segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Perdoai-os, senhor...

Desde o indiciamento do dono da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, que também é proprietário da Record, os meios de comunicação fizeram ampla divulgação do fato.

Isto é perfeitamente normal, e é bom que aconteça, pois é dever da imprensa informar a sociedade sobre os fatos, sejam eles bons ou ruins. Não se pode deixar de divulgar a exploração da fé dos seguidores de certas igrejas para benefício de seus donos. Edir Macedo é acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, e existem provas concretas disso. Precisa, sim, responder à Justiça, e se for considerado culpado terá que ser punido com o rigor da lei.

Porém, a Globo faz isso de modo sistemático, como para desqualificar a Record, e não em prol da informação. Em represália, a emissora do bispo acusou a rival dos Marinho de vínculos, no passado, com a ditadura militar, e relembrando casos que, de fato, aconteceram, como a deturpação do debate entre Collor e Lula em favor do primeiro, nas eleições de 1989, e a omissão diante do movimento pelas Diretas Já, em 1984.

É o tipo de embate interessado mais na destruição de um rival do que na informação da sociedade, que é posta em segundo plano não só pela Globo e pela Record, mas pela maioria das emissoras de televisão, sejam elas abertas ou restritas aos assinantes de TV a cabo.

Enquanto Globo e Record se acusam, os telespectadores continuam a assistir 'maravilhas' como Malhação, A Fazenda e Big Brother Brasil.

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