sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Voce acha que o destino da humanidade é ser jogada no fogo eterno quando

a) Um ministro devasta trechos de floresta para montar um posto de combustível e, plena época da COP30 e ninguém o forca a pedir demissão.

b) Não há protestos por causa da farra com NOSSO DINHEIRO por causa dessa mesma COP30 a não ser um grupo isolado de indígenas que se preocupam mais com a Palestina do que com sua própria gente.

c) Precisa conviver com gente insuportável e drogada que fica furtando suas coisas, e ainda se acha no direito. 

d) A Sony acha uma boa ideia fazer um filme sobre um boneco que muitos acham ora estúpido, ora como mais uma modinha.

e) Ha uma discussão sobre a natureza do objeto espacial 3I/Atlas como se discute política, entre os dogmáticos adeptos da "NASA sempre certa e quem contesta que o 3I/Atlas é cometa defende teoria da conspiração" e "Ah! é uma nave e quem acha isso é um titere do sistema!". E tem aqueles que ficam em cima do muro sem querer se meter na discussão e prefere falar de futebol...

Bônus: O autor desse blog faz outro enquete chato.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Operação Southern Spear promete botar medo

O governo Trump, mais especificamente o Secretário da Guerra (antigo Secretário da Defesa) Peter Hegseth, lançou a Operação Southern Spear (Lança do Sul), com o pretexto de combater o narcotráfico usando o poderio bélico da grande superpotência americana. 

Até a Estátua da Liberdade sabe que o objetivo é mais amplo: derrubar o ditador venezuelano Nicolas Maduro, considerado como um apoiador dos grupos financiadores de uma grande parte da criminalidade no mundo, movimentando bilhões de dólares em um mercado ilícito, explorando os vícios de milhões de usuários e contaminando a economia e a política nos países onde se instalam. Trump considera não só a Venezuela, mas a Colômbia e o Brasil, como países favoráveis ao narcotráfico, e promete não ser complacente. 

Já outros países como a Argentina, o Paraguai, o Uruguai e o Equador são considerados aliados. O governo Milei endureceu a vigilância nas fronteiras para impedir a entrada do PCC e do CV, do Brasil, no território argentino. Os outros países também reforçaram a fiscalização na fronteira com o Brasil. O Equador, um dos dois países sul-amerianos não fronteiriços com o Brasil, sendo o outro o Chile, enfrenta uma guerra dura contra os grupos criminosos, levando a uma situação de medo e violência. 

A Southern Spear promete afetar significativamente o combate ao narcotráfico e as relações de poder na América do Sul, e muitos temem uma possibilidade de intervenção americana no Brasil. 

Peter Hegseth, o Secretário da Guerra, anunciou a operação na noite do dia 12 (Divulgação)




quarta-feira, 12 de novembro de 2025

O que ocorre hoje com a Kodak?

 A Kodak era uma líder no antigo mercado de câmeras fotográficas, sendo quase um sinônimo por muitos anos. Com o advento da Internet e das câmeras digitais, esse mercado pereceu, causando uma decadência terrível para esta americana com o logotipo vermelho e amarelo. 

Ela morreu? Pois as empresas de marketplace chinesas mostram que não. Existem agora produtos com a marca Kodak sendo comercializados, mas nada de câmeras com filmes em acetato, e sim cartões de memória de celulares. De boa qualidade, por sinal. 

São todo tipo de mídia destinada não só a celulares, mas também a computadores, como HDs e SSDs externos de menor custo, destinados a usuários domésticos. Parece estranho, mas acontece que a empresa americana não fabrica pessoalmente esses dispositivos. Tudo é feito na China, com especificações básicas, destinado a concorrer com as dezenas de marcas tradicionais do país, como a Netac e a XRaydisk.

Mas a Kodak ainda existe? E ela não fabrica máquinas fotográficas? Como assim, SSDs da marca? (Divulgação)

Trata-se apenas de uma licença de uso da marca, pois a empresa ainda continua a fabricar seus filmes fotográficos, além de produtos para impressão e ingredientes farmacêuticos ativos (API) para a indústria química. No ano passado, ela registrou lucro líquido de US$ 78 milhões, sendo importante para a recuperação financeira, após quase falir em 2012.


terça-feira, 11 de novembro de 2025

Fórmula Kessler

Um menino brasiliense de apenas 11 anos criou uma fórmula matemática que impressionou as redes sociais. Considerado superdotado, ele queria saber com quantos palitinhos se podia fazer determinado número de quadradinhos. Crianças normais nem se preocupam com isso ou tentam descobrir isso na prática. Mas ele criou isto: 

[(x²+x) + (y²+y)] – (y-x)²

onde x é o comprimento e y é a largura da grade retangular formada pelos quadradinhos. Esta é a fórmula Kessler, batizada por causa do autor, Rafael Kessler, considerado superdotado. 

O menino elaborou esta fórmula intrigante por causa de uma questão tirada de uma Olimpíada de Matemática, sobre o número de palitos necessários para fazer um quadriculado de 5x5, ou seja, um quadrado maior formado por 25 quadrados menores. 

Essa fórmula despertou o interesse de professores de matemática da UnB, que reconheceram o valor da descoberta de alguém tão jovem. 

O menino Rafael Kessler foi estudado por pesquisadores da UnB (Minervino Júnior/CB/D. A. Press)

Kessler leva uma vida quase normal, com interesses próprios de sua idade, além de estudar matemática, uma matéria capaz de aterrorizar boa parte dos adultos. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Começa oficialmente a COP30

Novamente, a ONU organiza uma conferência sobre as mudanças climáticas, destinada a fracassar por suas metas ambiciosas e irrealistas, derrotadas pelos grandes interesses corporativos e pelos responsáveis pela devastação ambiental e pela poluição. 

Além das velhas promessas de financiamento de fundos ambientais pagos pelos contribuintes de países ricos e pobres, suscetíveis a desvios e corrupção (*), houve, como sempre, a politização dos temas ambientais. Lula, como presidente do país anfitrião da COP30, fez críticas aos líderes de países não participantes (Argentina, México, Canadá, Rússia, e os maiores poluidores do mundo, China, Estados Unidos e Índia) e transformou a tragédia de Rio Bonito do Iguaçu num trampolim para falar sobre os "negacionistas" do clima, incluindo não só os críticos da teoria do aquecimento global, mas todos os que ousam questioná-la. 

Ou seja, o presidente não está comovido com as moetes e com a destruição da cidade paranaense. Quem anunciou ajuda federal, inicialmente de R$ 15 milhões, foi o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional Waldez Góes. Foi prometida também uma ajuda humanitária, que já deveria atuar, mas esbarra na burocracia. Por enquanto, a maior parte da ajuda vem das pessoas físicas, por meio de doações. O governo do Paraná divulgou a conta corrente do Banco do Brasil para o Fundo Estadual de Calamidades Públicas (ver AQUI). 

Outros problemas também afetam o evento da ONU em Belém, como a denúncia de cinco criminosos entre os voluntários. Por falar em crime, os preços altíssimos dos serviços e diárias de hoteis mostra o assanhamento de quem quer lucrar com a vinda dos estrangeiros. E houve a denúncia de abusos nos preços dos alimentos comercializados para a COP30. Sem falar na péssima repercussão do presidente e da primeira-dama se refestelando num barco de luxo, o Iana III, cujo funcionamento já contribuiu para impactar o meio ambiente, pois consome 50 litros de diesel por hora. 

E a conferência já começou com as infiltrações de água nas instalações, por causa da chuva, e alguns pavilhões sem energia elétrica. 

Foto dos líderes mundiais participantes (Divulgação/Estadão)

Nem as promessas e as novas metas impostas para acelerar a transição energética, substituindo o petróleo e o carvão pelas energias consideradas "limpas" (fotovoltaica, eólica, motores elétricos a bateria) poderão ser suficientes para considerar esta nova conferência do clima melhor ou mais efetiva do que a anterior, a COP28, feita em Dubai e agora praticamente esquecida. Pelo menos os brasileiros e, principalmente, paraenses, não irão esquecer essa edição. 


(*) Agora, o Brasil propõe um fundo de renda fixa, o TFFF (Tropical Forest Forever Facility), destinado não só à Amazônia, mas a outras florestas tropicais localizadas na parte central do continente africano e no sul e sudeste asiático. República Democrática do Congo e Indonésia seriam alguns dos países mais beneficiados. Mas os países ricos, como a Alemanha, não estão muito dispostos a sustentar este novo investimento. 

sábado, 8 de novembro de 2025

Tragédia no Paraná comove o Brasil

O Brasil não está acostumado a enfrentar catástrofes naturais como tornados, e nesta semana um deles atacou em cheio a pequena cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, próximo à Tríplice Fronteira. Como resultado, a cidade foi quase toda destruída, e seis pessoas morreram. 

Esta tragédia seria a oportunidade para o governo federal defender mais uma vez, na COP-30 em Belém do Pará, e diante das autoridades estrangeiras, a hipótese do "aquecimento global" como causa do desequilíbrio climático e consequente aumento de fenômenos anômalos. Mostrar solidariedade às vítimas de uma cidade num estado onde o governador é de oposição (Ratinho Jr.) já seria mais difícil. Mas o PT está mais preocupado com as facções criminosas que tiranizam as favelas do Rio de Janeiro e outros locais, e luta para não considerá-las como organizações terroristas, alegando não serem movimentos políticos para servirem de pretexto para eventuais intervenções estrangeiras. E também com a situação do governo venezuelano, com as forças americanas atuando próximas ao litoral do país vizinho. 

Mas deixemos isso para lá. A população está chocada com a tragédia e quer se solidarizar com as vítimas. E mais uma vez se provou a falta de preparo e absoluta fragilidade do país diante de catástrofes naturais, muito mais raras do que as provocadas pela violência dos traficantes, inépcia do poder público e corrupção de muitas autoridades. 

O tornado devastou a maior parte da pequena cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná (Jonathan Campos/AEN)


quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Outra alternativa de carne vegetal

A carne vegetal não está conseguindo emplacar, apesar das tentativas da indústria em imitar o sabor e o aspecto usando apenas hortaliças como ingredientes. Exemplos disso são os produtos da Fazenda Futuro, cujas vendas não são as esperadas, apesar de liderarem o mercado. Apesar de serem saborosos, ainda falta algo para serem considerados viáveis para substituirem a carne. E custam mais do que os já caros equivalentos animais. 

Agora, estão lançando um produto à base de farinha de semente de girassol, um trabalho feito pela Unicamp, em conjunto com o Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos) e o Instituto Frauhofer, da Alemanha. Segundo um artigo publicado em maio pela revista Food Research International, o produto apresentou boa aceitação, com quantidade de nutrientes apreciável, como suprir 95% da recomendação diária de magnésio, um mineral escasso nas carnes e abundante em certas plantas. 

Há um problema: o Brasil não é um grande produtor de girassol, tornando este produto potencialmente caro, com um valor cobrado provavelmente acima dos produtos da Fazenda Futuro. Em compensação, a planta se desenvolve bem na Europa e outros locais de clima temperado. Este trabalho pode ser muito interessante na Alemanha, daí a participação do Instituto Frauhofer. 

Um girassol, cuja semente pode virar matéria prima para hamburgueres e almôndegas (Reprodução)


quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Não dá para ficar lendo notícia de portal mesmo!

Os portais de notícias continuam infestados de reportagens para derrubar o moral de qualquer um.

Por decisão do Banco Central, os juros básicos continuam no patamar de 15% ao ano, e esse é o menor dos males. 

Juros altos, criminalidade, esbórnia com o dinheiro público... e isso só no Brasil, mas os outros países também estão com problemas


Continua o descompasso entre o governo federal e a sociedade civil, cansada de sofrer por causa do tráfico de drogas. Governo e Congresso estão se mexendo para lançar novos projetos de lei para vender a ideia de combate ao crime organizado, enquanto cresce a desconfiança segundo a qual os poderosos do país possuem algum "rabo preso" com as siglas. 

A cobertura de eventos esportivos ainda continua restrita ao futebol masculino, deixando os outros em segundo plano, até mesmo o tênis, onde atua o mais novo ídolo brasileiro, João Fonseca. 

Pior, muito pior, é a má repercussão da COP-30, cuja organização está digna de comparação com a já citada Copa de 2014, enquanto divulgam a difícil luta para salvar a ararinha-azul da extinção. Os últimos exemplares catalogados na natureza foram vistos num cativeiro particular. Enquanto isso, os exemplares monitorados, em poder dos órgãos oficiais, enfrentam um surto de infecção por vírus. 

Fora do Brasil, a situação também não anima. Não há trégua à vista na Faixa de Gaza, e a paz prometida entre Ucrânia e Rússia ainda está longe de se concretizar, continuando a matança de inocentes. As guerras na África conseguem ter repercussão, mas parece que ninguém se importa: uma delas, a do Sudão, envolve verdadeiros grupos de carniceiros, representados pelo Exército sudanês e pelas Forças de Apoio Rápido, e quem é mais atingida é a população civil. 

Muitos agentes das mídias oficiais preferem ignorar os conflitos e o sofrimento, e comemorar a eleição do muçulmano socialista Zohram Mamdani. Espera-se que ele se destaque pela gestão, e não por representar bandeiras, combatidas pelo governo Trump. Se ele fracassar como prefeito, e resolver enfrentar o ocupante da Casa Branca, teremos encrenca pela frente. 

Fora isso, também não param de veicular notícias de desastres, assassinatos e outras notícias ruins.

Não adianta chorar após ler os portais de notícias!


terça-feira, 4 de novembro de 2025

Outra vez com esse papo

 Retomaram os projetos para trem de alta velocidade (TAV) entre São Paulo e Rio de Janeiro, algo que consumiu milhões de reais sem ser efetivamente implantado, para - dizem - ficar pronto antes da Copa do Mundo de 2014.

Não construíram um metro de trilhos sequer, mas já contribuiu para o descalabro financeiro provocado pelos eventos esportivos no Brasil, tanto a "Copa da Vergonha" quanto as Olimpíadas no Rio. Quem sonhou com o "trem bala", como ficou conhecido, precisou cair das nuvens. 

Os (raros) que ainda nutrem tais esperanças não devem contar com mais um projeto de trem de alta velocidade, "previsto" para ser construído em 2027 e terminado em 2032, ligando não só São Paulo e Rio, mas também Campinas. Quem acreditaria nisso? Pelo jeito, até alguns jornalistas do portal "O Antagonista", normalmente críticos impiedosos do governo federal, um dos interessados no projeto. 

Um trem de alta velocidade, com o existente no Japão, o shinkansen (Divulgação)


No entanto, o governo paulista está dando prosseguimento à implementação do Trem Intercidades, este mais viável, embora também não vá ficar totalmente pronto antes de 2032. Este projeto prevê a ligação entre São Paulo e Campinas, e também entre Sorocaba e São José dos Campos passando pela capital, com trens de média velocidade (em torno de 130 km/h), com agilidade suficiente para impor vantagem ao transporte rodoviário, com os congestionamentos rotineiros nas estradas. 

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Estamos repetindo 2015!

Os reservatórios estão baixos de forma preocupante, não tanto devido à estiagem, mas principalmente à nossa crônica dificuldade para aprender as lições de anos passados. 

Continuamos a despejar lixo, usar mangueira no lugar de vassoura para limpar a calçada, e nos descuidamos dos mananciais, permitindo as ocupações irregulares das margens das represas. Isso tudo, somado ao aumento da evaporação causado pelo calor fora de hora, seja pelo aquecimento global (esse termo usado mais como mantra de militantes do que de estudos ambientais sérios) ou pelas tempestades solares, levou à situação próxima à de 2015, quando fomos obrigados a beber água vinda da chamada "reserva técnica", ou, usando o termo mais pejorativo, "volume morto", normalmente do fundo das represas componentes do sistema Cantareira. O uso dessa reserva indica que o nível, na prática, estava negativo. 

A Sabesp tem feito campanhas pelo uso racional da água, mas isso é insuficiente para a conscientização, pois o desperdício e a má gestão continuam. 

Agora, o Cantareira está em preocupantes 23%, não muito longe da "reserva técnica". O Guarapiranga está numa situação melhor, pois vem chovendo muito na capital paulista, mas também não se pode abusar dele: são apenas 47%. Outros sistemas hídricos, em geral, ficam em situação intermediária, entre esses dois extremos. A exceção é o Alto Tietê, com seus parcos 22%. 

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

O que seriam os "apitos astecas"?

Nos EUA e países aculturados, o Halloween, ou Dia das Bruxas, remete ao medo e ao terror. E um invento dos astecas, os indígenas integrantes do famoso império no atual México, remete a isso. 

Eles teriam criado um apito capaz de emitir sons horríveis, para aterrorizar outros povos e conquistá-los durante suas batalhas, o Ehecachichtli. Os guerreiros tocavam em conjunto, e o resultado soava como um turbilhão de gritos. Cada apito era um pequeno dispositivo de jade ou outra pedra preciosa, esculpida em formato de crânio, para formar uma caixa de ressonância com válvulas para controle da passagem do ar soprado pela boca de quem quer se sentir um guerreiro indígena. Por causa do som, foi apelidado, principalmente por leigos, de "apito da morte". 

Existem imitações dos Ehecachichtli, mas eles são maiores em relação aos originais, e o som não é o mesmo, embora também soe assustador. O vídeo abaixo mostra como ele funciona (não indicado para quem tem medo de barulhos esquisitos): 

Como funciona o "apito da morte" (Manual do Mundo/Youtube)

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Sabe do "carrasco dos brasileiros"? Pois...

 ... fora da altitude de Quito, a LDU é bem mais vulnerável. E isso foi provado no Allianz Parque. 

Precisando de um resultado histórico, o Palmeiras voltou do Equador com uma feia derrota de 3 a 0. Foi para o seu estádio com esta dura missão, e ela foi cumprida. Sosa e Bruno Fuchs fizeram os dois primeiros gols e, no segundo tempo, Raphael Veiga completou o placar, fazendo mais dois. A LDU precisava fazer um gol para complicar as coisas, mas estava fora de seu habitat e viu o adversário fazer a alegria da torcida. 

Raphael Veiga (em primeiro plano) compensou a atuação apagada no jogo de ida e fez dois gols para levar o Palmeiras à final da Libertadores (Alexandre Schneider/Getty Images)

Como resultado, o alviverde justificou o apelido de Verdão pelos torcedores e vai disputar uma final da Libertadores. E novamente será uma final brasileira, contra o desafeto Flamengo, que despachou o Racing ontem, no Maracanã, com um placar o menos emocionante possível: 0 a 0, na Argentina. Os líderes do Brasileirão vão disputar a taça mais disputada da América, prometendo uma final inesquecível. 

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Maurício de Sousa fez 90 anos

Nesta semana o mais famoso quadrinhista brasileiro fez 90 anos. Maurício de Sousa, o pai da Mônica e sua turma, foi homenageado pelos vários filhos em seu aniversário, no último dia 27. 

Antes, foi lançado o filme Bios-Maurício de Sousa, um documentário dirigido por Pedro Vasconcelos, ex-galã da Rede Globo, e com o filho Mauro Takeda fazendo o papel do protagonista. O trabalho teve razoável repercussão de crítica e público. O canal National Geographic, do grupo Disney, fez um outro documentário sobre o "pai" da Mônica e do Cebolinha, da Tina e do Horácio, do Astronauta e do Piteco, do Penadinho e do Anjinho. 

A festa dos 90 anos de Maurício reuniu os seus numerosos filhos. Houve alguns detalhes tristes, pois Maurício tem dificuldade para andar e um de seus filhos morreu em 2016 (Divulgação)

Maurício já foi comparado a Walt Disney por sua grande galeria de personagens, bem sucedidos tanto nos quadrinhos quanto no cinema e televisão. Ele foi amigo pessoal de Osamu Tesuka, o mestre do mangá, e de Stan Lee, o mago da Marvel. Personagens super-heróis da "Casa das Ideias" (Homem de Ferro, Capitão America, Thor, Homem Aranha, Hulk) e da "Distinta Concorrente", a DC (Batman, Superman, Mulher Maravilha, Capitão Marvel atual Shazam), apareciam nos quadrinhos da Mônica com frequência. Em 2018, houve uma parceria entre a DC e a Maurício de Sousa Produções, publicando histórias onde a turminha contracenava com a Liga da Justiça, mas o sucesso foi apenas relativo. 


N. do A.: Nem a força da Mônica, e nem a Liga, os Vingadores ou os X-Men, adiantariam para resolver a tragédia do Rio de Janeiro, aterrorizado pelo Comando Vermelho, o CV. Simplesmente porque são personagens ficcionais. Mais cadáveres apareceram, elevando o número de mortes para 121. Certos veículos de imprensa já comparam com o Massacre do Carandiru, mas a comparação é descabida, primeiro porque os bandidos estavam armados com um arsenal impressionante e estavam soltos em seu território, enquanto em 1992 os criminosos estavam presos e não reagiram, e segundo porque os cadáveres achados hoje possivelmente são de vítimas do CV, apontados como delatores ("X-9") ou familiares destes. 

Mau

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Megaoperação no Rio choca o mundo

Aconteceu a maior operação contra o Comando Vermelho e seus tentáculos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. A Polícia Civil precisou enfrentar os bandidos, que dominam aquelas regiões, numa batalha brutal. Em apenas 12 horas de atuação 64 pessoas foram mortas e 81 presas. Quatro das vítimas eram policiais. 

Acostumados a transmitir a violência no Rio como um acontecimento quase "normal", a mídia do mundo inteiro mostrou detalhes que chocaram seus clientes. 

O Rio de Janeiro, hoje, foi comparado à Faixa de Gaza (Reprodução/Whatsapp)

De acordo com o governo do Rio, exercido por Cláudio Castro, as forças fluminenses agiram sem apoio federal, sugerindo falta de apoio do governo Lula contra o crime organizado. 

Há décadas, os criminosos tiranizam o local, aproveitando-se da omissão sistemática do poder público. Quando há confronto entre policiais e traficantes, boa parte da imprensa trata como se fosse uma chacina, mesmo quando as vítimas são todas envolvidas com o crime organizado. Mas desta vez não houve tanta complacência, mesmo porque os bandidos mostraram seu poder de reação, com drones armados de bombas e armas pesadas. 

Uma das facções estaria a comandar, a distância, ações no Pará, onde os narcotraficantes aterrorizam as grandes cidades e são responsáveis em grande parte pela devastação da Amazônia, desmatando territórios para extração e contrabando de minérios e madeira, além de plantações ilegais, principalmente de maconha. 

A negligência estatal no trato das favelas e da criminalidade levou a esta situação, e ela se tornou difícil de resolver. Já foi tentada até uma intervenção militar, mas ela não surtiu grande efeito. E, com a pandemia de COVID-19, a situação piorou, pois houve a implantação da ADPF 635 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que limitava a ação policial nas favelas. 

Este confronto aumentou o temor estrangeiro, pois estamos a poucos dias da COP-30, em Belém, para mais um grande evento das Nações Unidas para discutir o futuro da Amazònia, responsável por vários efeitos climáticos como a regulação das chuvas no resto do Brasil e a absorção de gás carbônico. Essas funções há tempos estão prejudicadas por conta da negligência do Estado e das ações ilegais do crime organizado e outros devastadores da floresta. A imagem do Brasil pode alimentar novos pretextos para delírios como a "internacionalização" da Amazônia e ações de militares estrangeiros contra o narcotráfico sem a autorização dos Poderes brasileiros, como se o Brasil não fosse um país soberano com responsabilidades sobre seu território. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

O resultado da reunião entre Lula e Trump no fim de semana

 

Muitos comemoraram a conversa entre o nosso presidente e o homem laranja na distante Kuala Lumpur, ontem. Mas ela era para ser sobre o quê, mesmo? Se for por causa das tarifas...


O mesmo vale para a sugestão dada por Lula para mediar o conflito dos Estados Unidos com o governo venezuelano, ou a questão do narcotráfico. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Da série 'Noventolatria', parte 39

Quem tinha mais de 40 anos gostava de usar aqueles aparelhos sem Bluetooth, entrada para cartão ou pen drive e outras coisas modernas, Nada de conexão com a Internet e muito menos tela sensível ao toque. 

Em compensação, eram acompanhados por caixas acústicas às vezes bem grandes, com duas, três ou até quatro saídas de som para as diferentes frequências de som (os tweeters para sons agudos, woofers para sons graves, etc.). O som era potente de verdade. E vinham com carrossel para vários CDs (pois sim, aqueles discos agora considerados obsoletos e inúteis, eram a sensação no final do século passado) e espaço para toca-fitas. De preferência dois, que tocassem as fitas sem precisar retira-las e mudar o lado, como se faziam com os antecessores dos CDs, os enormes e pretos LPs. Gravar numa fita aquela música tocada numa estação de radio FM era um processo simples e prazeroso.

Os mini-systems eram um objeto de consumo nos loucos anos 90. Havia de várias marcas, desde as injustiçadas CCE (apelidadas de "comprei coisa estragada") até as Aiwas, Panasonics e Pioneers, marcas japonesas consideradas referências de tecnologia eletrônica. 

Substituíram os enormes e menos práticos aparelhos chamados 3 em 1, com vitrola para LP, toca-fitas e rádio FM/AM, sensações dos anos 1980. Podiam não ser tão potentes nem ter caixas tão grandes, mas também eram capazes de gerar broncas das mães ou dos vizinhos pelo barulho. 

O modelo NSX F9 da Aiwa (Divulgação/Mercado Livre)

O autor deste blog tinha um modelo relativamente modesto, um Gradiente E-400, com 50 W. Na propaganda se falava em 500 W, mas esta era a famigerada potência PMPO, dita "máxima de pico". Na prática, nada significava, como muita coisa em propaganda. Aliás, os comerciais abusavam da divulgação dessas falsas potências, apenas para vender aparelhos muitas vezes fracos e limitados. 50 W era suficiente para as necessidades da maioria, mas para fazer grandes festas precisavam de aparelhos mais vistosos, potentes e caros. 

Infelizmente, com a disponibilidade das músicas pela Internet e o advento das mídias em MP3 e, posteriormente, as centrais multimídia, os mini-systems foram sumindo das lojas e viraram história. Para muitos, uma coisa lamentável, pois significou a "morte" de algo marcante na infância ou na adolescência. 


quinta-feira, 23 de outubro de 2025

LDU, o carrasco de brasileiros

Nas edições da Libertadores da América, a LDU de Quito, time da capital do Equador, costuma impor derrotas e desclassificações dolorosas aos brasileiros. 

Em 2008, ganhou o seu primeiro título, adiando por 15 anos a conquista do Fluminense e fazendo-o amargar o apelido de "Virgem das Américas". Jogadores e torcedores nunca mais esqueceram o trauma. Um ano depois, a dose se repetiu, no final da Copa Sul-Americana. Mesmo com o elenco renovado e a vitória por 3 a 0 no jogo de volta, no Maracanã, os "guerreiros tricolores" viram o time do Equador se consagrarem, pois o jogo de ida, em Quito, foi 5 a 1. A vingança veio só em 2024, na Recopa Sul-Americana, com a vitória dos campeões da Libertadores do ano anterior sobre os equatorianos donos do título da Sul-Americana. 

Antes disso, a LDU havia vencido o São Paulo por 3 a 0 na edição da Libertadores de 2004, durante a fase de grupos. Nesta edição da Libertadores, o Tricolor Paulista foi eliminado, com direito a derrota no Morumbi por 1 a 0, deixando os equatorianos avançando para enfrentarem o grande rival Palmeiras. 

O Santos sofreu duas derrotas no mesmo ano, uma na mesma edição da Libertadores e outra na Sul-Americana, ambos nas fases eliminatórias, mas nas duas competições o Santos venceu na Vila Belmiro e avançou. No ano seguinte, o Santos perdeu na fase de grupos para os equatorianos, por 1 a 0. 

Outras derrotas notáveis de brasileiros foram a queda na Recopa Sul-Americana de 2009, com o vencedor da Libertadores de 2008 derrotando o Internacional, campeão da Sul-Americana daquele ano, por 3 a 0. O Vasco também teve experiência amarga com o time em 2018, durante a fase preliminar da Copa Sul-Americana, sendo eliminado após perder por 3 a 1 em Quito e não conseguir reverter em São Januário, com uma magra vitória por 1 a 0. 

O Flamengo foi humilhado pelo time na fase de grupos da Copa Libertadores, perdendo no primeiro jogo por 2 a 0 e só empatando sem gols no segundo, no Maracanã. 

Agora, o Palmeiras sucumbiu, levando três gols, e dependendo de uma atuação heroica para avançar para as finais da Libertadores. O time de Abel Ferreira esteve irreconhecível e praticamente não jogou o primeiro tempo. No segundo, o time reagiu, mas não conseguiu marcar um gol para compensar os prejuízos. 

Os jogadores da LDU comemoram o grande resultado, capaz de levá-los de novo a uma final de Libertadores, caso o Palmeiras não mostre o seu repertório no Allianz (Franklin Jacome/Getty Images)

Mas a LDU só possui esse poder para derrotar seus adversários, sejam brasileiros, argentinos ou de qualquer outro país sul-americano, com um "super jogador": a altitude de Quito, onde se localiza o seu estádio. Fora dele, o time geralmente se complica bastante. 

Enquanto isso, outro "carrasco" do Brasil, o governo americano, continua a atuar contra o que ele considera foras-da-lei, condenados pela Lei Magnitsky: o Executivo e o Judiciário do Brasil. O governo Lula alimenta as esperanças (e as ilusões) de uma conversa com Trump para reverter as taxas absurdas impostas contra os produtos brasileiros, mas elas só serão levantadas com o recuo da ânsia de Alexandre de Moraes querer calar quem ele identifica como golpista, querendo impedir até o pleno funcionamento de redes sociais sediadas nos Estados Unidos. O "carrasco" pode impor um suplício pior caso considerar válidas as denúncias de Hugo Carvajal, general reformado do Exército venezuelano e dissidente do governo de Nicolás Maduro, acusando Lula de ter se elegido com a ajuda do narcotráfico. 



quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Serão parentes?

Os estudiosos da arte moderna latino-americana conhecem Xul Solar, autor de algumas das pinturas mais intrigantes do século XX. Nascido na Argentina em 1897, como Oscar Agustín Alejandro Shulz Solari, ele passou boa parte da vida na Europa. Ao falecer, em 1963, era admirado, mas ao mesmo tempo tido como excêntrico e mesmo como um louco, devido às suas pinturas inspiradas no Surrealismo, e estudos sobre astrologia, cosmologia e misticismo. Certas telas, como "Danza alienígena", de 1949, inspirada no Abstracionismo, parecem abordar temas como a presença de seres extraterrestres. 

Cuntrapunto de puntas, de Xul Solar

Na mesma época e no mesmo país também nasceu Vicente Solari Parravicini (1876-1941), o "Nostradamus argentino", autor de algumas das profecias mais intrigantes. Ele previu por meio de ilustrações e escritos o advento da II Guerra Mundial anos antes, assim como a criação da ONU, a fertilização in vitro e o atentado às Torres Gêmeas. Ele se dizia inspirado em contatos com alienígenas, num tempo onde a simples referência a eles provocava pânico, por serem considerados "invasores de outros planetas". 

Atualmente, o assunto não é mais tão contraverso, tanto que existem muitas pessoas acreditando que o objeto espacial 3I/Atlas seja uma nave alienígena vinda de fora do Sistema Solar. Cresce também o interesse a respeito da relação entre os extraterrestres e os eventos atuais. Mas não há relatos de Parravicini relatando eventos futoros onde inteligências não humanas teriam afetado eventos do século XXI. 

O misticismo e a Nova Era também são muito debatidos em vários grupos, como mostram as redes sociais, muitos deles também se misturando com a temática extraterreste. 

Todos esses assuntos unem o pintor Xul Solar e o vidente (também ilustrador) Vicente Solari Parravicini. Dois argentinos, com fama de místicos e até de estranhos, mas que despertam fascínio até hoje. Sendo eles algo parecidos e com mesmo sobrenome, pode-se imaginar algum grau de parentesco, embora não haja outras evidências disso. 

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Embraer fecha grandes negócios

Enquanto o Brasil ainda tem muito a melhorar em várias questões espinhosas, como a infraestrutura, a segurança (ou falta dela), a miséria e a combinação desarmônica entre a política e a Justiça, demonstrada mais uma vez nas diatribes entre Luiz Fux e Gilmar Mendes sobre o destino dos presos políticos acusados de envolvimento no 8/1, a Embraer continua mostrando a sua competência, não só na fabricação de aviões, mas em comercializá-los.

Foram US$ 31,3 bilhões em pedidos apenas no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 38% em relação ao mesmo período de 2024. Este montante não inclui um contrato recente com a empresa holandesa TrueNoord, que fornece aeronaves para voos regionais. 

Foram vendidos quatro A-29 Super Tucano para o Panamá, e cargueiros KC-390 para a Força Aérea de Portugal e para a SNC (Sierra Nevada Corpóration) dos Estados Unidos. 

Recentemente, a Embraer fechou parceria com o grupo Mahindra da Índia para a fabricação do cargueiro C-390 Millenium, e um acordo foi feito com o governo da Coréia do Sul para reforçar o sistema de defesa do país asiático. 

Um dos aviões C-390 Millenium, destaque na produção da Embraer (Divulgação/Embraer)


segunda-feira, 20 de outubro de 2025

'Sem reis!' E a resposta do 'rei'...

Depois das manifestações contra Trump, acusando o presidente dos Estados Unidos de agir como um rei (alguns poderiam dizer até um imperador, czar ou khan), a resposta dada não foi por repressão ou por qualquer ação policial, mas por um vídeo que viralizou nas redes: 


A CNN e outros veículos de imprensa que não morrem de amores por Trump repercutiram amplamente essa inusitada resposta. Depois, o chefe "laranja" disse "não ser um rei". 


N. do A.: Enquanto isso, em outro 'reino' em pé de guerra com Trump, o ex-líder sem teto Guilherme Boulos é escolhido para a Secretaria Geral da Presidência. Agora, só falta indicar um nome para o STF, substituindo Luís Roberto Barroso. Teme-se o nome de Jorge Messias, o famigerado "Bessias" das conversas entre Lula e Dilma durante a tentativa de fazer do agora presidente o ministro da então titular do Planalto, a fim de tentar evitar, sem sucesso, a prisão, de onde ele sairia pouco tempo depois.