Um dos fundadores do PSDB, Walter Feldmann, saiu do partido, evidenciando a crise pela qual passa a oposição. Se ela, nos oito anos de Lula, ainda conseguiu dar voz a quem não aceitava a corrupção e o mau uso do dinheiro público por parte do governo, sob Dilma, teoricamente muito mais vulnerável às críticas, a oposição, ao invés de fazer a necessária cobrança, resolveu encolher ainda mais.
Os dissidentes estão aderindo ao PSD, o partido do Kassab, um partido do tipo "Hay gobierno? Soy a favor!". O Brasil corre, assim, risco de ter um monte de partidos adesistas, interessados nas benesses do governo. Isso definitvamente é mau para a democracia, ainda cambaleante e capenga no nosso país. Não existem democracias sólidas sem uma oposição atuante. Com isto, a quem a sociedade pode recorrer quando o governo abusa de suas prerrogativas? Como uma aprovação automática de qualquer ato do governo, bom ou ruim, pode ser evitada, como por exemplo a volta da CPMF e outras aberrações?
A oposição está tomando o caminho errado, e com isso o Brasil pode tomar caminhos imprevisíveis, talvez até recair no autoritarismo, sob o qual o país foi mergulhado na maior parte de sua história.
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