Já não bastavam os gafanhotos e outras pragas que ameaçaram invadir o Brasil. Agora temos mais uma espécie invasora, como potencial ameaça agrícola.
O estorninho, nativo da Europa, já está invadindo áreas esparsas no interior do Rio Grande do Sul. São aves consideradas vorazes, devorando grãos e invertebrados. Além disso, são potenciais destruidores de ninhos de outros pássaros, e é uma espécie suspeita de ter contribuído para o extermínio do pica-pau bico de marfim (Camphephilus principalis) na América do Norte - sim, o famoso Pica Pau dos desenhos animados antigos representaria uma ave extinta.
A espécie é classificada como Sturnus vulgaris (Divulgação) |
Apesar da aparência, não são da mesma família dos corvos, sendo classificados como Sturnidae (corvos e gralhas são da família Corvidae). Esses animais vivem em grandes revoadas e seu controle é um desafio em todo o mundo.
Um dos culpados pela introdução dessa ave exótica no Novo Mundo foi um admirador de Shakespeare, Eugene Schieffelin, que inocentemente soltou dezenas delas em 1890. O estorninho foi citado nas obras do bardo (Henry IV). Possivelmente, foi introduzido na América do Sul de outra forma, por ser apreciado como imitador de vozes, tal como faz um parente maior, o mainá indiano.
Este é mais um caso de negligência humana, introduzindo animais sem qualquer critério.
N. do A.: Enquanto isso, André Mendonça foi empossado como novo ministro do STF. Segundo Ana Paula Henkel, ex-jogadora de vôlei e colunista da revista Oeste, os ministros do Supremo são "pavões", e o novo membro "terrivelmente evangélico" está a se tornar um deles, mas desta vez com apoio dos bolsonaristas e da bancada evangélica. Por outro lado, Mendonça fez questão de citar a Constituição - que garante o estado laico com liberdade de culto - como o suporte para seu trabalho.
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