O São Paulo F.C. ficou numa situação parecida com a da Dilma e do Eduardo Cunha, agora mais próximos de perderem seus mandatos definitivamente.
Na Libertadores da América, o time, sem Paulo Henrique Ganso, lesionado, mas com Maicon, zagueiro em ascensão cuja permanência foi muito comemorada, está a meio caminho de ser desclassificado da Copa Libertadores, e dar adeus ao quarto título.
Tudo parecia sob controle no primeiro tempo. O Atlético Nacional, time colombiano considerado um dos mais fortes da competição, não conseguia criar, e nem tampouco o São Paulo conseguia aproveitar as oportunidades para sair na frente. Ytalo não conseguiu brilhar, como substituto de Ganso.
No segundo tempo, tudo desandou. Maicon, até então seguro, empurrou a cabeça de Borja. O árbitro viu lance antidesportivo e o expulsou. Sem o seu principal beque, os são-paulinos viraram presas fáceis para o time colombiano. Borja fez os dois gols, e Dênis, criticado por torcedores contra e a favor do time como o limitado sucessor de Rogério Ceni, não conseguiu salvar.
Todavia, boa parte da culpa acabou caindo sobre o técnico Edgardo Baúza, cujo esquema tático mostrou suas falhas. Manteve o experiente Lugano no banco e o sistema defensivo (os laterais Bruno e Mena - este último é o mesmo chileno bicampeão da Copa América mas que não fez milagres pois o time não tem Vidal, Bravo ou Vargas - e o zagueiro da Seleção Rodrigo Caio) esburacado e com insuficiente apoio do meio de campo, principalmente com Hudson atuando mal. E o ataque só teve Michel Bastos como destaque.
Resultado: o time brasileiro vai ter de fazer três gols na Colômbia contra um adversário fortíssimo. É uma tarefa extremamente ingrata, até mesmo se Ganso tiver condições de atuar. O São Paulo pode seguir o mesmo caminho de todos os clubes brasileiros desde 2014 na Libertadores: para longe do troféu mais cobiçado das Américas.
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