sexta-feira, 29 de julho de 2016

Não parece que estamos a uma semana das Olimpíadas

Tirando uma ou outra notícia, mais relacionada à (des)organização dos Jogos, aos problemas de atletas que não poderão vir (como Anderson Varejão, da Seleção de basquete), à Seleção Olímpica de futebol e seu maior jogador (Neymar) e aos problemas de infra-estrutura, o que se lê na imprensa, a uma semana do maior evento esportivo do mundo no Rio?

- Assuntos do futebol, principalmente o mercado da bola: Gabriel Jesus e Gabigol estão bem perto de saírem do Brasil e irem para a Europa; o palmeirense negocia com o time de Guardiola, o Manchester City, enquanto o santista, salvo algum imprevisto, irá para a Juventus, da Itália. 

- Os tradicionais podres vindo do mundo da política, principalmente a notícia do Lula ter se tornado réu por obstruir a Justiça e comprar o silêncio de Nestor Cerveró (um dos condenados pelo Petrolão), juntamente com José Carlos Bumlai (o "amigo" do ex-presidente), o banqueiro André Esteves e o senador cassado Delcídio do Amaral. 

- Por falar em Lula, a queixa dele à ONU acusando Sérgio Moro de "atentar contra os direitos humanos" parece indicar que o criador está se tornando como a criatura: insana e perturbada. Mas não é o caso: ele quer só ganhar tempo, pois as Nações Unidas têm problemas mais importantes. 

- Um dos problemas é a escalada de violência cometida pelo Daesh, o Estado Islâmico, que continua a ganhar espaço nos portais e nos jornais, além da violência desenfreada na Síria, onde um bombardeio matou médicos e visitantes de uma maternidade. 

- Felizmente, temos ainda notícias mais amenas, como a visita do papa Francisco à Polônia; depois do susto em Cracóvia, ele foi visitar uma das chagas incuráveis da nossa humanidade: o complexo desativado de Auschwitz, símbolo do terror nazista. 

- Outro fato que chama bastante a atenção é a campanha presidencial americana, com acusações pesadas: Trump é visto como xenófobo e Hillary Clinton é acusada de corrupção. 

- Temos também notícias sobre celebridades, curiosidades, a vacina contra a dengue (cujo preço pode ter o mesmo efeito da variante hemorrágica: R$ 900,00 em três doses) e outros assuntos bem diferentes das Olimpíadas. Parece que o espírito dos Jogos só vai despontar em cima da hora, para ser otimista.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Cai o papa

Não! O papa não foi deposto ou foi obrigado a renunciar! Ele levou um tombo quando rezava missa no santuário de Jasna Gora, na cidade de Cracóvia. 

A saúde do pontífice, felizmente, não foi afetada. Qualquer queda, na idade do papa, é digna de preocupação, devido ao risco de complicações - está entre as dez maiores causas de morte de idosos. 

Depois do incidente, Francisco levantou-se e se recompôs para concluir a cerimônia. 

A queda do papa Francisco - no sentido mais literal do termo (EFE)

terça-feira, 26 de julho de 2016

Grande mudança!

Mudaram o nome do Elevado Costa e Silva para Elevado João Goulart, numa das "brilhantes" decisões dos "çabiuz" vereadores da nossa cidade, procurando agradar aos que eles consideram "progressistas". 

O pretexto era deixar de homenagear um dos presidentes do regime militar, um período que não pode voltar jamais. Para isso, passou a ter o nome da vítima do golpe que colocou os generais para mandar no país - um presidente populista e incompetente, diga-se. 

Só mudou o nome, mas a monstruosidade projetada por Paulo Maluf, prefeito de São Paulo na época de sua construção e orgulhoso "pai" de sua "criação" continua tão horrível quanto antes, servindo de abrigo para moradores de rua e mendigos, e contribuindo para enfeiar o centro da cidade. Pode-se argumentar pela utilidade dessa serpente de concreto para aliviar o trânsito, mas isso foi no passado. Agora, só serve para ligar um ponto de congestionamento, o corredor da Av. São João, a outro, a Radial Leste-Oeste. 

Nosso país decepciona em mais um ranking

Este blog tenta não estimular o pouco saudável vira-latismo, "esporte" com mais craques do que no futebol, atualmente, principalmente após a "Copa da Vergonha" e prestes a ser intensamente praticado durante as Olimpíadas, mais do que as modalidades "tradicionais", pelos comuns mortais. Infelizmente, não se pode brigar com a realidade.

Temos aqui mais um ranking onde o Brasil vai mal: na altura média de seu povo. O país teve grandes progressos desde 1914 até 2014, mas ainda está muito atrás: a média entre os brasileiros é de apenas 1,74 m, bem longe dos 1,84 m registrados pelos holandeses, os mais altos do mundo; e as brasileiras, com 1,61 m em média, são "baixinhas" perto das letãs, com 1,70 m. O artigo completo pode ser consultado AQUI (A century of trends in adult human height), mas está em inglês, a língua padrão para publicações científicas.


Os brasileiros ficaram na posição número 68, logo abaixo do Irã!

As brasileiras ficaram ainda mais para trás, na posição número 71.

Por outro lado, e isto o artigo não mostra, os brasileiros em geral engordaram mais do que a média. Pesquisa feita em 2014 mostrou que o país é o quinto mais obeso do mundo, perdendo, em termos de população acima do peso, apenas dos Estados Unidos, China, Índia e Rússia.

Isso reflete a falta de qualidade na alimentação: antes, os brasileiros comiam pouco e mal, agora estão ingerindo mais calorias, mas ainda apresentam dietas pobres em proteínas (responsáveis pelo crescimento), vitaminas, fibras e minerais, embora muito ricas em açúcar e gorduras.

Por outro lado, os povos de origem latina como o brasileiro têm como característica serem mais baixos que os do norte da Europa (como os holandeses e os letões). Mesmo com uma alimentação mais adequada, a genética é um fator importante. Ainda assim, as alturas médias do nosso povo ainda são dignas de fazer aquele amigo mais alto chamar pelo apelido de "baixinho(a)".


N. do A.: Estamos com tudo e seremos campeões do "vira-latismo", graças aos problemas na Vila Olímpica e na Baía de Guanabara, além da desorganização galhardamente mostrada no noticiário. Medalha de ouro, sem dúvida. E se houver algum ato terrorista ou de incrível violência - só hoje, foram quatro, no Japão (19 pessoas com deficiência foram esfaqueadas até a morte), na França (um padre decapitado perto de Paris), na Somália (atentado do al-Shabab, braço da al-Qaeda na África Oriental) e na Alemanha (um médico atingido fatalmente em Berlim) - seremos eternamente lembrados, mas não esperemos ganhar a medalha Pierre de Coubertin por isso. 

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Triste fim do Yahoo

Após ser um dos sites mais poderosos da Internet, o Yahoo foi vendido para a Verizon, empresa de telefonia móvel, por US$ 4,83 bilhões. 

Pode parecer bastante para uma empresa, mas o Yahoo chegou a valer US$ 125 bilhões, segundo avaliações feitas no começo do ano 2000. Aliás, o auge de seu poder foi na virada do século XX-XXI, quando era talvez a maior empresa virtual do mundo. Era um poderoso site de busca, além de fornecer e-mail e ser um portal de notícias.

No mundo atual, perdeu tanto valor que uma boa startup, como é chamada uma empresa tecnológica emergente, tem um preço de mercado até maior do que a veterana.

O site de busca que encolheu com o tempo (iStock)

Como o ex-gigante chegou a este nível?

Muitos analistas culpam a falta de definição dos executivos da Yahoo, indecisos entre tratar o negócio como tecnologia ou como serviço de informação. Também foi fator importante a compra de outros serviços da Web que estavam dando certo e acabaram arruinados, como o Flickr, serviço de divulgação de imagens. Outros até deram certo, mas não conseguem dar o retorno esperado, como o Tumblr, responsável pela criação de muitos blogs. Houve tentativas de compra por parte do Google e da Microsoft, por valores bem maiores do que os US$ 4,83 bilhões, sem sucesso.

Os erros foram amplamente criticados pela imprensa, tendo os principais executivos, como a atual CEO da empresa, Marissa Meyer, como alvo. E eles custaram caro: só neste ano, o Yahoo registrou prejuízo superior a US$ 500 milhões.

A Verizon, empresa de telecomunicações difamada por ter colaborado com o NSA para coletar informações de milhões de americanos com o pretexto de combater o terrorismo, terá a incumbência de tentar salvar o legado da velha empresa. De qualquer forma, a Yahoo, como empresa independente, não existe mais, e será mais um brand qualquer, como a AOL, adquirida pela mesma Verizon em meados do ano passado. 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Semana do terror faz aumentar a preocupação com os Jogos

Esta semana foi terrível: tivemos intermináveis apurações para tentar avaliar o estrago causado pela corrupção no país, notícias sobre a terrível repressão feita pelo governo turco para vingar-se dos golpistas que tentaram tomar o poder, e, depois dos atentados terroristas de Nice na semana passada, tivemos um novo ataque, em Munique. 

Foi nesta cidade, uma das maiores da Alemanha, onde se deu o massacre que liquidou o espírito olímpico nos Jogos de 1972. Terroristas palestinos mataram onze atletas israelenses feitos reféns, e só por determinação do presidente do COI na época - Avery Brundage, execrado por ser considerado racista e antissemita - as competições continuaram. 

44 anos depois, novamente os terroristas mancharam a cidade de sangue inocente. 9 pessoas foram mortas a tiros no centro comercial Olympia-Einkaufszentrum. O atirador, vinculado ao E.I. - o famigerado "Estado Islâmico", ou Daesh, responsável também pelos últimos atentados na Europa, em Nice e em Istambul, na Turquia - cometeu suicídio. "Olympia" é um nome que remete aos Jogos Olímpicos manchados de sangue. 



 Forças de segurança cercam um acesso ao metrô próximo ao shopping Olympia, em Munique (AFP)

Também pode se referir aos Jogos, prestes a começar no Rio de Janeiro. Grupos extremistas vinculados a este grupo inimigo da civilização estão planejando mesmo atacar a cidade durante as competições. Ontem, prenderam supostos terroristas em vários estados na Operação Hashtag, da Polícia Federal, com base em contatos feitos pelos smartphones dos suspeitos. Não divulgaram os nomes, e alguns deles foram levados para a Penitenciária Federal de Campo Grande, de segurança máxima. 

Quem acreditava numa idílica imunidade do Rio de Janeiro ao terrorismo teve de repensar seus conceitos, para não ser tratado como aqueles que creem em Papai Noel ou em coelho da Páscoa na idade adulta. Apesar disso, membros do governo, justamente os que têm menos direito de serem crédulos, ainda relutam em fazer isso.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Troca de sofismas atrasa a reforma educacional

O Congresso irá votar em breve o projeto da "Escola Sem Partido", cuja autoria é de Izaici Lucas (PSDB-DF). Segundo a proposta, ela visa diminuir o risco de doutrinação política de professores nos alunos, principalmente nos ensinos fundamental e médio. Eis as propostas da lei. 


Opositores ao projeto, como o PT, o PCdoB e outras siglas mais ou menos inspiradas no marxismo, atacaram a ideia sem piedade, acusando o projeto de ser autoritário e ferir a liberdade de expressão. A maioria dos críticos nem se deu ao trabalho de ler o trabalho em questão. 

No outro lado, existem os conservadores, que defendem a medida. Alguns acusam as escolas de serem verdadeiros centros de doutrinação, colocando Marx, Lênin e Che Guevara como pessoas iluminadas, como se não existissem professores com outras orientações ideológicas.

Estas discussões, principalmente entre correntes extremas, produzem sofismas, com o intuito de prolongar a guerra ideológica. O projeto, em si, tem o mérito de coibir abusos de certos professores, mas não ataca o problema principal: a qualidade de ensino. 

As discussões passam ao largo de uma verdadeira reforma educacional, visando acabar com o crônico problema do analfabetismo funcional no Brasil. Não se exige profissionalismo e qualidade de ensino, preferindo discutir esta ou outra ideologia. Estamos, portanto, perdendo tempo, enquanto outros países já melhoraram seus sistemas de ensino há décadas e conseguiram superar a miséria e o subdesenvolvimento. 

terça-feira, 19 de julho de 2016

A piada está deixando de ter graça

Na primeira vez, uma piada considerada engraçada faz muita gente rir. 

Na segunda, o efeito não é tão intenso, pois sempre um número menor de pessoas acaba rindo. 

Na terceira, mais gente vai deixar de achar graça. Alguns vão considerar a piada como algo velho, outros analisam a piada ao invés de se divertir com ela, e não faltam ouvintes que simplesmente perdem o bom humor. Eventualmente, se ri mais de quem conta e menos do algo a ser contado. 

Pela terceira vez, repetiu-se a piada de bloquear o WhatsApp, alegando mais uma vez que o aplicativo encobre ações criminosas. A "piadista" da vez é a meritíssima juíza Daniela Barbosa de Souza, atuante em Duque de Caxias, uma cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro que sofre com altas taxas de criminalidade. 

Desta vez, uma instância superior da Justiça se cansou de ouvir a mesma história e mandou desbloquear o aplicativo pertencente ao Facebook. Foi o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, cuja decisão ocorreu apenas quatro horas depois das operadoras iniciarem o bloqueio. Não foi preciso esperar mais tempo aguentando ficar sem se comunicar ou compartilhar fotos e vídeos pelo smartphone

Durante este período, houve bem menos memes e mais análises sérias, indicando que os "piadistas", na verdade juízes com postura sisuda, são péssimos comediantes que toleram mal os avanços tecnológicos e mesmo o Estado Democrático de Direito, apegando-se a expedientes próprios de épocas bem sem graça, como o regime militar, o governo de Vargas, a República Velha ou mesmo tempos mais antigos, quando a democracia era considerada uma ideia subversiva e seus defensores acabavam submetidos ao "baraço e pregão" para serem conduzidos às ruas públicas...

Por outro lado, o objeto da piada, que é o WhatsApp, também deve se precaver porque outros "humoristas" estão dispostos a recontar o mesmo chiste. Seria recomendável repensar como irá lidar com a Justiça, para evitar que seus usuários sejam novamente privados de seus serviços. Na próxima vez, pode ser que ninguém consiga achar graça mesmo.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Viajar de avião será um desafio maior


Desde esta segunda, viajar de avião para se deslocar de uma cidade para outra dentro do Brasil ficou mais difícil, devido às medidas em prol da segurança nos voos.

Seria tolerável ter de retirar os eletrônicos (smartphones, tablets, notebooks) das bagagens e colocá-las em compartimento em separado e evitar os frascos com líquidos com mais de 100 ml se os aeroportos se preparassem adequadamente para a nova rotina. Infelizmente, como tudo aqui no Brasil, o improviso imperou, e viajar converteu-se numa tortura.

Filas enormes formaram-se em Congonhas, por exemplo. Transtornos menores aconteceram em outros aeroportos.  Pessoas perderam compromissos ou tiveram de adiar ou mesmo cancelar os voos.

O problema foi mais grave em alguns aeroportos, como Congonhas (Nelson Antoine/Estadão)

Mesmo com toda essa desorganização, muita gente não se sente segura diante de um perigo terrorista, ainda mais durante a vigência dos Jogos Olímpicos no Rio. Grupos criminosos organizados são potencialmente capazes de driblar todos esses procedimentos. A falta de preparo e treino dos funcionários nos aeroportos os favorece, também.

E, para o cidadão comum, como fica o direito de usufruir de uma viagem aérea?

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Terrorismo e golpe marcam a semana

Estava prestes a escrever sobre o ataque terrorista que matou mais de 80 pessoas na cidade de Nice, na Provença (sudeste da França) quando um golpe militar, no momento, segue em curso na Turquia. 

Não basta um sociopata atropelar e destruir vidas inocentes com um caminhão, durante as festas para comemorarem o aniversário da Revolução Francesa, outros grupos cometem violência, desta vez contra a ordem constitucional de um país, o mais ocidentalizado do mundo islâmico. 

É perda de tempo atribuir e justificar essas violências. Muitos tentam convencer, por motivos nem sempre lógicos, que o terror islâmico foi desencadeado por causas A ou B, e a culpa foi deste ou daquele grupo que foi oprimir um outro. Por outro lado, outros justificam a existências de golpes militares por atos X ou Y de governos considerados incompetentes e negligentes. 

Contra o terrorismo é inútil se limitar a apontar o dedo para fulano ou beltrano; é necessário agir. Colocar na cadeia os responsáveis, utilizar conhecimentos, informações e estratégias para impedir que novos inimigos da paz ameacem a vida de cidadãos desarmados. 

Contra os usurpadores da ordem legal é preciso um combate firme e persistente por parte das forças legalistas, tudo isso dentro dos limites impostos pela Constituição, pois se os governos em vias de deposição utilizam meios ilegais, igualam-se aos seus inimigos que os querem tirar à força. Se alguém quer combater um governo, deve fazê-lo de acordo com as regras do país e abster-se de violência contra terceiros. 

São atos indignos de fazerem parte do futuro de nossa humanidade. 


N. do A. (1): Se os organizadores dos Jogos Olímpicos estão se preocupando mais agora com o terrorismo, é um péssimo sinal. Demonstram ter mais apreço por publicidade e visibilidade na mídia do que pela segurança dos atletas e dos espectadores, e certas iniciativas como alertar contra certos tipos apontados como terroristas com base em estereótipos (comportamento nervoso, trajes inadequados, uso de mochilas) foram mal recebidas, como era de se esperar. 


N. do A. (2): No caso do processo de impeachment da ainda presidente Dilma Rousseff tudo está previsto na Constituição, com a preservação das liberdades públicas e garantindo o direito de defesa da governante afastada. Ou seja, não é preciso nem dizer que NÃO é golpe, ao contrário do que está ocorrendo na Turquia. 


quinta-feira, 14 de julho de 2016

A morte de dois argentinos

Nesta quinta houve duas mortes: uma real e uma simbólica. 

A real, sentido principalmente pelos brasileiros, que o consideram mais filho de nossa pátria do que a maioria de nós, é a de Hector Babenco, autor de filmes memoráveis, como O Beijo da Mulher Aranha, Pixote e Carandiru, relatos desoladores da realidade contemporânea. O primeiro filme consagrou Sônia Braga no cenário internacional. O segundo mostrou a história terrível - e tornada real - de um menino entregue á marginalidade, interpretado por Fernando Ramos da Silva, assassinado em 1987, Já o último foi um retrato cruel dos presídios e de um episódio monstruoso: o massacre de 1992, inaceitável por mais que as vítimas fossem criminosos condenados. 

Babenco morreu de forma inesperada após um infarto. Tinha 70 anos, relativamente cedo para a nossa época.

 O argentino mais brasileiro se foi (divulgação)

No mesmo dia, houve uma morte, esta no sentido figurado: o Boca Juniors de Tevez, Lodeiro, Pavón e companhia tinha a missão de devolver os 2 a 1 sofridos no Equador contra o valente Independiente del Valle. A tarefa não parecia complicada, pois o jogo era na Bombonera, o temível "alçapão" dos xeneizes... mas esta fama não intimidou os visitantes. 

No primeiro tempo, Pavón abriu o placar, mas os equatorianos conseguiram empatar, com Caicedo (não é o da Seleção Equatoriana, que joga no Espanyol). Até aí, parecia tudo encaminhado, mas o sonho do hepta ruiu com Cabezas e, dois minutos depois, Angulo, com a colaboração do goleiro Orión. Lodeiro juntou-se ao seu colega e se tornou o vilão dos argentinos ao perder um pênalti. Pavón ainda marcou nos acréscimos, mas era tarde demais. O Boca, em plena Bombonera, teve o mesmo destino de seu arquirrival, o River Plate, também eliminado pelos equatorianos, merecedores de uma final inédita entre dois times que nunca ganharam a taça mais cobiçada das Américas. O outro é o Atlético Nacional da Colômbia, abordado na postagem anterior.  

O Independiente del Valle fez história e deixou a final da Libertadores sem argentinos ou brasileiros (David Fernández/EFE)

Foram dois acontecimentos inesperados, tanto quanto o horrendo atentado em Nice, na costa mediterrânea da França, acontecido também nesta quinta, bem no dia da Revolução que marcou a história do mundo para sempre. Este assunto vou abordar na próxima postagem. 

quarta-feira, 13 de julho de 2016

De novo o Brasil não vai às finais de uma Libertadores

Muitos torcedores do São Paulo estavam esperançosos de uma vitória de seu time contra o Atlético Nacional em pleno estádio deles, Medellin, Colômbia.

O time brasileiro mais desacreditado conseguiu fazer uma campanha superior a todos os outros - Corinthians, Grêmio, Atlético Mineiro e Palmeiras - e até estava com moral para tentar o aparentemente improvável: conseguir os dois gols de diferença no jogo de volta, após serem derrotados por 2 a 0 por conta de erros lamentáveis feitos pelo festejado zagueiro Maicon, expulso no Morumbi por agressão a Borja, o autor dos dois gols, quando a partida ainda estava zerada. 

Porém, o Atlético Nacional não era qualquer time. Jogou melhor, empatou o jogo após o gol de Calleri, novamente com Borja, e ainda teve a colaboração de um juiz chileno com qualidade bastante questionável. Patricio Polic não marcou um pênalti sofrido pelo meio-campista Hudson e quando ele, corretamente, marcou outra penalidade feita por Carlinhos dentro da área, os jogadores aproveitaram para reclamar muito, resultando na expulsão de Wesley e do veterano zagueiro Lugano. O penal foi cobrado por - de novo - Borja, o carrasco dos são-paulinos. Com dois a mais, o time da Colômbia resolveu não atacar mais, segurando o jogo.

Graças a este insucesso do São Paulo, os times brasileiros completam três torneios sem chegar perto da célebre taça que cresce a cada ano: em 2014, nenhum brasileiro conseguiu passar das quartas-de-final; em 2015, também foi apenas um a chegar às semifinais, o Internacional, derrotado pelo time mexicano dos Tigres. O último a chegar às finais, o Atlético-MG, foi campeão em 2013.

Este é um pequeno exemplo de como o futebol brasileiro está decaído. Não há previsão de quando isso irá mudar. Se depender dos atuais dirigentes de clubes e entidades, e da qualidade atual dos jogadores, estaremos só no começo de uma era. 

terça-feira, 12 de julho de 2016

Da série 'Oitentolatria', parte 22 - A vodca do Cunha

Eduardo Cunha mostrou sua capacidade de resistência política, ao apresentar sua defesa no CCJ, a comissão de constituição e justiça. Dentre as suas tentativas de se defender atacando e acusando os colegas de fazerem "política", como se não fosse essa a tarefa deles, citou uma frase que lembra uma certa época.

Hoje sou eu. É o efeito Orloff: vocês, amanhã!

Ele se referia a muitos deputados com ficha corrida, alguns em pé de igualdade com a dele. São acusados dos mais diversos crimes, desde corrupção política até assassinato e tráfico de drogas. Existe um lado jocoso nesta ameaça, porém: ele parafraseou um slogan de uma vodca, inventado em meados da década de 1980:


Este comercial até hoje é lembrado, apesar de ser feito numa época onde não havia patrulhamento dos "politicamente corretos" e os anúncios de cigarros e bebidas eram muito abundantes.

A situação na qual ele se meteu é capaz de um ser humano comum ficar com dores de cabeça, como o efeito de uma ressaca causada por excesso de bebidas. Em tempo: a vodca Orloff ainda é fabricada. 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

A final da Eurocopa e do Grand Prix

Ontem, dois torneios esportivos terminaram. Um tem a ver diretamente com o torcedor brasileiro, que viu seu time ganhar mais um prêmio internacional e teve motivos de alegria para compensar tantos descalabros para suportar. Outro, bem mais divulgado, mostrou o duro embate entre um time franco favorito e um azarão, no torneio regional mais importante do mundo entre seleções nacionais.

No primeiro evento, o Grand Prix de vôlei, as meninas da Seleção encontraram-se com as velhas conhecidas americanas. Apesar do retrospecto favorável ao time verde-e-amarelo, o último Grand Prix disputado foi uma má lembrança: as americanas venceram e levaram o troféu. Desta vez, Natália, Sheila, Dani Lins, Jacqueline, Fernanda Garay e o resto do time tiveram de penar para não deixarem o forte time rival repetirem o feito de 2015. 

O primeiro set foi marcado por erros individuais, principalmente de Sheila, e as americanas venceram por 18/25. No segundo, as comandadas de José Roberto Guimarães jogaram bem mais sério e faturaram: 25/17. Os dois sets foram bem mais equilibrados: 25/23 e 22/25, este último afetado pelo nervosismo do time brasileiro. Porém, no tie-break, o time voltou a empolgar, e fechou o jogo com 15/9. Em Bangcoc, capital da Tailândia, o Brasil conquistou o décimo primeiro título do Grand Prix, prometendo mais emoção e alegria ao torcedor na Rio-2016.

 As meninas do vôlei tiveram de sofrer para derrotarem as sempre temíveis americanas...

... para ganharem o Grand Prix na capital tailandesa (FIVB)

Mais tarde, houve uma final bem menos equilibrada, desta vez no futebol. Na Eurocopa, a França teve o gosto de eliminar os atuais campeões do mundo e parecia ter a taça na mão. Portugal, um time bem mais limitado, tem como único grande craque Cristiano Ronaldo, às vezes ridicularizado por sumir em jogos importantes pela Seleção, diferente do que acontece no Real Madrid, onde há muito mais jogadores de destaque como Benzema e Bale. 

Tudo parecia encaminhado para o terceiro título da França, ainda mais com a lesão do astro português num choque violento com Payet, aos 23 minutos. A equipe de Portugal, que nunca ganhou uma Eurocopa e ainda sentiu o trauma de perdê-la em 2004, na final contra a Grécia, teve de se virar, e conseguiu. O esquema tático do técnico Fernando Santos funcionou bem, o goleiro Rui Patrício foi eficiente e até o zagueiro Pepe, temido mais pela torcida portuguesa do que pelos adversários por conta de seu destempero, desta vez não prejudicou com faltas violentas.

Quem acabou decidindo o jogo foi um reserva, Eder, no começo do segundo tempo da prorrogação. Nascido em Guiné-Bissau, ex-colônia portuguesa na África, é quase desconhecido fora da Europa. Joga no pequeno time de Lille, norte da França. O grande responsável pela façanha portuguesa recebeu estímulo e motivação de CR7, que passou a comandar o time no banco de reservas.

 Eder foi o autor do gol responsável pela conquista inédita de Portugal (Miguel Medina/AFP)

Eles tiveram de aguentar a pressão francesa até o fim, para poderem festejar a conquista inédita. CR7 aproveitou a premiação para mostrar o que sabe: aparecer diante das câmeras. Só poderia ter essa oportunidade graças ao time, exemplo de superação diante de um adversário superior que jogava em casa.

CR7 levanta a taça e finalmente conquista um título internacional pela Seleção de Portugal (Michael Regan/AFP)

O dia 10 de julho de 2016 vai ficar marcado para sempre na história da Seleção Portuguesa. Deve servir de lição para a Seleção da CBF, atualmente enfraquecida, desmoralizada e, também, dependente de um só craque. E a vitória das "meninas do vôlei" também pode induzir os marmanjos a valorizarem o verde e amarelo.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Cunha renuncia à presidência da Câmara

Ontem, Eduardo Cunha finalmente saiu da presidência da Câmara. Renunciou depois de uma pressão incrível em cima dele, mas manteve a cabeça a maquinar. Ensaiou um discurso emocionado, quase piegas, não com o objetivo de comover os colegas, mas quem está fora do Congresso, ou seja, a mídia e a opinião pública em geral. Posou de vítima, e chegou a chorar, numa performance para ser comparada à do Wagner Moura ou do Rodrigo Santoro. 

Cunha na tribuna (Divulgação)

Quem estiver a fim, pode ler o discurso de renúncia AQUI

Depois, ele tentou fazer o que sabia: influenciar seus aliados para a votação para decidir quem irá ocupar seu antigo lugar. Queriam marcar para terça-feira, dia da votação da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) pela sua cassação ou não. Waldir Maranhão, ex-aliado dele, não concordou e se aliou aos opositores do presidente afastado da Casa. Quer marcar a eleição para a Presidência da Câmara na quinta. Os deputados ainda terão de votar novamente para aprovar ou não a cassação de Cunha, se o CCJ permitir, e isso pode ser depois das Olimpíadas. 

Ao mesmo tempo, Cunha queria fazer o seu processo de cassação voltar para o Conselho de Ética para ser novamente avaliado, com base em sua renúncia, mas seu pedido foi negado pelo relator da CCJ. 

O presidente afastado da Câmara foi derrotado nesta batalha, mas ainda tem esperança de retomar o seu poder algum dia, caso conseguir salvar o seu mandato. 

Este acontecimento quase coincide com o aniversário de outra derrota inesquecível, o famoso 8/7, quando a Seleção foi humilhada pelo time alemão - que, por sinal, foi derrotado ontem, na semifinal da Eurocopa, para os franceses por 2 a 0, com direito a lambança de Schweinsteiger e seu pênalti bizarro que resultou no primeiro gol dos bleus. Griezmann, ironicamente um sobrenome de origem alemã, fez os dois gols da partida. A final do torneio vai ser entre França e Portugal, o time de Cristiano Ronaldo.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Deu ruim

O São Paulo F.C. ficou numa situação parecida com a da Dilma e do Eduardo Cunha, agora mais próximos de perderem seus mandatos definitivamente. 

Na Libertadores da América, o time, sem Paulo Henrique Ganso, lesionado, mas com Maicon, zagueiro em ascensão cuja permanência foi muito comemorada, está a meio caminho de ser desclassificado da Copa Libertadores, e dar adeus ao quarto título. 

Tudo parecia sob controle no primeiro tempo. O Atlético Nacional, time colombiano considerado um dos mais fortes da competição, não conseguia criar, e nem tampouco o São Paulo conseguia aproveitar as oportunidades para sair na frente. Ytalo não conseguiu brilhar, como substituto de Ganso. 

No segundo tempo, tudo desandou. Maicon, até então seguro, empurrou a cabeça de Borja. O árbitro viu lance antidesportivo e o expulsou. Sem o seu principal beque, os são-paulinos viraram presas fáceis para o time colombiano. Borja fez os dois gols, e Dênis, criticado por torcedores contra e a favor do time como o limitado sucessor de Rogério Ceni, não conseguiu salvar.

Todavia, boa parte da culpa acabou caindo sobre o técnico Edgardo Baúza, cujo esquema tático mostrou suas falhas. Manteve o experiente Lugano no banco e o sistema defensivo (os laterais Bruno e Mena - este último é o mesmo chileno bicampeão da Copa América mas que não fez milagres pois o time não tem Vidal, Bravo ou Vargas - e o zagueiro da Seleção Rodrigo Caio) esburacado e com insuficiente apoio do meio de campo, principalmente com Hudson atuando mal. E o ataque só teve Michel Bastos como destaque. 

Resultado: o time brasileiro vai ter de fazer três gols na Colômbia contra um adversário fortíssimo. É uma tarefa extremamente ingrata, até mesmo se Ganso tiver condições de atuar. O São Paulo pode seguir o mesmo caminho de todos os clubes brasileiros desde 2014 na Libertadores: para longe do troféu mais cobiçado das Américas. 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Novela mais comentada da TV vira motivo de piada

Neste momento, a novela mais comentada pelos internautas é A Terra Prometida, da Record. Continuação de Os Dez Mandamentos, a história narra a façanha de Josué, o sucessor de Moisés, para liderar seu povo em busca da terra reservada por Deus, segundo a Bíblia. 

O desfecho desta história muita gente conhece, para quem lê o livro sagrado. Mesmo assim, milhares de telespectadores não querem perder um capítulo desta trama transmitida pela emissora do bispo Macedo. 

Um pequeno grande detalhe faz a produção virar chacota, envolvendo uma vilã, a rainha de Jericó, que não é citada no livro de Josué. Esta personagem, vivida por Juliana Silveira, chama-se Kalesi e possui o estranho gosto por serpentes.

A sátira é justificada porque lembra uma outra produção comentadíssima, mas na TV fechada (HBO). Os produtores da Record juram que não, mas os internautas comparam a tal rainha de Jericó com a rainha Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), cujo codnome é Khaleesi. Ela possui como característica manter sob seu poder um monte de dragões. A outra cuida de cobras, que também são répteis.


A rainha original e a cópia de Game of Thrones  e a de Jericó (divulgação)

Até agora a Time Warner, proprietária da HBO, não se pronunciou quanto ao caso, mas enquanto isso os internautas se divertem. 

"Quem nasceu para ser Kalesi nunca vai ser Khaleesi" (tweet de Juniu)

"juliana silveira é kalesi, a rainha das serpentes em a terra prometida"
(tweet de Dinho)



"Kalesi? Agora só esperar o João das Neves Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk #stoprecord2016 já deu né kkkkkk http://fb.me/2cKH5W0ue" (tweet de Larissa Couto)

"Kalesi - Erro do nome no cartório
Rainha das serpentes - Não tem verba o suficiente para ser mãe de dragões. https://twitter.com/tvrecord/status/749981182272692224 …"
(tweet feita pelo Plantão de Nerdisses)

Isso lembra que a emissora já foi acusada antes de plágio, ao transmitir outra novela, chamada Caminhos do Coração, em 2007, cujo enredo envolvia mutantes, numa versão tupiniquim dos X-Men. A Marvel e a Fox (emissora que detém os direitos dos personagens no cinema) não se pronunciaram, mas muitos riram do que seria um "atrevimento" dos autores brasileiros. 

terça-feira, 5 de julho de 2016

Qual é a importância da missão Juno?

Muita gente se pergunta por que a Nasa despende bilhões de dólares para lançar satélites e sondas espaciais fora da órbita da Terra, colocando-as em direção a outros planetas. Não poucos acham a gastança absolutamente inútil, diante dos vários problemas para serem resolvidos aqui mesmo, como a poluição, a miséria e os desmandos cometidos por maus políticos (como os que estão sob julgamento agora na Câmara e no Senado nesta semana, mas isso é assunto para outra postagem). 

Para a ciência, cada cent nestes programas é bem gasto nessas missões. Uma delas, a Juno, tem por finalidade estudar melhor o gigantesco planeta Júpiter. Juno é o nome romano para a esposa do "pai dos deuses" que batizou o colosso.

Júpiter e Juno, em simulação (site da Lexicon Branding)

Não é só para obter imagens do astro cujo diâmetro é 11 vezes o da Terra. Muito menos para estudar fenômenos como a grande mancha, visível até mesmo nos telescópios bem plantados no solo terrestre. As finalidades vão muito além:

- Coletar dados sobre o campo magnético local, cerca de 20.000 vezes maior do que o do nosso planeta;

- Saber melhor o que explicaria por que Júpiter atrai a maior parte dos asteroides, impedindo-os de colidirem com a Terra, se a força gravitacional (segundo as leis de Kepler, que relacionam diretamente essa força com a massa) é apenas 2,5 vezes mais intensa do que na Terra;

- Sabe-se que Júpiter contém água, mas como ela se formou?

- Explicar melhor as origens do Sistema Solar, tendo como base o fato do planeta gigante ser o primeiro a ser formado, e para isso é necessário analisar em detalhes a superfície do planeta e quantificar com dados mais precisos a composição de seu núcleo.

Não está nos planos da sonda espacial estudar os satélites de Júpiter, dos quais os maiores podem conter uma atmosfera própria. A vida como a conhecemos seria difícil por lá devido à distância em relação ao Sol e à presença de níveis fortes de radiação vindos do planeta em volta do qual eles habitam.

A mesma radiação, além dos possíveis corpos celestes atraídos por Júpiter, são riscos que a Juno precisa enfrentar nos próximos meses. Irá colaborar para diminuir um pouco da nossa ignorância sobre o nosso cantinho no Universo "governado" pelo Sol. 

segunda-feira, 4 de julho de 2016

No Roda Viva de hoje

Sempre que possível assisto ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Muitos torcem o nariz, pois o apresentador é o Augusto Nunes, o mesmo da revista Veja, e a maior parte dos entrevistadores faz duras críticas ao governo anterior do PT, e é considerado "de direita", esta palavra tão demonizada, representada por pensamentos tão diferentes como o liberalismo, o conservadorismo, o libertarianismo e outros mais extremistas como o fascismo, o absolutismo e o nazismo. De vez em quando, os convidados são de outro espectro político, como foi o caso da Marina Silva e o famigerado Delcídio do Amaral, um dos principais delatores do PT. 

Hoje interpelaram o historiador Leandro Karnal, historiador da Unicamp e pensador considerado de "esquerda", como a maioria dos intelectuais do Brasil. Ele criticou a preguiça intelectual vigente e a dicotomia "esquerda-direita" que, segundo ele, empobrece o debate político. Falou bastante dos golpismos no Brasil e não entrou no mérito do processo de impeachment de Dilma Rousseff, embora defendesse as eleições gerais, por não confiar no atual governo. Para quem não assistiu, nesta semana o Youtube disponibilizará o vídeo.

Quem já assistiu, dentre os poucos (a audiência continua a ser muito baixa), notou uma das entrevistadoras: Maria Fernanda Cândido, considerada uma das atrizes mais belas do país, conhecida pelos seus papeis na televisão, como a Paola de Terra Nostra. Ela fez perguntas bastante pertinentes ao historiador, sobre o atual momento, como o presidencialismo de coalizão, movido a barganhas e fisiologismo.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

O que NÃO fazer nas férias

1. Ficar o tempo todo no videogame ou no smartphone. É sempre importante variar as atividades, como passear, praticar algum esporte, conhecer novos lugares e pessoas, fazer um hobby e outros meios de aproveitar os dias de descanso. Mesmice não combina com férias.

2. Não se informar sobre os lugares para onde pretende passar os dias fora do estudo ou do trabalho. Assim, previnem-se os inconvenientes, como descobrir que aquela praia ou casa de campo fica em locais pouco acessíveis, ou os locais daquele destino turístico não aceitam cartão de crédito.

3. Ficar a remoer o que deveria ter feito no estudo ou no trabalho, como corrigir aquele relatório entregue com erros, ou estudar mais para uma prova.

4. (Isso é uma variante do anterior) Ficar a pensar no que irá fazer depois das férias, trabalhando ou estudando. 

5. Enervar-se com as filas das atrações (cinema, parque, casa de espetáculo) e o trânsito nas estradas. Muitas vezes, isso é inevitável, por mais que se faça um planejamento prévio. O descontrole emocional pode piorar tudo.

6. Negligenciar eventuais incômodos ou riscos de muitos lugares, como mosquitos, pontos onde há maior incidência de assaltos, zonas sujeitas a desastres naturais ou simplesmente variações bruscas de temperatura.

7. Não fazer um planejamento financeiro. Muita gente acaba ficando sem recursos antes do fim das férias, devido àquela compra não programada ou aquele serviço mais caro do que o imaginado.

8. Acordar nos mesmos horários dos períodos de estudo ou trabalho. Aproveite melhor suas horas de sono.

9. Abusar da bebida, das comidas, do sexo. Usar drogas ou fumar também é um risco enorme à saúde.

10. Aproveitar as conversas com os amigos e ficar falando de um assunto só, como política, futebol ou aquele game que você achou maravilhoso, e correr o risco de ser o "mala sem alça" da turma.

11. E, por falar em malas, colocar as roupas e os acessórios sem um mínimo de organização. No caso de ir a um hotel, até se pode usar o serviço de quarto, mas não é todo lugar onde há um ferro de passar. Também não se pode exagerar na bagagem, como se fosse fazer uma mudança!

12. Negligenciar a segurança pessoal, quando resolver fazer aquela caminhada na mata, mesmo com os amigos - imagine sozinho(a)!

13. Entregar-se à pasmaceira, sem fazer nada além de dormir, também não é uma boa. E isso recai no item 1, acima.