segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E mais uma vez dinheiro em roupas íntimas!


Desse jeito o Brasil não vai aguentar!

Descobriram um novo esquema de "mensalão" no Distrito Federal, palco do primeiro megaesquema de corrupção descoberto em 2005, protagonizado pela turma do presidente Lula.

Desta vez o investigado é o governador José Roberto Arruda, do DEM, um dos principais partidos de oposição ao governo petista.

O governo do DF pode ser de oposição, mas se vê o mesmo cinismo, a desfaçatez e a falta de pudor. "Foi tudo para gastar em panetone"!

Um dos correligionários do Arruda, o deputado Leonardo Prudente (de prudente só o nome, pelo jeito), teve o desplante de guardar dinheiro até na meia!

Parece aquele assessor do Zé Genoíno que botou dinheiro na cueca!

Em quem vamos confiar neste país, se temos um governo que trata o dinheiro público (NOSSO DINHEIRO!!!!) como se fosse propriedade particular dele, e membros da oposição que faz a mesma coisa?

Repito: até quando o Brasil aguentará tanto abuso?


As marcas.... da eleição hondurenha

Voltemos a comentar sobre temas sérios agora.





As eleições em Honduras transcorreram em relativa paz, e tem tudo para receberem o respaldo internacional, apesar da oposição da Venezuela, de Cuba, da Argentina, da Bolívia, do Equador e do Brasil.

O vencedor foi Porfírio "Pepe" Lobo, um grande fazendeiro, assim como o seu opositor, Manuel Zelaya.

Os EUA já mostraram que vão reconhecer a vitória de "Pepe" Lobo,. E o Brasil não vai poder fazer nada a respeito.

A situação de Honduras é realmente complicada. O presidente deposto Manuel Zelaya foi vítima de um golpe. Ao mesmo tempo, ele queria alterar a Constituição na marra, solapando a democracia, para tentar uma segunda eleição. O governo interino de Honduras reprimiu com violência os seguidores de Zelaya, fechou estações de rádio e televisão, chegando até a permitir apreensões (leia-se roubos) nestas empresas. E ao mesmo tempo seu líder, Roberto Micheletti, mostrou pouco apego ao poder e mandou realizar eleições.

Isto é um típico caso para analistas políticos, que saberão julgar com mais propriedade esta situação do que este blogueiro aqui.



Por falar em marcas...

O site do Neatorama (www.neatorama.com) mostrou a evolução de diversas marcas mundiais.

Quem se lembra desses antigos logos?

De 1930 até 1935, a conhecida marca Canon se chamava Kwanon.


E o antigo logo da Microsoft? A marca do Bill Gates tinha uma marca feia até 1987.


Olhem só... a LG só ficou conhecida como tal em 1995. Antes, era chamada de GoldStar, uma marca conhecida na década de 1990 inclusive no Brasil.
As marcas de automóveis, como as de tecnologia, também evoluíram de acordo com as idéias de suas épocas. A Alfa Romeo mostrava mais claramente uma serpente gigante devorando uma pessoa. Agoraparece que ela cospe fogo.



As quatro argolas da Audi representam as quatro grandes empresas alemãs que se fundiram em 1932: Audi, DKW (muita gente se lembra dessa marca), Horch e Wanderer.


Por outro lado, a BMW foi uma das marcas que mais se manteve com as características originais.


A Volkswagen teve uma história interessante: antiga lacaia do regime nazista, foi forçada a mudar seu logotipo com a ocupação pelos britânicos. Dizem que a marca original foi idéia do próprio Führer. Quem diria que os brasileiros que adoram Fuscas e Gols virariam fregueses de uma empresa com um passado desses! (mas agora a Volks está totalmente reabilitada)



A Mastercard tinha um logo esquisito até 1966, quando passou a ter uma marca bem próxima à atual (fonte: site Curiosando).



No Brasil, temos a Rede Globo, com seu logotipo inicial cheirando a mofo (e não era redonda, parecendo mais uma estrela estilizada!), e agora com sua marca tinindo, onde sua parte central lembra o formato da tela widescreen. Fonte: Amanda Designer (www.amandadesigner.com).




E a Record, então? Quantas mudanças...

E muito mais, que podem ser vistos em sites como o Atila Velo (www.atilavelo.com.br) e o Mundo das Marcas (mundodasmarcas.blogspot.com).

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Marcas que fizeram sucesso no séc. XX

Um sujeito do séc. XXI vai para o cinema com a namorada em seu carro Peugeot. Provavelmente usando tênis da Mizuno. Vão abastecer o carro num posto Ale. Passam na avenida em frente ao Wal-Mart. Entram num shopping center, com várias lojas de departamentos, até que chegam a um cinema Cinemark, não sem antes comprar alguma coisa. A namorada, preocupada com a saúde, quer tomar um suco Del Valle ao invés de uma Coca-Cola. E antes que o filme comece vão assistir a alguns comerciais (uns chatos, outros nem tanto) anunciando os mais diversos produtos, de viagens pela Gol até absorventes íntimos produzidos pela Procter & Gamble, passando pelas vantagens do banco HSBC...

Não, isto não é um merchandising, embora pareça. Estou citando algumas marcas muito conhecidas em nosso tempo. Na segunda metade do séc. XX, no entanto, as marcas eram outras.

Carros famosos da época, entre os já tradicionais VW, Ford e GM, haviam os Dodge Dart, os Simca Chambord e os famigerados Gordini.

Haviam tênis muito famosos na época da minha infância, como os Bamba e Kichute, além do Montreal, o anti-microbial anunciado pelo Lombardi, a voz do programa do Sílvio Santos.

Postos de combustível, além das tradicionais Esso, Shell, Texaco e Petrobrás, havia a Atlantic (quem se lembra? ela se fundiu com a Ipiranga).

A Wal Mart veio aqui muito tarde, quando já não haviam estabelecimentos como a Supermercados Disco e as Casas da Banha.

As lojas de departamentos contavam com vários nomes, como a Arapuã, a G. Aronson ("o inimigo número 1 dos preços altos"), as Casas Centro e as Lojas Brasileiras.

Os cinemas não tinham os recursos da Cinemark e não se concentravam nos shoppings. Muitos ficaram espalhados no centro da cidade, com os mais diversos nomes. Um dos mais conhecidos era o Cine Olido, dos anos 1960.

Os sucos e refrigerantes, muitos deles criticados por fazeram mal à saúde dos dentes (quando têm açúcar ou ácidos) ou por terem adoçantes artificiais (quando são light), tinham representantes conhecidos do passado, como o Ki-Suco, a Grapette, o Crush, o Gini...

Viagens de avião eram feitas pela Transbrasil, pela Cruzeiro, pela Varig (ah! ela ainda existe, mas sem o glamour do passado e tentando se livrar das dívidas), e nem se cogitava ter uma empresa de avião chamada Gol (no máximo, um carro pequeno e quadradão chamado Gol, da Volkswagen, que substituía a velha Brasília...).

A Procter & Gamble é uma das grandes empresas multinacionais da atualidade. No passado, havia uma coletânea de marcas poderosas famosas: Souza Cruz ("que não é do seu Sousa nem do seu Cruz"), Anderson Clayton, Gelato, Yopa, Trol, Arno e a nacionalíssima Indústria Matarazzo.

Bancos lucravam no passado com a inflação e a correção monetária, assim como lucram com as taxas astronômicas. Além dos poderosos Itaú e Bradesco, muitos investiram no Banco Nacional (aquele do comercial de Natal...), no Banco Econômico, no Comind (esses três nomes de má memória, por serem palco de escândalos financeiros) e no Bamerindus, que foi comprado pelo HSBC!

Marcas vêm e vão. E no futuro veremos o sucesso de marcas que no presente são desconhecidas ou ainda não existem.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Governo e oposição às vésperas da eleição

Diante dos acontecimentos recentes envolvendo governo e oposição neste país, é bom eu continuar a fazer algumas observações.

O pacote de bondades fiscal feito pelo governo petista é eleitoreiro, sim.

Às vésperas de 2010, quando haverá as eleições para presidente e governador, o governo Lula continua com as isenções de imposto, que só atenuam, mas não corrigem a gula estatal contra nosso bolso.

Já tratei da redução do IPI para a linha branca, que agora está concentrada nos produtos mais econômicos (e isso é ótimo, leia-se). Também já falei aqui da isenção parcial de impostos para os automóveis (agora, o IPI reduzido para carros flex e de baixa cilindrada se entende até março).

Eles fazem isso para conseguir votos, e mostrar que o PT vai ser bonzinho com os consumidores. Mas em 2011, caso eles conseguirem se manter no poder (com a Dilma presidente - sim, esse risco existe, apesar das pesquisas mostrarem o contrário), todo esse pacote de bondades vai virar coisa do passado. Eles não vão corrigir a principal causa do assanhamento fiscal: o governo gasta demais, e mal, privilegiando correligionários em prejuízo de pessoas com competência técnica, e distorcendo prioridades: muito para a Petrobrás, empreiteiras, agências de propaganda, pouco para a saúde e a educação.

Enquanto isso, as prefeituras e governos estaduais de oposição não conseguem contrabalançar a bondade mais aparente do que real do governo. Aqui em São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab e o governador José Serra não hesitam em fazer obras elitistas como a ampliação da Marginal Tietê, ou impopulares como o aumento brutal do IPTU. Isso sem falar na profusão de pedágios, apesar do protesto generalizado de moradores de cidades, pessoas que querem viajar com seus carros e empresas de transporte de carga, que acabam repassando o custo dos pedágios aos seus produtos. Recentemente, instalaram pedágios na Marechal Rondon, na D. Pedro I, e até em rodovias de pista simples, como a Rodovia do Açúcar, que liga a região de Itu a Piracicaba.

Com uma oposição como essa, não é de se admirar que a visita, nos dias 23 e 24 de novembro, de um ditador obscurantista que nega a existência do Holocausto, financia o terrorismo internacional e quer construir armas nucleares não faça estragos significativos na imagem do governo. Vai ser preciso mais do que isso para evitar a comoção popular assim que Lula sair do poder (Ele vai sair, sim! No dia 1 de janeiro de 2011, porque aqui não é Honduras ou outra república bananeira).

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Entre carnívoros e veganos, o melhor é ter juízo

X


Li algumas polêmicas a respeito do regime alimentar do ser humano, impressionado que fiquei com a absurda comercialização, em Suzano, de carne canina para servir em restaurantes coreanos (carne retirada de cães de rua, bem entendido!).

Muita gente defende o regime vegetariano porque este seria o mais adequado para o ser humano. Existem, porém, pessoas que não fazem isso por motivos de saúde ou de ética, e sim por paranóia. São os veganos, aqueles indivíduos capazes de fazer escândalo só porque alguém usa uma bolsa de couro ou saboreia uma picanha mal passada. Em nome do vegetarianismo radical, eles passam longe não só da carne, mas também dos derivados do leite (pois acham que o leite deve ser alimento dos bezerros), dos ovos (alegam maus-tratos das galinhas poedeiras, obrigadas a botar ovos todos os dias e mortas quando não conseguem mais produzir) e mesmo produtos animais que não são comida, como couro, lã e mesmo a seda (obtida à custa da morte de milhões de indefesas larvas de mariposa, os chamados bichos-da-seda).

Por outro lado, temos os carnívoros. Para eles, alface e capim são tudo a mesma coisa (mato). Falam que deixar de comer carne para comer algo vegetal é fazer o papel de gado. E ficam sujeitos aos males do excesso de carne: colesterol alto, falta de algumas vitaminas (principalmente a vitamina C), hipertensão arterial e maior risco de câncer no aparelho digestório, por falta de fibras na alimentação.

Pois o homem é onívoro. Ou seja, come tanto produtos de origem animal quanto vegetal. E isso faz parte da nossa natureza, sim.

Não temos caninos afiados ou garras para matar presas grandes, mas o nosso estômago, sim, aceita perfeitamente a carne e a digere. O estômago humano é feito para digerir proteína, e ela vem principalmente dos animais. É muitíssimo diferente do estômago de uma vaca, composto de quatro compartimentos para digerir alimentos grosseiros.

Ao mesmo tempo, alface NÃO É capim. O capim tem muito mais celulose que a alface, e por isso nossa salada não tem aquilo que o gado come (nem o mais doente mental dos veganos come capim). Não digerimos a celulose, mas ela sim é importantíssima para o funcionamento do nosso intestino, que não é curto como o dos carnívoros.

Nossos dentes são de todos os tipos: incisivos, caninos, pré-molares e molares. Estes últimos, mais do que os demais, definem o que devemos comer. O formato dos molares humanos é bom para comer frutas, grãos, verduras macias, ovos e algumas carnes. Os anatomistas chamam nosso conjunto de molares de dentição bunodonte, que aceita muitos tipos de alimentos. É bom comparar um molar humano, semelhante ao do macaco mas diferente do cavalo (que só come ervas) e do gato (um carnívoro). Não existe semelhança alguma entre esses dentes.

Nossa língua possui as chamadas papilas gustativas, capazes de captar diversos sabores. As línguas dos herbívoros capta poucos sabores. A mesma coisa pode se dizer de boa parte dos carnívoros, pouco capazes de sentir o sabor doce.

Somos o que comemos, isto é verdade. Mas nós não temos comportamentos pré-definidos (graças a Deus!). Um vegetariano não é sempre uma pessoa pacífica (ou moleirona) nem um carnívoro um indivíduo bravo (ou cruel). Não é possível afirmar que o regime vegetariano evita a formação de indivíduos ferozes (um búfalo selvagem ou um hipopótamo não podem ser classificados como mansos mesmo sendo vegetarianos). Nem pensar que o homem é superior porque está no topo da cadeia alimentar por comer todo tipo de carne (os tigres também, mas eles correm sério risco de desaparecer para sempre).

Por fim, é a capacidade de adaptar-se a diversos alimentos que permitiu a expansão humana. Se o povo inuit do Polo Norte acostumou-se a só comer carne crua, na França apreciam os caramujos, na Itália os fungos e a escarola, no México a pimenta, e assim por diante. A maioria das pessoas fica com água na boca ao ver um frango assado, um churrasco ou um bom peixe (animais), mas também gosta de pipoca, amendoim e arroz com feijão (tudo vegetal).

Quando o assunto é comida, o melhor mesmo é o bom senso, e comer com prazer. Para nós, brasileiros, devemos ficar longe do capim e da carne de cachorro.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Por que os tucanos vão se dar mal em 2010

Eu não sou petista. Aliás, não existe nada pior do que um petista no governo, quando o assunto é fazer demagogia e aparelhar o Estado, para devorar, quase literalmente, o dinheiro do contribuinte. Mas do jeito que está, o PT vai ter motivos para comemorar em 2010.

Primeiro, porque o PSDB e o DEM fazem uma oposição incompetente e interesseira, sem uma proposta mais firma contra os desmandos do governo. Além disso, não existem, realmente, nomes com apelo popular nos quadros dos tucanos e dos ex-gorilas . Os mais fortes tem apoio apenas de uma parte, a mais informada e/ou mais rica da população, como o governador paulista José Serra e o Aécio Neves. Pode-se argumentar que a Dilma, a candidata do PT, também não tenha o menor carisma, mas ela conta com a máquina do governo, que está sendo descaradamente usada neste país.

Somam-se os erros terríveis na condução do governo estadual paulista e do governo municipal paulistano, só para citar os exemplos mais acessíveis (pois eu sou paulistano, se alguém ainda não notou). Deixar acontecer um acidente daquela gravidade nas obras do Rodoanel, a menina dos olhos do governo Serra, é intolerável. Onde já se viu implantar apenas quatro vigas de sustentação naquele viaduto, quando o projeto previa cinco? E ainda por cima fixados tão precariamente, como provou o laudo do CREA? Houve, sim, dolo! E sem falar nas denúncias de superfaturamento nesta obra tão importante para nós. E se alguém morresse nesse acidente, como ocorreu naquele acidente nas obras do metrô, em Pinheiros? O estrago para a imagem do governo tucano seria muito pior.

Está certo: quem fez a obra não foi diretamente o governo estadual e sim a empreiteira contratada para fazer o serviço. Mas e a fiscalização? Isso cabe ao maior interessado nessa obra, tirando o povo, ou seja, ao governo Serra!

Quanto ao governo paulistano, além de fazer os transtornos nessas obras pouco eficazes da Marginal Tietê, ainda quer aumentar o IPTU em até 60%! E podem apostar que vai haver aumento na passagem de ônibus, e ele não vai ser pequeno.

Incompetência e negligência, portanto, não é monopólio do governo Lula, mas de todos aqueles que detém o poder no Brasil, sejam eles petistas, tucanos, o diabo! Como esperam provar que os políticos não são todos iguais (e não são mesmo!) se aqueles que pregam a moralidade no Brasil não conseguem, ou não querem, transformar palavras em atos?

Seria pior, muito pior, se não houvesse oposição e vivêssemos numa ditadura, para todos os escândalos serem encobertos pela repressão política e pelo arbítrio, como ocorreu com quase todas as monarquias, mais Hitler, Stálin, Pinochet, Fidel e agora Hugo Chávez. Mas se a oposição não tomar cuidado e fazer jus ao que prega contra o famigerado governo Lula, ela vai perder espaço onde até agora tem, ou seja, em lugares como São Paulo. E há até uma data para isso: 3 de outubro de 2010.


sábado, 14 de novembro de 2009

Sopa de letras antropológica

É comum nos meios acadêmicos fazer análises a respeito das pessoas que nasceram depois do fim da II Guerra Mundial. Muitos analisaram a geração "baby boomer", das pessoas nascidas entre 1945 e 1965. Outros se dedicam aos que vieram depois deles.

Douglas Coupland, antropólogo canadense, usou letras para definir as gerações mais recentes, que ditam ou ditarão os rumos do século XXI. Ele formulou sua teoria em 1991.

- Geração X, dos nascidos entre 1966 e 1976.

- Geração Y, dos nascidos entre 1977 e 1994.

- Geração Z, a criançada que nasceu a partir de 1995.

As datas são objeto de contravérsia, mas os antropólogos que tratam dessa questão concordam em algumas coisas:

- a geração X é formada por pessoas individualistas, algo inseguras por terem presenciado crises familiares (nasceram quando o divórcio deixou de ser um tabu) e a dissolução de velhos ideais; muitos caem nas drogas ou se tornam "slackers", ou seja, apáticos e niilistas; são tidos como cínicas e descrentes de tudo; costumam apanhar um pouco quando interagem com a Internet , porém menos que as gerações anteriores; no século XXI são trintões ou quarentões, e muitos deles fazem loas às décadas onde passaram sua infância e adolescência, ou seja, cultuadores das décadas de 1970, 1980 e 1990; gostam de artigos eletrônicos, porém estão acostumados com aparelhos mais antigos, como os antigos Ataris, ou as televisões CRT;

Muitos da geração X eram fãs de bandas de rock como o Nirvana

- a geração Y são os filhos dos "baby boomers", comumente chamados de geração Net ou "geração Internet"; são dinâmicos e impacientes, muitas vezes tidos como apressados e imaturos (quem esperaria maturidade de alguém que faria 20 ou 21 anos em 2009?); gostam de desafios e preocupam-se com as questões sociais, mas ao mesmo tempo querem ganhar alguma coisa em troca, pois foram tratados assim na infância; é a geração que 'manda' na Internet; adoram videogames (e fazer troça das 'geringonças' usadas pela geração anterior);



Estereótipo de alguém da "Geração Y", ou "Geração Internet"

- a geração Z, dos filhos da "geração X", são crianças e adolescentes com a mentalidade formada (ou deformada, segundo os mais peçonhentos) pelas idéias das gerações anteriores; muitos especialistas vêem com preocupação essa nova geração, pois temem repetir justamente o que há de pior na geração X (niilismo, desilusão diante da vida) e na geração Y (excesso de ambição , impaciência); estão crescendo num mundo tecnológico, cheio de confortos e, em geral, longe do contato com a natureza; muitos já parecem nascer já sabendo mexer num computador!


Computadores viraram até novos brinquedos para as gerações atuais


É necessário, porém, fazer algumas ressalvas:

1. Esses conceitos valem para os países desenvolvidos, principalmente EUA e Canadá, e para as classes sociais mais favorecidas dos países emergentes que sofreram certa assimiliação dos valores americanos (é o caso do Brasil); pessoas de países pobres ou de culturas não-ocidentais não se encaixam bem nos perfis apresentados.

2. É importante levar em consideração a personalidade de cada um, porque existem várias exceções, que não seguem os estereótipos desses grupos.

Teorias como essa tentam explicar as tendências do comportamento humano no séc. XXI. E outras virão, enquanto a humanidade existir.


P.S.: eu sou de 1974, portanto - segundo os estudiosos do assunto - estou na geração X.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

De volta à idade das trevas

Em 1999, houve um mega-apagão pela primeira vez no Brasil. Eu me lembro bem deste acontecimento. Muitos transtornos, mais da metade do Brasil teve sua rotina arruinada, milhões de prejuízos.

Durou cinco horas, entre as 22h de quinta-feira, 11 de março de 1999, e 3h da madrugada do dia seguinte.

Inventaram que o causador dessa catástrofe foi um raio que caiu em Bauru. Muitos acreditaram e comeram mosca. Outros fingiram que acreditaram. Mentira! Raios não causam apagões em sistemas com manutenção adequada.

Depois dessa data, o governo FHC ainda impõs um racionamento de água para evitar novos apagões, motivado pela seca que assolou o país. Muita gente foi obrigada a economizar da pior maneira. Empresas foram forçadas a aproveitar melhor a energia elétrica sem quebra de produção. E a popularidade do governo tucano foi para as calendas gregas.

Em 2009, dez anos depois, eis que surge, novamente, um apagão. De novo a maior parte dos brasileiros voltou para a Idade Média.

Durou também cinco horas, e também às 22h (no dia 10 de novembro de 2009).

Inventaram o causador dessa catástrofe. Adivinhem! Foi um raio. E desta vez caiu entre Paraná e São Paulo.

Coincidência? Ou o velho costume de não investir em infra-estrutura neste país?

Será que vamos enfrentar um novo apagão em 2019? E ouvir pela terceira vez a desculpa esfarrapada do raio?

BASTA DE NEGLIGÊNCIA!

sábado, 7 de novembro de 2009

Começaram. Quando terminam?

As obras iniciadas na Marginal Tietê e suas pontes são uma aberração sem perdão e sem desculpa.

Antes, era difícil suportar os congestionamentos nesta via. Agora está praticamente impossivel e vai ficar assim até fevereiro.

O governo municipal fez tudo de maneira açodada, praticamente impondo essas obras, sem ao menos fazer uma consulta à população.

Já tratei desse assunto e vou repetir: estas obras não vão adiantar nos congestionamentos. Se querem mais obras viárias para melhorar a fluidez no trânsito, deveriam:

1. Substituir os semáforos pelos "inteligentes", gradativamente. Por meio de sensores de movimento, eles dão prioridade, numa esquina, à via mais cheia de veículos, para desafogá-la. É exatamente o contrário que acontece por aqui, com uma epidemia de semáforos "idiotas", pretensamente controlados por quem quer atravessar a rua (isso é mentira: o pedestre aciona o botão e ainda tem de esperar um tempão para poder atravessar a rua). Tem mais: as avenidas mais movimentadas deveriam ter mais passarelas e outros meios para os pedestres poderem atravessar com segurança.

2. Ampliar as vias já existentes. Na Zona Norte já tem projetos para ampliar as avenidas Brás Leme e Cruzeiro do Sul. Eles ainda nem começaram as obras, alegando que isso iria custar milhões em desapropriações. Contudo, já existe forte desvalorização nas residências da rua Darzan, a continuação da Av. Brás Leme. Na Zona Sul, existe o projeto de ampliação da Av. Carlos Caldeira Filho, até o Jardim Ângela, mas onde estão as obras neste sentido? Já se falou também na ampliação da Av. Giovanni Gronchi, mas por enquanto é especulação. Na Zona Leste, existe uma avenida, a continuação da Av. Gov. Carvalho Pinto, que acabou não tendo fim (era para estendê-la até a Radial Leste). Existe outra, a Av. Aguiar da Beira, que facilitaria os moradores do Jardim Vila Formosa, de Sapopemba e da Vila Ema e ligaria esses bairros à Av. Aricanduva, e continua a ser uma obra inacabada. E a Zona Oeste simplesmente não tem nenhum projeto, enquanto os bairros principais, Pinheiros e Lapa, vivem entupidos de carros.

3. Os órgãos públicos bem que podiam fazer coro à mídia para fazer a população cuidar melhor dos seus carros, e aplicar a lei contra os motoristas que deixam o carro quebrar em via pública ou parar por "pane seca".

4. A prefeitura não pode ter medo de colocar guardas nas ruas. Eles precisam mesmo orientar e disciplinar o trânsito, não importa o quanto certas pessoas os achem antipáticos e serviçais da "indústria de multas". Precisam multar, sim! E multar quem realmente merece! Os "pardais" devem sim existir, e poderiam não só pegar os veículos com excesso de velocidade mas os "lerdos" que não atingem metade da velocidade máxima (sim, existem motoristas mais vagarosos do que o Rubinho dirigindo carro com câmbio quebrado, acreditem!).

5. A sinalização é uma esfinge em muitos lugares, como nos bairros nobres, ou simplesmente não existe, nos bairros mais periféricos. Em certos lugares, se alguém entrar acidentalmente nesses bairros, só consegue sair no dia seguinte.

E estou a falar somente de obras para beneficiar os carros (não adianta pensar que eles um dia serão banidos de São Paulo, porque isso nunca acontecerá, ao contrário do que pensam alguns utopistas mais radicais).

Não chegam a trazer tantos benefícios quanto uma rede de metrô decente, mas as obras aqui citadas são mais úteis do que uma ampliação tosca e mal-planejada da principal avenida paulistana.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Os grandes nomes do século XX que se foram


Este post está um tanto atrasado, mas ainda está em tempo de comentar sobre mais uma mente brilhante do século XX que se foi.

Claude Lévi-Strauss (1908-2009) viveu pouco menos de 101 anos e foi um dos maiores antropólogos do século passado. Ele quebrou os paradigmas da antropologia, até então dominada pelo pensamento etnocêntrico. Viveu no Brasil na década de 1930 e, com base nesta vivência, escreveu "Tristes Trópicos".

Mais uma mente do séc. XX, que muito teve a nos ensinar, seres do séc. XXI ainda repletos de ignorância e preconceito, cercados pelo conhecimento mas refugiados no obscurantismo.

Em 2001, foram-se Mário Covas, Claude Shannon, Cristian Baarnard, Roberto Campos, George Harrison, Cássia Eller (alguns trabalhos dela foram no ano de sua morte, mas ela fez carreira, mesmo, na década de 1990).

Em 2002, Mário Lago, Chico Xavier, D. Lucas Moreira Neves, a rainha-mãe Elizabeth, Evandro Lins e Silva.

Em 2003, Dolly (sim, a ovelha clonada que foi apresentada ao mundo em 1997), Nina Simone, Gregory Peck, Katharine Hepburn, Roberto Marinho, Sérgio Vieira de Melo, Charles Bronson, Elia Kazan.

Em 2004, Norberto Bobbio, Ronald Reagan, Leonel Brizola, Henri Cartier-Bresson, Fernando Sabino, Yasser Arafat, Celso Furtado.

Em 2005, Will Eisner, Dorothy Stang, César Lattes, o papa João Paulo II, Jack Kilby, Miguel Arraes, Robert Wise, Simon Wiesenthal, Ronald Golias, Rosa Parks.

Em 2006, Miguel Reale, John Kennedy Gallbraith, Bussunda (também fez rir no começo do séc. XXI), D. Luciano, Milton Friedman, Telê Santana.

Em 2007, Maria Lenk, Nair Bello, Boris Yeltsin, Mstislav Rostropovitch, Otávio Frias, Enéas, Ingmar Bergman, Michelangelo Antonioni, Luciano Pavarotti, Paulo Autran, Norman Mailer, Maurice Bejart, Karlheinz Stockhausen, Norton Nascimento, Oscar Peterson, D. Aloísio Lorscheider e Benazir Bhutto.

Em 2008, Beto Carrero, Irena Sendler, Zélia Gattai, Jefferson Peres, Sydney Pollack, Yves Saint-Laurent, Jamelão, Dercy Gonçalves (a eterna), Aleksandr Soljenitsin, Dorival Caymmi, Olavo Setúbal, Paul Newman, Harold Pinter (não citei Heath Ledger, porque ele é um ator do séc. XXI).

Em 2009, Raul Alfonsín, Crodowaldo Pavan, Márcio Moreira Alves, Augusto Boal, Farah Fawcett, Michael Jackson, Corazón Aquino, Edward "Ted" Kennedy, Patrick Swayze e agora Claude Lévi-Strauss.

Todos eles se vão, porque foi o momento de ir. Agora precisamos seguir nossas vidas, mas sem esquecer os ensinamentos dos antigos.

domingo, 1 de novembro de 2009

F-1, só em 2010

Mais uma vez os brasileiros ficaram sem ver um campeão verde-amarelo na F-1, a maior categoria do automobilismo do mundo e dominado quase completamente por europeus, com algumas exceções (o australiano Mark Webber, os japoneses Kobayashi Kamui e Nakajima Kazuki e o veteraníssimo Rubinho Barrichello).

Jason Button, o inglês da equipe Brawn, venceu e convenceu, após arrasar nas primeiras corridas, cochilar um pouco nas seguintes e reagir no final. Rubinho Barrichello chegou a ter chances de título até o GP do Brasil, mas confirmou outra vez sua fama de pé-frio. Pelo menos perdeu a fama de ser eterno vice, porque vice mesmo foi o jovem alemão Sebastian Vettel, da equipe Red Bull, que faturou 84 pontos no ano, 7 a mais do que o brasileiro. Button deixou os outros para trás, com 95 pontos.


Yeaaaahhh, it's mine!!! I aaaammm a chaaaampiooon...

Agora, a F-1 vai dar um tempo. 2009 foi um ano onde descobriram muitos podres na categoria. Após a hedionda orgia nazista que o presidente da FIA, Max Mosley, teria promovido em sua casa, vieram as declarações (no mesmo nível) do Bernie Ecclestone, presidente da Foca e todo poderoso da F-1 (até o Mosley, que é um grande amigo dele, teme o baixinho de cabelo branco e desgrenhado). Ecclestone teria confessado sua admiração por Hitler.

Pior do que isso, só mesmo a revelação da trapaça comandada por Flavio Briatore, o capo da Renault, que teria mandado o brasileiro Nelsinho Piquet bater de propósito para melar a corrida em Cingapura (2008), para favorecer o companheiro de equipe, Fernando Alonso. Pois bem, o filho do Nelsão, como bom lacaio, obedeceu. E eles foram a julgamento, após um ano do ocorrido. Nelsinho teria deixado vazar a história após sua demissão, depois dos resultados obtidos com seu carro. Ele foi inocentado, mas Briatore, o poderoso chefão da equipe francesa, foi banido. Todos os envolvidos, porém, vão ficar mais marginalizados do que um doente de hanseníase (termo médico - e politicamente correto - para leproso).

2009 terminou para a F-1, mas nossos brasileiros ainda vão render muito assunto.

Felipe Massa teve um ano para esquecer e foi 'salvo' das más línguas graças a uma mola, que acertou seu capacete e poderia tê-lo matado ou, pior, deixado com sequelas cerebrais graves. Pelo menos ele não vai ser tão comentado quanto Barrichello ou Nelsinho.

Nelsinho Piquet vai ser mais um candidato a ser representado por um boneco no sábado de Aleluia, pelo motivo acima. E o nosso veterano Rubinho... bem, este vai aguentar as gozações e os apelidos de "Rubinho Pé-de-Chinelo", "Ruimbinho", "Ruinzinho", "Borrichello", "Esbarroiquebro", etc., etc.


16 anos sem ganhar campeonato! Ninguém merece!! BUÁÁÁÁ!!!


E eu vou parar por aqui.