terça-feira, 31 de agosto de 2010

O eterno problema dos impostos

Nós, brasileiros, pagamos muitos impostos. Isto é fato.

Porém, também é fato se desconhecer o paradeiro verdadeiro do dinheiro público. O mesmo se pode dizer da falta de mobilização dos contribuintes contra a voracidade do governo.

Quando comecei a fazer este post, às 16h29, verifiquei o "impostômetro" num site e fiquei estupefato com os números. Veja:


Imagine esse montante destinado somente para custear a saúde, a educação e a segurança, que são três das prioridades do nosso país. Daria para equipar melhor os hospitais, as escolas e as delegacias, investir em treinamento e pagar melhor médicos, professores e policiais. Mas tudo isso, porém, já virou lugar comum e isso os candidatos das eleições deste ano e dos anteriores não se cansam de repetir.

Acontece que existem centenas, ou até milhares, de destinos para o NOSSO dinheiro, desde financiar jetons de deputados até obras destinadas a eventos sazonais, como a Copa do Mundo de 2014 e as festas de Barretos.

Pagamos impostos demais e reclamamos de menos. E são impostos a incidir sobre impostos, no já notório "efeito cascata", desde as matérias primas até o varejo, passando pela indústria, atacadistas, transporte... Uma simples conta de luz tem impostos que não condizem com o valor real, e o truque infelizmente não é fácil de ser percebido para a maioria da população: o imposto, no caso o ICMS, incide sobre outros tributos, e não sobre o valor líquido (consumo em kwh multiplicado pelo custo por cada kwh).

Os critérios para a incidência dos diversos tributos, como o ICMS citado, não são muito claros, e obviamente há casos terríveis, como o fato de certos produtos terem os preços constituídos em mais de 75% só de impostos, como perfumes e artigos de limpeza. Como consequência, pagamos muito, muito caro. O Brasil já há muito tempo é um país onde se paga caro por produtos muitas vezes de má qualidade, com uma renda em geral muito baixa.

Não podemos imaginar que o próximo presidente vá mudar muito na questão tributária, sem uma reforma tributária séria, a qual vai demorar para sair pois exige discussões e acordos por parte do governo e do Congresso. Enquanto isso, a contagem do impostômetro não pára. 26 minutos depois que comecei a escrever o post, o valor dos impostos recebidos pelo governo já aumentou em R$ 15 milhões! Dá para acreditar?

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