terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Classificação biológica: proposta de uma série sobre um tema complicado

Para o ser humano, o termo Homo sapiens é familiar desde o ensino fundamental. Segundo a moderna classificação biológica, somos os "homens que sabem" (embora muitos duvidem disso), da ordem dos Primatas, derivado do latim Primates ("principal"), mamíferos (animais produtores de leite) como os macacos e os lêmures, com inteligência elevada, visão estereoscópica (olhos voltados para a frente) e presença de polegar em cada mão. 

Para outros animais, assim como outras formas de vida, a situação fica menos clara. A classificação biológica em questão, feita por Karl von Linné, ou Carolus Linneaus, dito Lineu (1707-1778), biólogo sueco, sofreu várias modificações, capazes de provocar confusão mental em quem se atreve a estudá-las a fundo. 

Por que a classificação dos seres vivos precisava ser em grego ou latim, com um primeiro nome científico, ou gênero, em maiúsculas, e o segundo nome, ou espécie, em minúsculas? Isso era costume dos naturalistas do século XVIII, como Lineu, onde a regra era empregar linguagens acadêmicas, e não as dos povos. Era a nomenclatura binomial, divulgada desde o século anterior pelo naturalista suíço Gaspard Bauhin (1560-1624), em seu livro Pinax Theatri Botanici (1622), classificando vários tipos de plantas. 

E são justamente a classificação das plantas a mais confusa de todas, apesar de ser sistematizada antes de qualquer outro reino biológico. Isso será visto ao longo do tempo. Primeiro, este blog vai abordar os mamíferos, onde já existe muita complicação, questionando aquele livro didático empregado na sua escola. Esta série sobre classificação de seres vivos vai se estender ao longo deste ano. 

Lineu fez uma classificação minuciosa dos seres vivos, adaptada ao longo do tempo pelos avanços científicos desde o século XVIII (Retrato de Carl von Linné por Alexander Roslin)


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