terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Um comentário tardio sobre a capa da TIME

Semana passada, a revista TIME colocou na capa, como homem do ano de 2013, nada menos que o atual papa, Francisco. 

O homem do ano (Divulgação)

Apesar das suas críticas recente ao capitalismo, em conformidade com a doutrina católica mas merecedoras de ressalvas dos setores mais conservadores da Igreja por seu teor algo contundente, a TIME, um dos símbolos da pátria do capitalismo, encontrou outros motivos para colocá-lo na capa mais importante de 2013. 

Francisco foi o responsável por uma grande abertura da Igreja aos fiéis. Ele priorizou a evangelização e o amparo aos pobres, em detrimento de aspectos dogmáticos, como a questão do aborto, da homossexualidade e das seitas evangélicas. O pontífice que assumiu o trono de São Pedro em março, após a renúncia de Bento XVI, abandonou a ostentação e tratou de iniciar uma corajosa reforma na Cúria, o influente grupo de cardeais responsável pela administração do Vaticano. 

Além disso, trata-se do primeiro papa latino-americano. Apesar de argentino, conquistou a simpatia dos brasileiros, que deixaram a folclórica rivalidade com os vizinhos de lado quando ele foi visitar o país durante a Jornada Mundial da Juventude. Também é o primeiro jesuíta, o que é curioso, devido à longa história dos "soldados de Cristo" organizados por Santo Inácio de Loyola no século XVI. 

A repercussão do fato foi muito boa entre os católicos e o Vaticano, embora este limite-se a dizer que foi um "sinal positivo" e "um dos reconhecimentos mais prestigiosos da imprensa internacional". 

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