O Brasil está pagando o preço de negligenciar a educação pública, como se vê na dificuldade em contratar gente qualificada, pouca atratividade para os investidores, miséria, ignorância e doenças também encontráveis nos países mais miseráveis do mundo. Isto é comprovado pelo recente ranking da educação divulgado nesta semana com base em avaliação feita no ano passado.
O Pisa, Programme for Internation Student Assessment, ou Programa Internacional de Avaliação de Alunos, é coordenado pela OCDE, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, para avaliar o desempenho de alunos em matérias importantes, como leitura, ciências e matemática. São avaliados alunos de 15 anos de 65 países, e a pontuação máxima é de 1000 pontos.
Nesta avaliação, o Brasil sempre fez feio, e conseguiu ficar pior em relação a outros países. Conseguiu 410 pontos em leitura, 86 a menos que a média - e, pior, 2 pontos a menos que em 2009. Em ciências, os alunos mostraram ser mantidos nas trevas pelo nosso sistema (des) educacional, com míseros 405 pontos, e caiu de posição em relação a outros países, considerando o desempenho de 2009. Houve uma melhoria anêmica na Matemática, de 386 para 391 pontos, mas o país ainda está em conflito com as quatro operações aritméticas.
Como resultado disso, nosso país está entre os últimos lugares. Invertendo o ranking oficial de 65 países, o Brasil é a décima primeira pior nação em leitura, e a sétima pior em matemática em ciências. É pior do que Costa Rica e Tailândia. Quem iria apostar no futuro de um lugar desses?
Neste cenário, se o mundo for reduzido a uma classe escolar, os "CDF's", mais inteligentes da classe, seriam os orientais, chineses e japoneses, repetindo mais ou menos o que se vê em muitas escolas daqui. Os "loirinhos" também seriam considerados "nerds" nessa classe: Finlândia, Suíça, Liechtenstein, Canadá... Já o Brasil estaria na turma do fundão, com péssimo desempenho.
O burro, se pudesse falar, diria:
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