Na primeira vez, uma piada considerada engraçada faz muita gente rir.
Na segunda, o efeito não é tão intenso, pois sempre um número menor de pessoas acaba rindo.
Na terceira, mais gente vai deixar de achar graça. Alguns vão considerar a piada como algo velho, outros analisam a piada ao invés de se divertir com ela, e não faltam ouvintes que simplesmente perdem o bom humor. Eventualmente, se ri mais de quem conta e menos do algo a ser contado.
Pela terceira vez, repetiu-se a piada de bloquear o WhatsApp, alegando mais uma vez que o aplicativo encobre ações criminosas. A "piadista" da vez é a meritíssima juíza Daniela Barbosa de Souza, atuante em Duque de Caxias, uma cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro que sofre com altas taxas de criminalidade.
Desta vez, uma instância superior da Justiça se cansou de ouvir a mesma história e mandou desbloquear o aplicativo pertencente ao Facebook. Foi o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, cuja decisão ocorreu apenas quatro horas depois das operadoras iniciarem o bloqueio. Não foi preciso esperar mais tempo aguentando ficar sem se comunicar ou compartilhar fotos e vídeos pelo smartphone.
Durante este período, houve bem menos memes e mais análises sérias, indicando que os "piadistas", na verdade juízes com postura sisuda, são péssimos comediantes que toleram mal os avanços tecnológicos e mesmo o Estado Democrático de Direito, apegando-se a expedientes próprios de épocas bem sem graça, como o regime militar, o governo de Vargas, a República Velha ou mesmo tempos mais antigos, quando a democracia era considerada uma ideia subversiva e seus defensores acabavam submetidos ao "baraço e pregão" para serem conduzidos às ruas públicas...
Por outro lado, o objeto da piada, que é o WhatsApp, também deve se precaver porque outros "humoristas" estão dispostos a recontar o mesmo chiste. Seria recomendável repensar como irá lidar com a Justiça, para evitar que seus usuários sejam novamente privados de seus serviços. Na próxima vez, pode ser que ninguém consiga achar graça mesmo.
Por outro lado, o objeto da piada, que é o WhatsApp, também deve se precaver porque outros "humoristas" estão dispostos a recontar o mesmo chiste. Seria recomendável repensar como irá lidar com a Justiça, para evitar que seus usuários sejam novamente privados de seus serviços. Na próxima vez, pode ser que ninguém consiga achar graça mesmo.
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