quarta-feira, 8 de junho de 2011

Continua o caso Battisti

Arrasta-se o caso do ativista Cesare Battisti, acusado de assassinar e sequestrar em nome do socialismo.

Battisti, aliás, não conhece a liberdade desde que veio para cá, no Brasil. Bem que o Lula e seus companheiros queriam deixá-lo solto, como refugiado político, mas as leis de reciprocidade internacional os proibiram.

O STF está tendo muito trabalho para resolver este caso, desde que Lula adiou por meses sua decisão de manter ou não o ex-terrorista no país, até a decisão do último dia de mandato que deixou o governo italiano estarrecido. Desde então, Berlusconi & cia. quiseram protestar junto à Justiça, e o STF só agora julgou o assunto. Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carmem Lúcia, Carlos Ayres Britto e Luís Fux negaram a permissão ao governo italiano, enquanto Gilmar Mendes, Ellen Gracie e Cesar Peluso disseram que a Itália tinha direito a protestar junto à Justiça brasileira. Dias Toffoli e Celso de Mello não se manifestaram. 

Segundo a maioria dos membros da nossa Suprema Corte, permitir o protesto do governo Berlusconi na Justiça seria uma violação da soberania brasileira. Agora, na sessão seguinte, eles decidirão se o italiano poderá ser solto ou não. Mas a Itália não sossegará enquanto não ver Battisti cumprindo sua pena de prisão perpétua.

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