segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Gradiente vai voltar

Para os saudosistas das décadas de 1970 e 1980 (estes últimos 'homenageados' no blog na série 'Oitentolatria'), a Gradiente era um orgulho nacional, por seus equipamentos eletrônicos considerados de qualidade, numa época onde era proibido importar. Comerciais passavam aos montes na televisão, e anúncios em revistas de grande repercussão, também. Seu criador, Eugênio Staub, foi considerado um dos maiores empreendedores do país. 

Junto com outras grandes empresas, instalou-se em Manaus, na Zona Franca, e ajudou a bancar a prosperidade da capital do Amazonas, bem no meio da floresta. 

Quem com mais de 30 anos não se lembra do comercial "Meu primeiro Gradiente", de 1989? Era um gravadorzinho de brinquedo, bem colorido, com um toca-fitas. 

Um dos sonhos de consumo da criançada no final dos anos 1980 (do site Melhor dos Anos 80)

Com a liberação das importações, o império da Gradiente começou a ruir, e atos equivocados por parte das administrações da empresa levaram-na a pedir concordata. A empresa deixou sem amparo nem garantia vários produtos, e muitos consumidores ficaram prejudicados. Neste século, a marca praticamente passou todo o tempo em estado pré-agônico. A situação ficou crítica a partir de 2007. Esteve bem perto de falir. 

Porém, com a ajuda de fundos de pensão (Petros, da Petrobras, e Funcef, da Caixa Econômica Federal) e do governo do Amazonas, a Gradiente praticamente ressuscitou. E promete voltar à ativa a partir de maio, lançando vários produtos: toca-discos Blu-Ray, tablets, TVs, monitores, aparelhos de som e outros produtos eletrônicos. Assim, praticamente semi-estatal, ela poderá voltar aos bons tempos. Isso se conseguir convencer o mercado e os consumidores, muitos deles desiludidos com a marca.

Eu tinha um aparelho de som, o E-400, com carrossel para 3 CD's, dessa marca. Comprei um em 1998, mas dois anos depois era justamente o toca CDs que passou a não funcionar, devido a problemas no sistema elétrico da casa. Todas as outras funções, como rádio e dois toca-fitas, funcionavam direitinho, e tinha um som mais ou menos potente (50 W RMS), mas precisei me desfazer dele recentemente. Para a época, até tinha tecnologia, mas não tocava MP3 e nem tinha conexão USB, requisitos básicos dos aparelhos de som que só foram implementados em meados da década passada.

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