O Judiciário do nosso Brasil está contando uma piada sem graça ao mandar prender o humorista Léo Lins por fazer seu trabalho, obviamente sem fazer concessões aos valores do "politicamente correto" ou fazer loas aos Três Poderes.
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Por divulgar um vídeo considerado "perturbador", Leo Lins foi condenado a uma pena maior do que condenados pela Lava Jato (Divulgação) |
Pode-se achar uma piada de mau gosto, irritar-se com a falta de graça ou por ferir suscetibilidades, mas não se pode prendê-lo. Em nenhuma democracia isso acontece, nem mesmo com os mais desbocados ou os mais impiedosos com seus alvos, a ponto de fazer schadenfreude. Isso ainda ocorre em países como os Estados Unidos, a terra onde nasceu o "politicamente correto" e o woke, mas também onde se preserva a liberdade de expressão.
O que aconteceria se o Monty Python fosse um grupo brasileiro atual e não uma turma de britânicos irreverentes? E se a TV Pirata ainda estivesse no ar?
Ironicamente, e isso chega a ser engraçado, é a defesa da liberdade de expressão feita pelo mesmo Alexandre de Moraes, atualmente no papel de "inquisidor" da moral e dos bons costumes auriverdes, quando se tentou proibir o humor durante a propaganda eleitoral durante as eleições de 2018, as mesmas que elegeram Jair Bolsonaro, um dos principais perseguidos pelos ilustres magistrados do Supremo.
Daqui a alguns dias, irão perseguir outras categorias, ou mesmo cidadãos comuns, por expressarem opiniões consideradas "mentirosas". Isso não tem graça.
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