terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O IgNobel


Sátira aos trabalhos bizarros feitos por especialistas (e, algumas vezes, por leigos), possui uma história curiosa, principalmente quanto à premiação, por exibir realmente pesquisas inacreditáveis. Eis as mais ridículas (e as mais curiosas), tendo por base as listas (disponíveis na Internet no site www.improbe.com):

1991

O mais ridículo: existem muitos prêmios engraçados, como o de literatura para o suíço Erich von Däniken, que defendia a tese dos alienígenas serem os responsáveis pelas civilizações antigas, mas o ‘pior’ de todos foi o trabalho de Robert Klerk Graham, biólogo que queria coletar sêmen apenas dos premiados com o Nobel e dos campeões olímpicos (os filhos de Einstein nada fizeram de notável, por exemplo).

O mais curioso: o fato de Edward Teller, ‘pai’ do projeto Guerra nas Estrelas, ter sido ‘premiado’ com o IgNobel da paz, ironicamente.

1992

O mais ridículo: médicos japoneses gastaram verba e tempo para descobrir o porquê do chulé ser malcheiroso.

O mais curioso: o artista americano Jim Knowlton ter feito um pôster mostrando vários pênis de animais.

1993

O mais ridículo: americanos fizeram uma tal de “gestão aguda de pênis presos no fecho”.

O mais curioso: Robert Faid, matemático americano, calculou a probabilidade de Gorbatchev, célebre estadista da ex-URSS, ser o ‘anticristo’.

1994

O mais ridículo: a igreja batista do Alabama ganhou o prêmio de matemática por computar quantas pessoas vão para o inferno se não se redimirem de seus pecados.

O mais curioso: o fundador da cientologia L. Ron Hubbard ter ganho o prêmio de literatura por seus livros que tentam converter os incautos à sua ‘religião’.

1995

O mais ridículo: dentista americano pesquisou sobre as preferências dos americanos quanto à qualidade do fio dental (encerado ou não?).

O mais curioso: o parlamento de Taiwan foi agraciado por sua insólita manifestação de democracia (à base de agressões físicas toda vez que houvesse um impasse).

1996

O mais ridículo: noruegueses fizeram pesquisas sobre o efeito do alho, do creme azedo e da cerveja sobre o apetite dos piolhos, se essas substâncias fossem passadas nos cabelos.

O mais curioso: Robert Matthews ter demonstrado a ‘validade’ científica da famosa lei de Murphy, e o presidente Jacques Chirac deu sua ‘contribuição’ à paz ao fazer testes nucleares no atol de Mururoa.

1997

O mais ridículo: pesquisadores japoneses fizeram medições de ondas cerebrais de pacientes enquanto estes mascavam chiclete.

O mais curioso: criadores de pragas eletrônicas, como o SPAM (Sanford Wallace) e o tamagotchi (Akihiro Yokoi), terem sido premiados.

1998

O mais ridículo: vários, com destaque para Peter Fong, zoólogo americano, que tentou acalmar mexilhões com Prozac e fez pesquisas sobre o assunto, e a Dra. Mara Sidoli, também americana, por publicar um livro defendendo o uso da flatulência como meio para evitar fazer ofensas maiores.

O mais curioso: Jacques Benveniste, francês, fez descobertas sobre a memória da água, e como isso pode beneficiar as transmissões via telefone e Internet.

1999

O mais ridículo: o Dr. Len Fisher fez uma ‘ótima’ pesquisa sobre o melhor método de molhar um biscoito no chá.

O mais curioso: Takeshi Makino, químico, inventou um spray para detectar a infidelidade conjugal, aplicando-o nas roupas de baixo de maridos (ou esposas) infiéis.

2000

O mais ridículo: o físico holandês André Geim estudou o efeito da força magnética de um imã sobre um sapo e um lutador de sumô.

O mais curioso: a criadora do ‘Respiracionismo’ tenta defender em livro a idéia de que algumas pessoas não precisam comer, e ganhou o ‘prêmio’ de literatura por isso.

2001

O mais ridículo: um médico canadense fez uma pesquisa sobre as lesões causadas por quedas de cocos.

O mais curioso: Buck Weimer, biólogo americano, inventou um filtro para minimizar o odor da flatulência.

2002

O mais ridículo: Keita Sato, etólogo japonês, ganhou o prêmio por tentar fazer a tradução da linguagem humana para a canina, e vice-versa.

O mais curioso: os executivos da Enron ganharam o prêmio de Economia por provocarem um dos mais escandalosos casos de fraude financeira.

2003

O mais ridículo: três suecos foram premiados por pesquisas sobre as preferências dos frangos por pessoas bonitas.

O mais curioso: em outra premiação ‘avícola’, zoólogo holandês fez uma pesquisa sobre os hábitos de certa espécie de pato que faz relações homossexuais com cadáveres de sua espécie.

2004

O mais ridículo: Steven Stack levou meses para pesquisar os efeitos da música country em pessoas com tendências suicidas (dependendo da qualidade da música, essas tendências são fortemente aumentadas).

O mais curioso: os inventores do karaokê foram agraciados com o IgNobel da paz por promover a socialização das pessoas com este invento.

2005

O mais ridículo: o Dr. Yoshiro Nakamoto fez pesquisas por 34 anos a respeito dos seus excrementos após vários tipos de refeições.

O mais curioso: americanos inventaram testículos artificiais para cães em três tamanhos.

2006

O mais ridículo: pesquisadores franceses analisaram, sob o ponto de vista da resistência dos materiais, o fato do espaguete se quebrar sempre em três ou mais pedaços.

O mais curioso: pesquisadores europeus analisaram o poder de atração feito pelo chulé e pelo queijo ‘Limburguer’ aos mosquitos da malária.

2007

O mais ridículo: pesquisadores terem analisado os efeitos do Viagra em hamsters.

O mais curioso: o laboratório Wright ter feito estudos para desenvolver uma bomba que, ao explodir, desenvolvesse desejos homossexuais em forças inimigas.

2008

O mais ridículo: economistas americanos terem comprovado que dançarinas de strip-tease ganham mais nos períodos férteis ao exercerem suas atividades.

O mais curioso: o primeiro brasileiro ter ganho um IgNobel: Astolfo G. M. Araújo e José C. Marcelino, arqueólogos, fizeram estudos dos estragos provocados por tatus em sítios arqueológicos.

2009

O mais ridículo: estudiosos da Universidade de Berna defenderam a tese onde é melhor ser atingido por uma garrafa cheia de cerveja do que uma garrafa vazia.

O mais curioso: químicos da Universidade Autônoma do México conseguiram fazer uma película de diamante a partir da tequila.

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