terça-feira, 8 de outubro de 2013

Para quem trabalham os 'black blocs'?

Os arruaceiros que desvirtuam a liberdade de protestar estão à solta. São os chamados 'black blocs', mascarados infiltrados nas manifestações tanto no Rio quanto em São Paulo. 

No Rio, os professores estão furiosos com o novo Plano de Cargos e Salários, que beneficia mais os professores com horário integral, o que é justo, e obriga os docentes de ensino fundamental a ministrarem disciplinas fora de suas especialidades, o que é uma idiotice. As lideranças dos grevistas estão vinculadas com as forças radicais, que simplesmente querem a renúncia do prefeito Eduardo Paes e do governador Sérgio Cabral. Embora a maioria dos grevistas não apoie a violência, suas lideranças estão aceitando apoios muito perigosos, inclusive dos tais 'black blocs', responsáveis pelos atos violentos. Como resposta a isso, Cabral mandou a polícia reprimir. Por enquanto, a imprensa dá mais destaque ao trabalho da polícia em dar 'porrada' do que aos baderneiros destruidores do patrimônio alheio. Alguns foram tratados até como vítimas de abuso policial. 

Em São Paulo, houve manifestações a favor dos grevistas no Rio. As razões também são por motivos ideológicos e não para melhorar a educação de fato, mas os protestos eram pacíficos, até que alguns 'black blocs' resolveram agir e destruir agências bancárias e lojas, causando muitos prejuízos. 

Já faz algum tempo que esses radicais defensores do anarquismo - sistema de governo impossível de implantar mesmo numa equipe de trabalho, pois sempre há quem precise exercer a liderança, quanto mais num país do tamanho do Brasil - estão agindo e espantando quem quer ir às ruas para expressar sua insatisfação. São um dos fatores para o arrefecimento dos protestos de junho, os quais acabariam por ter outro rumo se esses vândalos fossem neutralizados e não recebessem a complacência de muitas lideranças dos movimentos. 

Como resultado do trabalho feito pelos vândalos mascarados, não se mudou nada, ou melhor, o Brasil piorou mais um pouco. E isso é péssimo, pois a simples estagnação em questões como a corrupção e o aparelhamento do Estado significa matar aos poucos o sonho de muitos que querem um país realmente mais justo e desenvolvido. A piora, mesmo pequena, aumentará as preocupações sobre uma possível deterioração do Brasil. 

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