sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Da série 'Oitentolatria', parte 7

O culto dos anos 80 é uma doença mental muito séria. Os oitentólatras estão à solta, pregando os costumes de uma geração que a juventude de hoje acha simplesmente bizarros.

Tenho enfrentado alguns surtos fortes dessa neura (hehehe), principalmente porque muita coisa boa aconteceu nessa época, quando eu era criança e depois adolescente. Daí se explica tanta postagem sobre essa série. Aliás, já é o segundo post seguido sobre o tema.

Para "piorar" a situação ainda mais, existe um livro de grande sucesso chamado "Almanaque Anos 80", do Luiz André Aizer e Mariana Claudino. É uma espécie de bíblia dos fanáticos pela "década perdida". Pode ser encontrado em muitas livrarias e até em lojas de departamentos. Lá se pode ver muita coisa que se enquadra como baboseira, mas que os oitentólatras não deixam de sentir saudade. Coisas de uma época onde a indústria cultural (ou show bizz, como se dizia na época) lançou vários tipos de tendências na música popular (inclusive o rock nacional) e nos costumes.

Por falar em indústria, neste livro é possível notar vários tipos de produtos de qualidade e gosto questionáveis, mas extremamente rentáveis e algumas até bem criativas, lançados por vários tipos de empresas, notavelmente as brasileiras. Afinal, era necessário lucrar numa época de inflação desenfreada e planos econômicos erráticos, como o tão badalado Plano Cruzado, para tentar contê-la.

Theodor Adorno (1903-1969), o famoso filósofo alemão que criticava asperamente o lixo cultural e os vícios do capitalismo, teria muito assunto, se vivesse naquela época...

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