O Santos não se deixou intimidar pelo Peñarol, que soube usar a tradicional catimba dos uruguaios (e argentinos) para tentar estragar a festa. Não comseguiram parar Neymar e cia., que agora contavam com o reforço de Paulo Henrique Ganso.
A tradição do Peñarol, vencedor de cinco campeonatos, inclusive do primeiro torneio em 1960, chegou a pregar alguns sustos na defesa, e fez um gol aos 34 min. do segundo tempo (de Estoyanoff, com a 'preciosa' ajuda de Durval, ou seja, tecnicamente foi um gol contra). Mas foi um gol de honra, porque os alvinegros praianos fizeram dois. Quem abriu o placar foi ele, o tal, quando começou o segundo tempo, e Danilo fez o seu 22 minutos depois.
Ganso até tentou fazer o seu, quando o placar já era 2 a 1, mas não conseguiu, o que é normal, inclusive em finais de competição. O fato só acirrou os ânimos da torcida santista e deu mais esperança para o time uruguaio, que lutou até o final.
Muitos diriam que o time uruguaio estava enferrujado, pois a última conquista foi em 1987. Mas o Santos estava há muito mais tempo sem ter a taça dos campeões da América. A última vez foi em 1963, contra o Boca Juniors. O primeiro título foi no ano anterior, contra o próprio Peñarol, com Pelé encabeçando o elenco alvinegro. Em 2003, o time paulista até chegou perto, mas perdeu do Boca na final.
Após algum sofrimento, e de uma lamentável demonstração de falta de espírito esportivo dos jogadores do Peñarol, que começaram a brigar após o fim do jogo com os santistas, obrigando a polícia a intervir, houve a tão aguardada premiação, e o troféu mais cobiçado do continente foi para a mãos de quem mereceu.
Sim, o Santos manteve a postura de quem quis vencer ao longo da competição, particularmente após Muricy Ramalho assumir o comando, enquanto todos os demais brasileiros fracassaram: São Paulo, Grêmio, Internacional, Fluminense e até o tão badalado Cruzeiro - que está mal no Brasileirão - sem falar no fiasco corintiano na fase preliminar.
O poster do time campeão da América em 2011, com destaque para o assunto principal deste post (fonte: UOL)
O terceiro título do Santos premia a carreira de Neymar, antes tão criticado por seu comportamento irreverente e provocador, digno de um moleque mimado e arrogante. Atualmente com 19 anos, ele entra de fato na maioridade ao demonstrar (relativamente) bom comportamento e a garra de sempre. Foi o grande responsável pela conquista do Peixe. E os torcedores do time não vão mais ser conhecidos como as viúvas do Pelé. Agora eles tem um novo 'amor'.