Ontem, Eduardo Cunha finalmente saiu da presidência da Câmara. Renunciou depois de uma pressão incrível em cima dele, mas manteve a cabeça a maquinar. Ensaiou um discurso emocionado, quase piegas, não com o objetivo de comover os colegas, mas quem está fora do Congresso, ou seja, a mídia e a opinião pública em geral. Posou de vítima, e chegou a chorar, numa performance para ser comparada à do Wagner Moura ou do Rodrigo Santoro.
Cunha na tribuna (Divulgação)
Quem estiver a fim, pode ler o discurso de renúncia AQUI.
Depois, ele tentou fazer o que sabia: influenciar seus aliados para a votação para decidir quem irá ocupar seu antigo lugar. Queriam marcar para terça-feira, dia da votação da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) pela sua cassação ou não. Waldir Maranhão, ex-aliado dele, não concordou e se aliou aos opositores do presidente afastado da Casa. Quer marcar a eleição para a Presidência da Câmara na quinta. Os deputados ainda terão de votar novamente para aprovar ou não a cassação de Cunha, se o CCJ permitir, e isso pode ser depois das Olimpíadas.
Ao mesmo tempo, Cunha queria fazer o seu processo de cassação voltar para o Conselho de Ética para ser novamente avaliado, com base em sua renúncia, mas seu pedido foi negado pelo relator da CCJ.
O presidente afastado da Câmara foi derrotado nesta batalha, mas ainda tem esperança de retomar o seu poder algum dia, caso conseguir salvar o seu mandato.
Este acontecimento quase coincide com o aniversário de outra derrota inesquecível, o famoso 8/7, quando a Seleção foi humilhada pelo time alemão - que, por sinal, foi derrotado ontem, na semifinal da Eurocopa, para os franceses por 2 a 0, com direito a lambança de Schweinsteiger e seu pênalti bizarro que resultou no primeiro gol dos bleus. Griezmann, ironicamente um sobrenome de origem alemã, fez os dois gols da partida. A final do torneio vai ser entre França e Portugal, o time de Cristiano Ronaldo.
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