quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Da série 'Grandes marcas (sumidas) do Brasil', parte 8

O Brasil é um país em vias de desindustrialização, onde as empresas enfrentam toda sorte de empecilhos para poderem se manter, desde a concepção até a atividade produtiva. Além disso, as poucas efetivamente de capital nacional precisam enfrentar a concorrência de marcas estrangeiras, geralmente mais estruturadas. 

Uma dessas empresas de capital nacional está enfrentando gigantes transnacionais, como a Johnson & Johnson, assim como a nacional Flora, do grupo JBS, que se mantém bem ativa na mídia. Ao contrário desta, a Memphis S.A. Industrial, empresa gaúcha estabelecida em 1949, por Carlos Lutz, Ilse Kuhlmann, Rodolfo Gros, Geraldo e Domingos Caruccio. 

Ela produz sabonetes tradicionais, como a Senador e a Biocrema, além de uma linha completa de perfumaria envolvendo desodorantes, colônias, talcos e sabonetes Alma de Flores, produzidos em suas duas fábricas, todas no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Portão), além de escritórios comerciais espalhados pelo Brasil, um deles em São Paulo. 

Os comerciais da empresa apareciam mais nos anos 1980, quando ela ainda ostentava um logotipo com as pirâmides e o busto de Nefertiti, que relembram o Egito Antigo, cuja capital era conhecida pelos gregos como Memphis. Por volta da década seguinte, esse logotipo foi modificado. 

O logotipo atual

Logotipo antigo, dos quais muitos se lembram (Gisele/Enjoei.com.br)


Não seria preciso lembrar que a Memphis não teve uma existência de faraó em terras brasileiras, com todas as suas crises econômicas, hiperinflação e períodos de recessão. A tudo isso resistiu, e tem tudo para aguentar outros anos. Será que durará como a cidade antiga egípcia, cujo período de existência foi datado em 8.000 anos? É mais fácil o Brasil acabar bem antes.

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