O Brasil foi avaliado em um Índice de Percepção de Corrupção (IPC) divulgado pela Transparência Internacional e mostrou ter um árduo e longo caminho pela frente.
Piorou em relação à avaliação anterior, no ano passado. Mesmo com as passeatas contra a corrupção e outros desmandos, em junho, o país ganhou nota 42 em 2013, contra 43, num total de 100 (país idealmente sem corrupção). A nota 0 indica país irremediavelmente corrupto.
Na lista, até que o Brasil ainda não é um caso perdido, aparentemente: ficou em septuagésimo segundo lugar, num total de 177 países. Está ainda na parte de cima. Mas é um retrocesso, pois o país ocupada três posições acima (sexagésimo nono lugar). O fato de um país com resultados tão preocupantes em matéria de roubalheira estar na metade de cima da tabela indica o estado de deterioração da maioria dos países no mundo. Isso não vai mudar tão cedo, nem mesmo com protestos localizados como os feitos pelos tailandeses contra o seu governo, acusado de conivência com práticas lesivas ao dinheiro público.
Outros aspectos desta terça-feira mostram o quando o Brasil ainda está sujeito às tormentas: o Ministério da Fazenda divulgou números indicando que o PIB brasileiro CAIU 0,5% no terceiro trimestre. Um país merece preocupação com a simples estagnação em um trimestre, ou seja, não crescer nem encolher. Por conta disso, a Bovespa caiu 1,75%, após queda maior ainda, ontem, devido à desconfiança dos investidores com a Petrobras (cujas ações caíram mais de 9% ontem e hoje voltaram a subir), resultado de uma administração excessivamente voltada para os interesses políticos e sem transparência quanto à sua gestão, que impede critérios mais claros para os reajustes. Por culpa do nervosismo, o dólar voltou a ficar bem próximo do patamar de R$ 2,40, valorizando em 0,81%.
2013 será um ano para o Brasil tentar inutilmente esquecer. Não há, porém, garantias concretas para 2014 ser muito melhor. A Copa do Mundo não é uma delas. Precisa haver algo mais decisivo para o Brasil deixar de ser motivo de vergonha para muitos de seus habitantes.
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