Donald Trump deixou de ser o presidente dos Estados Unidos, prometendo voltar ("I'll be back some time!"). Joe Biden, em cerimônia marcada por certa tranquilidade e pela ausência de Trump, passa a ocupar o cargo.
Joe Biden faz o juramento como o presidente número 46 dos Estados Unidos, ao lado da mulher, Jill (Reuters) |
Até o começo da pandemia, o ex-presidente parecia ser um caso relativamente bem sucedido de outsider, apoiado pelos setores mais radicais do conservadorismo norte-americano. A economia ia bem, o desemprego era baixo, e os Estados Unidos passaram a dificultar a acelerada expansão da China, de onde surgiu a terrivel praga. Graças à péssima gestão da crise sanitária, a trajetória econômica da maior potência mundial sofreu uma grande alteração, e a dívida pública, já muito alta no final de 2019 (mais de US$ 23,2 trilhões), saltou para US$ 27,7 trilhões.
Este é um dos desafios a serem enfrentados pelo novo governo, que prometeu colocar os Estados Unidos de volta aos acordos mundiais, como o de Paris, referente à crise climática provocada pelos desequilíbrios ambientais no planeta. O novo presidente ainda vai precisar enfrentar o expansionismo das ditaduras chinesa e russa, e tentar pacificar uma nação onde mais pessoas tomaram posições políticas extremadas, a ponto de cometerem atos anti-institucionais (como a invasão do Capitólio no último dia 6).
Porém, a maior dificuldade será enfrentar a pandemia, que já matou mais de 400 mil norte-americanos. Biden passou a exigir o uso de máscaras nos próximos cem dias, como parte de suas primeiras decisões como governante, e pretende estimular a vacinação, para combater a praga e fazer a vida dos cidadãos voltar a ser como antes, apesar da desconfiança dos aliados do ex-presidente, que veem Biden como um serviçal da "New World Order", ou NWO, ao lado de Xi Jinping, Emanuel Macron e outros líderes.
Será um quadriênio diferente do vivido até esta data. É tudo o que se pode dizer, por enquanto. O èxito do novo governo depende de ações ainda para serem tomadas, e é muito cedo para se afirmar algo.
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