Um deputado distrital abriu mão dos privilégios oferecidos aos parlamentares, embora não do polpudo salário de R$ 26 500 (não seria tão generoso assim...) e acabou fazendo uma porção de adversários entre os seus colegas.
José Antônio Raguffe (PDT) foi o deputado mais votado do Distrito Federal, e, com 38 anos, virou motivo de admiração entre os defensores da moralidade, e de preocupação entre os congressistas, por abrir um precedente aparentemente moralizador. Raguffe abriu mão da verba indenizatória, auxílio transporte, auxílio moradia e os salários extras - décimo quarto e décimo quinto salário - além de reduzir o número de assessores para 9, quando podia contratar até 25 pessoas.
José Raguffe (foto publicada no Facebook)
Muito elogiável, aparentemente. Mas existiu no passado um outro político que ficou conhecido na mídia por extinguir privilégios como governador de Alagoas, e por isso conseguiu ser eleito presidente da República, resultando num dos maiores desastres ocorridos na história do Brasil contemporâneo. Sim, estou falando DELLE.
Se for apenas uma jogada de marketing do deputado, isso poderá angariar mais votos para ele, à custa de acumular mais inimigos políticos. Caso for um ato sincero de austeridade, deveria ser imitado, e assim o Congresso poderia melhorar a sua imagem diante dos brasileiros.
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