Estes foram os nomes dados a três filhotes de lobo geneticamente modificados com o genoma de uma espécie extinta há 10 mil anos, o Aenocyon dirus, ou o "lobo terrível".
Romulus e Remus nasceram há seis meses e são dois exemplares brancos, aparentemente saudáveis e se comportando como lobos normais, vivendo numa reserva florestal em local não divulgado da América do Norte, provavelmente no Canadá. Devido à idade, ainda não desenvolveram as supostas características de um lobo terrível, como a musculatura mais desenvolvida e o comportamento de um animal capaz de disputar os bisões e os filhotes de mamute, suas prováveis presas, com os tigres dentes-de-sabre de sua época. Mas já são notavelmente maiores do que um pastor alemão de mesma idade.
Os dois foram batizados com os nomes dos lendários fundadores de Roma, irmãos amamentados por uma loba segundo a mitologia.
A empresa Colossal Biosciences fez grande alarde neste mês sobre os três "lobos terríveis" (Colossal Biosciences) |
Khaleesi é uma fêmea com apenas dois meses, batizada com o nome da heroína criadora de dragões da série Game of Thrones, cuja história se passa numa terra onde vivem "lobos terríveis" e outras feras.
Ao contrário do alardeado pela empresa responsável pela criação desses filhotes, a Colossal Biosciences não "recriou" o Aenocyon dirus, apenas decodificou o genoma e implantou o material genético extraído de dentes e ossos do predador em células endoteliais (presentes nas paredes internas dos vasos sanguíneos) de lobos comuns para usá-las como base de estudo. Depois, o núcleo da célula modificada, onde se concentra todo o DNA modificado, foi transferido para um óvulo, e uma cachorra serviu como "barriga de aluguel" para fazer a gestação dos filhotes em 65 dias. Romulus e Remus cresceram sob os cuidados da mãe de aluguel como se fossem cãezinhos, mas eles não conseguem latir como se assim fossem.
Essa técnica ainda não ganhou o respaldo dos zoólogos e paleontólogos. Mesmo assim, com ela a Colossal Biosciences está querendo "recriar" o lobo marsupial da Tasmânia, extinto em 1937, assim como o passaro dodô das Ilhas Maurício, exterminado no século XVII, e o mamute.
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