Foi feito hoje o sorteio dos grupos na Copa do Mundo, e, analisando os resultados, podemos nos preparar para o pior. Nossa Seleção terá um caminho duro até chegar ao cobiçado hexacampeonato. Será um caminho mais cheio de curvas do que o corpo da Fernanda Lima e mais acidentado do que campo de várzea.
De acordo com a tabela criada, Brasil pegou um grupo aparentemente fácil, mas capaz de complicar, pois os outros três times do grupo A, embora muito longe da tradição brasileira, não são times bisonhos: México, Croácia e Camarões. O grupo B, que reúne os prováveis adversários da Seleção nas oitavas-de-final, é um deus-nos-acuda: a Espanha, atual campeã, ou a Holanda, que eliminou o Brasil na última Copa, estão lá. Um deles irá pegar os canarinhos. O Chile dificilmente irá prosseguir com aqueles times no mesmo grupo. E a Austrália é candidata a saco de pancadas.
No estranho grupo C, que tem a Colômbia como cabeça-de-chave, sendo que ela nunca venceu um Mundial (só é cabeça-de-chave por causa do critério da Fifa, que leva em conta aquele ranking maluco inventado pela entidade), só times sem muita tradição, apesar da garra da Costa do Marfim e da evolução do time do Japão, além da Grécia. As chances de qualquer um deles avançar são muito pequenas, pois vão enfrentar nada menos que o "grupo da morte". E bota morte nisso: parece um grupo reunindo um pit-bull, um rotweiller, um fila e um poodle. O poodle em questão é a Costa Rica. Os demais são o Uruguai, a Itália e a Inglaterra, todos campeões mundiais e capazes de irem bem longe. Talvez até eliminando o Brasil, pois certamente um deles será adversário nas quartas-de-final. No caso do Uruguai, pode ser a repetição, adiantada, do Maracanazo de 1950.
Continuando a lista de estranhezas, o bizarro grupo E tem a Suíça como a cabeça-de-chave (a pátria do presidente da Fifa está bem no ranking...), mas a França, campeã do mundo e pesadelo de muitos, está lá, junto com os latino-americanos Equador e Honduras. Este último vai se esforçar para não apanhar dos outros. O grupo F terá a Argentina como cabeça-de-chave, e provavelmente ela poderá ir à final e tentar repetir o que os uruguaios fizeram em 1950, caso o Brasil também chegue lá. Este grupo é bem fácil para los hermanos: Irã, Bósnia (estreante) e Nigéria (esta última dará mais trabalho, mas já enfrentou a Argentina em Copas e se deu mal).
Um grupo mais equilibrado é o grupo G, o da Alemanha, que ainda tem Portugal, Gana e EUA. Este também pode ser considerado um grupo da morte, porém menos violento do que o grupo C. Ainda há o grupo H, com a Bélgica como cabeça-de-chave. Este grupo não tem seleções que tiveram o gosto de ir às finais, mas a Coréia do Sul quase chegou lá, na Copa de 2002. A Rússia também quer mostrar por que pode surpreender, como herdeira do antigo time soviético que merecia respeito nas Copas do século passado. Ainda tem a Argélia para completar o grupo.
Resumindo, o sonho do hexa pode ir para o beleléu já nas oitavas-de-final, pois será muito improvável se for logo no começo. O Brasil pode enfrentar:
- Oitavas: Espanha / Holanda
- Quartas: Inglaterra / Itália / Uruguai
- Semifinais: Um time do grupo E, F ou G (H, muito dificilmente). Isso inclui Alemanha, Argentina e França.
- Finais: Qualquer prognóstico é mero chute, a esta altura do campeonato.
- Finais: Qualquer prognóstico é mero chute, a esta altura do campeonato.
Se mostrar serviço e jogar o que sabe, o Brasil poderá fazer a alegria dos torcedores, independente do adversário, mas os desafios são grandes. O mínimo erro poderá exilar o sonho do hexa para Moscou, a capital da Rússia.
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