As condições dos professores, como todos sabem, são realmente abaixo da crítica. Por isso, eles aproveitaram para protestar contra as condições de trabalho e a desvalorização da categoria, lembrando as manifestações de junho. O problema são os "black blocs", mais uma vez, motivando a reação da polícia que acabou atingindo quem não estava fazendo baderna.
Parte da culpa recai também sobre as lideranças dos protestos, muito coniventes com os "black blocs", que não querem a melhoria das condições de trabalho dos professores e sim impor o anarquismo no Brasil. Como já expus, esta corrente de pensamento é impraticável porque em um grupo sempre precisa haver um ou mais que devem ditar as regras, ainda mais um país. Em nenhum momento da História houve nações sem governantes.
Como resultado isso, os vândalos atuaram e os que tinham a intenção de fazer protestos pacíficos acabaram sendo atingidos também pela repressão policial. Por outro lado, os guardas, que estavam fazendo cumprir a lei contra as depredações dos mascarados, mais uma vez foram apontados como vilões da história. O fato de haver excessos, contra manifestantes pacíficos ou jornalistas que cobriam os protestos, é algo para investigar e punir, mas não é o caso de se enxergar na corporação em geral um bando de trogloditas saudosistas da ditadura.
O problema, portanto, é a existência dessas minorias violentas dispostas a tudo para o Brasil piorar, ao invés de melhorar. As lideranças dos protestos precisam ao menos compreender que os valentões metidos em máscaras não os estão ajudando, muito pelo contrário. Eles não queriam valorizar os professores, apenas impor sua visão de mundo tacanha. Talvez eles tenham sido até alunos-problema nas escolas. E continuam mostrando que são um problema, para a convivência democrática.
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