José Alencar em dezembro de 2010, recebendo a visita da então presidente eleita Dilma Rousseff (fonte: Globo.com)
O mais comentado vice-presidente da República desde José Sarney resistiu como pôde ao câncer do intestino. Passou por 17 ou 18 cirurgias, uma delas durou quase um dia inteiro. Teve de interromper a quimioterapia devido a uma hemorragia intestinal. Estava com a doença desde 1998, e quando ele aceitou ser candidato à vice-presidente pelo PL, atual PR, na chapa de Lula, muitos ficaram surpresos e preocupados. Surpresos porque ele era um grande empresário, dono da Coteminas, uma fábrica de tecidos, e tinha idéias muito diferentes das de Lula. Preocupados, devido ao estado de saúde e à idade (tinha 70 anos na época).
No entanto, José Alencar resistiu aos dois longos mandatos de Lula. Aguentou como pode e tinha esperança de chegar aos 80 anos, em outubro. Não foi possível.
Um dos primeiros posts deste blog foi justamente sobre a capacidade de sobrevivência dele a uma doença em estágio já terminal. Foi uma postagem bem curta, mas clara. Ver aqui.
José Alencar ajudou a moldar o governo Lula, controlando seu apetite por dinheiro dos impostos e lutando contra os juros que a equipe econômica do governo insistia em manter altos. Sem ele, o governo Lula seria muito mais anti-capitalista e o Brasil talvez não teria a saúde econômica que agora se dá ao luxo de ostentar.
Claro que a tentação de exaltar alguém que já se foi é muito grande, e José Alencar tinha lá seus defeitos, como todo ser humano. Um deles foi relutar em aceitar como sua filha uma mulher, fruto de um relacionamento extraconjugal. Porém, não dá para negar seu valor como estadista, e isso ele demonstrou ser digno desse título tanto ou mais do que Lula.
Em decorrência de seu passamento, Brasília decretou luto oficial de 7 dias.
O futuro vai dizer se seu nome vai constar no Panteão da Pátria. Provavelmente sim.
José Alencar ajudou a moldar o governo Lula, controlando seu apetite por dinheiro dos impostos e lutando contra os juros que a equipe econômica do governo insistia em manter altos. Sem ele, o governo Lula seria muito mais anti-capitalista e o Brasil talvez não teria a saúde econômica que agora se dá ao luxo de ostentar.
Claro que a tentação de exaltar alguém que já se foi é muito grande, e José Alencar tinha lá seus defeitos, como todo ser humano. Um deles foi relutar em aceitar como sua filha uma mulher, fruto de um relacionamento extraconjugal. Porém, não dá para negar seu valor como estadista, e isso ele demonstrou ser digno desse título tanto ou mais do que Lula.
Em decorrência de seu passamento, Brasília decretou luto oficial de 7 dias.
O futuro vai dizer se seu nome vai constar no Panteão da Pátria. Provavelmente sim.
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