Hoje a presidente se reuniu com o Conselho de Desenvolvimento Econômico, apelidado de "Conselhão", formado por 92 representantes da sociedade civil, para decidir sobre os próximos passos de seu governo.
O "Conselhão" é formado por banqueiros como Luís Trabuco do Bradesco e Roberto Setúbal do Itaú, empresários como Luísa Trajano do Magazine Luiza e Jorge Gerdau Johannpeter, sindicalistas da CUT (Vagner Freitas) e da Força Sindical (Miguel Torres), ministros de Estado como Jacques Wagner (Casa Civil), e até gente de outras áreas, como Creuza Oliveira, presidente da Federação Nacional de Empregadas Domésticas (Fenatrad), a esportista Ana Moser (ex-integrante da Seleção de Vòlei) e o ator Wagner Moura (intérprete do Capitão Nascimento e do traficante Pablo Escobar).
Este "Conselhão" não tem, a princípio, o poder de substituir o Congresso, mesmo porque isso iria afetar seriamente o equilíbrio entre os Três Poderes, e serve como auxílio para fazer Dilma exercer seu governo, para o qual foi (re)eleita pela maioria (51%) dos votos válidos da população nas eleições de 2014, e recuperar a sua popularidade, cujo índice é menor do que a inflação do ano passado.
Na primeira reunião, Dilma decidiu liberar R$ 83 bilhões, a maioria em recursos do FGTS, para financiar programas de habitação, agricultura e indústria. Esta medida visa reverter o quadro recessivo e estimular a economia brasileira, combalida pelo encolhimento do PIB combinado com o aumento de preços.
Esta medida terá de passar pela Câmara e pelo Senado, como qualquer decisão vinda do Executivo. Em caso de aprovação pelas duas casas do Congresso, o que será bastante difícil, a presidente terá mais forças para concluir seu mandato e apelo para ganhar ao menos um pouco de popularidade.
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