sexta-feira, 18 de julho de 2025

E agora?

O governo brasileiro e o Supremo resolveram endurecer na perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeito de liderar um alegado golpe. Sem muito resistir, além de tentar se defender das acusações, consideradas para ele absurdas, visando unicamente tirá-lo das eleições para o ano que vem, o ex-presidente foi obrigado a usar a tornozeleira eletrônica. 

Bolsonaro negou a sua intenção de fugir do país ou se abrigar em alguma embaixada. O pretexto para tais medidas de restrição à liberdade foi uma operação da Polícia Federal, culminando com a apreensão de US$ 14 mil em dinheiro vivo. Ele também foi proibido de entrar em contato com o filho, Eduardo, atualmente atuando para o governo americano sancionar membros do Executivo e do Judiciário. 

Agora, as medidas de Washington caminham neste sentido. Após a adoção das medidas anti-Bolsonaro, quase todos os membros do STF, com exceção de Luiz Fux e dos dois ministros nomeados pelo ex-presidente durante seu mandato (André Mendonça e Kassio Marques), estão proibidos de entrar nos Estados Unidos. Isso também vale para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerado subserviente a Alexandre de Moraes. 

Agradecendo a Trump e Marco Rubio, o filho "03" do capitão reformado postou no X dizendo que "tem muito mais por vir". Vendo nas medidas do governo americano uma ingerência nos assuntos internos do Brasil, Lula e sua equipe estudam retaliar. Uma das medidas é limitar a remessa de dividendos de empresas multinacionais, algo considerado próprio de regimes ditos "bolivarianos" como o venezuelano e o cubano. Enquanto isso, nada se faz de concreto em Brasília para evitar a megataxação, um verdadeiro veneno para a economia brasileira, já combalida pelo baixo crescimento econômico, aumento de impostos, inflação alta e insatisfação do povo. Apenas alguns poucos estão se esforçando para minimizar o estrago, como o governador paulista Tarcísio de Freitas, que se reuniu com empresários e exportadores. Mas isso não é o bastante para deter este ato atrabiliário de Donald Trump. 

Eduardo Bolsonaro comemora medidas contra Alexandre de Moraes e outros ministros do STF (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Gustavo Moreno/STF)

Muitos devem se perguntar sobre as futuras medidas, que podem ser algo mais drástico. Fala-se até em rompimento de relações diplomáticas por parte do Planalto, e sanções econômicas para impor a tal "morte econômica" de Moraes, Gonet & Cia., por parte da Casa Branca. Nada parecido com um ataque nuclear, como chegou a escrever Eduardo Bolsonaro. Ninguém seria louco a este ponto, nem mesmo Trump. 

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