sábado, 19 de dezembro de 2009

A evolução dos motores dos carros

Os carros brasileiros de hoje vêm acompanhando as tecnologias dos países mais adiantados, embora de uma maneira bem peculiar.

Se o carro brasileiro está muito caro por causa da tributação excessiva e da margem de lucro idem, ainda mais considerando a pobreza estarrecedora de equipamentos de segurança e a miséria patética no acabamento interno (até nos Ford e GM, que eram referência em revestimentos luxuosos no passado!), os motores estão ficando melhores.

No passado, eram comuns os motores refrigerados a ar, barulhentos e robustos, do Fusca, da Kombi, da Brasília. Tinham apenas cerca de 54-58 cv (padrão SAE). Contrastavam com os 171 cv de potência bruta (SAE) do Opala "6 canecos" (6 cilindros) e os relativamente possantes motores dos lendários Maverick e Dodge Dart.

Veio a crise do petróleo e surgiram motores a álcool. Boas referências de motores a álcool, inicialmente, foram os da linha Corcel 1.6 (65 cv líquidos, já padrão ABNT, como o que se usa hoje).

Na década de 1980, elogiava-se muito os motores AP da Volkswagen, com seus 90 cv num motor 1.6, e os 121 cv (brutos) do Gol GTi, o primeiro carro com injeção eletrônica (fabricado a partir de 1988).

E, na década seguinte, destaque para os motores do Tempra, da Fiat (127 cv no motor 16 válvulas e 165 cv no motor turbinado, todos 2.0). O destaque, desta vez negativo, era a falta de potência dos primeiros motores 1.0. O Uno Mille foi lançado com um motorzinho de 48 cv.

No século XXI, os motores estão mais potentes e menos poluidores. E, na maior parte das vezes, são flexíveis, ou seja, andam tanto com álcool como também com gasolina. É certo que poderiam ser mais econômicos, mas nada é perfeito.

E ela foi bem incrementada. Um carro 1.0 não tem menos de 66 cv (a gasolina), como o "fraco" motor flex do Mille (sim, o velho e ancião Mille, com seus 25 anos de produção...); 66 cv era mais que a potência do primeiro Corcel II 1.6 a álcool.

Os motores 1.4 de hoje têm até 105 cv (a álcool), potência atingida somente por motores 2.0 até a década passada. Agora é a cilindrada predominante. Em outros tempos, ninguém queria um carro com essa cilindrada porque não queriam passar vergonha na estrada.

Um motor 1.6 como o que equipa o Gol, com seus 104 cv (a álcool), é atualmente considerado fraco para a cilindrada. Tem praticamente a mesma potência do 1.8 do antigo Gol GTS, um carrinho esportivo produzido até 1993.

Motores do Civic e do Corolla não devem quase nada aos propulsores japoneses, com sua potência e economia, embora a conversão para o flex deixe um pouco a desejar.

Já temos motores movidos a gás natural, econômicos, pouco poluidores e cada vez mais potentes.

E logo teremos carros híbridos, com dois motores, um a gasolina (ou a álcool também, no caso brasileiro), e outro elétrico. E o carro movido a hidrogênio não está muito longe de ser lançado.

Os motores realmente evoluíram. Já a qualidade do restante nos carros, assim como os "progressos" das condições de rodagem (ruas e estradas), isso é outro assunto.

Exemplo de motor em nossos tempos: o do Corsa 1.4, da GM, com até 105 cv de potência


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