difícil de acreditar, mas muitos creram na palavra da nossa governante. A taxa básica de juros, neste período, assumiu uma trajetória hiperbólica, mas também pode ser interpretada como um sorriso de escárnio: 

Gráfico da taxa de juros entre janeiro de 2012 e novembro de 2012, segundo o Estadão

Haverá consequências para a economia do Brasil devido às taxas de juros neste patamar atual. Pior para o comércio, a indústria e a sociedade em geral, principalmente os mais endividados. 

2013 ainda nem acabou e parece que seus efeitos serão sentidos em 2014, e nos anos seguintes, também.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Brasil continua seu rumo

Os acontecimentos desta semana mostram o Brasil tentando se ajustar à mal-ajambrada condição de país democrático. 

Depois de prender os mensaleiros e impor aos chefões da quadrilha um estranho regime semi-aberto com direito a muitas visitas, tratamentos diferenciados para a saúde de José Genoíno negados a outros presos nas mesmas condições dele (ou até piores) e até uma proposta de emprego como gerente em hotel de luxo para o chefão José Dirceu, agora é a vez de resolver alguns problemas. 

Um deles é a falta de transparência do Congresso. Parece que muitas votações importantes terão o voto aberto. Se por um lado irá mostrar aos eleitores e à população em geral quem estará a votar em qual proposta, seja ela benéfica ao país ou não, teme-se a interferência do Executivo, sempre presente por aqui. Esta questão é já bem antiga. 

Ainda datada, mas nem tanto, é a tentativa de rever a História recente com a Comissão da Verdade, como já foi tratado em uma postagem anterior. Não se espera que séculos de governos opressivos sejam corrigidos com essa atitude, pois não se conserta o passado, apenas se aprende com ele. O país precisa viver o presente e construir o futuro. 

Nova, mesmo, é a proposta de rever todos os estragos provocados pelos planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990. Os planos Cruzado, Verão, Collor, foram verdadeiros fiascos na tentativa de conter a inflação. Não faltaram esforços dos governos para isso, mas a população sofreu demais com medidas como arrocho salarial, desabastecimento devido a congelamentos artificiais de preços e sequestro de poupança. Porém, toda a reparação custaria caro demais, estimada em R$ 150 bilhões. Todo esse dinheiro, liberado de uma vez, arruinaria todo o trabalho de conter a inflação, finalmente domada em 1994 com o plano Real, o único que surtiu efeitos positivos para a sociedade. Além disso, a reparação envolve todos os bancos, vistos como verdadeiros monstros predadores, implacáveis com o povo. É um dilema que exigirá bastante do STF, responsável por apurar o caso. 

Provavelmente, eles vão deixar tudo como está, como fizeram todos os outros países que sofreram planos econômicos radicais como a Argentina da década de 1980 e a Alemanha nos anos 1920 e 1930. Caso contrário, a reparação da injustiça pode causar sérios efeitos colaterais, como o corte de financiamentos e investimentos, aumento brutal da inflação e risco de haver outro plano econômico. 

Isso tudo desconsiderando outros problemas que nos impedem de ser uma democracia de fato, como a violência, a persistente desigualdade socio-econômica e a falta de respeito com as leis e com os direitos do povo em geral. 

De forma peculiar, com direito a muitos e graves acidentes de percurso, mais do que um país decente poderia suportar, o Brasil continua.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu', parte 15 - Elementos mafiosos (II)

Finalizando a série, temos aqui alguns elementos mafiosos, mas podemos chamá-los por termos mais apropriados como assassinos, terroristas, a escória da tabela: são os actinídeos. 

Dentre esses elementos, temos alguns bem conhecidos, como o urânio e o plutônio, elementos usados nos reatores nucleares e na coisa mais terrível já feita: a bomba atômica. 

Às vezes também são chamados de terras-raras, por terem o subnível f como o mais energético, característica também dos lantanídeos. Geralmente são trivalentes, portanto loucos para sequestrar não-metais e estuprá-los, enfiando-lhes três elétrons no rabo na eletrosfera deles. Às vezes, como muitos demônios, são metais bissexuais. 



Eis os membros dessa al-Qaeda da Química: 

- Actínio: Este é um típico metal do inferno, existindo apenas para infestar o ambiente de radioatividade. Não serve para mais nada. Dá nome ao grupo, mas sua importância não vai além disso. 

- Tório: Está presente naquela mistureba de terras-raras chamada de monazita. É um elemento bem misterioso, aliás. Parece ser boa-praça, como componentes de vidros raros e equipamentos de laboratório, mas pode pegar fogo facilmente, mostrando não trair o costume do grupo. 

- Protactínio: É quase tão inútil e assassino quanto o actínio, mas por ser mais raro, não é tão levado em conta. Poderia ser considerado o membro mais ralé da corja. 

- Urânio: Não se sabe o porquê do grupo não ser chamado de uranídeos, já que o urânio é, de longe, o elemento mais importante de todos. Este é o líder de facto deste grupo de vilões dentro da tabela periódica. É muito comum na natureza, para alegria dos ditadores e terroristas que adoram ter uma bomba atômica para ameaçar jogar nos inimigos. Está presente como combustível para as usinas de fissão nuclear, que podem ser uma ameaça nas mãos de tecnocratas presunçosos, como os donos de Chernobyl e Fukushima, e líderes feios, carrancudos e barbudos que usam turbante e dizem usar este metal só para fins pacíficos (sei...). O urânio, quimicamente, é um taradão, traçando não só os não-metais como participando daquelas surubas com outros metais e o oxigênio, os chamados uranatos. Ou seja, é um metal bissexual e promíscuo, como o sujeito-de-muitos-nomes. Como os químicos não são idiotas a ponto de arruinarem a reputação para sempre, escolhendo algum nome do coisa-ruim (para muitos o criador dessa josta), resolveram batizar o metal com o nome de um planeta, Urano. 

- Neptúnio: Este foi o primeiro elemento sintetizado mais pesado que o urânio, chamado de transurânico. Para batizá-lo, escolheram o nome do próximo planeta, Netuno. Também serve para os loucos que querem destruir para sempre seus inimigos jogando bombas nucleares neles. 

- Plutônio: É o mais famoso elemento transurânico conhecido. Como foi fabricado após o neptúnio, deram-lhe o nome de plutônio, para homenagear Plutão, então recém-descoberto. Os químicos da época nem imaginariam que Plutão iria deixar de ser considerado um planeta em 2006. De qualquer forma, é um elemento diabólico, também usado como arma de destruição em massa. Além de ser combonente das bombas atômicas, ainda solta radiação alfa, beta, gama, e se pudesse todo o alfabeto grego, mais do que qualquer outro elemento. 

- Amerício: Criatura demoníaca batizada para homenagear a América, ou mais precisamente os Estados Unidos da América. Conseguem atualmente produzir essa bosta esse metal em quantidades suficientes para usá-lo em algo que preste, como o dióxido de amerício usado em alguns detectores de fumaça. 

- Cúrio: Depois do plutônio, é o próximo elemento a ser fabricado. Foi sintetizado antes do amerício. Segundo os químicos, o nome foi para homenagear o casal Curie, famosos físicos da virada do século XIX para o XX. Atualmente é usado como componente para instrumentos de medida de satélites. É bom que fique bem longe dos humanos, porque é fonte de radiação pestilenta.

- Berquélio: Aberração criada especificamente para completar o time dos actinídeos. Batizado com o nome da famosa universidade de Berkeley, na Califórnia. Não serve para nada, a não ser para envenenar eventuais descuidados que não tomam as devidas precauções no seu manuseio. 

- Califórnio: Outra coisa que recebeu nome de um lugar americano, no caso o glorioso estado da Califórnia. Ainda não encontraram nada que preste para ele. Só se sabe que ele, como todos os actinídeos, gosta de reagir com os não-metais enfiando-lhes três elétrons. 

- Einstênio: Os químicos resolveram não homenagear mais nada da Califórnia, ou seja, nada de sequoium (homenagem à sequóia, árvore gigante do local), saofranciscum ou hollywoodium. Deram-lhe o nome do arqui-famoso Albert Einstein. Para desgosto do famoso formulador da Teoria da Relatividade e do efeito fotoelétrico, aquele fenômeno que explica o funcionamento das células solares, não se sabe nada sobre o elemento. Apenas descobriram que ele é um metal radioativo, pervertido quimicamente e perverso em termos de comportamento, por soltar radiação como louco. 

- Férmio: O italiano Enrico Fermi batizou o elemento de número atômico número 100, e não o alemão Einstein. A honra dada a um habitante da bota não vale nada, por enquanto. Por enquanto a única coisa mais digna de atenção é a sua presença como resíduo de explosões nucleares. Porca miseria!

- Mendelévio: Para não deixar os russos morrendo de raiva, finalmente homenagearam um russo, Dmitri Mendeleev, o inventor da Tabela Periódica tão mal-falado por alguns estudantes que odeiam estudar Química. Esta criatura do inferno por enquanto serviu apenas para preencher a tabela periódica e ajudar a completar esse grupo maligno. 

- Nobélio: Alfred Nobel não escapou de, postumamente, batizar um elemento químico artificial, monstruoso, violento, pestilento, nojento e xexelento, entre outros -entos. Além disso, parece ter comportamento químico meio estranho, pois gosta de doar dois elétrons apenas, e não três, como os demais actinídeos. 

- Lawrêncio: Para completar a súcia, criaram o lawrêncio, de Ernest O. Lawrence, para não deixar os físicos americanos com inveja por não terem um deles homenageado. Lawrence foi o inventor do cíclotron, mais famoso tipo de acelerador de partículas. Quimicamente, comportar-se-ia mais como um elemento como o escândio ou o ítrio do que como um actinídio propriamente dito, pois ele tem o subnível f completo, ao contrário dos seus colegas malditos. 

E assim, esta série termina, mas pode voltar quando inventarem algum elemento químico novo ou batizarem algum já existente (aqueles batizados com nomes latinos como ununtrium). Espera-se que estas postagens despertem algum interesse dos vestibulandos. Porém, repito o aviso: JAMAIS levem a sério as informações contidas, ou se preparem para se arrependerem amargamente. Terão trauma de dois dos elementos quimicos da tabela periódica: o ferro, porque vão se ferrar, e o cobre, porque o símbolo desse metal significa o mesmo lugar onde vão sentir o ferro. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu - parte 14' - Elementos mafiosos (I)

A série vai continuar com aqueles elementos que se julgam a elite da elite da Tabela Periódica, mais do que o ouro, a platina e outros elementos "indignos". São os lantanídeos e os actinídeos, aqueles que possuem um subnível "f", o que mais comporta elétrons (14 no total), como o mais energético. Os demais elementos de transição possuem um subnível mais energético do tipo "d", com 10 elétrons. Já os biscates dos não-metais possuem como subnível mais energético o tipo "p", com apenas 6 elétrons. Os tarados dos metais alcalinos e alcalinos-terrosos possuem um subnível "s" como o mais energético - esse subnível é o mais, digamos, "apertado" para os elétrons, pois cabem apenas 2 deles. 

Na verdade, esses tais lantanídeos e actinídeos não passam de membros de uma corja de elementos sacripantas, formando verdadeiras quadrilhas, como os diversos grupos do crime organizado, narcotraficantes, terroristas como a al-Qaeda e o Hizbollah, ou os mensaleiros de Brasília. Vejamos quem são essas criaturas. Primeiro, os lantanídeos, aqueles chamados de 'terras-raras', um título confuso e mentiroso como discurso de político disposto a afanar o NOSSO DINHEIRO, pois de raros, alguns deles não tem nada. Como característica comum, são todos trivalentes, prontos para enfiar três elétrons nos não-metais nas relações químicas. 



- Lantânio: Esse elemento se sente por dar nome ao grupo, mas é um metal vagabundo e com sérios distúrbios de comportamento. Não pode ver um não-metal, que ele faz relações selvagens com ele. Pega fogo fácil, daí a sua aplicação em pedras de isqueiros. Nem os outros companheiros da quadrilha o aguentam. Quando está deprimido por não conseguir traçar um não-metal, julga-se um injustiçado pela natureza, como o Zé Genoíno. 

- Cério: De "sério" esse elemento não tem nada. É o piadista do grupo, como o Delúbio Soares. Detesta ficar sem companhia, e para isso se vale da sua capacidade de ser engraçado e contar muitas piadas de salão. Tenta esconder que é um metal bissexual, pois a-do-ra metais alcalinos. E é um taradão, pois também não suporta ficar sem um não-metal. 

- Praseodímio: Esquisito até no nome, esse elemento de maus bofes fica verde facilmente, principalmente em contato com o ar. Nesse estágio ele fica violento, chegando a rugir de raiva e ameaçando esmagar todo mundo. Mais esquisito, só o nome do Enivaldo Quadrado. 

- Neodímio: Metal vagabundo que só quer saber de praia, por isso está em certas areias radioativas, chamadas de "monazíticas", por ser componente da monazita, um minério com pinta de misterioso como o sorriso de uma mulher com codinome parecido, a Mona Lisa. Aliás, o próprio neodimio parece misterioso como o Marcos Valério. É o menos digno de ser chamado de terra-rara, pois é muito comum, como os ladrões e corruptos em nossa terra. 

- Promécio: Só existe em estrelas distantes, portanto teve de ser produzido a partir de experimentos com outros elementos. Parece cria do Duda Mendonça: fabricado, artificial e que, no fundo, não serve para nada. 

- Samário: Este elemento tarado e safado nunca pode ser encontrado livre na natureza. Gosta de conchavos e adora futricas, como o líder dos mensaleiros, Zé Dirceu. É encontrado num minério de nome medonho chamado de samarskita, encontrado principalmente na Rússia, a antiga pátria do Lênin e da maioria dos bolcheviques responsáveis pela implantação do comunismo naquele país. 

- Európio: Elemento metido a besta, só por ter o nome que homenageia aquela parte do planeta. Odeia o Brasil e gosta de todo tipo de não-metal biscate. Aliás, é o mais tarado de todos os terras-raras. Já foi muito usado nos cinescópios dos antigos televisores de tubo, para fornecer a cor vermelha nas imagens. Vermelha de tomate, vegetal usado para rechear as pizzas. Pizza lembra Pizzolato, o mensaleiro que fugiu para a... Europa. 

- Gadolínio: Metal cujo nome homenageia não o gado (e gado lembra o Banco Rural, financiador do mensalão), mas um químico finlandês com sobrenome francês que viveu há 200 anos atrás, o Johan Gadolin. Ao contrário dos outros terras-raras, não é tarado, mas também gosta de não-metais por perto. No entanto, é um esquisitão, doido para pegar nêutrons soltos, daí o seu uso nas usinas de fissão nuclear, para evitar as reações em cadeia causadas por nêutrons loucos que gostam de vandalizar os núcleos dos átomos de urânio. 

- Térbio: Este terra-rara é mole a ponto de ser cortado com faca, embora não seja tão mole quanto a lama componente do suposto mar onde o Brasil parece estar mergulhado. Aliás, Lama é o sobrenome de um dos mensaleiros com o nome mais infame de todos: Jacinto Lamas. 

- Disprósio: Elemento que gosta de prosear, como o Roberto Jefferson, e se vale disso para atacar os incautos, principalmente os não-metais na hora de fazer sexo, pois adora enfiar três elétrons em um, dois ou até três átomos. Bastante usado para a fabricação de CDs e DVDs para gravar músicas. É um elemento melômano como o ex-líder do PTB. 

- Hólmio: Gosta de alardear a sua hombridade, como cabra-macho que julga ser. Também adora ficar junto dos não-metais, tratando-os como as suas cabritinhas. Na verdade, esse elemento tenta esconder que o seu nome deriva de Estocolmo, na Suécia, onde só tem loiro "baitola" e loirinhas gostosas. Suas fanfarronices lembram o grande beneficiário do mensalão, o ex-presidente Lula. Para provar a sua macheza, ele fica dentro dos reatores nucleares. 

- Érbio: Metal com aparência inofensiva, como o José Paulo Cunha. Mas ele também adora não-metais e fazer muitas safadezas. Como efeito colateral disso, seus sais são de cor rosa, sendo empregados para tintas dessa cor. Ui!

- Túlio: Outro elemento inútil, com nome de gente (o de um jogador de futebol muito conhecido no final do século passado). Não se sabe para que serve essa criatura. Parece não ter muita importância entre os membros dessa quadrilha, como aqueles que acabaram sendo absolvidos pelo STF. 

- Itérbio: Este elemento tem um temperamento forte, como o Valdemar Costa Neto. Tanto que seus compostos podem explodir facilmente. É componente do imã mais possante do mundo, um treco feito de itérbio, cobalto, ferro e manganês. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Não foi o Cebolinha

Quem roubou o Sansão de uma das Mônicas da exposição que homenageia os 50 anos da personagem brasileira mais conhecida dos quadrinhos foi mais um vândalo.

 Vândalos estragaram mais uma das Mônicas do evento (Divulgação/UOL)

A Monica Parade foi um dos eventos mais vandalizados dos últimos tempos: primeiro, uma das bonecas foi pichada. Depois, outra foi roubada e levada até a periferia de Guarulhos, mas voltou. Agora, o coelhinho de estimação da personagem. 

É melhor correr para ver a exposição antes que mais atos de vandalismo aconteçam. As Mônicas estão espalhadas em alguns pontos da cidade. Para ver o mapa, clique aqui. Elas estarão até o dia 8 de dezembro.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Chegou a hora de revisitar a História

Na última postagem, falei sobre a História do Brasil e vou tocar no assunto novamente. 

Dilma ofereceu honras de chefe de Estado a Jango, 37 anos depois de sua morte (Ag. Brasil)

Recentemente, querem descobrir se o ex-presidente João Goulart foi envenenado em 1976, por ação da Comissão da Verdade. Se fosse possível investigar todos os casos suspeitos durante a ditadura, levarão vários anos, entre documentos e exumações. No mesmo ano, o também ex-presidente Juscelino Kubitscheck foi morto num acidente de automóvel suspeito. Vão se passar outras décadas e muitos ainda afirmarão que JK, o presidente mais popular do século XX, foi assassinado. No ano seguinte, Carlos Lacerda, ex-inimigo de JK e Jango convertido à luta contra o regime militar que inicialmente apoiou, também morreu de um ataque cardíaco repentino. Também há indícios de envenenamento, mas provavelmente a Comissão da Verdade não irá tão longe em exumar um "direitista".

Os três - JK, Jango e Lacerda - faziam parte da Frente Ampla, movimento contra a ditadura. Eles eram vistos como perigosos inimigos do regime. Naquela época aplicava-se a Operação Condor, executada pelos regimes anti-democráticos do continente (Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai) para perseguir não só as guerrilhas comunistas e simpatizantes do regime de Fidel Castro, outro liberticida, mas também todos os opositores que representassem alguma ameaça. Acusa-se o governo norte-americano de estar por trás dessa operação.

Não é só no Brasil. Nos Estados Unidos, exatos 50 anos após o terrível assassinato de John Kennedy, ainda estão investigando se ele foi morto por ação de um único homem - Lee Oswald - ou por ação de grupos interessados em sua eliminação: extremistas políticos, terroristas, agentes soviéticos, a própria CIA. 

Todas essas mortes suspeitas alimentam várias "teorias da conspiração". Provavelmente elas irão continuar, mesmo após a conclusão das investigações em curso.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Da série "Como seria o Brasil se...", parte 2

Após a renúncia de D. Pedro I, seu filho, também chamado Pedro seguido de vários outros nomes, como rezava a tradição dos Bragança, passou a reinar após alguns anos de regência. Seu governo era tido como favorável ao progresso, devido ao fascínio de D. Pedro II pela ciência. Apesar disso, muitos estavam descontentes com a escravidão, a base econômica da época, e da excessiva dependência dos produtos agrícolas, primeiro a cana-de-açúcar e depois o café. A filha de D. Pedro, princesa Isabel, era tida como uma carola casada com um francês, o Conde d'Eu, que desprezava os costumes locais. Mesmo assim ficou conhecida como a Redentora, por ter assinado a Lei Áurea, em 1888, quando todos os outros países já haviam abolido a escravatura. Os escravos foram libertados mas continuavam à margem da sociedade, e os grandes fazendeiros retiraram o apoio à monarquia.

Alguns devem ter imaginado o que aconteceria se o marechal Manuel Deodoro da Fonseca, diga-se de passagem um militar leal à monarquia praticamente pressionado na última hora a aderir ao movimento, não tivesse proclamado a República e chefiado o golpe militar de 15 de novembro de 1889.

Se o Marechal Deodoro não tivesse proclamado a República...

Existem vários defensores de uma cabeça coroada ainda no Brasil, mesmo desconsiderando os adeptos de D. Lula I. Eles diriam que o Brasil seria uma nação ainda mais forte e respeitada, temida pelos argentinos e outros vizinhos, e respeitada pelas potências ocidentais, com Forças Armadas poderosas, prestigiadas desde a Guerra do Paraguai, e um governo estável.

Outros poderiam argumentar: o trono iria para o Conde d'Eu, e isso seria uma catástrofe. Se D. Pedro II morresse naturalmente como monarca, e passasse o trono para o seu genro, tendo Isabel de Bragança como consorte, haveria muito descontentamento, e a família imperial iria para o exílio de qualquer modo.

Já os adeptos do monarquismo não pensariam assim. Alguns diriam que a rainha seria D. Isabel, e o conde d'Eu seria um mero consorte, repetindo a experiência britânica. Os ingleses, escoceses e galeses se curvaram à rainha Elizabeth I no século XVI e à rainha Vitória, contemporânea de D. Pedro II. O problema seria vencer a tradição machista do Brasil. No entanto, a Inglaterra da mesma época ainda negava muitos direitos às mulheres, também. D. Isabel passaria o trono ao seu filho, D. Pedro, que seria coroado como D. Pedro III do Brasil. Isso se as turbulências políticas permitissem.

De qualquer forma, segundo a maioria dos defensores do monarquismo, os Bragança deixariam o governo nas mãos dos primeiros-ministros, embora o Poder Moderador, visto como um ranço absolutista por dar poderes extras ao Imperador, às vezes viria a ser usado. Os brasileiros aprenderiam a não se valer do "jeitinho", e respeitar mais as autoridades. Entretanto, muitos diriam que os brasileiros demorariam mais para exigir seus direitos, já que uma monarquia, segundo eles, tolhe as forças democráticas. Por outro lado, os monarquistas contra-atacam dizendo que até agora muitas nações européias avançadas possuem tronos. A corrupção continuaria a ser uma chaga para o Brasil: não seria escancarada como realmente acontece, porém seria bem mais velada. Nada de "mensalão" ou dinheiro escondido em roupas íntimas, coisa de gente ignóbil, mas os bancos suíços continuariam a ter muito dinheiro guardado de origem brasileira.


Nas comunicações, os Marinho iriam ganhar ainda mais prestígio. Roberto Marinho seria elevado á categoria de Duque de Jacarepaguá. O tão falado monopólio da Rede Globo iria ser ainda mais sólido, sendo uma espécie de Televisa na América do Sul. A cultura brasileira, de qualquer forma, continuaria a produzir a Bossa Nova e o Tropicalismo, embora não as canções de protesto, pois não haveria ditadura militar, na hipótese remota da monarquia sobreviver até os nossos dias. No máximo, letras ousadas pregando a destruição do regime, mandando a realeza para o paredón. Provavelmente as hediondas modas do "sertanejo universitário" e do funk mal cantado não teriam tanto sucesso. O consumo de drogas por artistas - e não artistas - seria um problema de toda forma.

Quanto à economia, há contravérsias. Poderiam apostar na continuação da agropecuária como base da economia, mas a modernização, com o fim dos latifúndios, poderia ser inevitável. Contudo, poderia demorar mais para diminuir a exploração excessiva dos trabalhadores. Movimentos sociais poderiam ser resolvidos na base da força policial, mas provavelmente Sua Majestade teria de agir de modo mais democrático conforme os anos passassem. O petróleo seria, inexoravelmente, descoberto em alguma parte da imensa terra brasileira. Haveria, também, uma industrialização, embora não se saiba até que ponto. Provavelmente não passaríamos por um período de inflação tão galopante causado por aventuras econômicas. Aliás, nem conheceríamos uma moeda chamada Cruzeiro. Talvez o nome da moeda atual sob uma monarquia Bragança teria o nome de... Real.

A Guerra de Canudos poderia ser inevitável, e Antônio Conselheiro, o líder messiânico que dirigiu a cidade baiana desde antes de 1889, não seria visto como um monarquista lunático. Seria simplesmente considerado um "doido furioso" e seus seguidores seriam igualmente massacrados por ordem do imperador (ou da imperatriz). O Brasil não passaria por revoltas como a da Armada, movida pelo descontentamento de setores da Marinha contra o governo militar de Deodoro e Floriano. Talvez relutasse menos em apoiar os americanos contra Hitler, na Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, os Braganças teriam de se preocupar com novas tentativas de emancipação do Rio Grande do Sul.

Quanto às grandes cidades? Elas se desenvolveriam, de toda forma, tanto o Rio de Janeiro quanto São Paulo e outras capitais. Se haveria favelas ou não, é algo difícil de dizer, e isso dependeria de vários fatores pouco mensuráveis, como o empenho do governo em diminuir a miséria, promover obras de infra-estrutura e coibir as ocupações irregulares. A imigração aconteceria de qualquer modo, para "embranquecer" o povo e fornecer mão-de-obra para a agricultura, pois não se cogitaria a volta da escravidão. O racismo continuaria a ser um problema sério.

Por fim, a capital poderia ser, de todo modo, no Planalto Central, mas dificilmente o autor seria Oscar Niemeyer, um comunista de traços ousados demais para o gosto da família real. Possivelmente vão satirizar as cabeças coroadas, apontadas como "os reis do sertão" e ocupantes do "palácio a milhares de quilômetros de lugar nenhum".