Com uma história semelhante à do famigerado novo coronavírus, o Nipah, parasita de morcegos frugívoros, está preocupando os tailandeses e os epidemiologistas.
Por enquanto, ele é transmissível de animais para humanos, mas caso vier a sofrer mutações para passar de uma pessoa para outra, teremos uma nova pandemia, talvez mais mortífera. A infecção pelo Nipah possui um tempo de incubação relativamente longo (45 dias) e a letalidade é estimada em 40%. Seus sintomas assemelham-se aos da COVID-19, com dificuldades para respirar, tosse e encefalite (inflamação no cérebro).
Esta doença não é exatamente nova: já matou muitas pessoas no Sudeste Asiático, principalmente Tailândia e Camboja, mas também em Bangladesh e mesmo na Índia.
Enquanto o vírus Nipah e seu aparentado, o Hendra, parasita temido na Austrália e no leste da Indonésia, não tomarem o mesmo caminho do coronavírus, as infecções ficarão restritas às áreas com morcegos frugívoros.
A devastação do habitat onde vivem esses mamiferos alados os forçam a migrar para áreas habitadas pelos humanos. Esses locais passam a ser fontes de contaminação, graças às fezes e urina desses animais voadores.
Os morcegos frugívoros também são acusados de serem hospedeiros do novo coronavírus, ao lado dos pangolins e outros animais vendidos nas feiras chinesas, onde as condições de higiene sempre foram precárias. Impedí-los de ficarem em áreas urbanas é um desafio, ainda mias com a perda florestal. Todavia, exterminá-los só vai criar novos problemas, pois eles são importantes dispersadores de sementes.
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