Matvei Safonov foi o nome da final da Copa Intercontinental, o torneio anual substituto do antigo Mundial de Clubes, entre o PSG e o Flamengo.
Ninguém esperava por isso. Um goleiro russo, vindo de um país visto como inimigo pelos franceses, e mero reserva do titular Donnarumma.
Após uma partida equilibrada demais para os padrões de uma batalha entre os europeus favoritos e brasileiros tentando faturar um título mundial por 13 anos, desde a façanha corintiana de 2012, o resultado, 1 a 1, levou a disputa para a prorrogação e depois para os pênaltis.
O russo que nem os torcedores do PSG conheciam bem atuou e conseguiu defender QUATRO cobranças do rubro-negro. Quatro. Foram chutes pouco eficientes, que não dariam muito trabalho, isso é verdade. Um deles foi de Saul Niguez, a contratação ousada da Gávea vinda do Atlético de Madrid, o mesmo clube onde o técnico Filipe Luis havia jogado alguns anos antes, sendo ex-colega. Pedro cobrou mal e Safonov parecia ter se adiantado para defender. Nem o bandeirinha, nem o VAR, indicaram nada, embora o juiz estivesse em dúvida e quase mandasse repetir a cobrança por isso.
| Para o público, o "loirão" russo Safonov (ao centro) era o nome da Copa Intercontinental, mas a FIFA pensou diferente e elegeu Vitinha, também do PSG (Jan Kruger/FIFA/Getty Images) |
Não é possível mudar a realidade só por isso. O time francês conquistou finalmente um título mundial, como queria Nasser al-Khelaifi, o dono do clube, e cidadão do Qatar, país onde se deu a partida histórica. Os parisienses financiados por um xeique islâmico conseguiram o feito sem nenhuma estrela. Nada de Messi, Neymar, Mbappé, Ibrahmovic. Só um russo até há pouco desconhecido, para salvar o time e defender um ano perfeito.
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