Já escrevi sobre violinos em um dos meus primeiros posts.
Agora fiquei sabendo de outros membros (esquecidos) da família do violino. Isso é para fazer um estudante de música enlouquecer (hehehe...).
A família tradicional do violino não é mesmo só formada de violino, viola, violoncelo e contrabaixo. Eu já cheguei a citar a presença de um violino tenor, cuja tessitura (é como dizem do som de cada instrumento) está entre a viola e o violoncelo. Ou seja, é mais grave que a viola e mais aguda que o violoncelo. No começo do séc. XVIII, havia uma espécie de instrumento chamado violoncelo piccolo (um pequeno violoncelo com 4 ou 5 cordas), que tinha tamanho variável. Os maiores eram tocados como um violoncelo e os menores, como se fosse um violino grandão, e neste caso era chamado de violoncelo piccolo de spalla. Existe um luthier que se ocupa desse instrumento, o russo Dmitri Badiarov, e um músico especialista neste instrumento, chamado Sigiswald Kuijken, sujeito de cabelo estranho que lembra o rei de copas (hehehe!). Para ter uma idéia do som da coisa, veja no Youtube, num trecho da sexta suíte para violoncelo solo de Bach, a Sarabande.
Agora fiquei sabendo de outros membros (esquecidos) da família do violino. Isso é para fazer um estudante de música enlouquecer (hehehe...).
A família tradicional do violino não é mesmo só formada de violino, viola, violoncelo e contrabaixo. Eu já cheguei a citar a presença de um violino tenor, cuja tessitura (é como dizem do som de cada instrumento) está entre a viola e o violoncelo. Ou seja, é mais grave que a viola e mais aguda que o violoncelo. No começo do séc. XVIII, havia uma espécie de instrumento chamado violoncelo piccolo (um pequeno violoncelo com 4 ou 5 cordas), que tinha tamanho variável. Os maiores eram tocados como um violoncelo e os menores, como se fosse um violino grandão, e neste caso era chamado de violoncelo piccolo de spalla. Existe um luthier que se ocupa desse instrumento, o russo Dmitri Badiarov, e um músico especialista neste instrumento, chamado Sigiswald Kuijken, sujeito de cabelo estranho que lembra o rei de copas (hehehe!). Para ter uma idéia do som da coisa, veja no Youtube, num trecho da sexta suíte para violoncelo solo de Bach, a Sarabande.
E para complicar, mais tarde criaram outros tipos de violino tenor, afinado como o violino só que uma oitava mais grave (ou seja, toca a mesma nota com a metade da frequência sonora). Um deles é a violotta, do alemão Alfred Stelzner, menor do que aquele violoncelo da spalla que parece ora um violino gigante, ora um violoncelo anão.
Mais recentemente, o boliviano Geraldo Yanez, atualmente vivo, inventou um instrumento um pouco maior do que a viola comum porém bem mais grave (e também afinada a uma oitava abaixo do violino). O instrumento chama-se viola profonda. Parece um pouco pequeno demais para ser um instrumento tenor, e não parece soar muito bem nas notas graves como no caso do violoncelo de spalla, mas é bem menos complicado de tocar. Uma amostra do som deste pequeno "tenor" está em outra parte do Youtube (neste exemplo, a chorosa Meditation da ópera Thaís, de Massenet).
E estou falando só de instrumentos que tenham mais ou menos a altura da voz de tenor (o violino é um soprano, a viola é contralto, o violoncelo é um barítono e o contrabaixo é um baixo bem cavernoso).
Ainda havia no passado um instrumento chamado violone, um instrumento bem grave porém menor do que o contrabaixo. Era mais parecido com um violoncelo grande. No séc. XVII, tinha seis cordas, como o nosso atual violão. Também fizeram um instrumento menor, chamado de "violino baixo", cuja corda mais grave toca o si bemol, uma nota abaixo do dó grave do violoncelo. Tinha quatro cordas e era tocado como o violoncelo atual. No Youtube, existe uma demonstração de como se tocava o trambolho (hehehe...).
E estou falando só de instrumentos que tenham mais ou menos a altura da voz de tenor (o violino é um soprano, a viola é contralto, o violoncelo é um barítono e o contrabaixo é um baixo bem cavernoso).
Ainda havia no passado um instrumento chamado violone, um instrumento bem grave porém menor do que o contrabaixo. Era mais parecido com um violoncelo grande. No séc. XVII, tinha seis cordas, como o nosso atual violão. Também fizeram um instrumento menor, chamado de "violino baixo", cuja corda mais grave toca o si bemol, uma nota abaixo do dó grave do violoncelo. Tinha quatro cordas e era tocado como o violoncelo atual. No Youtube, existe uma demonstração de como se tocava o trambolho (hehehe...).
O mesmo Alfred Stelzner que criou a violotta criou também outra espécie de violone, chamado de cellone. Era pouca coisa maior do que o violoncelo, mas era afinado como o violino, duas oitavas abaixo, o que devia ser bem cavernoso, quase um contrabaixo. É difícil identificá-lo apenas com o olhar, porque parece o conhecido "cello" (na foto abaixo, parece que existem dois violoncelos, mas o da esquerda é um cellone).
"The Summit Chamber Players", especializado em obras de um compositor chamado Draeseke, que foi suficientemente doido de usar as invenções do Stelzner...
E não posso me esquecer de uma invenção para lá de estranha, chamada de 'octobass', ou oito vezes baixo (em inglês, o contrabaixo é chamado de 'double bass', ou duas vezes baixo, em tradução grosseira). A aparência é de um contrabaixo de Itu (hahaha!). Veja aqui, num vídeo do Youtube, como é tocar o monstrengo. Visualmente, é de deixar o violino parecer um brinquedinho, sem falar no urro, aliás, no som.
Enfim, estudar instrumentos musicais com profundidade não é para qualquer um. Nem para um quase leigo no assunto como eu (hehehe!), que aprecia todo tipo de música, mas não consegue fazer nada que preste num violão (vergonha...) nem ler partituras direito (dupla vergonha!!!).
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