Pelo menos os trens não andam, devido à greve da CPTM, a porção mais ineficiente e problemática do transporte público.
A propaganda do governo alardeou por anos sobre uma transformação dos trens em metrô de superfície. Seria cômico se não fosse sério. Os usuários dos trens não notaram melhorias, apenas viram alguns trens modernos, mas não todos. Os intervalos continuam muito elevados, às vezes mais de 15 minutos, quando no Metrô é de 2 minutos ou menos.
A falta de investimentos nos trens significa condições de trabalho piores para os funcionários dos trens, em comparação às dos colegas do metrô. Menos limpeza, mais vendedores ambulantes, menos segurança, mais roubos, menos trens e mais lentidão.
Os maiores prejudicados, porém, são sempre os usuários, mesmo quando os trens funcionam 'normalmente'. Quando eles entraram em greve, tudo piorou. Enfrentar ônibus lotados e lentos em horário de pico exige coragem titânica. Muitos tiveram de adiar ou cancelar compromissos, ou faltaram ao trabalho.
O que nós, como paulistanos, devemos fazer? Fazer cobranças e reclamações muitos fazem, mas é preciso mais do que isso. Somos os maiores interessados em um transporte público mais decente. Chegou a hora de exigir maior participação nas decisões dos governos, afinal eles é que nos servem, não o contrário. E, é claro, continuar a ter paciência, MUITA paciência, pois as deficiências do transporte não vão acabar em quatro, oito, nem em vinte anos.
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