terça-feira, 18 de agosto de 2009

Atchim!

Por mais que se fale da gripe H1N1, com o medonho apelido de 'gripe suína' só porque os primeiros casos aconteceram entre porcos no México, muita gente ainda está mal informada sobre esta epidemia.

A procura pelas máscaras contra o H1N1 aumentou muito nos últimos dias, mas pessoas sadias estão usando esse acessório. Quem precisa usar são as pessoas já contaminadas. A máscara serve para o doente não espalhar o vírus ao ambiente.

O álcool gel também escasseou no mercado, mas não pode ser encarado como um remédio milagroso contra a gripe. Aliás, quem não tem não precisa cair no choro nem no ranger de dentes porque basta lavar bem as mãos e evitar levá-las ao nariz ou à boca para afastar a possibilidade de ser contaminado.

Muita gente está querendo comprar o Tamiflu, o antiviral mais indicado para as gripes, mas o problema de todo remédio é ser tomado sem a necessária indicação médica. Os remédios não curam a gripe, apenas aliviam seus sintomas. E ainda podem causar intoxicações. O problema é que aqui é um paraíso para as farmacêuticas, devido ao hábito da automedicação.

Quanto ao fato de se adiarem o início das aulas para evitar a contaminação, até agora não há sinais de que isso esteja surtindo efeito. Apenas atrapalhou a rotina dos estudantes e bagunçou o cronograma das escolas. Crianças e jovens só ficariam (relativamente) fora do perigo de contaminação se as férias fossem prorrogadas até o fim do inverno, quando os casos de gripe comum caem, e isso seria o cúmulo da insensatez.

Por fim, não há provas de que essa gripe seja fulminante, a não ser para quem já está debilitado ou para as mulheres grávidas. O índice de letalidade, segundo especialistas, é o mesmo no caso da gripe comum. E o que mata mesmo não é a gripe, e sim suas complicações, devido à queda da imunidade contra outros vírus e bactérias.

Saúde a todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário