quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Da série 'Mondo Cane', parte 29 - Lugares macabros

Como hoje é dia de Halloween, ou dia do Saci para os ufanistas, quero mostrar alguns, mais precisamente TREZE locais realmente dignos de causar pavor só ouvir falar. As imagens são de dominio público. Algumas foram retiradas do site Ahduvido.com.br, especializado em curiosidades. 

 Blood Falls, uma cachoeira que parece ser de sangue, na Antártica. 

 As catacumbas de Paris, um lugar horrível onde você certamente não gostaria de ser enterrado lá. 

 O lugar é bonito, mas tem má fama: é a "Floresta do Suicídio", em Aokigahara, Japão. 

London Tower, a famosa torre onde os nobres inimigos da coroa inglesa eram decapitados.

Mais ao norte, o castelo de Edinburgh, Escócia, lugar tido como repleto de almas residentes. 

 A cidade do México fica repleta de figuras aterradoras no dia de Todos os Santos. 

A Capela dos Ossos em Évora, Portugal, decorada com várias caveiras. 

 Caverna Gomantong, na Malásia, local infestado de baratas vorazes. Se tem medo desses insetos, não vá para lá. 

Uma das peças do acervo encontrado no Museu da Tortura, em Amsterdam, Holanda (do site Gothic.com).

Ilha de Alcatraz, na costa californiana (EUA) onde fica o mais conhecido presídio do mundo, agora desativado e transformado em atração turística. 

Outro presídio desativado, em Filadélfia, também nos EUA, onde há relatos de vozes do além - dizem que eram de prisioneiros e guardas mortos. 

 A Porta do Inferno em Darvaz, Turcomenistão, uma antiga mina de gás que virou uma imensa cratera flamejante. 

Manchac Swamp, um lugar na Luisiânia, EUA, bem próprio para fazer bruxaria. 

Pergunas impertinentes

Eis aqui algumas perguntas que eu faço a respeito deste nosso mundo, ao qual devemos ajustar nossas utopias particulares e jamais o contrário. Entender os desdobramentos do que vem acontecendo não é para qualquer um: ou precisa estar preparado para muita análise e reflexão, ou simplesmente deixa que outros façam isso para depois dar o seu palpite. 

Afinal:

É melhor lutar pacificamente por mudanças factíveis ou agir como doido furioso tentando implantar utopias, como fazem os tais "black blocs"?

Como é possível alguém sentir pena de um animal de laboratório e ao mesmo tempo ficar indiferente a um bebê jogado no lixo?

Ok, os EUA bisbilhotam sim, e não é o Obama, mas todos os antecessores dele desde a Guerra Fria. Mas se existem meios viáveis para combater o terrorismo mundial sem violar a privacidade de quem nada tem a ver com isso, por que eles não foram implantados? É muito caro? Ou envolve a embriagante sensação de "eu estou no controle porque posso fazer isso e vocês não"?

A prefeitura quer beneficiar os usuários de ônibus custeando o transporte com o aumento do IPTU. Ao mesmo tempo, impõe encurtamentos de itinerários e tira linhas de ônibus, irritando esses mesmos usuários. Nosso prefeito quer agradar a quem?

O que os artistas às turras com as biografias não autorizadas querem? E se alguém escrever alguma biografia mistficadora que os transforma quase em semideuses, o que eles diriam?

Ainda insistimos em aguardar intervenções divinas porque muitos problemas nos parecem impossíveis de resolver. E se mudarmos nossas atitudes deixando de fazer coisas prejudiciais a nós mesmos?

Por falar em milagres, por que ainda se acredita naquelas dietas milagrosas e nos remédios da moda? Resquícios dos tempos onde se acreditava (mais) em bruxaria? (É, hoje, dia 31, muitos festejam o Halloween)...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Carlos Burle pode ter quebrado o recorde

Em Portugal, é o assunto do momento, e também aqui na comunidade apreciadora do surf. O pernambucano Carlos Burle virou notícia duas vezes no campeonato desse esporte radical, ontem, próximo à praia do Norte, em Nazaré, poucos quilômetros ao norte da capital, Lisboa. 

Primeiro, ele foi salvar a vida de Maya Gabeira, a filha de Fernando Gabeira, que se aventurava por lá e acabou sendo atingida em cheio por um daqueles vagalhões. Por sorte, ela não colidiu com nenhuma pedra e só quebrou o tornozelo. Já recebeu alta. 

Segundo, depois de ser considerado herói pelo resgate, ele ainda foi enfrentar as águas e teria conseguido pegar uma onda de 36 metros, segundo ele próprio. Testemunhas teriam confirmado essa proeza, mas a quebra do recorde até então do americano Garrett MacNamara, que também estava no local, ainda está para ser confirmada por uma comissão.

Carlos Burle provou que não é um "surfista calhorda" em Portugal, muito pelo contrário (Renato de Alexandrino/O Globo)

O fato foi acontecer um dia depois de outro grande feito, em outro esporte (se é que automobilismo pode ser considerado assim, após se falar muito das negociatas e da politicagem nas escuderias e na FIA em detrimento dos pilotos): o alemão Sebastian Vettel tornou-se o mais jovem tetracampeão da história da Fórmula 1 ao vencer o GP da Índia, com apenas 26 anos.

 Para não dizerem que o blog se esqueceu do tetracampeonato do alemão voador... (PTI).

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Da série 'Tabela Periódica como você nunca viu', parte 10 - Os elementos de transição (II)

Continuando a série dos elementos de transição, aqueles metais situados no meio da tabela periódica, temos uns elementos de comportamento muito esquisito. Estes elementos podem doar muitos ou poucos elétrons, dependendo da situação, embora sejam mais comuns em surubas envolvendo não metais e outros metais. Ou seja, sem sexo grupal, nada feito.

Os compostos desses metais, dos grupos 5B, 6B e 7B são, em boa parte das vezes, terminados em -ato, como podemos ver a seguir. Isso, para um metal que se preze, é uma desgraça, pois significa que existe um metal mais disposto a enfiar elétrons no meio, e ele é o chefão da suruba (sódio, potássio, cálcio, ferro, e para humilhação suprema até o alumínio, que é um bissexual promíscuo).


Nesta turma temos os elementos da família 5B, cujas propriedades físicas variam muito. O vanádio é muito leve, enquanto o nióbio e o tântalo são pesadões. Aparentemente parecem metais normais, principalmente porque amassam, formam fios e são brilhantes. Quimicamente, não se comportam muito como metais, pois lembram demais os elementos da família 5A, como o arsênio e o antimônio (chamados de "semimetais"), pois gostam da companhia de metais e de não metais para formar sexo grupal bem indecente. Antes pouco se falava sobre eles, mas agora são elementos valiosos.

Vanádio: Este metal gosta de alardear sua virilidade, devido ao seu nome de origem nórdica viking (na verdade, ele esconde que vanádio vem de uma deusa, Vanadis, ou Freia) e ainda por ser duro e resistente, presente numa liga de ferro muito forte chamada de ferro-vanádio. Quimicamente, porém, não se comporta como um metal típico, formando os chamados "vanadatos" junto com o biscate do oxigênio e também o sódio, o potássio e outros elementos com mais apetite sexual. O cúmulo é existir o vanadato de amônio, onde a combinação de dois não-metais (nitrogênio e hidrogênio) faz o papel do metal machão. Este é um caso para se usar a expressão "esse pitbull é Lassie".

Nióbio: O finado Enéas e o seu filho bastardo Cauê Moura gostam de falar, ou melhor, de berrar, a respeito desse elemento, dizendo que o Brasil está fazendo papel de idiota ao deixarem os estrangeiros surrupiarem os minerais de nióbio, usados na indústria eletrônica, como capacitores com alta capacidade de armazenar energia, nos propulsores de aviões a jato e nas usinas nucleares. Como o vanádio, quase sempre é encontrado como um mineral terminado em "ato", mais precisamente "tantalato-niobato", ou seja, uma pouca-vergonha. O nióbio e o tântalo são dois elementos tão parecidos que fica difícil separá-los um do outro, e estão presentes geralmente nos mesmos minerais, como a columbita-tantalita. Como eles não se desgrudam, a IUPAC, aquela turma de químicos, batizou o elemento nióbio com o nome da filha de Tântalo, Niobe. Antes o nióbio era chamado de colúmbio, para homenagear Cristóvão Colombo, que nem entendia nada de química. 

Tântalo: Elemento com um dos nomes mais amaldiçoados da tabela periódica, pois homenageia o rei Tântalo, castigado pelos deuses a passar fome e sede eternas. Também é muito mal visto pelos outros metais, por não se comportar quimicamente como um metal decente, sempre fazendo parte daquelas bizarrices, junto com o nióbio, formando os chamados "tantalatos-niobatos". É muito parecido com o nióbio, e separá-los é algo como o décimo terceiro trabalho de Hércules. A diferença é que o tântalo é bem mais pesado. 

Dubnio: Antes, segundo o ocidente, esse metal radioativo artificial era chamado de "hahnio", para homenagear Otto Hahm, um dos físicos participantes do programa nuclear da Alemanha nazista que se arrependeu e passou a combater o uso da bomba atômica. Com o fim da União Soviética, como consolo para as viúvas da velha potência comunista a IUPAC consentiu no nome oficial de dúbnio, em homenagem à cidade russa de Dubna. Como elemento artificial dessa laia, não se sabe para que serve, a não ser para preencher a tabela periódica. Só se sabe que é um metal esquisitão como o tântalo. 


Na família 6B, temos os metais quimicamente menos parecidos como tais da Tabela Periódica, tirando aqueles meio fajutos encontrados na direita. Além de participarem daquelas obscenas coisas terminados em -atos (cromatos, molibdatos, tungstatos), seus óxidos, ou seja, a relação entre esses elementos e o oxigênio, tanto podem ser quentes (quando só um oxigênio está na parada) como podem ser um chove-não-molha constrangedor (quando é um metal e três oxigênios). E isso justamente com o não-metal mais louco por sexo!

Cromo: Este elemento gosta de enganar os incautos devido à sua aparência bem metálica: é um metal branco-skinhead de brilho intenso. Mas o que ele gosta mesmo é de uma bela suruba, sendo que ele nunca comanda a festa: são os chamados "cromatos". Às vezes está presente no rubi, uma pedra preciosa, coisa de metal afrescalhado como o alumínio. 

Molibdênio: Semelhante ao elemento anterior por ser um metal bem branco e não gostar de não-metais sem a presença de outros metais, engana bem os leigos por sua aparência e por ser componente de certos aços. Na verdade, este metal aparentemente duro e muito difícil de fundir faz todo tipo de combinação infame: molibdatos, peroxomolibdatos, tetratiomolibdatos, sei-lá-mais-o-que-molibdatos, até mesmo com o NH4 (amônio) como metal mais dominante.

Tungstênio: Já foi muito usado nas lâmpadas incandescentes por sua baixa resistividade elétrica, esquentando e brilhando (muito mais esquentando do que brilhando) quando passa a corrente, acendendo a lâmpada. Agora, o tungstênio é mais empregado em ligas com altíssimo poder de fusão. Ou seja, não se consegue derreter esse elemento nem com reza brava. Ainda por cima, é um dos elementos mais pesados conhecidos, ao lado do rênio, do ósmio e do irídio. Quimicamente, é um metal quase tão fajuto quanto o cromo e o molibdênio, mas gosta de se relacionar com os halogênios, os não-metais loucos para pegar um elétron. 

Seabórgio: Mais um daqueles elementos inúteis para preencher a tabela periódica e não ficar soltos por aí sob o risco de contaminar os laboratórios com radiação. Causou rififi ao ser batizado, em 1994, com um nome de um físico ainda vivo, Gleen Seaborg. Quando ele faleceu, o nome foi oficializado. 


Por fim, temos os elementos 7B. Em casos excepcionais, esses metais podem doar até sete elétrons. Geralmente, não são assim tão generosos, preferindo aquela parafilia de só se relacionarem com o oxigênio na presença de outros metais. Ou seja, mais uma vez a presença de -atos, e ainda por cima com o prefixo "per-", como é o caso do permanganato de potássio. 

Manganês: Este é o mais conhecido dos vizinhos do ferro, e é muito mal falado por suas tendências ao sexo bizarro, como se o ferro não participasse de certos relacionamentos estranhos para um metal, como veremos na próxima postagem da série. O fato de alguns sais serem rosados piora as coisas, como é o caso do dicloreto de manganês. Porém, quando está com vontade dispensa os outros metais e traça os não-metais sozinho. E muitas vezes é parceiro de seu vizinho famoso nos aços especiais. 

Tecnécio: Este é um elemento tão raro, mas tão raro que para aproveitá-lo em algo decente foi necessário produzí-lo artificialmente. Essa criatura é bem estranha, encontrada numa merda coisa esdrúxula como o pertecnato de amônio (NH4-Tc-O4). Ou seja, quem faz o papel de metal mesmo nessa joça é a combinação nitrogênio-hidrogênio. 

Rênio: Metal muito raro e, mesmo assim, não é considerado precioso porque reage com facilidade com outros elementos. Só se lembram dele por causa de ser um dos elementos mais pesados da tabela periódica. Quimicamente, sofre da vergonha de fazer de uma combinação tão degradante quanto o perrenato de amônio (NH4-Rn-O4), ou seja, até o nome dessa meleca é ridículo.

Bohrio: Elemento artificial inútil que ainda teve a infelicidade de ser chamado de "eka-rênio". Depois foi batizado para homenagear um dos pais da Física Quântica e da moderna teoria atômica, o dinamarquês Niels Bohr. Durante a Guerra Fria foi batizado de "dubnio", nome dado posteriormente a outro elemento, para não ter o hediondo nome de "eka-rênio".

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Compaixão seletiva pelas cobaias

O radicalismo de alguns ativistas chamou a atenção nos últimos dias. Soltaram vários cães da raça "beagle" num laboratório de São Roque. Em seguida, americanos fizeram testes em ratos para estudo de implantes naturais de cabelos. Nas redes sociais, muitos se compadeceram dos cães, mas poucos sentiram pena dos ratos. 


 Um simpático beagle de estimação. Cães dessa raça são usados como cobaias para tratamentos de doenças, inclusive em benefício dos seus semelhantes.

Rato usado em experimento anterior para tratamento da calvície, feito no Japão em 2012 (STR/AFP/Getty Images/Newscom). Americanos foram ainda mais longe nesta semana.

A maioria das manifestações públicas foi de simpatia aos vândalos que invadiram o laboratório Royal, de São Roque, pois estavam "salvando" os cãezinhos. Porém, consta-se que eles abandonaram parte dos beagles nas ruas, e isso não é propriamente uma atitude de salvadores. Por outro lado, muitos aplaudiram os pesquisadores americanos porque a implantação de células capilares nos ratos é um passo importante no tratamento da calvície humana.

Estamos contaminados por uma idéia segundo a qual existem animais queridos que devem ser defendidos e animais odiados para serem exterminados. Cães, como os da raça consagrada pelo inteligente e imaginoso Snoopy dos quadrinhos, estão no primeiro caso. Ratos, transmissores de doenças mortais como a leptospirose e a peste bubônica, estão no segundo. 

Alguns poucos sentiram pena dos ratos usados pelos americanos, porque implantaram células humanas neles e eles sentem tanta dor quanto os cães quando são submetidos a testes. Então, o que fazer se não houvesse nenhum animal para experimentos científicos?

Ah, mas há tantos criminosos que poderiam servir de cobaias em experiências para testes de novos produtos... mas isso seria uma adaptação de uma idéia implantada por Hitler, responsável pelo uso de cobaias humanas, sobretudo judeus, em benefício da "suprema raça ariana" (sic). Há uma evidente contradição de pensamento quando se pensa que muitos ativistas também pregam tratamento mais humanitário para os prisioneiros.

Quando invadiram o Instituto Royal, os ativistas, cheios de boas intenções, ignoraram alguns aspectos importantes:
- primeiro, os animais criados como cobaias não se destinam a serem comercializados para pessoas comuns criá-los;
- segundo, o que fizeram constitui vandalismo, destruição de bens alheios, roubo e apreensão indevida de animais, passíveis de punição segundo a lei;
- terceiro, eles foram lá sem haver outros meios viáveis para a confecção de cosméticos e medicamentos, inclusive usados pelos próprios ativistas para manterem a beleza e a saúde;
- quarto, eles pegaram os beagles sem uma destinação certa, daí o abandono de alguns deles, como já foi citado aqui;
- quinto, o procedimento de "resgate" dos cães por pessoas desconhecidas causa-lhes estresse; o instinto de qualquer animal, mesmo um cão considerado de raça sociável, é a fuga ou a defesa, diante de estranhos que tentam capturá-lo;
- sexto, não se sabe o tipo de substância aplicada nos animais, que pode inclusive ser tóxica a quem os manipula.

Isso tudo sem contar os anos de pesquisa científica arruinados por esses atos inconsequentes. Esses trabalhos poderiam ser muito importantes para a cura do câncer e outras doenças graves nos seres humanos e, inclusive, nos cães e outros pets.

Por fim, uma observação suplementar: a maioria dos movimentos ecológicos fala da defesa de animais como os ursos panda, micos-leões, gorilas, tigres, lobos, baleias, botos, o veloz guepardo ou cheetah, o majestoso condor e, em menor grau, falam dos tubarões, das sucuris e das rãs. Realmente é preciso preservar e proteger as criaturas apontadas pelos humanos como dignas de serem preservadas porque são bonitos, majestosos, simpáticos, ou porque indicam a saúde de ecossistema. Entretanto, o estudo do meio ambiente é muito mais complicado do que o simples preservacionismo, e deve ser feito levando em consideração as necessidades humanas, sem o uso de violência e de acordo com as leis.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Da série 'Mondo Cane', parte 28 - Assunto que poucos curtiram no Facebook

O Facebook causou mais uma polêmica ao abordar o tema das decapitações de pessoas. 

Primeiro, ele disse que iria permitir esse tipo de conteúdo, alegando que isso precisa ser mostrado para condenar quem comete tamanha selvageria. Depois, voltou atrás.

Muitos questionaram a rede social: por que liberaram as decapitações e não a nudez artística, cuja divulgação ainda é proibida? Até o século XIX, o pensamento era semelhante: podia-se cortar a cabeça de alguém, enforcar, fuzilar, mas não mostrar os seios. Agora os tempos são outros, pelo menos na mentalidade do Ocidente: considera-se o sexo normal, mas a violência como algo repulsivo. Por que a política do Facebook parece indicar o contrário?

De qualquer forma, esta polêmica lembra de certos países onde a violência é vista como normal, caso do Afeganistão e alguns países islâmicos, onde as lâminas de espadas e facões ainda são usadas para partir pescoços.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu', parte 9 - Os elementos de transição (I)

Os elementos de transição são um terror para os estudantes do ensino médio. Eles possuem muitas propriedades interessantes e outras bem pé no saco nem tanto, ou que só interessam quem vai mesmo estudar para certas áreas de Exatas, como Física, Engenharia Metalúrgica, Geologia ou, é claro, Química. 

São chamados de transição porque estão entre os metais alcalinos e alcalino-terrosos, notáveis garanhões da Tabela Períodica, e os metais da direita, considerados meio fajutos por muitos deles serem considerados "gays" e derreterem fácil. Mas isso não quer dizer muita coisa, pois a maioria dos metais no meio da tabela também sofrem de indefinição sexual. Gostam de não-metais, mas estão sempre metidos em surubas com outros metais, principalmente o cálcio, o sódio, o potássio. Não são propriamente ávidos por elétrons, é mais um tipo de parafilia mesmo.

Uma das propriedades básicas e chatas de estudar é o fato do subnivel "d" do nível imediatamente inferior ao mais elevado também participar das ligações químicas. Por exemplo, o titânio, um desses metais dessa merda de desse grupo, tem 4 camadas eletrônicas e a camada 3d também quer enfiar elétrons em algum não-metal louco por uma relação quente iônica. Outra é o fato de terem várias valências, ou seja, podem enfiar 2, 3, 4, até oito elétrons num não-metal tarado. E muitos dos seus sais são coloridos.

Nesta postagem, serão abordados os elementos mais à esquerda, tirando os lantanídeos e os actinídeos, que ficarão por último. São os membros da família 3B e 4B. 



Os elementos da família 3B têm a propriedade de terem uma camada de valência com apenas 2 elétrons e o tal do subnível 3d com 1 elétron, sendo chamado de trivalentes. Ou seja, eles são metais bastante libertinos e gostam de enfiar 3 elétrons nos não-metais incautos, como os elementos 3A, mas diferem destes por derreterem em temperaturas muito mais altas que metais frouxos como o alumínio e o gálio (que derrete na mão, como já foi abordado nesta série) e serem em geral mais pesados. Assim, via de regra eles vão querer pegar 3 átomos de flúor ou cloro de uma vez, cada um ávido por um elétron, e está feito o troca-troca. Ou fazem um surubão entre dois deles com três oxigênios, como acontece com o alumínio, o mais pervertido dos trivalentes. São apenas 2 elementos, todos eles muito pouco conhecidos do público em geral por serem quase tão difíceis de encontrar quanto um acreano. 

- Escândio: Esse metal de nome esquisito tem algumas propriedades industriais como substituto do alumínio, que é um metal do grupo 3A, em algumas estruturas caríssimas, mas ninguém nunca fala dele; é um elemento muito marginalizado na tabela periódica. 

- Ítrio: Já o ítrio não é tão impopular quanto o seu colega do mesmo grupo, mas também sofre por não ter a mesma popularidade de um lantanídeo ("terra rara"). Ele quer entrar nesse clube, mas sempre é rejeitado por aquele grupo de esnobes, que se julgam muito raros e valiosos. O motivo da rejeição é ele não ter uma subcamada "f" incompleta (para os não químicos, isso parece esoterismo...). De qualquer forma, ele está presente em vidros especiais difíceis de quebrar ou de derreter.


Os elementos abaixo são da família 4B e já são metais de gosto diferentes. São, em termos sexuais, muito estranhos. Gostam tanto de não-metais quanto de participar de surubas envolvendo outros metais. Geralmente são tetravalentes, ou seja, enfiam quatro elétrons nos não-metais, mas isso pode variar, como é regra entre os metais de transição.

- Titânio: Gosta de posar de valente, pois tem a fama de ser resistente e não ser atacado facilmente pelos ácidos e pelos outros materiais corrosivos quando puro, e estar presente em ligas extremamente fortes, na indústria aeronáutica, foguetes, mísseis, etc. Também é um metal boa-praça, que não quer saber de matar ninguém e é empregado nos implantes para substituir os ossos. Contudo, o outro lado de sua personalidade é o seu fraco por festas licenciosas envolvendo o oxigênio, o mais extrovertido dos não-metais, e outros metais como bário, ferro, chumbo, etc. O nome dessa pouca-vergonha é chamado de titanato.

- Zircônio: Assim como o titânio, o zircônio é um metal que esconde seu lado pervertido. Vive próximo dos não-metais, mas também de muitos metais e gosta da presença do estanho, do silício e de outros elementos bissexuais, e ainda por cima tetravalentes como ele. Por falar em silício, um silicato conhecido do zircônio, chamado de zircão, confunde muitos incautos por sua semelhança com o diamante, quando não possui cor. 

- Háfnio: Este metal tenta compensar a parafilia própria de seu grupo com o fato de ser duro e muito difícil de derreter. Quase todos os seus compostos são um pesadelo para quem tiver a inglória tarefa de fazer algum objeto envolvendo fundição. Os geeks gostam cada vez mais do háfnio assim como gostam do silício, porque seu óxido é empregado nos transistores mais modernos, substituindo o óxido de silício. 

- Rutherfordio: Primeiro elemento mais pesado do que os actinídeos, é um metal artificial que ninguém sabe exatamente para que serve, a não ser para preencher a tabela periódica. Como todo elemento desse tipo, é radioativo. Durante a Guerra Fria, os soviéticos batizaram essa criatura de "kurchatóvio". Os americanos de início concordaram, mas quando a União Soviética se quebrou formando a Rússia, a Ucrânia e um punhado de republiquetas, aos poucos o grotesco nome dado pelos tomadores de vodca foi abandonado, para homenagear o famoso físico Rutherford, falecido em 1937 e um dos grandes responsáveis por fazer os estudantes se matarem estudando Química elaborar a moderna teoria atômica.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Hoje é o dia do médico

Datas para homenagear profissionais parecem ser muito justas, mas no Brasil, onde isso não é muito levado a sério, há um contraste entre as intenções e a realidade, principalmente para profissões que lidam com pessoas.

O dia do médico foi criado internacionalmente para homenagear Lucas, o evangelista. Ele cuidava dos doentes no século I e a data de celebração é no dia 18 de outubro. Portanto, sua origem tem motivação religiosa. Não é o caso, por exemplo, do dia do professor, comemorado a 15 de outubro, devido ao decreto de D. Pedro I que criava o ensino primário no Brasil, a 15 de outubro de 1827.

Para os profissionais ligados a essas áreas, não há o que comemorar. Ambos sofrem com a desvalorização, salários baixos, falta de condições de trabalho e necessidade de jornadas duplas ou até triplas para poderem sustentar suas famílias. No caso específico dos médicos, eles precisam lidar com falta de enfermeiros qualificados, condições para esterilizar os instrumentos, ausência de aparelhos para fazerem exames, e precisam brigar constantemente com os planos de saúde, que não lhes repassam valores adequados por consultas feitas.

Com o programa "Mais Médicos", a situação não melhorou nada. Importaram-se médicos, mas as condições de trabalho permaneceram intocadas. Este programa, aliás, é mais uma maneira de financiar a ditadura cubana, como já foi abordado em uma postagem anterior. Continua sem explicação o fato de enviar dinheiro aos Castro para eles poderem pagar os médicos, e não remunerar os profissionais vindos da ilha diretamente.

Esta é mais uma data comemorativa qualquer, sem maior significado. E isso considerando que é bastante antiga, principalmente comparada com as inúmeras outras criadas pelos Legislativos municipais e estaduais, e pelo Congresso, só para dar um verniz de serviço, enquanto não elaboram medidas realmente úteis para o povo.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Da série 'Mondo Cane', parte 27 - Melhor seria 'Mondo cane è il Brasile'

Não resisti e acabei colocando esta notícia na série 'Mondo Cane'.

Com o preço deste aparelhinho dá para comprar uma geladeira, um fogão e uma TV de LED de 40 polegadas.

O preço do Playstation 4 no Brasil é tão horrível que justificou a postagem na série mais frequente do blog. Para nervos fortes, clique aqui para ler.

Nos Estados Unidos, custa US$ 400, e por esse preço não dá para pagar um notebook. Por aqui seria possível comprar DOIS notebooks, com impostos e tudo. 

Desta vez não vai adiantar culpar o voraz apetite do governo por impostos. Nem isso justifica o valor. A Sony julga que aqui no Brasil há mentecaptos o suficiente para comprar esse aparelho de acordo com o preço exigido por eles. Argh!!!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Da série 'Tabela Periódica como você nunca viu', parte 8 - Os gases metidos

Na extrema direita da tabela, temos os gases ditos "nobres", ou "inertes", pois eles já têm a última camada eletrônica totalmente preenchida e, portanto, não precisam se relacionar com nenhum outro elemento. Ou seja, são verdadeiros assexuados, auto-suficientes e isolados do resto da turma. Tipos muito estranhos. 



Os químicos deram o apelido de "nobres" a estes gases porque eles são muito arrogantes, não interagem com ninguém e se acham demais. Ei-los. 

Hélio: O menorzinho e mais levinho de todos os gases. É conhecido por ser usado em balões por ser bem mais leve que o ar, e para fazer qualquer marmanjo de voz cavernosa virar um soprano de voz mais fina do que o Anderson Silva ao ser expirado. 

Neônio: Este é um gás também muito metido, e por isso é alvo de gozação do elemento vizinho, o flúor, e do seguinte, o oxigênio, os elementos mais transviados da tabela. Prefere ficar na companhia do hélio, como componente de raios laser dos laboratórios, ou nas lâmpadas fluorescentes economizadoras de energia elétrica. Ou seja, é um nerd metido a besta, mas com consciência ecológica.

Argônio: O mais fácil de encontrar na natureza, e é igualmente metido a besta como os anteriores. Porém, dizem que ele faz algumas relações suspeitas com o biscate do flúor. Apesar de sua falta de interação com os outros elementos, não é difícil encontrar esse gás esquisito. Há bastante dele no ar, nas lâmpadas incandescentes, nos plasmas industriais e laboratoriais, nos gases de solda.

Criptônio: Este elemento mais pesado já tenta fazer uma pequena interação com outros materiais, principalmente com os pervertidos do flúor e do oxigênio. Não se sabe ao certo se é  componente da atmosfera do fictício planeta Kripton, o do Superman. Com certeza não deve fazer parte da kriptonita.

Xenônio: Um pouquinho menos arrogante que os demais, existe em alguns compostos fazendo relações suspeitas com os tarados de sempre (oxigênio, fluor) e também com os metais loucos por sexo, que tentam pegar até alguns gases inertes, mas sempre em surubas com o oxigênio, os "perxenatos" (o nome dessa devassidão...). O xenônio, no entanto, como os demais prefere ficar sozinho. Ele só existe em algumas lâmpadas especiais, devido à dificuldade de encontrá-lo.

Radônio: Verdadeiro psicopata, ele é o bad boy do grupo, por ser radioativo e violento. Existem dados mostrando que ele é um assassino, matando gente por radioatividade. Além disso, nos seus surtos, ele acaba virando o igualmente perigoso chumbo, bastando, para isso, liberar duas partículas alfa. Não se sabe para que esse gás vilão e misantropo serve, a não ser para nos atormentar.

Ununóctio: Este elemento ainda está por sintetizar e os químicos já admitem: ele não será gás, e muito menos nobre. Um sólido na temperatura ambiente, reativo e radioativo. Ou seja, uma verdadeira aberração apreciada por cientistas loucos, só para completar a tabela periódica.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

No dia do professor, mais "maus alunos" da cidadania agiram nos protestos

As condições dos professores, como todos sabem, são realmente abaixo da crítica. Por isso, eles aproveitaram para protestar contra as condições de trabalho e a desvalorização da categoria, lembrando as manifestações de junho. O problema são os "black blocs", mais uma vez, motivando a reação da polícia que acabou atingindo quem não estava fazendo baderna. 

Parte da culpa recai também sobre as lideranças dos protestos, muito coniventes com os "black blocs", que não querem a melhoria das condições de trabalho dos professores e sim impor o anarquismo no Brasil. Como já expus, esta corrente de pensamento é impraticável porque em um grupo sempre precisa haver um ou mais que devem ditar as regras, ainda mais um país. Em nenhum momento da História houve nações sem governantes. 

Como resultado isso, os vândalos atuaram e os que tinham a intenção de fazer protestos pacíficos acabaram sendo atingidos também pela repressão policial. Por outro lado, os guardas, que estavam fazendo cumprir a lei contra as depredações dos mascarados, mais uma vez foram apontados como vilões da história. O fato de haver excessos, contra manifestantes pacíficos ou jornalistas que cobriam os protestos, é algo para investigar e punir, mas não é o caso de se enxergar na corporação em geral um bando de trogloditas saudosistas da ditadura. 

O problema, portanto, é a existência dessas minorias violentas dispostas a tudo para o Brasil piorar, ao invés de melhorar. As lideranças dos protestos precisam ao menos compreender que os valentões metidos em máscaras não os estão ajudando, muito pelo contrário. Eles não queriam valorizar os professores, apenas impor sua visão de mundo tacanha. Talvez eles tenham sido até alunos-problema nas escolas. E continuam mostrando que são um problema, para a convivência democrática. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A zona está cheia de gente na porta

Neste campeonato amalucado de 2013, criticado pelo recém-fundado grupo "Bom Senso F. C.", praticamente todos os times fora do G-4 estão ameaçados pelo rebaixamento.

A diferença entre o Vitória, sexto colocado, e o Crisciúma, décimo sétimo, é de apenas 8 pontos. O time catarinense tem 32 pontos. Ou seja, 11 times, além dos 4 que já estão, no momento, na parte de baixo da tabela, deverão tomar muito cuidado. Dentre eles, pela ordem, Internacional (40 pts.), Goiás (40 pts.), Santos (39 pts.), Flamengo (37 pts.), Corinthians (37 pts.), Bahia (36 pts.), Fluminense (35 pts.), Portuguesa (34 pts.), São Paulo (34 pts.) e Coritiba (34 pts.).

Crisciúma, Vasco (32 pts.) e Ponte Preta (26 pts.) ainda têm chances de saírem se algum daqueles times acima vacilarem. O Náutico, com apenas 17 pontos, já está praticamente na segunda divisão.

Muitos dos times citados estão sofrendo do desgaste imposto a um campeonato tão extenso. A CBF e a Globo estão gostando dos pontos corridos, enquanto o grupo chamado "Bom Senso F. C.", formado por jogadores, tenta pressionar a entidade máxima do futebol brasileiro a mudar o calendário para os próximos anos. Certamente, seria necessário abolir o sistema de pontos corridos para diminuir o tamanho do Brasileirão. Porém, essa luta ainda está no começo e promete ser longa. 

Quanto ao referido certame, faltam ainda dez rodadas para definirem quem vai para a Libertadores 2014 e quem será rebaixado. Até lá, a situação poderá mudar consideravelmente, principalmente porque alguns times, como os três grandes do futebol paulista, Santos, Corinthians e São Paulo, não estão fazendo direito o seu "dever de casa". Os três estão dando muita alegria aos palmeirenses, que podem já ver seu time voltar à elite em 2014. Um dos jogos mais recentes, Corinthians e São Paulo, terminou num 0 a 0 com direito a um pênalti de Rogério Ceni defendido por Cássio. Esse resultado pode ser decisivo para um deles trocar de lugar com o Palmeiras.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quem tem medo das biografias não autorizadas?

Alguns artistas e celebridades estão fazendo manifestos a favor de uma lei que proíba a divulgação de biografias não autorizadas, algo não existente nas democracias ocidentais, mas certamente existem em lugares como a Coréia do Norte ou a Birmânia, ou Myanmar, como querem os tiranetes locais. 

Eles não são os únicos a temerem isso, embora tenham de pagar o preço da fama. Muitos outros tipos de gente também estão nesse caso. Não querem revelar aos outros que são: 

- obesos mórbidos;
- diabéticos;
- aidéticos; 
- portadores de doenças contagiosas; 
- preconceituosos contra os doentes acima;
- gays; 
- homofóbicos; 
- viciados em sexo; 
- viciados em masturbação; 
- fanáticos religiosos; 
- ateus;
- satanistas; 
- simpatizantes do terrorismo; 
- aduladores de valores americanos;
- ufanistas; 
- usuários de drogas; 
- defensores da descriminação das drogas; 
- traficantes de drogas; 
- eleitores de mensaleiros; 
- parentes dos referidos acima; 
- funcionários públicos comissionados; 
- "workholics" (viciados em trabalho); 
- desempregados; 
- vagabundos; 
- alcoólatras; 
- bebedores ocasionais que viram macacos de circo se tomarem uns goles; 
- gente alérgica à bebida;
- filhos de "profissionais do sexo" (em termos vulgares, autênticos filhos da p***); 
- culpados pelas próprias mães serem obrigadas a levar a vida referida logo acima; 
- gente que só faz besteira; 
- gente certinha demais, que nunca fez besteira na vida; 
- gente cuja besteira maior foi feita pelos pais, por eles existirem;
- espancadores de mulheres; 
- saco de pancada das mulheres (ou dos maridos); 
- estupradores; 
- pedófilos; 
- zoófilos;
- sadomasoquistas; 
- esquizofrênicos; 
- depressivos; 
- maníacos; 
- bipolares;
- traumatizados por terem baixo QI; 
- "nerds"; 
- pessoas que viviam colando na escola; 
- vítimas de bullying na infância; 
- praticantes de bullying na infância; 
- veganos; 
- bulímicos; 
- anoréxicos;
- comedores de carne; 
- comedores de fezes; 
- comunistas; 
- nazistas; 
- crentes na existência de extraterrestres; 
- extraterrestres; 
- defensores do criacionismo, isto é, somos filhos de Adão e Eva; 
- defensores do evolucionismo, se forem crentes;
- saudosistas dos anos 80 (oitentólatras); 
- ... ou da ditadura militar; 
- ... ou dos tempos do JK; 
- ... ou da época do Getúlio; 
- ... ou da monarquia; 
- ... ou da escravidão; 
- ... ou da Idade Média; 
- ... ou da Idade da Pedra;
- vaidosos em excesso; 
- sem vaidade nenhuma; 
- gente que solta gases pela boca ou pelos intestinos (para não dizer quez arrotam ou peidam); 
- alérgicos a pobres; 
- invejosos dos mais ricos; 
- sabotadores dos colegas mais competentes; 
- paus-mandados; 
- puxa-sacos;
- pobretões;  
- jecas-tatus; 
- desprezadores de gente simples; 
- incapazes de sentir emoções; 
- emotivos demais (chorões);
- emos;
- rasgadores de dinheiro; 
- avarentos; 
- torturadores;
- castradores;
- castrados; 
- cleptomaníacos; 
- assaltantes; 
- assassinos; 
- canibais;
- profissionais frustrados;
- "banguelas que falam dos desdentados";
- gente que desconhece as leis;
- gente fora-da-lei;  
- gente que usa a Constituição como papel higiênico;
- leitores da Veja;
- ... ou da CartaCapital;
- ... ou da revista Caras; 
- aqueles que se acham a última bolacha do pacote;
- ... ou a maior merda do universo;
- ... ou realmente são uma merda no universo; 
- aqueles que se acham deuses e, portanto, temem que não sejam considerados infalíveis; 
- ... ou se acham demônios; 
- ... ou são realmente demônios. 

Estes grupos também têm motivos para temer biografias não autorizadas.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

As premiações do Prêmio Nobel seguem em curso


A medalha do Prêmio Nobel de Química, ganha por Linus Pauling (divulgada pelo blog da Duke University)

Continuam as premiações do Prêmio Nobel, o mais famoso e importante para a ciência e o conhecimento humano. 

Segunda, dia do Nobel de medicina ou fisiologia, foram premiados James E. Rothman, de Yale; Randy W. Schekman, de Berkeley; e Thomas C. Sudhof, alemão, de Stanford. Os três pesquisaram o mecanismo de transportes de moléculas dentro das células. 

Terça, como era esperado, ganharam o Nobel de física os descobridores do bóson de Higgs, Peter Higgs, britânico da Universidade de Edinburgh, e François Englert, professor emérito da Universidade de Bruxelas. O bóson é conhecido pela mídia como "partícula de Deus". Na verdade, era a última partícula subatômica constituinte do Universo a ser descoberta.

Quarta, pelo trabalho computacional envolvendo vários fenônemos da bioquímica e da química orgânica, como a fotossíntese, foram laureados o austríaco Martin Kaplus, de Harvard, o sul-africano Michael Levitt, da universidade de Stanford, e o israelense Ariel Warshe, da universidade do Sul da Califórnia. 

Quinta, a escritora canadense Alice Munro ganhou o Nobel de Literatura pelo conjunto da obra; ela é conhecida pelos contos em anos recentes, como Fugitiva (2006). 

Amanhã, será a vez do outrora mais esperado Nobel de todos, o da Paz, que já causou polêmicas demais com a premiação de gente como Henry Kissinger (secretário de Estado norte-americano durante a Guerra do Vietnã), Yasser Arafat (líder palestino considerado para muitos como terrorista), Yitzhak Rabin (presidente de Israel premiado juntamente com Arafat, em 1994) e o atual presidente Barack Obama, e entidades, para muitos, fadadas ao fracasso como a União Européia e a ONU (presidida na época da premiação, 2001, por Kofi Annan).

Por último, há o prêmio especial de Economia, criado bem depois dos demais, em 1969, e pago à custa do governo sueco. Pelo menos dinheiro obtido do imposto pago pelos suecos é decentemente empregado, apesar da contravérsia acerca deste prêmio não idealizado por Nobel. A economia, ao lado da paz, é sempre um ítem crítico para a humanidade, já calejada em crises econômicas e guerras.

Todos ganharam, além da medalha correspondente à sua área de atuação, 8 milhões de coroas suecas, ou pouco mais de 900 mil euros. O prêmio já foi maior: 10 milhões, mas a situação econômica forçou a redução do valor. Quando a premiação iniciou, em 1901, pagava-se 140 mil coroas suecas pelo prêmio, sujeitas anualmente a correções principalmente devido à inflação. Ou seja, uma coroa sueca, em 1901, valia muito mais do que atualmente.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Da série 'Tabela periódica como você nunca viu', parte 7 - Os halogênios

O grupo chamado de halogênios reúne os elementos mais doidos para pegar um elétron dos outros átomos, tirando o oxigênio, que chega a ser até mais tarado. Esses elementos são todos não-metais e precisam de mais um elétron para satisfazerem suas taras completarem sua camada de valência. Nesse lugar onde as relações sexuais interatômicas são feitas os halogênios têm 7 elétrons, quando é preciso ter 8. 

Além de serem insaciáveis pegadores de elétrons dos metais, chegando a se reunirem em grupos de 4 ou até de 5, dependendo da vontade do metal de dar ceder um elétron, eles são elementos muito agressivos, forçando amizades com os outros não-metais. São grudentos, chatos, pirracentos, e fazem de tudo para não saírem sem alguma companhia. E para isso se valem até da violência, corroendo materiais por toda parte. Eles também têm fortes tendências criminosas, lesando os seres vivos. Se estes forem suficientemente pequenos, como um vírus ou uma bactéria, coitados deles: é morte instantânea. Para seres maiores, como gente, a morte pode ser lenta e dolorosa.

Diferem entre si basicamente na aparência: o fluor é um gás quase sem cor, enquanto o cloro, embora também seja gasoso, é de um amarelo forte meio esverdeado, quase cor de uma das camisas oficiais palmeirenses. O bromo é um líquido esquisito. Já o iodo, o astatínio e o tal de ununséptio são sólidos. 

Quando o carnavalesco Clóvis Bornay, que amava as fantasias cheias de plumas coloridas, era vivo, ele tinha de aguentar a seguinte frase, dita pelos professores de Química dos cursinhos pré-vestibulares: Foi o Clóvis Bornay que Invadiu Atenas. Depois que ele virou purpurina faleceu, tiveram de inventar frases menos datadas para decorar os símbolos dos halogênios. 


Flúor: Depois do oxigênio, é o elemento mais maluco por sexo que existe. Não perdoa ninguém, nem os elementos não-metais. É um gás extremamente anarquista, destruindo tudo o que vier pela frente, para satisfazer seus desejos de receber um elétron. Componente dos dois ácidos mais perigosos conhecidos, o fluorídrico, destruidor do vidro e dos ossos, e o fluorantimônico, simplesmente o ácido mais forte que existe. Também não suporta ver alguma coisa se mexendo, respirando, fazendo fotossíntese, que ele vai e mata. 

Cloro: Também a-do-ra fazer muitas maldades para satisfazer sua ânsia de querer um elétron, nem que para isso seja obrigado a matar, como no caso do flúor. Mesmo não sendo tão psicótico, é um elemento também muito corrosivo, estragando as relações alheias, nos processos chamados de corrosão. É um amante ardente dos metais, mesmo os mais indecisos como o ouro (daí ser usado na água régia, o tal ácido que não perdoa nem o tal do 'rei dos metais').  

Bromo: Este elemento parece ser o verdadeiro sangue do diabo. Além de ser um líquido vermelho, é corrosivo e cheira pior do que hálito de urubu. Apesar disso, não é tão agressivo quando os elementos anteriores. Mata menos bactérias, plantas, bichos, gente. Porém, adora metais para fazer relações loucas de sexo selvagem.

Iodo: É o mais boa-praça dos halogênios. Encontrado às vezes como uma pedra sem graça e quase preta, é usado às vezes pelos estudantes para ser aquecido e virar gás, sem passar pelo estado líquido, como acontece com a naftalina dos guarda-roupas. Não tem a mesma capacidade de matar dos outros elementos de seu grupo, embora também seja um veneno, mas também tem um fraco pelos metais, não negando sua origem. Às vezes quer variar as relações, chegando até a ter envolvimentos homossexuais com o flúor. 

Astatínio: Nunca visto na natureza, tem-se a impressão que ele não existe, embora esteja na tabela periódica. Parece ser uma espécie de Acre, se a tabela fosse como o mapa do Brasil. Só alguns poucos cientistas sabem que ele é radioativo, e portanto, um potencial fazedor de viúvas. Dizem que ele é um halogênio bissexual, pois tanto gosta de se envolver com os metais quanto com os não-metais.

Ununséptio: Aberração cujo nome definitivo promete ser mais feio do que o atual, este monstro radioativo chegou a ser sintetizado apenas para completar a tabela periódica. É um elemento estranho, radioativo, com jeito de ser devasso, mal-resolvido e provavelmente um semi-metal, ou seja, mais uma daquelas coisas indefinidas que não sabem se pega um elétron de algum metal ou se enfia cinco ou até sete em outro não-metal.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Para quem trabalham os 'black blocs'?

Os arruaceiros que desvirtuam a liberdade de protestar estão à solta. São os chamados 'black blocs', mascarados infiltrados nas manifestações tanto no Rio quanto em São Paulo. 

No Rio, os professores estão furiosos com o novo Plano de Cargos e Salários, que beneficia mais os professores com horário integral, o que é justo, e obriga os docentes de ensino fundamental a ministrarem disciplinas fora de suas especialidades, o que é uma idiotice. As lideranças dos grevistas estão vinculadas com as forças radicais, que simplesmente querem a renúncia do prefeito Eduardo Paes e do governador Sérgio Cabral. Embora a maioria dos grevistas não apoie a violência, suas lideranças estão aceitando apoios muito perigosos, inclusive dos tais 'black blocs', responsáveis pelos atos violentos. Como resposta a isso, Cabral mandou a polícia reprimir. Por enquanto, a imprensa dá mais destaque ao trabalho da polícia em dar 'porrada' do que aos baderneiros destruidores do patrimônio alheio. Alguns foram tratados até como vítimas de abuso policial. 

Em São Paulo, houve manifestações a favor dos grevistas no Rio. As razões também são por motivos ideológicos e não para melhorar a educação de fato, mas os protestos eram pacíficos, até que alguns 'black blocs' resolveram agir e destruir agências bancárias e lojas, causando muitos prejuízos. 

Já faz algum tempo que esses radicais defensores do anarquismo - sistema de governo impossível de implantar mesmo numa equipe de trabalho, pois sempre há quem precise exercer a liderança, quanto mais num país do tamanho do Brasil - estão agindo e espantando quem quer ir às ruas para expressar sua insatisfação. São um dos fatores para o arrefecimento dos protestos de junho, os quais acabariam por ter outro rumo se esses vândalos fossem neutralizados e não recebessem a complacência de muitas lideranças dos movimentos. 

Como resultado do trabalho feito pelos vândalos mascarados, não se mudou nada, ou melhor, o Brasil piorou mais um pouco. E isso é péssimo, pois a simples estagnação em questões como a corrupção e o aparelhamento do Estado significa matar aos poucos o sonho de muitos que querem um país realmente mais justo e desenvolvido. A piora, mesmo pequena, aumentará as preocupações sobre uma possível deterioração do Brasil. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Marina continua no jogo

Marina Silva resolveu apostar suas fichas numa alternativa à criação (fracassada) da Rede Sustentabilidade, apoiada inclusive por artistas ditos simpatizantes do socialismo, decepcionados com o modo de fazer política do PT.

Havia muitos partidos interessados nela, logicamente para conseguirem votos para as eleições de 2014. 

Com a concretização da candidatura de Eduardo Campos, ela filiou-se ao PSB, partido dissidente da base governista, para tentar a vice-presidência. O Brasil já tem tradição de vices exercendo efetivamente a presidência, como Floriano Peixoto, Nilo Peçanha, José Sarney e, mais recentemente, Itamar Franco. 

Marina e Campos se unem para atrapalhar os planos do PT (Dida Sampaio/Estadão)

Muitos comemoram a decisão de Marina Silva, considerando isso uma atitude realista e pragmática, para não haver mais 4 anos de mandato petista. Outros acham que ela se rendeu à política tradicional. De qualquer forma, vai depender bastante dela, de Campos e do PSB para haver um segundo turno nas eleições presidenciais do ano que vem. É mais provável que seja com Dilma. Neste caso, o PT vai ter de suar bastante, mesmo porque o julgamento dos embargos infringentes referentes a certos réus do mensalão (Delúbio, Zé Dirceu, Genoíno) poderá ser em 2014, para tornar a disputa mais quente.

sábado, 5 de outubro de 2013

25 anos da Constituição

Este é o livro que faz 25 anos hoje e merece mais do que uma comemoração de aniversário.



Merece ser cumprida e respeitada por todos nós, brasileiros, sem exceção alguma.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Da série 'Tabela Periódica como você nunca viu', parte 6 - A turma do oxigênio

Como a família anterior, 5A ou 15, a família 6A ou 16 parece ser uma reunião de alhos com bugalhos. Mais uma vez, quem dá o nome ao grupo é o único gás da família, apenas porque ele está mais em cima da tabela. O grupo tem o estranho nome de "calcogênios", para fazer frente aos seus vizinhos chamados de "halogênios", a serem tratados na próxima postagem da série.


A maior parte dos elementos do grupo são não-metais, e dois deles são conhecidos pela sua tara, conforme veremos adiante. Por hábito, eles gostam de se envolver com um metal para satisfazer o desejo de ter dois elétrons a mais na sua eletrosfera. Porém, fisicamente, um elemento é tão diferente do outro que consegue dar nó na cabeça dos pobres estudantes de ensino médio que precisam decorar a tabela periódica. É como comparar a medusa com o boitatá.

Oxigênio: De todos os elementos, o oxigênio é o mais tarado. Este gás louco e biscate é conhecido por se envolver com todo tipo de metal, corrompendo-o, num processo chamado de oxidação. Mesmo os metais mais comportados adoram se envolver com este elemento prostituído. É um amigão dos outros não-metais, principalmente do seu primo enxofre, do carbono e do nitrogênio, mas o resultado dessa amizade resulta em muitas merdas combinações de gases fedidos e venenosos loucos para nos ferrar. Aliás, o oxigênio sempre precisa estar presente em qualquer suruba envolvendo um metal garanhão e um não-metal ou metal homo ou bissexual, como já foi visto nas outras postagens. Dois oxigênios reunidos formam o gás responsável pela nossa existência. Três oxigênios juntos, no entanto, podem tirar vidas ao invés de mantê-las, a não ser que estejam bem longe de nós para filtrar os raios solares.

Enxofre: Este elemento do inferno é também um pervertido, como o oxigênio, e não pode ver um metal por perto. Até mesmo os metais mais indefinidos gostam de se envolver com ele. Como o oxigênio, odeia a solidão e gosta de ficar com vários outros átomos. Sua fama de acompanhar "aquele-de-muitos-nomes" é por causa do seu óxido, uma desgraça de gás fedorento e tóxico existente no ovo podre, nas flatulências, na poluição em geral. Combinado com a água ele forma o ácido sulfúrico, e aí a casa cai de vez. Aliás, a casa, o carro, as pessoas, tudo vira um monte de destroços queimados em contato com esse ácido. Sozinho, ele é uma pedra melequenta, amarela e meio mole usada em alguns amuletos, confirmando a fama do elemento ser do além. 

Selênio: Fala-se muito desse elemento atualmente por causa da sua fama contra a caspa e fazer bem à saúde em pequenas doses (em excesso, porém, vai arruinar de vez a saúde do infeliz). Porém, quase ninguém sabe o jeitão dele. Existe em várias formas, e a mais comum é a de uma pedra cinza e meio brilhante. Ou seja, ele gosta de enganar os estudantes de química otários incautos com sua aparência meio de metal. Na verdade, ele é um não-metal quase tão a fim de pegar elétrons dos metais nas relações quanto o oxigênio e o enxofre. Às vezes gosta de variar as relações e ter algo além das amizades com outros não-metais. É mesmo um elemento safado.

Telúrio: É um pouco parecido com o elemento acima, e sua natureza é ainda mais indefinida, tanto é que já foi chamado de semi-metal. Sua aparência brilhante de metal esconde a sua tara pelo sódio, pelo potássio, e outros metais doadores de elétrons, já que, como os demais elementos da família, ele quer pegar dois elétrons. Esse elemento até tenta parecer discreto, mas já foi comprovado que até o ouro, o mais metido a besta dos metais, que nunca reage com ninguém, foi visto fazendo coisas indecentes com o telúrio. A esta relação os mineralogistas chamam de calaverita. 

Polônio: Se todos os demais gostam de receber dois elétrons dos metais, este elemento quer fazer diferente. Na verdade, por incrível que pareça, esse elemento tem característica de um metal, apesar de estar tão à direita na tabela periódica. Ele gosta de doar elétrons ao invés de receber, quatro ou até seis de uma vez, mas na maioria das vezes não consegue, e por isso fica p*** da vida, emitindo raios alfa, beta, gama, o que for, para expressar sua ira. É muito empregado por agentes secretos russos para envenenar suas vítimas. Cuidado com ele!

Livermório: Como é tradição, alguns membros da IUPAC batizam os elementos artificiais para sacaneá-los ou porque beberam um pouco além da conta, mas a motivação maior é homenagear seus colegas físicos e químicos já falecidos ou os locais onde eles trabalharam. O infeliz que recebeu esse nome grotesco, derivado do local onde foi descoberto, o Laboratório Lawrence Livermore, é um metal frustrado, bissexual e ainda por cima radioativo, como o polônio. De tanta vergonha diante de sua existência desgraçada, tem uma vida curtíssima, transformando-se em fleróvio, outro metal de nome bizarro, após soltar um raio alfa. Ou seja, troca-se uma vida infeliz por outra mais f***** ainda.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

(Ainda) faltam 90 dias para terminar 2013

Este ano foi particularmente farto em desastres e infortúnios de todo tipo. Para quem crê no horóscopo chinês, o animal que rege 2013 é a serpente. Por coincidência, também era o caso de 2001, o ano do 11 de setembro, indicando que este século já começou mal. 

Alguns dos corpos resgatados do naufrágio perto de Lampedusa (Nicole Winfield/AP)

A sucessão de desgraças, porém, foi acima da média do ano neste dia: ataque de vespas gigantescas na China, um avião da Embraer foi cair na Nigéria, mega-acidente de trânsito na Índia, desastre num navio de refugiados do leste africano perto da costa da ilha da Lampedusa, na Itália... só nesses acidentes, mais de 200 pessoas morreram. 

Isso sem falar na violência, em mais casos de corrupção no Brasil, o anúncio de um aumento gigante no IPTU - para residências, até 30% em áreas potencialmente valorizáveis e para indústrias, chega-se ao assustador índice de 45% - e também a ameaça da agência Moody's de não garantir futuros aumentos na modesta nota Baa2 dada aos títulos brasileiros, no momento com viés "positivo", podendo vir a ser "estável", causando nervosismo na Bovespa. 

Muita coisa ainda vai acontecer neste ano. Sejamos fortes e aguentemos.


P.S.: Marina Silva também não esquecerá esse dia. O TSE rejeitou a criação do partido que ela pretendia lançar para 2014, o Rede Sustentabilidade. Com isso, haverá maior chance de uma possível reeleição de Dilma Rousseff. Só um evento realmente forte poderá reverter essa tendência. 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mais uma greve que resultará em nada!

Quando existe uma greve na USP, cuja frequência é aproximadamente anual, os professores, funcionários e alunos participantes conseguem resultados modestos, quando conseguem. Na maior parte das vezes, ou não se muda nada, ou a comunidade USP precisará arcar com a deterioração da imagem frente ao resto da sociedade, que enxerga nessas manifestações meros protestos de gente sustentada pelos pais, ou de privilegiados com poder de mobilização que luta apenas por interesses próprios. 

Desta vez eles batalham pelas eleições diretas para reitor. A reitoria vai organizar novas eleições, com mudanças. Antes, havia um primeiro turno e um segundo turno para a Assembléia Universitária, formada pelo Conselho Universitário (CO) e pelos Conselhos Centrais formados por representantes de professores, alunos e funcionários, elegerem uma lista tríplice, a qual será encaminhada ao governador. Em algumas vezes, os governadores escolhem o segundo ou até o terceiro nome, em detrimento do mais votado, como aconteceu no caso da eleição do atual reitor, João Grandino Rodas, em 2009. Este sistema de lista de três nomes, detestado pela maior parte da comunidade USP por ser um vestígio da ditadura militar, foi mantido. Agora, segundo decidiu o CO, conhecido pejorativamente por membros do Sintusp e do DCE Livre pelas verdadeiras iniciais de "Conselho Universitário", haverá apenas um turno para compor esta famigerada lista. 

Como as medidas tomadas pelo CO estiveram bem longe de agradar os representantes dos alunos e funcionários, eles resolveram invadir a reitoria, proclamando mais uma greve, para a USP não fugir da tradição de ter pelo menos uma paralisação por ano. Eles reivindicam um governo tripartite, com um representante dos professores, um dos funcionários e um dos alunos. 


E qual é o apoio do resto da sociedade a isso? Para a maioria, é caso para só a comunidade USP resolver. Precisa ser logo, pois os bloqueios na portaria principal da Universidade, feitos em quase todos os protestos, atrapalham o já exasperante trânsito na região do Butantã. E os manifestantes não se preocupam em obter apoio do resto da cidade, ficando restritos a uma minoria barulhenta e vistos pelo povo em geral como defensores dos interesses de alguns privilegiados.

Sem falar na maioria dos estudantes da USP, que preferem não se filiar aos movimentos estudantis e continuam querendo o cumprimento do calendário letivo neste ano. Para eles, idéias francamente socialistas como a do Sintusp e a do DCE Livre, dominadas por simpatizantes do PSOL e do PSTU, mais preocupados com a "luta de classes" do que com a luta pela melhoria do ensino, não interessam.

Qual será o resultado dessa nova greve? Repetirão os fiascos anteriores, por lutarem só por idéias com pouco ou nenhum lastro do resto da comunidade USP? Antes, eles queriam as eleições diretas para reitor, o que é algo pouco viável se não visar a melhoria da Universidade. Agora querem algo ainda mais impraticável - o tal governo tripartite. Desse jeito continuarão sem apoio da maioria dos estudantes, e merecedores da indiferença fora do campus.