Um sujeito do séc. XXI vai para o cinema com a namorada em seu carro Peugeot. Provavelmente usando tênis da Mizuno. Vão abastecer o carro num posto Ale. Passam na avenida em frente ao Wal-Mart. Entram num shopping center, com várias lojas de departamentos, até que chegam a um cinema Cinemark, não sem antes comprar alguma coisa. A namorada, preocupada com a saúde, quer tomar um suco Del Valle ao invés de uma Coca-Cola. E antes que o filme comece vão assistir a alguns comerciais (uns chatos, outros nem tanto) anunciando os mais diversos produtos, de viagens pela Gol até absorventes íntimos produzidos pela Procter & Gamble, passando pelas vantagens do banco HSBC...
Não, isto não é um merchandising, embora pareça. Estou citando algumas marcas muito conhecidas em nosso tempo. Na segunda metade do séc. XX, no entanto, as marcas eram outras.
Carros famosos da época, entre os já tradicionais VW, Ford e GM, haviam os Dodge Dart, os Simca Chambord e os famigerados Gordini.
Haviam tênis muito famosos na época da minha infância, como os Bamba e Kichute, além do Montreal, o anti-microbial anunciado pelo Lombardi, a voz do programa do Sílvio Santos.
Postos de combustível, além das tradicionais Esso, Shell, Texaco e Petrobrás, havia a Atlantic (quem se lembra? ela se fundiu com a Ipiranga).
A Wal Mart veio aqui muito tarde, quando já não haviam estabelecimentos como a Supermercados Disco e as Casas da Banha.
As lojas de departamentos contavam com vários nomes, como a Arapuã, a G. Aronson ("o inimigo número 1 dos preços altos"), as Casas Centro e as Lojas Brasileiras.
Os cinemas não tinham os recursos da Cinemark e não se concentravam nos shoppings. Muitos ficaram espalhados no centro da cidade, com os mais diversos nomes. Um dos mais conhecidos era o Cine Olido, dos anos 1960.
Os sucos e refrigerantes, muitos deles criticados por fazeram mal à saúde dos dentes (quando têm açúcar ou ácidos) ou por terem adoçantes artificiais (quando são light), tinham representantes conhecidos do passado, como o Ki-Suco, a Grapette, o Crush, o Gini...
Viagens de avião eram feitas pela Transbrasil, pela Cruzeiro, pela Varig (ah! ela ainda existe, mas sem o glamour do passado e tentando se livrar das dívidas), e nem se cogitava ter uma empresa de avião chamada Gol (no máximo, um carro pequeno e quadradão chamado Gol, da Volkswagen, que substituía a velha Brasília...).
A Procter & Gamble é uma das grandes empresas multinacionais da atualidade. No passado, havia uma coletânea de marcas poderosas famosas: Souza Cruz ("que não é do seu Sousa nem do seu Cruz"), Anderson Clayton, Gelato, Yopa, Trol, Arno e a nacionalíssima Indústria Matarazzo.
Bancos lucravam no passado com a inflação e a correção monetária, assim como lucram com as taxas astronômicas. Além dos poderosos Itaú e Bradesco, muitos investiram no Banco Nacional (aquele do comercial de Natal...), no Banco Econômico, no Comind (esses três nomes de má memória, por serem palco de escândalos financeiros) e no Bamerindus, que foi comprado pelo HSBC!
Marcas vêm e vão. E no futuro veremos o sucesso de marcas que no presente são desconhecidas ou ainda não existem.
Não, isto não é um merchandising, embora pareça. Estou citando algumas marcas muito conhecidas em nosso tempo. Na segunda metade do séc. XX, no entanto, as marcas eram outras.
Carros famosos da época, entre os já tradicionais VW, Ford e GM, haviam os Dodge Dart, os Simca Chambord e os famigerados Gordini.
Haviam tênis muito famosos na época da minha infância, como os Bamba e Kichute, além do Montreal, o anti-microbial anunciado pelo Lombardi, a voz do programa do Sílvio Santos.
Postos de combustível, além das tradicionais Esso, Shell, Texaco e Petrobrás, havia a Atlantic (quem se lembra? ela se fundiu com a Ipiranga).
A Wal Mart veio aqui muito tarde, quando já não haviam estabelecimentos como a Supermercados Disco e as Casas da Banha.
As lojas de departamentos contavam com vários nomes, como a Arapuã, a G. Aronson ("o inimigo número 1 dos preços altos"), as Casas Centro e as Lojas Brasileiras.
Os cinemas não tinham os recursos da Cinemark e não se concentravam nos shoppings. Muitos ficaram espalhados no centro da cidade, com os mais diversos nomes. Um dos mais conhecidos era o Cine Olido, dos anos 1960.
Os sucos e refrigerantes, muitos deles criticados por fazeram mal à saúde dos dentes (quando têm açúcar ou ácidos) ou por terem adoçantes artificiais (quando são light), tinham representantes conhecidos do passado, como o Ki-Suco, a Grapette, o Crush, o Gini...
Viagens de avião eram feitas pela Transbrasil, pela Cruzeiro, pela Varig (ah! ela ainda existe, mas sem o glamour do passado e tentando se livrar das dívidas), e nem se cogitava ter uma empresa de avião chamada Gol (no máximo, um carro pequeno e quadradão chamado Gol, da Volkswagen, que substituía a velha Brasília...).
A Procter & Gamble é uma das grandes empresas multinacionais da atualidade. No passado, havia uma coletânea de marcas poderosas famosas: Souza Cruz ("que não é do seu Sousa nem do seu Cruz"), Anderson Clayton, Gelato, Yopa, Trol, Arno e a nacionalíssima Indústria Matarazzo.
Bancos lucravam no passado com a inflação e a correção monetária, assim como lucram com as taxas astronômicas. Além dos poderosos Itaú e Bradesco, muitos investiram no Banco Nacional (aquele do comercial de Natal...), no Banco Econômico, no Comind (esses três nomes de má memória, por serem palco de escândalos financeiros) e no Bamerindus, que foi comprado pelo HSBC!
Marcas vêm e vão. E no futuro veremos o sucesso de marcas que no presente são desconhecidas ou ainda não existem.
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