sexta-feira, 8 de agosto de 2025

O dia mundial do gato em 2025

O ano de 2025 está cheio de acontecimentos capazes de angustiar, deprimir e prostrar quem não está preparado. Para não falar deles, vamos abordar o "dia do gato". 

Tenho uma tia que adora gatos e gosta de passar o tempo assistir os vídeos dos bichanos. Não tenho certeza se ela apreciaria estes videos. Alguns são bem antigos, mas estão lembrando demais 2025. 

Esta gata lembra que o ano está assustador...

.agressivo...

ameaçador...

difícil de entender (do canal BrooklynStray) ...

... ou simplesmente cheio de acontecimentos bizarros!

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Será um alívio ou uma nova "gambiarra"?

Finalmente, no próximo dia 31, os usuários da linha 13 da CPTM com destino para o Aeroporto Internacional vão conhecer o "People Mover", o aeromóvel que ligará a estação Aeroporto aos terminais 2 e 3 de Cumbica. 

Esta estação fica próxima ao terminal 1, usado apenas em voos domésticos pela empresa Azul, deixando a maioria dos usuários dependente de um sistema de ônibus nem sempre suficiente para atender a demanda, além de ser demorado. 

Com o "People Mover", a baldeação será menos complicada e o percurso será feito em menos tempo. Mas há quem não ache suficiente, pois o veículo, um aeromóvel movido a propulsão pneumática, tem capacidade limitada em 200 pessoas. Uma composição da CPTM pode levar cinco vezes mais. Pelo menos, é melhor do que o sistema atual. 

O "People Mover" sofreu com anos de atraso em sua implementação (Renato Lobo/Via Trolebus)

Ningué, aguentava mais os constantes atrasos e adiamentos, e agora finalmente os usuários do maior aeroporto do Brasil terão a oportunidade de usar o novo veículo, mas ainda com esperança de ver a linah 13 da CPTM estendida para atender a quem não quer se atrasar para o voo com destino às principais cidades do mundo. 

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Mapa de 1513 já mostrava a Antártida

Já foi citado o nome de Piri Reis (1470?-1553), um cartógrafo turco do século XVI, autor de um mapa de 1513 usado pelos navegantes de seu país. O termo "Reis" não se refere a nenhum sobrenome, mas a uma designação para comandantes de navios ou de esquadras, para o império turco. Hajji Ahmed Muhiddin Piri, seu nome real, foi um comandante militar de grande respeito, mas caiu em desgraça devido aos fracassos nos seus últimos confrontos com os europeus, e foi decapitado sem piedade, por ordem do sultão Solimão, o Magnífico. O velho comandante teria mais de 80 anos. 

O mapa continua informações sobre o recém descoberto continente americano, e foi elaborado com base em informações de outros cartógrafos, conhecimentos antigos e mesmo lendas. Um fato curioso é ser talvez o primeiro a mostrar um continente ao sul, somente descoberto no século XIX por navegantes russos e britânicos. Esta viria a ser conhecida como Terra Australis Incognita pelos europeus, e depois por Antártida ou Antártica. 

Existe ainda muita especulação sobre os detalhes deste continente misterioso, mas já citado por Ptolomeu, o geógrafo grego do século II. Restou apenas um fragmento, exposto no museu Topkapi, em Istambul. 

Fragmento preservado do mapa de Piri Reis mostrando a América, a África, o Oceano Atlântico e um grande território ao sul (Reprodução)

Piri Reis poderia ser considerado um mártir do conhecimento do século XVI, mas ele foi morto por seus trabalhos como militar, de acordo com a história oficial turca. Ele não poderia ser associado a outros sábios da mesma época, como Giordano Bruno, o teólogo que defendia não só o heliocentrismo, mas a presença de outros sistemas como o nosso, com planetas habitáveis orbitando em torno de estrelas, portanto, defendendo a presença de seres extraterrestres. Isso lhe valeu perseguições e a execução na fogueira à vista de todos na Praça Campo de Fiori, em Roma. Mas isso ficaria para uma outra postagem. 

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Apoiadores de Bolsonaro se amotinam contra Moraes

O Brasil está bem próximo de um ponto de ruptura institucional, com o acirramento dos ânimos e a radicalização das posições. 

Muitos apoiadores do atual governo se dizem contra posturas "salvacionistas" do ex-presidente Jair Bolsonaro ou de partidários dele. Ironicamente, quem está agindo dessa forma, como um salvador da pátria, é o ministro do STF Alexandre de Moraes, apontado até por moderados como juiz, juri e executor. Além disso, ele também faz o papel de vítima, de promotor e de advogado de acusação contra o chamado "bolsonarismo", comparado muitas vezes ao nazismo e ao fascismo por parte da opinião pública, mesmo por quem não apoia o governo. E, para muitos governistas, liberais e conservadores são ditos "fascistoides". Não são fascistas, mas, segundo eles, parecem. 

Os governistas não consideram Moraes como salvacionista, e sim os membros da oposição que ocuparam a Câmara e o Senado em sinal de protesto, exigindo a votação da anistia aos manifestantes presos após o 8/1 em uma série de inquéritos irregulares. E também o impeachment de Moraes, tarefa dos senadores. A gota d'água foi o ministro do Supremo ter colocado o ex-presidente em prisão domiciliar, ameaçando com a cadeia se o STF alegar reincidência nos contatos de Bolsonaro com seus correligionários e simpatizantes, pelas redes sociais ou não. 

Davi Alcolumbre, presidente do Senado (esq.) e Hugo Motta, presidente da Câmara, foram obrigados a fechar os trabalhos como resposta à "rebelião" dos opositores (Saulo Cruz/Ag. Senado)



Muitos petistas querem parte da oposição, a mais insatisfeita com o status quo, na cadeia, rotulada de "extrema direita" "contra o Estado Democrático de Direito". Mas não querem saber das causas de tanta insatisfação: a economia do Brasil está ameaçada pelo "tarifaço" e pela má gestão, falta de um plano de governo para a nação, e o Executivo muitas vezes se escora no Judiciário e parte do Legislativo (inclusive os volúveis parlamentares pertencentes aos partidos do "Centrão"). Sobretudo, a história nebulosa de terem soltado Lula, preso em várias instâncias por corrupção, a fim de concorrer e vencer a eleição em 2022. E os ecos das vozes ainda tratadas como mero jus sperniandi (ainda não caladas pela força, como se faz em Cuba, Venezuela, Rússia, China e outros países apoiados pelo governo brasileiro) estão mais e mais audíveis e desagradáveis. 


N. do A.: Espera-se que esta postagem seja a última da semana a tratar diretamente da política, pois outra vez este espaço se ocupa de poucos assuntos, determinado pela "força maior" dos acontecimentos no Brasil. 

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

O povo ainda mostra sua insatisfação

As repercussões do tarifaço ainda não parecem ter influenciado muito as atitudes do governo e, principalmente, dos ministros do STF, estes últimos ainda se comportando como os éforos da antiga Esparta, mas em uma escala ainda mais autocrática por não conseguirem os mandatos pelo voto (aberto, naquela época, e ainda mais manipulável que as urnas eletrônicas de agora) e nem terem seus cargos limitados em um ano, como naquele regime oligárquico. 

Pelo menos, alimentaram a indignação de muitos, principalmente os já insatisfeitos com a administração petista praticamente sustentada pelo Judiciário, e com ainda tênue limitação pelo Legislativo, com pouca força para lembar aos outros dois Poderes sobre a harmonia e a independência apregoadas pela Constituição. 

Os manifestantes tentaram novamente mostrar a sua indignação. Na Paulista, reuniram-se dezenas de milhares de pessoas. A USP contabilizou "apenas" 37 mil, mas já é praticamente o triplo de pessoas presentes no movimento anterior. Segundo o site Poder360, criticado por ser "isentão" pelos críticos, o numero foi bem maior: 57 mil. E isso sem a presença física do clã Bolsonaro. Novamente, Silas Malafaia foi o líder e organizador, com a presença de políticos como o presidente do PL Valdemar Costa Neto e o prefeito Ricardo Nunes, mais o deputado Nikolas Ferreira, entre outros. 

Imagem aérea mostra a Paulista tomada por apoiadores de Jair Bolsonaro e/ou críticos do atual governo (Divulgação)

Em outras cidades, como Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Belém, também houve protestos, em números suficientes para um governo sério começar a tomar medidas, dentro das regras democráticas. 

Mais do que dar apoio ao ex-presidente e aos atos de Eduardo Bolsonaro, considerado ainda um agente valioso da luta contra a extrapolação de poderes de Alexandre de Moraes, mostra a voz dos descontentes. E eles não são poucos. Não será tão fácil para o governo nas eleições de 2026, mesmo se Bolsonaro for impedido de concorrer. Por ora, está impedido até de sair de casa, por conta da decisão de Moraes impondo-lhe prisão domiciliar por ter se reunido com apoiadores via redes sociais. Se depender da vontade dos manifestantes, e também do parecer da Justiça, o ex-capitão e os presos pelos acontecimentos do 8/1 serão anistiados, possibilitando um embate muito esperado nas urnas. Com direito a novos questionamentos sobre os resultados delas, caso o modelo de votação continuar sendo as tais "caixas da discórdia". 

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Um nome

Estão debatendo dobre o nome de Eduardo Bolsonaro, o filho do ex-presidente nos Estadod Unidos. Por causa de sua atuação decisiva para as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, mas também para a megataxação sobre produtos brasileiros, as opiniões ficaram divididas. Muitos o consideram um "traidor da pátria", prejudicando todo o Brasil, inclusive seu próprio pai, cuja situação política acabou ficando pior, obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica e tendo seus direitos sociais e políticos ainda mais cerceados. 

A associação de Eduardo Bolsonaro com Judas Iscariotas, sinônimo de traição, se escaixa dentro da tradição cultural religiosa do Brasil. Contudo, Judas traiu Jesus Cristo em particular, não a sua pátria. 

Outro nome citado foi Joaquim Silvério dos Reis, o traidor dos inconfidentes mineiros. Considerado um nome sinônimo de perfídia no Brasil, Silvério não foi o único, mas foi o mais destacado entre os denunciadores do movimento de libertação de Minas Gerais. Neste caso, há a tentação de comparar Trump à rainha de Portugal, Maria I, sendo ambos considerados mentalmente perturbados. Mas o governo brasileiro está bem longe de ser formado por gente oprimida por tiranias sedentas de impostos, sendo comparado a uma delas. 

Também se fala em Domingos Fernandes Calabar, um proprietário de terras de origem mestiça ("mameluco"), considerado outro traidor do Brasil. No caso, da colônia portuguesa, pois viveu no século XVII, entre 1609 e 1635. Ele se aliou aos invasores holandeses e ajudou-os nas pilhagens e nas batalhas contra os lusitanos, visando satisfazer seus interesses pessoais, mas foi emboscado, capturado e estrangulado, sendo sua memória amaldiçoada até hoje. Mas Calabar não visava beneficiar outras pessoas, como Eduardo Bolsonaro faz, e nem era sua intenção prejudicar o Brasil, ainda muito longe de ser um verdadeiro país naquela época. 

Outro nome citado, desta vez pelo ex-ministro do STF Celso de Mello, foi (Vidkun) Quisling, um ex-governante da Noruega, que teria entregado seu país aos nazistas. Virou um adjetivo para gente pérfida, inimiga da democracia. Mas esse termo seria mais adequado para alguém amante do totalitarismo e da tirania, coisa que o governo americano não é, apesar de Trump adotar às vezes medidas autoritárias. Para os opositores de Lula e do STF, quem se parece mais com o nazismo é o governo brasileiro, por sua perseguição tenaz a quem tenta erguer a voz contra ele. 

Eduardo Bolsonaro ainda será um nome muito falado, mas nem sempre será como traidor, ou como um defensor dos conservadores contra uma tirania "esquerdista". Para muitos, ele não se encaixa nesses papeis, e sim como alguém capaz de causar grandes estragos sem conseguir benefício pessoal, pois o risco de perder o mandato ou ser preso não pode ser desprezado. 


quinta-feira, 31 de julho de 2025

Termina mais um mês

Julho terminou, e vai começar agosto, o famigerado "mês do desgosto". Houve acontecimentos dramáticos e desagradáveis, como o megaterremoto de 8,7 graus Richter no leste da Rússia que gerou um tsunami e cujos efeitos foram sentidos no Japão e até na América do Sul. Sem falar na implantação do tarifaço americano para os produtos brasileiros, em vigor a partir já de agora. Se isso ocorreu em julho, o que virá em agosto?

Nota-se que este blog ficou infestado de charges animadas para lá de desanimadas. Mais precisamente, tragicômicas, com personagens desidratando de tanto chorar. Por enquanto são brasileiros, mas os próximos podem ser personalidades ou autoridades estrangeiras. Quem vai ser retratado aqui nesta situação ao mesmo tempo patética e grotesca?

a) O Zelensky, após o acordo de cessar fogo que fatalmente vai consolidar a anexação de parte do território ucraniano à Rússia. 

b) O Netanyahu, caso a guerra leve Israel a ser pária internacional e na hipótese dos reféns em poder do Hamas estarem mortos. 

c) A Úrsula von der Leyen, presidente da Comissão Européia, com mais sanções do Trump, ou, por outro lado, com o Putin retaliando a Europa pela ajuda dada à Ucrânia. 

d) Todo o mundo, porque o Armageddon virá!

e) O autor deste blog, fazendo mais uma enquete disfarçada de postagem séria. Ainda por cima falando sobre essas animações toscas. Que m***@!

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Consummatum est

E não adianta chorar. 

Donald Trump mais uma vez mostrou não estar de brincadeira quando ameaçou o Brasil com o tarifaço de 50%. No próximo dia 1°, as tarifas não pouparão quase nada, a não ser importantes exceções, como a laranja, os aviões da Embraer, metais preciosos e celulose. Café, carnes e açúcar de cana, este último recomendado por Robert Kennedy Jr., o secretário da Saúde, para adoçar a Coca-Cola local, não escaparam. 

Trump e Marco Rubio mostram que não estão blefando ao sancionar o Brasil e o ministro Alexandre de Moraes (AP Photo)

Ele também cumpriu com a promessa de punir autoridades brasileiras envolvidas em alegada perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, considerando Alexandre de Moraes o "coração" do autoritarismo e da perseguição a opositores que não se ajoelham às vontades do Executivo e do Judiciário brasileiros. Marco Rubio, o poderoso secretário de Estado da Casa Branca, impõs a lei Magnitsky contra o mais destacado dos membros do STF brasileiro. O ministro agora não poderá viajar aos Estados Unidos, nem possuir negócios ou fazer compras por lá com seus cartões de crédito. Muita gente imaginaria uma cena como esta: 


Mas o ministro não é uma pessoa tão emotiva, e continuará a agir com frieza. Ele não desistirá de alcançar seus objetivos de neutralizar o bolsonarismo. Uma de sua metas é conseguir extraditar Carla Zambelli, presa nesta semana na Itália, mesmo que o processo leve anos. Aliás, muitos adversários do bolsonarismo e mesmo alguns bolsonaristas ressentidos com a conduta dela durante as eleições de 2022, queriam ver a situação. 


Carla Zambelli também vem resistindo como pode, e não se renderá tão fácil. Ela lançará mão do seu direito de defesa, assegurado pela Justiça italiana. Não ficará passiva diante da possibilidade de extradição, nem da quase certeza da perda de seu mandato como deputada federal. 

Será mais provável ver o brasileiro comum sem saber o que fazer diante dos acontecimentos recentes. 

terça-feira, 29 de julho de 2025

Preço do morango dispara

Ontem, o preço do morango estava cotado a R$ 48 por quilo, em média, no nosso Estado, um valor 77% maior em relação ao início do mês. Em outros Estados, chega-se a ter ainda mais dificuldade para encontrar este produto rico em vitamina C e antioxidantes. 

Não é culpa do Donald Trump, pois ele não anunciou mais nenhuma retaliação ao Brasil por causa da prisão de Carla Zambelli, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro e refugiada na Itália após ser condenada por invasão de sistemas digitais via contratação de um hacker

Também não é por causa de um aumento nos impostos sobre os produtos do agronegócio. Fernando Haddad (ainda) não fez isso. 

Muito menos por causa de pragas ou quebra de safra. 

A fruta está ficando cara por questão da velha lei da oferta e da procura. A demanda aumentou incrivelmente por causa da nova moda nas redes sociais: as receitas de "morango do amor", doce inspirado na maçã do amor, igualmente calórico e perigoso para os dentes por causa da crosta de caramelo duro (e irresistível). 

Geralmente a nova sobremesa para as festas de meio de ano leva também leite condensado ou massa de leite em pó, e isso também encarece o produto, pois os laticínios estão há tempos com preços assustadores. 

O doce do momento (Divulgação)

Por outro lado, os produtores da fruta, assim como as padarias e confeitarias, estão felizes, e torcem para a moda não sair tão cedo. 


segunda-feira, 28 de julho de 2025

Faltam três dias...

... parece que o tarifaço de Trump está mesmo para ser aplicado. 

Muitos empresários e parlamentares não quiseram esperar a resposta de Lula à medida do governo americano e estão agindo. Uma comitiva de parlamentares foi a Washington para conversar com colegas do Capitólio, tanto do Partido Republicano (o de Donald Trump) quanto o do Democrata. Eles querem evitar a taxação de produtos importantes nas exportações brasileiras, como o aço. 

O governo prefere agir de outra forma. Sabe-se que existem vários motivos para a taxação, além dos políticos. Uma motivação bastante forte é a exploração de recursos minerais valiosos, como as "terras raras" (metais como o neodímio, o disprósio, o gadolínio e outros, cujos compostos são usados para imãs de alta potência, motores elétricos, turbinas e outros equipamentos de alto valor agregado). O Brasil ainda possui outros minerais cobiçados, como o nióbio, muito falado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Por causa disso, o discurso do governo acabou se aproximando do adotado pelo antecessor e "inimigo", mas discursos nada significam sem ações efetivas, e a exploração clandestina dos minerais continua, assim como a falta de controle e fiscalização, pois a exploração desses recursos possui alto impacto ambiental. Para piorar, não existem fábricas brasileiras para transformar essa matéria bruta, pois o processo é muito caro.

Lula (esq.) sabe que jabuticabas não bastam para aplacar a ira de Trump. Mas as ações efetivas dos brasileiros contra o tarifaço não vêm do governo (EFE/EPA/Christophe P. Tesson e Will Oliver)


Esse aparente nacionalismo de um governo até há pouco avesso a isso e sempre acusado de servir ao "globalismo" pelos opositores bolsonaristas, não vai impedir a implantação do tarifaço. E o Brasil sofrerá as consequências. Será que isso será o suficiente para Lula chorar de arrependimento por ter desafiado o seu poderoso colega? Pois os brasileiros certamente irão (e isso foi mostrado em postagem anterior). 



sexta-feira, 25 de julho de 2025

Manifestantes começam a aparecer na Praça dos Três Poderes

A insatisfação com o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal continua, mesmo com a percepção de que Donald Trump radicalizou ao ameaçar taxar os produtos brasileiros em 50%. Aliás, fala-se em até 100%. 

Para muitos, a culpa recai sobre as decisões monocráticas e arbitrárias tomadas por Alexandre de Moraes e outros membros do STF, considerados demasiado coniventes ou mesmo cúmplices, mesmo os três não atingidos pela retaliação americana: André Mendonça, Kassio Marques e Luiz Fux. Essas decisões acabam beneficiando o governo, desejoso de se livrar da oposição mais radical, apodada de "extrema direita", um termo empregado para qualquer um não disposto a conversar com o governo, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou não. 

Algumas centenas de manifestantes já aparecem na Praça dos Três Poderes, preparando-se para a grande manifestação do dia 3 de agosto. 

Faixas penduradas em protesto contra Lula e Moraes (Divulgação/X)


quarta-feira, 23 de julho de 2025

Os estranhos centauros

Quando se fala de centauros, costuma-se pensar a respeito de estranhos seres formados por uma parte humana e um parte equina, pertencentes à mitologia greco-romana. Mas existem outra acepção para a palavra. 

Entre as órbitas de Júpiter e Netuno, existem corpos em geral bem pequenos (em termos astronômicos), entre poucos metros e alguns quilômetros de diâmetro, com comportamento entre cometa e asteróide. Esses objetos "híbridos" foram apelidados pelos astrofísicos de "centauros". Por vezes, quando se aproximam do Sol, chegando ao periélio de suas órbitas excêntricas, eles desenvolvem uma cauda, liberando partículas com as temperaturas mais altas. Mas suas aparências lembram mais os asteróides. 

Sua origem é contraversa, embora provavelmente sejam do cinturão de Kuiper, a região limítrofe do Sistema Solar além de Netuno. Podem ter sofrido a ação da gravidade dos planetas gigantes, principalmente Júpiter e Saturno, passando a se tornar corpos espalhados ao longo do Sistema Solar. É muito pouco provável que alguns deles venham a se aproximar da Terra, pois a ação de Júpiter impede a aproximação. 

Um desses centauros está muito citado ultimamente, o 2060 Quíron. Este objeto tem 206 km (estimados) de diâmetro e foi descoberto em 1977. Segundo a mitologia, Quíron era um centauro diferente dos demais por sua cultura e erudição, com uma ascendência divina: era filho de Cronos, e meio-irmão de Zeus. 

A órbita de 2060 Quíron (Chiron). no Sistema Solar (JPL Small-Body Database)

Espiritualistas afirmam ser Quíron a estadia de almas em processo de recuperação após a morte. Popularmente, seria um "planeta prisão", para espíritos causadores de sofrimento alheio necessitados de correção até terem condições de trilharem lugares melhores ou reencarnarem em planetas ditos de "provas e expiações". Para os kardecistas, a Terra está deixando de ser um planeta dessa categoria, onde o sofrimento e a injustiça reinam, para ser um lugar em processo de regeneração, com seres mais conscientes e dispostos a atitudes mais positivas, como a caridade e a busca pela sabedoria. 

terça-feira, 22 de julho de 2025

Mais perdas

Nesta semana, o Brasil ficou chocado pela morte de Preta Gil, após uma luta sofrida contra um câncer no intestino. Muita gente tinha a esperança de èxito no combate a esta doença, certa de sua capacidade de lutar e enfrentar muitas coisas, mas ela foi derrotada. A filha de Gilberto Gil se foi cedo, com apenas 50 anos. 

Ainda temos a perda, também chocante para os amantes do heavy metal, que ainda são muitos: Ozzy Osbourne, o eterno líder do Black Sabbath, "Príncipe das Trevas" e com a fama infame de comer morcegos, desde o episódio de 1982, quando ele teria mordido a cabeça de um deles durante um show. Não adiantou alegar que o animal estava morto quando ele foi jogado por um fã e foi parar na boca deste inglês que conquistou seu espaço na história do metal. Isso acabou se tornando uma lenda moderna. 

Ozzy Osborune (1948-2025) e a sua fama de "comedor de morcegos" foi além das fronteiras do rock'n roll

Ozzy não morreu de hidrofobia (doença causada por morcegos e outros mamíferos como os cães), mas sim das consequências do mal de Parkinson. Mesmo assim, ele teve forças para se apresentar uma última apresentação com a sua ex-banda, a Black Sabbath, semanas antes da morte. 

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Antes que encerrem a conta do blog

 Por conta das decisões de Donald Trump para tentar castigar o governo brasileiro, muitas sanções ainda poderão ocorrer. O que será de Bolsonaro, Lula, Moraes e do resto do Brasil?

a) O governo Lula vai dobrar esse imperialista fanfarrão, companheiro! E vai ganhar o apoio da China, da Rússia e dos outros membros do Brics para fazer o laranjão recuar.

b) Outra enquete, é? (Ai, ai! Respondendo pergunta com outra...) Pois o Trump vai colocar essa esquerdalha no seu devido lugar, que é na cadeia! Tá OK?

c) Por falar em cadeia, quem vai acabar nela é...


d) Nada disso! Quem vai chorar por culpa desse governo irresponsável é quem sempre tem motivo para chorar! E vai ser pra valer!


e) O que será deste blog? (Respondendo pergunta com outra pergunta de novo...) Está tendo muita charge (des)animada com choradeira ultimamente. Depois quem vai acabar chorando é o autor desta espelunca virtual!

sexta-feira, 18 de julho de 2025

E agora?

O governo brasileiro e o Supremo resolveram endurecer na perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeito de liderar um alegado golpe. Sem muito resistir, além de tentar se defender das acusações, consideradas para ele absurdas, visando unicamente tirá-lo das eleições para o ano que vem, o ex-presidente foi obrigado a usar a tornozeleira eletrônica. 

Bolsonaro negou a sua intenção de fugir do país ou se abrigar em alguma embaixada. O pretexto para tais medidas de restrição à liberdade foi uma operação da Polícia Federal, culminando com a apreensão de US$ 14 mil em dinheiro vivo. Ele também foi proibido de entrar em contato com o filho, Eduardo, atualmente atuando para o governo americano sancionar membros do Executivo e do Judiciário. 

Agora, as medidas de Washington caminham neste sentido. Após a adoção das medidas anti-Bolsonaro, quase todos os membros do STF, com exceção de Luiz Fux e dos dois ministros nomeados pelo ex-presidente durante seu mandato (André Mendonça e Kassio Marques), estão proibidos de entrar nos Estados Unidos. Isso também vale para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerado subserviente a Alexandre de Moraes. 

Agradecendo a Trump e Marco Rubio, o filho "03" do capitão reformado postou no X dizendo que "tem muito mais por vir". Vendo nas medidas do governo americano uma ingerência nos assuntos internos do Brasil, Lula e sua equipe estudam retaliar. Uma das medidas é limitar a remessa de dividendos de empresas multinacionais, algo considerado próprio de regimes ditos "bolivarianos" como o venezuelano e o cubano. Enquanto isso, nada se faz de concreto em Brasília para evitar a megataxação, um verdadeiro veneno para a economia brasileira, já combalida pelo baixo crescimento econômico, aumento de impostos, inflação alta e insatisfação do povo. Apenas alguns poucos estão se esforçando para minimizar o estrago, como o governador paulista Tarcísio de Freitas, que se reuniu com empresários e exportadores. Mas isso não é o bastante para deter este ato atrabiliário de Donald Trump. 

Eduardo Bolsonaro comemora medidas contra Alexandre de Moraes e outros ministros do STF (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Gustavo Moreno/STF)

Muitos devem se perguntar sobre as futuras medidas, que podem ser algo mais drástico. Fala-se até em rompimento de relações diplomáticas por parte do Planalto, e sanções econômicas para impor a tal "morte econômica" de Moraes, Gonet & Cia., por parte da Casa Branca. Nada parecido com um ataque nuclear, como chegou a escrever Eduardo Bolsonaro. Ninguém seria louco a este ponto, nem mesmo Trump. 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

"Vale Tudo" continua alvo do público

Continuam as críticas à atual novela das 9 da Rede Globo, que deveria ser um sucesso por ser um remake de um de seus mais icônicos trabalhos, mas é alvo de deboche e comparações altamente depreciativas com o original de 1988. 

Ela chegou a aparecer até no site "Reclame Aqui", um local onde a emissora é muito mal cotada. Detalhe: ninguém, a princípio, paga para assistir, pois é disponível na TV aberta. Mas não faltam vozes peçonhentas para relembrar a velha fama de manipuladora da "Plim-Plim": para elas, quem assiste paga caro, com a subtração de sua inteligência, além de perder tempo. 

Uma reclamação contra Vale Tudo feita no mês passado (Reprodução/Reclame Aqui)


N. do A.: Enquanto isso, a briga de Trump e Lula continua, com o primeiro exigindo o fim imediato do processo contra o aliado Jair Bolsonaro, enquanto o segundo fala em "traidores da pátria", referindo-se ao antecessor e seu filho Eduardo. Essa novela consegue ser pior do que Vale Tudo, e no final todos poderão se dar mal no fim.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

A USP Santos morreu de vez

Pouca gente conhece o campus da USP em Santos, inaugurado em 2012. E vai ficar sem conhecer, pois esta unidade em breve desaparecerá. 

Por algum tempo, existia apenas uma faculdade, a Engenharia de Minas e Petróleo, vinculada à Escola Politécnica. Desde 2021 ela deixou de ser oferecida e a maioria dos já escassos estudantes abandonou o curso. Uma parcela ínfima deles era da cidade litorânea. A partir daí, o curso passou a ser oferecido na própria sede da Poli, no campus do Butantã, sendo um dos melhores existentes no Brasil. 

Agora, apenas algumas atividades restaram, como um laboratório de pesquisa, o InTRA-USP, onde trabalham engenheiros, geólogos, químicos e físicos. Em 2026, talvez nem isso continue. 

Com a desativação deste campus litorâneo, o que restou do corpo de funcionários teme pelo seu futuro. Eles não querem ser transferidos para São Paulo, pois moram em Santos e nas cidades vizinhas. 

Já os antigos estudantes do campus não têm boas lembranças. O prédio, localizado entre o Centro e a Vila Belmiro, não apresentava boas condições, devido ao estado de conservação. Uma pena, pois o edifício é tombado pelo Condephaat e abrigou, anteriormente, o histórico colégio Cesário Bastos. 

O prédio ocupado pela USP possui grande valor histórico, mas há muito tempo precisa de reformas (Condephaat)


terça-feira, 15 de julho de 2025

Outra crise do tipo "O que postar"

Este blog já teve alguns momentos de indefinição sobre o que postar, mas agora a situação está mais séria. Não faltam assuntos, mas boa parte deles já é abordada por outros veículos da Internet. 


Para piorar, o autor às vezes não tem vontade de escrever nada. Compromissos profissionais na área acadêmica, com pesquisas e trabalhos de simulações de dispositivos eletrônicos para sensores e energia fotovoltaica para publicação em artigos são a prioridade. Mas isso é só parte da explicação. Muitas vezes, é pouca disposição para dar continuidade a um espaço mantido desde 2009, mas sem nenhuma intenção de ser uma fonte de renda, mesmo porque as regras do Google, o dono do Blogger, exigem um certo número de visualizações. Como resultado, na prática não se ganha um centavo. 

Mas as postagens irão continuar. Algumas inspiradas, outras nem tanto. Umas vão refletir o momento, outros são atemporais. Enquanto houver condições, o "Assuntos 1000" vai tentar abordar diferentes temas. E o próximo, pelo menos, não será algo só para preencher espaço nas bases de dados da rede. 

segunda-feira, 14 de julho de 2025

E o Super Mundial acabou!

Agora não adianta mais a torcida brasileira, e nem a francesa, lamentar um Mundial perdido por eles. O título é do Chelsea, logo um dos times europeus mais subestimados, principalmente depois da derrota para o Flamengo. 

Os comuns mortais devem se voltar para os problemas cotidianos, enquanto as autoridades precisam resolver coisas como os tarifaços aparentemente disparatados de Donald Trump. Ainda há os conflitos na Ucrânie e na Ásia Ocidental, que já se estendem demais, causando sofrimento de inocentes, e, no Brasil, p governo tenta bravatear mas não tem como vencer a guerra comercial e política com os Estados Unidos com ideologias ineficientes, velhas e requentadas, e nem aplacar a insatisfação e a frustração do povo com os impostos mal gastos ou desviados pela corrupção, os problemas de segurança, saúde, educação e infra-estrutura. 

Chelsea ganha seu segundo Mundial de Clubes, o primeiro da "super edição", às custas de um PSG deslumbrado após uma bela campanha mas não bem terminada na grande final. Nota-se o presidente americano Donald Trump na foto, à direita (Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images)

Essas questões o futebol, ou qualquer outro esporte, não tem condições de resolver. Serviu como uma bela distração, lucrativa para a Fifa, mas não mascarou as batalhas fora dos campos. 

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Superman não vai nos salvar

Seja um Superman clássico, politicamente incorreto e sem medo de socar alguém, ou este woke e inseguro mostrado no filme do James Gunn, ele não vai nos salvar. 

Quem vai conseguir livrar a Terra dos perigos é a própria população. Cada pessoa, ao deixar de querer ser a vítima dependente e indefesa, pode vir a ser um herói de sua própria história, caso enfrentar os seus problemas com sabedoria e persistência. E, coletivamente, a humanidade pode salvar seu legado deixando de se deixar levar por pessoas e adotar boas ideias, valorizar a harmonia e a boa convivência, evitar a estupidez e rejeitar as más práticas. 

Superman e Krypto contemplam um mundo de ficção, onde nem todos os heróis da DC conseguem resolver os problemas (Reprodução/James Gunn)

É bom que seja assim, pois nos mundos de ficção baseados nas histórias em quadrinhos, as batalhas entre heróis e vilões mais ameaçam a existência das pessoas comuns do que servem de exemplo de lutas do bem contra o mal.