O excelentíssimo senhor José Ribamar de Araújo Costa não pode ser acusado de falta de realizações.
Foi governador, senador, presidente da República e, como se isso fosse pouco, imortal da Academia Brasileira de Letras.
Como governador, cuidou de seu Estado, o Maranhão, como um fazendeiro experiente cuida de seu curral.
Conseguiu ser senador pelo Amapá e, como agradecimento, os amapaenses fizeram um cartaz em sua homenagem.
Presidente da República, fez muito pelo Brasil: uma moeda nova (que em pouco tempo não serviria nem como repasto para cupins), uma luta incessante – e perdida, infelizmente – contra a inflação e um projeto vital para o nosso país: a Ferrovia Norte-Sul, que demorou a sair do papel.
Ganhou o fardão da Academia Brasileira de Letras por suas grandes obras de literatura: Marimbondos de Fogo e O Velho e o Mar, literatura injustiçada pela crítica, que preferiu escritores de menor talento (e que não vestiram o fardão) como Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos.
E agora, presidente do Senado, pelo partido que o acolheu como um bom balaio, o PMDB. Chefiando a nossa Câmara Alta, contribuiu para aliviar o desemprego com cargos comissionados, e deu oportunidades a seus parentes que não teriam as mesmas chances no mercado de trabalho. Tudo isso com o apoio dos seus correligionários do PMDB e o beneplácito de Lula, que não poderia governar direito sem uma liderança aliada forte no Congresso.
Uma biografia exemplar!
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