quarta-feira, 4 de junho de 2025

Sem graça

O Judiciário do nosso Brasil está contando uma piada sem graça ao mandar prender o humorista Léo Lins por fazer seu trabalho, obviamente sem fazer concessões aos valores do "politicamente correto" ou fazer loas aos Três Poderes. 

Por divulgar um vídeo considerado "perturbador", Leo Lins foi condenado a uma pena maior do que condenados pela Lava Jato (Divulgação)

Pode-se achar uma piada de mau gosto, irritar-se com a falta de graça ou por ferir suscetibilidades, mas não se pode prendê-lo. Em nenhuma democracia isso acontece, nem mesmo com os mais desbocados ou os mais impiedosos com seus alvos, a ponto de fazer schadenfreude. Isso ainda ocorre em países como os Estados Unidos, a terra onde nasceu o "politicamente correto" e o woke, mas também onde se preserva a liberdade de expressão. 

O que aconteceria se o Monty Python fosse um grupo brasileiro atual e não uma turma de britânicos irreverentes? E se a TV Pirata ainda estivesse no ar?

Ironicamente, e isso chega a ser engraçado, é a defesa da liberdade de expressão feita pelo mesmo Alexandre de Moraes, atualmente no papel de "inquisidor" da moral e dos bons costumes auriverdes, quando se tentou proibir o humor durante a propaganda eleitoral durante as eleições de 2018, as mesmas que elegeram Jair Bolsonaro, um dos principais perseguidos pelos ilustres magistrados do Supremo. 

Daqui a alguns dias, irão perseguir outras categorias, ou mesmo cidadãos comuns, por expressarem opiniões consideradas "mentirosas". Isso não tem graça. 

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