segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Brasil e Colômbia sentem a mão pesada de Trump

Donald Trump começou seu mandato como um dínamo, disposto a cumprir com suas promessas, queira o mundo ou não. E ele já foi notificado pelas autoridades do Brasil e Colômbia devido à forma com que os imigrantes ilegais foram tratados. 

Segundo um acordo firmado em 2018, entre Trump e Temer, existe um tratado para deportar pessoas en situação irregular, quando não há possibilidade de recursos judiciais, e também para evitar os presídios. O acordo não proibia, mas também não tornava padrão, o uso de algemas, e estas devem ser retiradas em solo brasileiro. Os Estados Unidos costumam algemar os "indesejados" para contê-los, mesmo no governo anterior dos membros do Partido Democrata. 

Para a Colômbia, o tratamento foi pior. O governo de Gustavo Petro recusou a vinda de dois aviões americanos com deportados, e Trump retaliou com 25% sobre os produtos colombianos, com possibilidade de aumento. Além disso, sanções contra o presidente colombiano e seus subordinados foram impostas, como suspensão de vistos. Petro mostrou indignação, dizendo que iria mandar buscar os compatriotas em situação não-conforme em solo americano, mas Trump fez valer a sua vontade, e os colombianos aceitaram a vinda dos aviões em troca do levantamento das sanções. 

Isso fez a América Latina inteira ficar na defensiva, e a Celac, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, atualmente liderada pela presidente de Honduras Xiomar Castro, marcou uma reunião para discutir o problema da imigração, tratada com a mão pesada do magnata eleito para ocupar a Casa Branca. 

Petro (dir.) enfrentou a ira de Trump, assim como o governo brasileiro (Mandel Ngan/Raul Arboleda/AFP)


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