terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O fim de uma cidade

São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, praticamente acabou devido às chuvas da virada do ano.

Quase toda a parte histórica da cidade se perdeu, para sempre. Uma das perdas mais significativas foi a da igreja gótica:


Vai seguir o mesmo caminho de Canudos, a cidade baiana governada pelo beato Antônio Conselheiro, que a rebatizou com o nome de Belo Monte. Foi arrasada (não por uma catástrofe dos céus, mas por ação do governo, em 1897, após a chamada "Guerra de Canudos") e reconstruída com o mesmo nome, mas sem as mesmas características da antiga cidade.

É o caso mais gritante de destruição de patrimônio causada pelas chuvas na virada do ano. Felizmente não é a maior destruição de vidas humanas, já que só uma pessoa morreu na tragédia, enquanto em Angra dos Reis, balneário turístico no estado do Rio (e onde estão as usinas nucleares), mais de 50 pessoas perderam a vida. Mas Paraitinga é um caso da destruição da memória de um país já tão desmemoriado...

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