terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Chuva não dá trégua em São Paulo

 As tempestades são uma constante no verão paulistano, mas este ano foi particularmente terrível. 

Na véspera do aniversário de 471 anos da cidade, as chuvas castigaram toda a região, principalmente as zonas norte e oeste. Viralizou a inundação do Beco do Batman, na Vila Madalena (Zona Oeste) e o teto do Shopping Center Norte, na Vila Guilherme (Zona Norte) desabou. Uma estação próxima do estabelecimento comercial, a Jardim São Paulo, ficou alagada (ver AQUI). 

E novamente o pior de tudo são as mortes. Foram três, naquele dia fatídico, e a mais comentada foi a do artista plástico Rodolpho Tamanini Neto, afogado na enchente em sua casa na Vila Madalena. 

Nos dias seguintes, também choveu, mas nada comparável ao ocorrido no dia 24, um fenômeno anormal decorrente da crise climática no mundo. Em muitas casas, isso dificultou a recuperação dos estragos. E também houve quedas de energia em vários pontos. 

Teme-se o recrudescimento das chuvas no curto prazo, fazendo tempestades como a de sexta-feira passada ficarem mais comuns. Desse modo, será necessário redobrar os cuidados paliativos, como a manutenção da rede elétrica (a Enel é acusada de negligenciá-la), a poda das árvores e o descarte daquelas condenadas por ações de cupins, e o descarte do lixo e do entulho, causas frequentes do entupimento dos bueiros para escoamento das águas das chuvas. Isso já foi registrado antes, mas vale repetir. 

Na véspera do aniversário, a cidade foi assolada por uma das piores tempestades de sua história (Divulgação)


N. do A.: Parecia que São Pedro quis dar um "presente" para o colega São Paulo, na véspera do aniversário da cidade batizada com o nome deste último.. Sabe-se que os dois apóstolos viveram na mesma época e não conviviam muito bem. Foram martirizados, segundo o folclore, no mesmo dia: Pedro foi crucificado e Paulo foi decapitado. E, pelo visto, o "presente" do santo tido como o guardião das chaves do Paraíso e regulador das chuvas faria o apóstolo dos gentios "perder a cabeça" (no sentido literal, desta vez), de raiva. 

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