terça-feira, 26 de julho de 2016

Nosso país decepciona em mais um ranking

Este blog tenta não estimular o pouco saudável vira-latismo, "esporte" com mais craques do que no futebol, atualmente, principalmente após a "Copa da Vergonha" e prestes a ser intensamente praticado durante as Olimpíadas, mais do que as modalidades "tradicionais", pelos comuns mortais. Infelizmente, não se pode brigar com a realidade.

Temos aqui mais um ranking onde o Brasil vai mal: na altura média de seu povo. O país teve grandes progressos desde 1914 até 2014, mas ainda está muito atrás: a média entre os brasileiros é de apenas 1,74 m, bem longe dos 1,84 m registrados pelos holandeses, os mais altos do mundo; e as brasileiras, com 1,61 m em média, são "baixinhas" perto das letãs, com 1,70 m. O artigo completo pode ser consultado AQUI (A century of trends in adult human height), mas está em inglês, a língua padrão para publicações científicas.


Os brasileiros ficaram na posição número 68, logo abaixo do Irã!

As brasileiras ficaram ainda mais para trás, na posição número 71.

Por outro lado, e isto o artigo não mostra, os brasileiros em geral engordaram mais do que a média. Pesquisa feita em 2014 mostrou que o país é o quinto mais obeso do mundo, perdendo, em termos de população acima do peso, apenas dos Estados Unidos, China, Índia e Rússia.

Isso reflete a falta de qualidade na alimentação: antes, os brasileiros comiam pouco e mal, agora estão ingerindo mais calorias, mas ainda apresentam dietas pobres em proteínas (responsáveis pelo crescimento), vitaminas, fibras e minerais, embora muito ricas em açúcar e gorduras.

Por outro lado, os povos de origem latina como o brasileiro têm como característica serem mais baixos que os do norte da Europa (como os holandeses e os letões). Mesmo com uma alimentação mais adequada, a genética é um fator importante. Ainda assim, as alturas médias do nosso povo ainda são dignas de fazer aquele amigo mais alto chamar pelo apelido de "baixinho(a)".


N. do A.: Estamos com tudo e seremos campeões do "vira-latismo", graças aos problemas na Vila Olímpica e na Baía de Guanabara, além da desorganização galhardamente mostrada no noticiário. Medalha de ouro, sem dúvida. E se houver algum ato terrorista ou de incrível violência - só hoje, foram quatro, no Japão (19 pessoas com deficiência foram esfaqueadas até a morte), na França (um padre decapitado perto de Paris), na Somália (atentado do al-Shabab, braço da al-Qaeda na África Oriental) e na Alemanha (um médico atingido fatalmente em Berlim) - seremos eternamente lembrados, mas não esperemos ganhar a medalha Pierre de Coubertin por isso. 

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